O presente trabalho é resultado de uma pesquisa-ação e etnográfica e comunica a experiência vivenciada na eletiva de Educação Patrimonial, tendo a arte como dispositivo de aproximação entre os estudantes do ensino médio de uma escola pública estadual e os patrimônios do seu território, a cidade litorânea de Camocim-CE. Apresentando as contribuições da eletiva dentro do processo formativo do Novo Ensino Médio de Tempo Integral. Para tanto a pesquisa se concentrou nos alunos da Escola de Ensino Médio de Tempo Integral Deputado Murilo Aguiar (EEMTIDMA) e como eles se reconhecem dentro do território onde vivem e como identificam o próprio patrimônio. Partimos dos conceitos básicos que giram em torno da ideia de museu e patrimônio e do olhar sensível, criado a partir da apreciação da arte local e sua aplicação em sala de aula como meio de expressão, com técnicas de artes básicas dispondo de materiais simples e acessíveis que podem ser facilmente aplicadas em sala de aula. Enquanto pesquisadores verificamos a importância em promover ações educativas (oficinas) voltadas para o patrimônio como uma forma de possibilitar um encontro gentil e afetuoso dos estudantes com o território onde habitam, melhorando a imagem que os estudantes fazem do seu lugar de pertencimento. Encontramos na arte, principalmente na produção dos estudantes, um dispositivo de interação com o patrimônio e uma forma expressão do conhecimento, e nesta uma maneira de partilhar com a comunidade as experiências vividas. O que resultou em uma exposição artística, produzida e mediada pelos estudantes aberta a comunidade estudantil.