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PPGPP100 - ATIVIDADE PROGRAMADA I - Turma: 03 (2015.1)

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  • DIA 02 DE JUNHO É O DIA DAS DAMAS DA NOITE
  • 04/06/2015 00:36
  • Texto:

    DIA 02 DE JUNHO É O DIA DAS DAMAS DA NOITE: Ontem, dia 02 de junho de 2015, foi o Dia Internacional das Prostitutas. A pagela do “Coração de Jesus”, calendário franciscano que sempre registra a data comemorativa de cada categoria profissional, não fez nenhuma referência a tal celebração. Jesus Cristo não andava acompanhado pelos excluídos do seu tempo? Em Teresina (PI), a APROSPI (Associação de Prostitutas do Piauí) promoveu um ato público reivindicando políticas públicas para as profissionais do sexo. As “damas da noite”, que vivem “fora da roda”, segundo Caio Fernando Abreu, merecem visibilidade. Os direitos humanos dizem respeito a elas e também a eles. Não esqueçamos do negócio do michê, da prostituição viril dos garotos de aluguel. Estigmatizá-los é torná-los invisíveis e esquecer que são sujeitos desejantes, sonhadores e que têm todas as potencialidades humanas. Pessoas multifacetadas e multidimensionais com as ambiguidades e contradições comuns a todos os mortais. Dores e delícias fazem parte dos seus shows cotidianos. Na vida para consumo, as pessoas são transformadas em mercadoria. Qual a carne mais barata do mercado? A elas e eles que trabalham na bolsa do sexo também é direcionada a mensagem do poeta, que diz: “gente nasceu para brilhar e não para morrer de fome”. Enquanto os homens exercem os seus podres poderes, as prostitutas seguem nas suas batalhas. Solidário com as “Genis” e “Marias Madalenas” de todas as zonas e na companhia das letras buarquianas, na sua “Ópera do Malandro”, trago seus nomes para dentro do calendário e ofereço a elas uma composição de Chico Buarque para lembrar que fazem história. Os corpos dão romances e viram “Folhetim”:

    Se acaso me quiseres

    Sou dessas mulheres

    Que só dizem sim

    Por uma coisa à toa

    Uma noitada boa

    Um cinema, um botequim

     

    E se tiveres renda

    Aceito uma prenda

    Qualquer coisa assim

    Como uma pedra falsa

    Um sonho de valsa

    Ou um corte de cetim

     

    E eu te farei as vontades

    Direi meias verdades

    Sempre à meia-luz

    E te farei vaidoso, supor

    Que és o maior

    E que me possuis

     

    Mas na manhã seguinte

    Não conta até vinte

    Te afasta de mim

    Pois já não vales nada

    És página virada

    Descartada do meu folhetim

     

     



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