Prezados alunos,
Em assembleia realizada nesta segunda feira (10/08), os professores da UFPI decidiram se unir ao movimento grevista nacional em luta pela nossa educação pública. A greve é motivada pelos cortes orçamentários na educação e pelas perdas salariais relacionada à inflação.
O governo anunciou este ano um corte de mais de 10 bilhões de reais nos investimentos na educação pública, por outro lado, liberou 5 bilhões para programas como o Fies e PROUNI que são programas de financiamento de ensino privado, destinando o dinheiro recolhido de impostos dos brasileiros para um grupo restrito de empresas. Alguns especialistas dizem que os recursos investidos neste programa poderia gerar três vezes mais vagas se fossem investidos no ensino público. Isto demonstra uma política de privatização do ensino público brasileiro por parte do governo. Os cortes de dinheiro já afetam muitas universidades que não têm dinheiro para se quer pagar contas de água, luz e telefone! Se esta política continuar, as universidades públicas um dia irão acabar!
Em adição, os professores solicitam reestruturação de nossa carreira e esta solicitação acompanha reposição de perdas salariais. Em contra partida o governo propõe valores que acarretarão em perdas do poder de compra da categoria, algo inconstitucional. Os servidores públicos federais solicitam reposição de 27%, o governo impõe 21,3% divididos nos próximos 4 anos, sendo que a inflação do ano de 2015 já beira os 10%. O mesmo governo aumentou o salário dos deputados e senadores no início deste ano e já propõe novo aumento para o ano que vem de mais 16%, passando dos atuais R$ 33.000,00 para R$ 39.000,00 por parlamentar. Alegam que não tem como atender nossa solicitação por que o governo não tem dinheiro para os servidores, mas tem dinheiro para aumentar o salário eles. Investimento em educação também envolve valorização dos professores.
Diante do exposto, informo que, em apoio ao movimento grevista, não iniciaremos nossas atividades na disciplina neste momento. Infelizmente a greve traz prejuízos a todos os alunos e professores, mas foi a única alternativa encontrada para tentar pressionar o governo para reverter este quadro lamentável enfrentado pelas universidades.
Assim que o governo apresentar uma proposta razoável e a categoria decidir sair do movimento grevista, um novo cronograma de atividades para o período letivo será definido no sistema. Quando isso ocorrer, enviarei nova mensagem através do SIGAA.
Nossa luta é pela preservação das instituições públicas e pela continuidade das políticas de valorização do ensino, servidores e professores. Lembrem-se que nossos ganhos além de beneficiar professores e servidores, beneficiarão vocês!
Att.,
