“SEXUALIDADE NÃO TEM IDADE”. É o tema que concluirá a Semana Universitária do Amor de Iguais, em sua oitava versão. A atividade está dentro da programação do Programa Terceira Idade em Ação (PTIA), desenvolvido na Universidade Federal do Piauí. O evento ocorrerá no dia 28 de agosto de 2015, às 9:00 horas, no Auditório Noé Mendes (CCHL/UFPI). Contará com a participação dos seguintes pesquisadores: Rosângela Sousa, Susane Castro e Rafael Galeno. O tema em pauta ganha relevância em um mundo que observa um aumento na longevidade de suas populações. Tal dado demanda a atenção dos gestores para que projetem formas eficazes de administrá-lo. Há quem fale em um “complô Matusalém” ou  “revolução dos idosos” que vai se configurando pela via de um “poder grisalho”. Uma referência bibliográfica clássica sobre o processo de envelhecimento, é o livro A VELHICE, de Simone de Beauvoir, de onde extraio o seguinte trecho, relacionado ao assunto a ser debatido: “Também se conhecem exemplos de velhice amorosa entre os homossexuais. Deverá Miguel Ângelo ser classificado entre eles? Há quem afirme ter sido platônica sua paixão por Tommaso Cavalieri; entretanto, os ardentes sonetos a ele dedicados desde o dia em que o conheceu – tinha Miguel Ângelo 57 anos – até a ocasião de sua morte, exprimem emoções talvez sublimadas, talvez não, mas inegavelmente sexuais. Jouhandeau deve ter mantido atividades sexuais durante muito tempo pois era já velho quando escreveu: “Sinto-me embaraçado por uma castidade de que ainda não adquiri nem o gosto nem o hábito; não sei que uso se lhe pode dar na ausência da virtude ou de uma resolução tomada.” Gide, com mais de 75 anos, evoca em seu Journal noites de paixão: 3 de abril de 1944: “Não consigo chegar a desprezar as alegrias carnais; pouco esforço faço, aliás para tanto. Um desarranjo no avião...me proporcionou uma das mais intensas, anteontem à noite.”