OLIVER SACKS NA TELA SOCIOLÓGICA (1): Atentemos para as seguintes falas: “O universo não é apenas mais excêntrico do que imaginamos, mas mais excêntrico do que podemos imaginar” (J. B. S. Haldane). “Não pergunte que doença a pessoa tem, mas antes que pessoa a doença tem” (atribuído a William Osler). Tais pensamentos são utilizados como epígrafes do livro UM ANTROPÓLOGO EM MARTE, de Oliver Sacks. Sete histórias paradoxais dos estudos de casos narrados a partir do consistente e provocador trabalho do citado autor. Um neurologista aberto para um fazer humanístico da prática médica. Abro espaço para o seu questionador discurso, antenado com os desdobramentos subjetivos do processo saúde/doença. As ciências humanas e sociais encontram sintonia com uma medicina ancorada na ideia de que somos biopsicossociais. O narrador expressa: “Para o médico, o estudo da doença exige o estudo da identidade, os mundos interiores que os pacientes criam sob o impulso da doença. Mas a realidade dos pacientes, as formas como eles e seus cérebros constroem seus próprios mundos, não pode ser totalmente compreendida pela observação do comportamento, do exterior. Além da abordagem objetiva do cientista, do naturalista, também devemos empregar um ponto de vista intersubjetivo, mergulhando, como escreve Foucault, “no interior da consciência mórbida, [tentando] ver o mundo patológico com os olhos do próprio paciente”.

TELA SOCIOLÓGICA APRESENTA O FILME “TEMPO DE DESPERTAR”. DIRIGIDO POR PENNY MARSHALL E BASEADO NO LIVRO DE OLIVER SACKS. DIAS 9 E 10 DE SETEMBRO DE 2015, ÀS 16 HORAS, NA SALA DE VÍDEO II (CCHL/UFPI).