TELA SOCIOLÓGICA: OS DOCES BÁRBAROS. DIA 3 DE NOVEMBRO DE 2015. SESSÕES ÀS 16 E 18 HORAS. SALA DE VÍDEO II (CCHL/UFPI). Gilberto Gil, Maria Bethânia, Caetano Veloso e Gal Costa protagonizaram um dos espetáculos mais significativos da história da Música Popular Brasileira. Em 1976, sob uma ditadura militar, o quarteto montava o show DOCES BÁRBAROS e mostrava a ousadia de quatro artistas fundamentais para a cultura brasileira. A performance teatral dos “velhos baianos” foi filmada por Jom Tob Azulay e está no registro histórico visto no filme OS DOCES BÁRBAROS. Uma obra para ver e ouvir um discurso artístico sintonizado com o desejo de liberdade. Desafinando o coro dos contentes, vozes musicais invadiram palcos com brilho e dando vivas para as estrelas que brilham apesar da pedra atirada pelos detentores dos podres poderes. Poesia sonora iluminando a ribalta com o canto provocativo do artista atento aos sinais do mundo no qual atua. Os invasores entram em cena cantando “Os mais doces bárbaros”, texto musical de Caetano Veloso, um tradutor da doçura bárbara dos luminosos artistas. Altos astrais cantando com alteza:

Com amor no coração

Preparamos a invasão

Cheios de felicidade

Entramos na cidade amada

 

Peixe-espada, peixe-luz

Doce bárbaro, Jesus

Sabe bem quem é otário

Peixe no aquário nada

 

Alto astral, altas transas, lindas canções

Afoxés, astronaves, aves, cordões

Avançando através dos grossos portões

Nossos planos são muito bons

 

Com a espada de Ogum

E a bênção de Olorum

Como um raio de Yansã

Rasgamos a manhã vermelha

 

Tudo ainda é tal e qual

E, no entanto, nada igual

Nós cantamos de verdade

E é sempre outra cidade velha

 

Alto astral, altas transas, lindas canções

Afoxés, astronaves, aves, cordões

Avançando através dos grossos portões

Nossos planos são muito bons