Dia 22 de novembro é o dia da música e do músico. A Igreja Católica celebra Santa Cecília, a padroeira dos músicos. Sagrada e profana, música é biscoito fino e d(i)scobertas. Li em uma pagela franciscana, a seguinte mensagem de Artur da Távola: “Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão”. Música é pão espiritual. Arte alimentícia que nutre a nossa espiritualidade. Na companhia da música, a nossa interioridade é tocada e o encontro consigo mesmo encontra a sua afinação. As viagens musicais atingem as nossas funduras e trilham pelas memórias dos marcantes momentos das nossas histórias de vida. Música é perfume. Cada momento de uma trajetória existencial carrega consigo a sua trilha sonora. Quando olhamos para a barbárie presente no nosso cotidiano e em seguida ligamos o nosso aparelho de som para uma audição mozartiana, é como se um farol aparecesse em meio ao escuro de uma situação tenebrosa. Canções e momentos formam um par em nossos cotidianos. A arte musical expressa a nobreza da nossa ambígua humanidade. Sempre repito que “os maiores assassinos são capazes de tocar flauta”. Quais as dores e as delícias de ser um músico? O que seria de nós sem os MILTONS? Estou caetaneando. Enquanto os homens exercem seus “podres poderes”, eles relembram que “sempre vale a pena quando a alma não é pequena”. Barulhinhos bons para “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima”. Viva Chopin, Luiz Gonzaga, Pixinguinha, Nina Simone, Clara Nunes, Bach, João Gilberto e… . A lista é infindável das sonoridades que, independentemente do gênero musical no qual estejam inseridas, colorem as nossas vidas de encantamento e magia. Palmas para todos os músicos, sujeitos embelezadores da nossa divina comédia humana.