TELA SOCIOLÓGICA: MINHA MÃE GOSTA DE MULHER. DIA 26 DE JANEIRO DE 2016. SESSÕES: 16 E 18 HORAS. SALA DE VÍDEO I (CCHL/UFPI). Como você reagiria se a sua mãe, separada conjugalmente do seu pai, revelasse para você que ela está apaixonada por uma mulher? Uma situação humana, demasiadamente humana e que é cada vez mais comum nos nossos shows cotidianos. A cena da singular revelação é o ponto de partida do filme MINHA MÃE GOSTA DE MULHER, dirigido por Inés París e Daniela Fejerman. Sofía tem três filhas: Jimena, Elvira e Sol. O trio fica sabendo da relação amorosa da mãe com Elíska, uma moça tcheca, muitos anos mais jovem que a sua amante do mesmo sexo. As duas são pianistas e ousam dizer o nome de um amor marcado pela diferença e rompimento de fronteiras. Situações cômicas e dramáticas são exibidas em um texto fílmico leve e sensível. Dedicado “a nossos pais”, a película transita entre Madri e Praga (República Tcheca) para narrar uma história amorosa entre mulheres. Em uma das cenas, a filha Sol participa de um show onde apresenta uma música nova que seria cantada pela primeira vez e dedicada à sua família. Na sequência, reproduzo a letra da provocativa composição musical:

Hoje eu quero lhes apresentar

A namorada da mamãe

Quis me matar

Quando ela me disse que

Tem uma mulher, tem uma mulher

Lambendo sua barriga

Minha mãe

Gosta é de mulher

Vamos todos dançar

Com a namorada da mamãe

Não pude reagir

Quando ela me disse que

A mulher, a mulher

É a essência do prazer

Ela é vinte anos mais nova

E não fala espanhol

Tem uma mulher, tem uma mulher

Cada ser humano

Faz o que pode