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PPGS003 - SEMINÁRIO DE PROJETO - Turma: 03 (2015.2)

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  • KARL MARX E O PEDREIRO WALDEMAR EM UMA BATALHA DE CONFETES E SERPENTINAS
  • 10/02/2016 11:27
  • Texto:

    Revivendo carnavais, em meio a piratas, palhaços, pierrôs e colombinas dos amores carnavalescos, são abertas as alas para uma crítica social bem humorada, com a irreverência leve e criativa dos brincantes. Os frevereiros mominos (Viva Antonio Nóbrega!), com suas coloridas fantasias, não apagam as nossas feridas cotidianas. Nas loas de maracatus, a negritude da corte, com seus reis e rainhas, entoam cantigas de liberdade. Viva Calé Alencar! No batuque da libertação, em 1989, a G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense defendeu o marcante samba enredo “Liberdade! Liberdade! Abre as Asas Sobre Nós”. É a memória musical brasileira desfilando seus barulhinhos bons de Zé Pereira com pitadas de protesto e indignação. A gente quer comida, transporte público de qualidade, educação, saúde, diversão e ... . Na trilha sonora dos sassaricos carnavalescos, evoco duas pérolas de hits dos carnavais de outrora. Das rádios, ruas e salões de tempos idos, trazem o seu frescor para quem sassarica e freve em 2016. Está faltando um zero no teu ordenado? Em 1948, Francisco Alves, o “Rei da Voz” cantou o samba “Falta um zero no meu ordenado” (Ary Barroso – Benedito Lacerda). As conflituosas relações entre capital e trabalho alienado nos pés dos sambistas trabalhadores travestidos de príncipes, na caricatura momina. Você tem casa própria? Um morador de rua que sai em um bloco de “sujos” encontra o “Pedreiro Waldemar” (Roberto Martins – Wilson Batista), marcha lançada por Black – Out, em 1949. No reino do “Ziriguidum”, sambemos com os Waldemares nossos de cada dia o “bum, bum paticumbum prugurundum”:

    Trabalho como um louco

    Mas ganho muito pouco

    Por isso eu vivo

    Sempre atrapalhado

    Fazendo faxina

    Comendo no China

    Tá faltando um zero

    No meu ordenado

     

    Tá faltando um zero

    No meu ordenado

    Tá faltando sola

    No meu sapato

    Somente o retrato

    Da rainha do meu samba

    É que me consola

    Nesta corda bamba

     

    Você conhece o pedreiro Waldemar?

    Não conhece, mas eu vou lhe apresentar

    De madrugada toma o trem na Circular

    Faz tanta casa e não tem casa pra morar

     

    Leva a marmita embrulhada no jornal

    Se tem almoço nem sempre tem jantar

    O Waldemar que é mestre no ofício

    Constrói um edifício e depois não pode entrar



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