heurison de sousa e silva

FIS - DEPARTAMENTO DE FÍSICA/CCN

PPGS003 - SEMINÁRIO DE PROJETO - Turma: 03 (2015.2)

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  • LILI ESTÁ EM TERESINA
  • 20/02/2016 00:24
  • Texto:

    A GAROTA DINAMARQUESA é o filme do diretor Tom Hooper que aborda a específica e complexa letra T da sigla LGBT. A citada obra cinematográfica narra a relação conjugal entre Greta e o seu marido Einar Wegener. Lili entra em cena por ser a “mulher” que rebenta do fundo do ser de Einar. A figura transgênera marca presença e impacta a vida do casal de artistas plásticos. A Copenhague dos anos 20, do século passado, oferece o contexto para o enfrentamento de uma dramática situação em torno dos diferentes matizes da sexualidade humana. Naquele momento histórico, um discurso médico tratava a transexualidade como um comportamento anormal, insano, imoral e pervertido. Para os “doentes”, tratamento e cura de um “desequilíbrio químico”. Radiação neles. O texto fílmico promove uma leitura delicada e sutil do transgressivo desejo humano. No pensamento complexo das sexualidades, somos constantemente questionados acerca dos rígidos padrões culturais impostos pela heteronormatividade. O cinema, com o seu singular olhar, provoca reflexões sobre um tema da atualidade e que deve ser debatido nos contextos familiares, educacionais e religiosos. A GAROTA DINAMARQUESA é título do livro de David Ebershoff. No seu posfácio de 2015, ele escreveu: “Em 1930, Lili viajou do ateliê parisiense que dividia com sua esposa, Gerda, até a Alemanha, para fazer uma série de cirurgias na Clínica Municipal Feminina de Dresden, a fim de completar sua transição. Enquanto esteve lá, ela gostava de sentar nas margens ensolaradas do rio Elbe, refletindo sobre seu passado, quando vivia como um homem (seu gênero à época do nascimento) chamado Einar Wegener, e sobre seu futuro, já como ela própria. ... E a história de Lili Elbe é, claramente, uma história de identidade. Lili é hoje reconhecida como um ícone do movimento trans. Sua vida, tanto a que ela viveu, quanto a que ela descreveu ao se assumir em entrevistas e em Man into Woman, a biografia parcialmente ficcional que ela ajudou a escrever antes de sua morte, ampliou a compreensão do público sobre identidade de gênero na época. Desde então ela inspirou muitos de nós, tanto trans quanto não, a sermos nós mesmos. Lili sabia que uma vida falsa simplesmente não é vida. Quem somos nós? Quem queremos nos tornar? Como nos percebemos? Como queremos ser percebidos? Estas questões de identidade frequentemente estão no núcleo central de nossos conflitos internos. Quem consegue resolvê-las fica mais perto de estar livre. Quase um século atrás, Lili Elbe superou tais questões sobre si mesma. Ela posou para um retrato no ateliê de uma artista e disse para o mundo: - Esta sou eu”.



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