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PPGPP100 - ATIVIDADE PROGRAMADA I - Turma: 04 (2016.1)

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  • OS BOMBEIROS DE TRUFFAUT II
  • 18/04/2016 00:09
  • Texto:

    TELA SOCIOLÓGICA: FAHRENHEIT 451. DIA 18 DE ABRIL DE 2016. SESSÕES: 16 E 18 HORAS. LOCAL: SALA DE VÍDEO II (CCHL/UFPI). FAHRENHEIT 451, dirigido por François Truffaut, é uma obra provocativa e inquietante. Imaginar uma sociedade na qual vigora uma lei que proíbe seus habitantes de lerem revela um contexto normativo e disciplinador conduzido pela ignorância dos detentores do poder estabelecido. Na visão dos seus gestores, os livros são coisas assustadoras e que geram infelicidade e perturbação. O bombeiro Montag, a serviço da ordem vigilante e punitiva, é questionado por Clarisse, uma mulher inconformada com o regime castrador que tirava dos indivíduos o direito de apreciarem o prazer da leitura. Em uma das cenas, ela questiona o mencionado incendiador de obras literárias: “Alguma vez leu os livros que queima?” Tal pergunta afeta Montag e ele inicia o seu processo de iniciação no ato de ler. De posse de um texto de Charles Dickens, “A História Pessoal de David Copperfield”, Montag entra em um processo de rupturas com as atitudes que pautavam a sua vida. No novo momento, ele passa a proferir falas reveladoras de descobertas a partir da novidade trazida pela companhia das letras na sua rotina. A destinatária da sua fala é a esposa: “Estes livros são a minha família”. “...Por trás de cada um destes livros existe um homem”. Montag ficou impactado com uma leitora que não querendo uma separação dos seus livros, decide ser queimada junto deles. A mesma declarou: “Estes livros estavam vivos. Eles falavam comigo”. De perseguidor de leitores, Montag desperta para o valor de apreciar um texto literário. Sob a influência de Clarisse, ele rompe com o seu passado e vai viver na companhia das “pessoas-livro”. Ela diz quem são: “Eles são livros. Cada um, homens e mulheres. Todos comprometem-se com um livro que escolhem memorizar e tornam-se os livros.  ...O segredo que eles carregam é o mais precioso do mundo. Com eles, todo o conhecimento humano morreria”. Cada um deles se apresentava com o título do livro que decoravam. Um exemplo: “Eu sou a República de Platão”. No mundo por eles criado, expressam suas identidades: “Somos uma minoria de indesejados lamentando por zonas selvagens”. Preservar o patrimônio literário da humanidade estava entre os seus objetivos. O diálogo entre o cinema e a literatura já está consagrado e ambos ganham com a relação onde cada um apresenta suas singularidades textuais. O filme exalta a importância da leitura na vida de todos nós. Sem os companheiros livros, as nossas existências cairiam em um vazio e ficariam desbotadas, pois quem não lê, mal ouve, mal fala, mal vê.



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