BEATRIZ MARIA PEREIRA GIROLINETO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE FARMÁCIA/CCS

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beatriz maria pereira girolineto

CFT - COORDENAÇÃO DO CURSO DE FARMÁCIA/CCS

PPGS024 - TEORIA SOCIOLÓGICA I - Turma: 01 (2016.1)

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  • O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER? (2)
  • 02/05/2016 00:34
  • Texto:

    TELA SOCIOLÓGICA: FILHO ÚNICO. UM FILME DE YASUJIRO OZU. DIA: 4/5/2016. SESSÕES: 16 E 18 HORAS. SALA DE VÍDEO II(CCHL/UFPI). FILHO ÚNICO, filme clássico do mestre japonês Yasujiro Ozu dá destaque ao tema educação. Na Tóquio de 1936, viver da docência, conforme mostra o citado texto fílmico, significava enfrentar dificuldades na administração das necessidades cotidianas. As precárias condições em que viviam os docentes levou Okubo a largar o ofício de professor para investir na atividade de fritar costelas de porco. Ryosuke partiu de Shinshu para Tóquio e consegue exercer a docência noturna. Por ocasião da visita da sua mãe, se vê forçado a pedir dinheiro emprestado aos seus companheiros de ofício: “Você poderia me emprestar dez ienes?” A obra cinematográfica de Ozu ganha atualidade quando partimos dela para refletir sobre a situação dos professores no Brasil de hoje. “Quando crescer eu quero ser professor”. Nos nossos dias, tal objetivo não parece ser comum. O desejo de cursar Direito e Medicina é disparadamente maior do que o de cursar Pedagogia. No geral, os salários pagos aos trabalhadores da educação não são convidativos. O debate é muito mais complexo e não pode ficar restrito ao fator salarial. Um país que tem pretensões desenvolvimentistas precisa valorizar a profissão do professor. A nobreza de tal ofício demanda por visibilidade e efetivas políticas públicas direcionadas para o reconhecimento dos profissionais educadores. Nos discursos eleitorais é banal assumirem que nos seus governos educação será prioridade mas as promessas acabam tendo uma efetivação precária. Até quando? No filme de Ozu, o discurso materno valoriza o investimento educacional. A mãe não mede esforços para que o filho prospere pela via educativa. A sua mensagem é de estímulo para que ele não se acomode. Refletindo em termos de uma formação integral, a figura materna, apesar do desapontamento em relação às limitadas conquistas profissionais do seu filho, reconhece as virtudes do mesmo enquanto pessoa gentil e solidária. Diante de um acidente envolvendo o seu vizinho, ele cancela o passeio que faria com a sua genitora para socorrer o acidentado. Ao ver o nobre gesto filial, ela afirma: “Quando somos muito pobres a gentileza dos outros nos enche de gratidão”. Ozu faz cinema autoral com sensibilidade para expressar sentimentos e problematizar a vida. Na tela cinematográfica multidimensional, é projetado o ponto de vista de um cineasta da arte de encantar em uma sala escura.  



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