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PPGPP100 - ATIVIDADE PROGRAMADA I - Turma: 04 (2016.1)

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  • A GENTE NÃO ESTÁ/ COM A BUNDA EXPOSTA NA JANELA/ PRA PASSAR A MÃO NELA...
  • 09/07/2016 23:29
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    A disciplina Música Popular Brasileira e Encontro de Gerações atenta para as diferentes manifestações da intergeracionalidade. No campo musical, acompanho o seu exercício. Inúmeros são os exemplos de diálogos intergeracionais entre artistas de diferentes faixas etárias. Um dos mais recentes envolve Luiz Gonzaga Júnior, o Gonzaguinha e o cantor Marcos Lessa. ESTRADAS é o nome do CD no qual Marcos Lessa faz um tributo a Gonzaguinha. Acompanhado dos violonistas Cainã Cavalcante e Eduardo Holanda, o jovem cantor, dotado de qualitativos recursos vocais, relê 14 composições do autor de “O que é O que é”. O amante, o cronista e o político, dimensões presentes na obra de Gonzaguinha, são cantadas por quem reconhece o valor do seu legado sonoro. O mergulho de Lessa pelas viagens musicais de Gonzaguinha merece divulgação. Um barulhinho bom afirmativo de talentos. É louvável a iniciativa de Lessa. Gonzaguinha é redescoberto e deixa feliz a quem aprecia um biscoito fino. Pérolas musicais pescadas de uma fonte capaz de explodir corações. Está em jogo o infinito desejo de, com a perna no mundo, lançar sementes do amanhã. Um país se faz com homens, livros e a preservação do seu patrimônio artístico. Para quem ainda não descobriu o acervo musical de Gonzaguinha, ouça a d(i)scoberta feita por Marcos Lessa. Ela “não impede que eu repita é bonita, é bonita e é bonita”. Para compreender Gonzaguinha, indico a biografia “Gonzaguinha e Gonzagão, uma história brasileira”, escrita por Regina Echeverria. Com a palavra, o viajante filho de Luiz Gonzaga, artista que foi onde o povo está: “Sou uma pessoa nascida na boca da favela. Filho de nordestino retirante, fugido do sertão. Ao mesmo tempo, tive a oportunidade de me formar e ingressar numa universidade. Eu tenho um discurso universitário com um background popular e, além disso, sou filho de homem do povo e inegavelmente famoso. É com isso tudo que coloco para fora as minhas canções. O diabo da coisa é como atender à minha inteligência na forma de fazer algo de qualidade e como atender à minha vivência de ser popular, como sempre fui. Venho de um agrupamento e sigo para um maior ainda. É preciso não mentir com o seu coração, com a sua cabeça. Não me sinto constrangido em expor meus erros, contradições e bobagens. Eu já me machuquei muito por dizer não às pessoas. Dentro do meu compromisso, posso afirmar que me sinto muito constrangido em fazer uma coisa mentirosa”.



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