TELA SOCIOLÓGICA: YENTL. DIA 16/09/2016. HORA: 16 HORAS. SALA DE VÍDEO I (CCHL/UFPI). Para quem tem interesse na área acadêmica de estudos sobre o cinema, indico o livro CINEMA COMO PRÁTICA SOCIAL, de Graeme Turner. Seguem alguns dos seus fragmentos: “O cinema é uma prática social para aqueles que o fazem e para o público. Em suas narrativas e significados podemos identificar evidências do modo como nossa cultura dá sentido a si própria, ...”. Turner traça um objetivo: “...Entender o lugar do cinema em nossa existência social, a natureza específica dos prazeres que proporciona e as arraigadas funções sociais servidas por essa combinação de narrativa, som e imagem”. A trilha sonora do filme YENTL é um dos seus pontos altos. Yentl é intrépida, determinada, decidida, atrevida, ousada. Enfrenta riscos, coerção social e o discurso machista do seu tempo. Chega a declarar que “nada é impossível”. Amante da companhia das letras. Reproduzo a tradução de uma das músicas interpretadas pela cantriz Barbra Streisand. O teor da letra identifica a mulher resistente, inconformada, questionadora e que objetiva ser mais, dar saltos qualitativos. Um estímulo para que lutemos por nossos ideais:

 Não há uma manhã

Em que eu não acorde

Sem mil perguntas

Girando em minha mente

Em que eu não tente encontrar

O motivo e a lógica

Do mundo que Deus criou

O motivo

De um pássaro ter asas

Se não para voar

E louvar o céu

Com cada canção sua

O que está certo ou errado

Qual é o meu lugar

No esquema das coisas

E diga-me onde

Onde está escrito

O que eu devo ser

Se posso ousar

Ter a chance de colher

O fruto de cada árvore

Ou ter minha parte

De toda doce possibilidade

Imaginada

Apenas diga-me onde

Diga-me onde

Se fui feita só

Para cuidar do ninho

Por que minha imaginação navega

Por montanhas e por mares

Além do faz-de-conta

De qualquer conto de fadas?

Por que ter sede

Se não para tomar o vinho?

E que desperdício

Apenas provar

Coisas que não podem ser minhas