-

PPGPP101 - ATIVIDADE PROGRAMADA II - Turma: 10 (2016.2)

Visualização de Notícia
  • NÃO COMETERÁS ADULTÉRIO
  • 23/11/2016 00:22
  • Texto:

    TELA SOCIOLÓGICA: ANNA KARENINA. DIA 23 DE NOVEMBRO DE 2016. 18 HORAS. SALA DE VÍDEO II (CCHL/UFPI). Em uma viagem cinematográfica para o mundo russo do século XIX, no trajeto de trem entre Moscou e São Petersburgo, acompanhamos uma das mais consistentes narrativas sociológicas na história da literatura clássica. ANNA KARENINA, filme dirigido por Clarence Brown e baseado na obra de Leon Tolstoy, dá uma aula sobre o conceito de sociedade. “Não cometerás adultério” é um dos sagrados mandamentos cristãos. Anna Arkadyevna Karenina, casada e mãe de um filho, ousa trair o seu marido em um contexto social de aparências e moralista. A opinião pública e as regras de decoro estão atentas para vigiar e punir os desviantes. É escandalosa a atitude de quem enfrenta a “inviolabilidade do laço matrimonial”. Ao som das mazurkas russas, Anna é alvo das fofocas e culpabilizada por ser adúltera em relação ao seu cônjuge. O político Alexei Alexandrovitch Karenin, é o esposo traído e o representante de “certos princípios na sociedade”. Voltado para não pôr sua “honra em risco”, Alexei é devotado aos afazeres no Ministério e decide não conceder o divórcio a Anna. Ele não quer “legalizar um pecado”. Por ter assumido o seu romance com o Conde Vronsky, um oficial da guarda imperial, ela é impedida de ver Sergei, o seu filho. “Sinto-me culpada. Terrivelmente culpada”. É com tal sentimento que Anna encara as pedradas dos vigilantes de plantão. Um contexto social coercitivo e punitivo contra uma mulher atrevida e ousada em relação às convenções e padrões morais do seu tempo. O diálogo entre os textos fílmico e literário mostra a sua consistência e justifica o uso de filmes nas leituras sociológicas que empreendemos. “O inferno são os outros”? Qual o preço pago pelos desafinadores do “coro dos contentes”? O que é normal e patológico do ponto de vista sociológico? O nosso destino é “pecar”? Estas e outras instigantes questões são projetadas na tela por uma obra artística atemporal. As muitas versões cinematográficas de Anna Karenina (conheço quatro) justificam a densidade da criação Tolstoyana. As dores e as delícias de sermos quem somos ganha uma fulgurante versão.



Voltar

SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | sigjb06.ufpi.br.instancia1 vSIGAA_3.12.1100 24/08/2024 23:17