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PPGPP101 - ATIVIDADE PROGRAMADA II - Turma: 10 (2016.2)

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  • COMUNGANDO COM O CRISTO DE DOM PAULO EVARISTO ARNS
  • 25/12/2016 21:12
  • Texto:

    Final de ano constitui um momento favorável para refletirmos sobre as nossas vidas pessoal e coletiva. A conjuntura nacional é turbulenta. O momento é crítico a nível local e planetário. Incerteza é palavra-chave da cena atual. Repensar o modelo de sociedade que está sendo construído é uma responsabilidade de todos. Viver para consumir é comprometer a nossa multidimensionalidade. Apesar das pedras no meio dos nossos caminhos, ainda resiste a “estranha mania de ter fé na vida”. “É preciso ter raça”. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. “Apesar de você, amanhã há de ser um novo dia”.  Toques musicais que não ficam obsoletos. O verbo reagir demanda por conjugação nos sombrios tempos em que vivemos. Refletir e pôr a mão na massa. Indignação, sim. Indiferença, não. Jesus Cristo libertador, aquele que expulsou os vendilhões do templo e incomodou os poderosos da sua época, não tem nada a ver com as exclusões, apartheids e as barbáries nossas de cada dia. As guerras santas da atualidade continuam usando o nome de Deus para justificarem os mais violentos e desumanos atos. Paz é rebento de justiça social e redistribuição das riquezas. E por falar em Cristianismo, evoco uma igreja profética, ou seja, a que anuncia e denuncia as iniquidades de um sistema perverso e desigual. Pensando em Dom Paulo Evaristo Arns, exalto uma teologia da libertação que traz a manjedoura cristã para as favelas e periferias criminalizadas dos nossos Brasis. Precisamos de alento e änïmä para seguirmos em frente. São muitos os quereres e mais uma vez cito o poeta que disse “gente é para brilhar e não para morrer de fome”. Pão e poesia. Com o alimento espiritual da arte, faço uma viagem na história da Música Popular Brasileira, ao ano de 1982 e pesco uma pérola sonora: COMUNHÃO é o título do barulhinho bom composto por Milton Nascimento e Fernando Brant e que sintoniza com as reflexões urgentes acerca dos descuidos relacionados às nossas vidas. Um convite para a conjugação do verbo comungar. Compartilhar pães e ideais de mudança e renovação.

    Sua barriga me deu a mãe

    O pai me deu o seu braço forte

    Os seios fartos me deu a mãe

    O alimento, a luz, o norte

     

    A vida é boa, me diz o pai

    A mãe me ensina que ela é bela

    O mal não faço, eu quero bem

    Na minha casa não entra a solidão

     

    Todo amor será comunhão

    A alegria de pão e vinho

    Você bem pode me dar a mão

    Você bem pode me dar carinho

     

    Mulher e homem é o amor

    Mais parecido com primavera

    É dentro dele que mora a luz

    Vida futura no ponto de explodir

     

    Eu quero paz, eu não quero guerra

    Quero fartura, eu não quero fome

    Quero justiça, eu não quero ódio

    Quero a casa de bom tijolo

    Quero a rua de gente boa

    Quero a chuva na minha roça

    Quero o sol na minha cabeça

    Quero a vida, não quero a morte, não

     

    Quero o sonho, a fantasia

    Quero amor e a poesia

    Quero cantar, quero companhia

    Eu quero sempre a utopia

    O homem tem de ser comunhão

    A vida tem de ser comunhão

    O mundo tem de ser comunhão

    A alegria do vinho e pão

    O pão e o vinho enfim repartidos

     

    Sua barriga te deu a mãe

    Eu, pai, te dou meu amor e sorte

    Os seios fartos te deu a mãe

    O alimento, a luz, o norte

     

    A vida é boa, te digo eu

    A mãe ensina que ela é sábia

    O mal não faço, eu quero bem

    A nossa casa reflete comunhão



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