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PPGS020 - SEXUALIDADE, IDENTIDADES E SUBJETIVIDADES - Turma: 01 (2019.1)

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  • "NEM ALEGRIA EU TRAGO PRA SENHORA"
  • 03/06/2019 00:07
  • Texto:

    TELA SOCIOLÓGICA: MÃE E FILHA. DIA 04 DE JUNHO (2019). 16 HORAS. SALA DE VÍDEO I (CCHL/UFPI). Sertões de Guimarães Rosa, Euclides da Cunha, Graciliano Ramos, Patativa do Assaré, Rachel de Queiroz e outros nomes das letras que trilharam veredas sertanejas. Prosas e poesias em profundas viagens literárias. Na companhia das páginas escritas pelos intérpretes dos nossos brasis sertanejos, seguimos em frente na vida de viajantes pelas imagens construídas pelos nossos sensíveis escritores. Narrativas marcadas pelas densidades linguísticas, sociológicas e políticas. Registros diversos para contar as dores e as delícias do ser sertanejo em seus ais de dor e gozo. Dos livros para as telas, não tem fim as léguas percorridas nas imaginativas mentes dos nossos criadores. Transitando por linguagens diversas, promovemos encontros dialógicos entre olhares sobre os temas relevantes e emergentes dos nossos cotidianos. Nada do que é humano escapa das lentes atentas dos pensadores da literatura e do cinema. Em discursos escritos e visuais, olham para a vastidão sertaneja e projetam os seus específicos pontos de vista. É neste particular contexto paisagístico que insiro o lume cinematográfico MÃE e FILHA (2011), de Petrus Cariry. Um poeta telânico projeta o seu pensamento em um eloquente discurso visual. Um talentoso cineasta a promover, com ousadia e profundidade, um mergulho nos “restos e solidões” de uma interiorana “cidade fantasma”. Bela fotografia na captação de um lugar abandonado. Pedaços de imagens de santos quebrados, no interior de uma igreja destruída, estão entre os quadros exibidos de um local onde outrora havia circulação humana. Sobrou o som de catavento. Em “a definição da arte”, Umberto Eco alude às “...paletas geniais e pessoais de fotógrafos de gosto e gênio, que souberam humanizar realidades...”. Petrus Cariry apresenta imagens de um pedaço brasileiro largado, em ruínas. “Cococi”, nos Inhamuns cearenses, representa a terra que um dia viu vaqueiros em movimento. Chão deixado pelos cabras da peste que, em tempos idos, amaram e mataram naquele lugar. Pé na estrada, em uma triste partida, rumo às “maravilhas” sulistas das grandes cidades. E lá ficou a mãe, sozinha, em um cenário movido a câmera lenta. Sob a indiferença da natureza, à luz de velas e lamparinas, recebe a visita da filha que migrou para Fortaleza. Venha ver o “presente” que ela trouxe para a sua genitora.



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