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PPGS003 - SEMINÁRIO DE PROJETO - Turma: 04 (2019.2)

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  • CÃES BRANCOS USAM GRAVATAS E SUTIÃS
  • 08/11/2019 00:32
  • Texto:

    TELA SOCIOLÓGICA: CÃO BRANCO. DIA: 12/11/2019. 16 HORAS. SALA DE VÍDEO II (CCHL/UFPI). CÃO BRANCO, de Samuel Fuller, narra a história de um pastor alemão que foi ensinado a atacar e matar pessoas negras. Na sua brancura, foi “socializado” para tornar-se assassino. Na “Arca de Noé”, o Senhor Keys é um profissional que treina animais selvagens para produções cinematográficas. Negro, encara o desafio de readestrar a fera canina. Na sua visão, “ele não é um monstro. Não, foi transformado em um por um racista de duas pernas. ...Bem, há mais de 100 anos criavam cães para pegar escravos fugitivos...”. Capitães do mato de quatro patas. Na tentativa de curar o ódio racista, investido no animal canino, Keys quer impedir “que pessoas doentes criem cães doentes”. O racismo, em CÃO BRANCO, é mostrado pelas críticas lentes de um cineasta pensador. Um texto fílmico com consistente fundamentação histórica e antropossociológica. Na sua base conceitual, imagens movimentam a ideia que conjuga o verbo tornar-se quando olhamos para a construção dos preconceitos nos relacionamentos humanos. Fulano tornou-se preconceituoso. Um cachorro foi domesticado para reproduzir a cabeça preconceituosa do seu dono. Latido veiculador de um discurso da superioridade branca. Filme desnaturalizador que aponta para a possibilidade de mudanças nas nossas maneiras de pensar, agir e sentir. Arte reflexiva, incômoda e radical a serviço dos movimentos sociais voltados para a superação dos multiformes apartheids. Da África do Sul à Beláfrica brasileira, cães brancos são “educados” pelas mentes fechadas de bichos bípedes que vestem paletós e saias. Fazem parte dos shows nossos de cada dia.



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