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PPGS013 - TEORIA SOCIOLÓGICA I - Turma: 01 (2020.1)

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  • ÉMILE DURKHEIM VAI AO CINEMA ASSISTIR BILLY ELLIOT
  • 22/06/2020 23:06
  • Texto:

    O sociólogo vai ao cinema e amplia o seu olhar sobre os relevantes e emergentes temas do cotidiano. Dos afetos às relações internacionais, tudo o que é humano interessa aos olhares sociológicos e cinematográficos. Os homens imaginários projetam, em movimentadas imagens, os seus ângulos de visão sobre as questões que desassossegam as suas vidas privadas e coletivas. A tela sociológica é uma projetora de diálogos. Partindo dos pensadores das ciências humanas, sociais e cinematográficas, o projeto telânico promove aproximações entre diversas linguagens e campos do saber. Textos fílmicos em diálogos com as letras sociológicas. Émile Durkheim dialoga com Ingmar Bergman, Karl Marx com Ken Loach, Zygmunt Bauman encontra Woody Allen e assim seguem as nossas conversas entre os produtores dos diversos saberes. Sem hierarquias e reducionismos entre as práticas discursivas e as produções de sentido que apresentam. Perspectiva de conhecimento complexa e aberta para pensar a dramaturgia da vida humana em sociedade. Cenas fellinianas e de outros criadores tocam os sociólogos em seus trabalhos de conjugação dos verbos desvelar, desvendar, desmascarar e desconstruir as realidades e ficções exibidas aos nossos olhos.

    O sociólogo vai ao cinema movido por múltiplas buscas. Diversão prazerosa e reflexiva no écran cinematográfico. Um cinéfilo apaixonado pela arte cinematográfica, para além da dimensão do divertimento, encontra as imagens projetadas pelos cineastas pensadores. Dentre estes, estão os que apresentam uma particular sensibilidade sociológica. Em torno de um determinado tema, orbitam vários olhares. Lentes diversas focalizando um mesmo objeto de estudo. Cada uma delas com os seus intracódigos, legalidades e idiomas próprios. Ao assistir a um filme sobre um assunto específico, vem à mente do espectador uma série de outras referências textuais sobre as questões focalizadas na obra cinematográfica vista. De Akira Kurosawa vou a Max Weber, Sigmund Freud e a outros teóricos. Experiência de uma viagem na ecranosfera da tela global do espetáculo. Embutida nesta curtição artística está a abertura de um caminho metodológico no modo de acessar e compreender as temáticas ligadas às múltiplas dimensões das experiências sociais cotidianas. Cruzamento dialogal entre uma diversidade de óticas para o aprofundamento das nossas análises sociológicas. Nos desdobramentos desta prática cognitiva e educacional, a sala de aula ganha em beleza, gravidade sem sisudez e criatividade pedagógica. Com a imaginação sociológica rompendo as barreiras disciplinares, um conceito sociológico recebe tratamento visual.

     



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