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PPGS013 - TEORIA SOCIOLÓGICA I - Turma: 01 (2020.1)

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  • ROTEIRO PARA A AULA SOBRE SUICÍDIO
  • 08/07/2020 11:19
  • Texto:

    O SUICÍDIO (Estudo de Sociologia) DURKHEIMIANAS

    Cada sociedade está predisposta a fornecer um contingente determinado de mortos voluntários.

    ... Quanto aos motivos que determinam o suicídio...

    Os fatores extra-sociais

    Suicídio maníaco: Deve-se quer a alucinações, quer a ideias delirantes.

    Suicídio melancólico – ligado a um estado geral de extrema depressão, de tristeza exagerada.

    Uma moral demasiado risonha é uma moral frouxa; só convém aos povos em decadência e é apenas entre eles que a encontramos.

    O suicídio, portanto, é reprovado por transgredir o culto à pessoa humana no qual repousa toda a nossa moral.

    O suicídio varia na razão inversa do grau de integração dos grupos sociais de que o indivíduo         faz parte.

    A melancolia, portanto, só é mórbida quando ocupa um lugar excessivo na vida; mas não é menos mórbido excluí-la completamente.

    ... De maneira geral, a religião exerce uma ação profilática sobre o suicídio. ... Quanto mais numerosas e importantes essas situações coletivas, mais a comunidade religiosa é fortemente integrada; maior também é sua virtude de preservação.

    As sociedades maometanas proíbem o suicídio com a mesma energia. “O homem”, diz Maomé, “só morre pela vontade de Deus segundo o livro que determina o termo de sua vida”. –“Quando o termo chegar, eles não o poderão retardar nem adiantar em um só instante”.

    ... Comumente todo suicida é representado como um melancólico para quem a existência é um fardo.

    Corrente suicidógena.

    Assim se formam correntes de depressão e de desencanto que não emanam de nenhum indivíduo em particular, mas que exprimem o estado de desagregação em que se encontra a sociedade.

     O egoísmo não é apenas um fator auxiliar dele; é sua causa geradora. Se, nesse caso, o vínculo que liga o homem à vida se solta, é porque o próprio vínculo que o liga à sociedade se afrouxou.

    O suicídio é considerado imoral, em si mesmo, por si mesmo, seja quem for que participe dele. Assim, à medida que avançamos na história, a proibição, em vez de se atenuar, torna-se mais radical.

    O homem procura se instruir e se mata porque a sociedade religiosa de que ele faz parte perdeu sua coesão; mas ele não se mata por se instruir.

    Há homens que resistem a infelicidades terríveis, ao passo que outros se suicidam após leves aborrecimentos. Aliás, já mostramos que os indivíduos que mais sofrem não são os que mais se matam.

    Todas as vezes que se produzem graves rearranjos no corpo social, sejam eles devidos a um súbito movimento de crescimento ou a um cataclismo inesperado, o homem se mata mais facilmente.

    Há um humor coletivo, assim como há um humor individual, que inclina os povos à tristeza ou à alegria, que os faz ver as coisas sob cores claras ou escuras.

    Porque a sociedade é o todo, o mal que ela sente transmite-se às partes de que é constituída.

    ... O suicídio depende principalmente, não das qualidades congênitas dos indivíduos, mas das causas que lhes são exteriores e que os dominam!

    Suicídio egoísta – Apatia

    Suicídio egoísta – Melancolia indolente com complacência por si mesma

    Suicídio egoísta – Sangue-frio desencantado do céptico

    Suicídio altruísta – Energia passional ou voluntariosa

    Suicídio altruísta – Com sentimento tranquilo de dever

    Suicídio altruísta – Com entusiasmo místico

    Suicídio altruísta – Com coragem tranquila

    Suicídio anômico – Irritação, desgosto,

    Suicídio anômico – Recriminações violentas contra a vida em geral

    Suicídio anômico – Recriminações violentas contra uma pessoa em particular (homicídio – suicídio)

    Tipos mistos – Suicídio ego-anômico – Mistura de agitação e apatia, de ação e devaneio.

    Tipos mistos – Suicídio anômico-altruísta – Efervescência exasperada

    Tipos mistos – Suicídio ego-altruísta – Melancolia moderada por uma certa firmeza moral

    É fato conhecido que as crises econômicas têm uma influência agravante sobre a propensão ao suicídio.

    Já em 452, o concílio de Arles declarou que o suicídio era um crime e só podia ser efeito de um furor diabólico.

    A partir do momento em que a pessoa humana é e deve ser considerada como algo sagrado, de que nem o indivíduo nem o grupo podem dispor livremente, qualquer atentado contra ela deve ser proscrito.

    Se o indivíduo se isola, é porque os laços que o uniam aos outros estão frouxos ou rompidos, é porque a sociedade, nos pontos em que ele tem contato com ela, já não está fortemente integrada.

    Se a mulher se mata muito menos do que o homem, é porque ela é muito menos engajada do que ele na vida coletiva e, portanto, sente com menos força sua ação boa ou má.

    O suicídio é muito mais urbano do que rural

    A atual situação do suicídio entre os povos civilizados deve ser considerada normal ou anormal?

    Não se pode portanto, sem fazer mau uso das palavras, considerar todo suicida um louco.

    Um se desliga da vida porque, não percebendo nenhum objetivo ao qual se possa agarrar, sente-se inútil e sem razão de ser;...

    A superioridade do protestantismo do ponto de vista do suicídio provém do fato de ele ser uma Igreja menos fortemente integrada do que a Igreja Católica.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

     



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