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PPGS013 - TEORIA SOCIOLÓGICA I - Turma: 01 (2020.1)

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  • GOSTO DE CEREJA
  • 26/09/2020 00:17
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    A Tela Sociológica, atenta às colorações temporais, participa do setembro amarelo 2020. Em parceria com o CORPOTRANS, grupo de pesquisa transdisciplinar sobre Corpo, Saúde e Emoção. Um projeto ligado ao Mestrado de Sociologia, da Universidade Federal do Piauí. O cinema é poliglota e pensa sobre todos os temas humanos. Engajado, lança o seu olhar sobre as mais variadas questões existenciais. Dentre estas, destaco o suicídio. Na sua transdisciplinaridade, é um tema a ser tratado por vários prismas discursivos. Dentre estes, o discurso cinematográfico. Tingindo de vitalidade os amarelados tempos em que vivemos, refletiremos à luz de GOSTO DE CEREJA (1997), filme de Abbas Kiarostami, sobre as ações suicidas. Quais os seus sentidos? Na companhia das letras de Albert Camus, Émile Durkheim e do texto fílmico de Kiarostami, ampliamos a visão sobre a complexidade dos suicídios. Altruístas, egoístas ou anômicos, são compreendidos ou interpretados pelas lentes psicológicas, médicas, filosóficas, antropossociológicas e cinematográficas. Na sua beleza e profundidade, GOSTO DE CEREJA é o texto fílmico selecionado para ancorar a minha participação no curso de extensão virtual “Práticas de Valorização da Vida: Prevenção e Posvenção do Suicídio”.

    No dia 1º de outubro, às 14 horas, farei uma exposição sobre “O Suicídio na Tela Sociológica”. Diversos cineastas projetaram os seus olhares sobre os desdobramentos subjetivos das ideações suicidas. Discursos visuais lançam as suas lentes sobre uma morte específica. Drama individual e coletivo, os suicídios são motivados por múltiplos fatores. Dos econômicos aos afetivos, convidam para as análises multidimensionais. Somos biopsicossociais e pensar sobre os atos suicidas, complexos e multifatoriais, não comporta reducionismos e julgamentos. GOSTO DE CEREJA é luzeiro artístico para abrir as ciências humanas e sociais. Cinema de arte que, ao focalizar um tema difícil, consegue reacender o sabor da vida. Amarelada para alguns e revitalizada para os tocados pela sensibilidade artística. GOSTO DE CEREJA é encantamento imaginativo nos breus existenciais. Rebento arteiro de um criador iluminado. Para quem está decepcionado e desalentado com as ambivalências humanas, a obra de Kiarostami representa o lado farol dos seres criadores e predadores. Racionais, amantes e matadores. Ambíguos. O sociólogo vai ao cinema trabalhar com uma obra-prima. O Sr. Badii quer pôr um ponto final na sua vida. Ao acompanhar a sua dor, na tela, sou reanimado a seguir tocando em frente. GOSTO DE CEREJA, no écran cinematográfico, justifica um pessoal vale a pena seguir vivendo.                                                                                                    



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