Carta aberta à sociedade: em favor do serviço público, contra a PEC32, por um sus de qualidade e pela vacinação de toda a população brasileira
Estamos diante de um capitalismo em sua face mais cruel, pandêmico, virulento, com alto grau de letalidade e de ameaça à humanidade, uma vez que é de sua natureza a destruição do trabalho e da vida, dois campos fortemente atingidos pelas políticas do governo Bolsonaro, nos quais são exatamente os que definem a capacidade de reprodução e de existência humana.
Existe uma doença para a qual já se tem remédio, mas Bolsonaro insiste no projeto de extermínio que marcou o seu governo desde o início da pandemia quando não tomou as medidas necessárias para aquisição de imunizantes que teriam evitado a morte de mais de 300 mil pessoas em nosso país, pois, ao passo que se morre de fome e desemprego, todas estas vidas também foram perdidas pela ausência de auxílio financeiro para suprir as necessidades mais básicas de subsistência.
Se por um lado a pandemia deixou à mostra um quadro perverso de desigualdades sociais na sociedade de classes,por outro, com a extinção das condições de trabalho e inserção de outros formas ainda mais precarizadas, transformou o campo do exercício da docência em uma espécie de laboratório de experimentos do capital, com o trabalho remoto, o home office, o trabalho por aplicativos e em plataformas digitais.
Neste cenário de caos e desespero, são as mulheres, indígenas, a população preta e pobre, dentre outras minorias que, tendo que conviver durante meses em espaço confinado com marido, filhos, filhas, tarefas escolares, serviço doméstico, com membros da família que precisam de cuidados especiais e todas as atividades que o trabalho remoto exige, viram suas vidas tomadas pelo espaço laborativo enquanto lhes eram tiradas os espaços públicos que se tornaram um símbolo de autonomia e de liberação dos afazeres da casa.
A morte de piauienses e de milhares de brasileiras e brasileiros pelo o que o governo tem chamado de "gripezinha" é de total responsabilidade dos governantes e da elite brasileira.
Sem planejamento,e utilizando-se de recursos da saúde, assistência social, da previdência, da educação, ciência e tecnologia,o governo federal tem desviado gastos financeiros, e tentado jogar a população contra a classe trabalhadora, pois tem argumentado que a única forma de continuar pagando o auxílio emergencial é por meio da aprovação da reforma administrativa e das PEC 32/2020 e 186/2019. O que, em suma, é uma grande mentira.
O resultado, consequentemente, de tantas mentiras e despreparo é observado pela falta de vacinas para todas e todos, e pela inexistência de uma política de inclusão em decorrência das vidas perdidas para a Covid-19 pelas mãos do governo assassino de Jair Bolsonaro e de seus apoiadores.
Bolsonaro ainda pretende acabar com os concursos públicos, afetando inclusive, as carreiras das futuras servidoras e servidores públicos, impedindo que centenas de pessoas consigam alcançar o sonho de uma singela estabilidade.
Assim, em defesa de nossas vidas, de nossos trabalhos, de nossa saúde e cidadania, é necessário e urgente que façamos mais uma vez um esforço coletivo e unificado contra as ações do governo federal. Pelo futuro dos que virão e em memória daquelas que morreram na linha de frente contra o novo coronavírus.
É hora de dizermos BASTA e dialogar diretamente com a sociedade que vem sendo enganada e torturada pela presidência da república. Portanto, no dia 24 de março, venha conosco construir esse dia de luta e paralisações para que dessa forma possamos pressionar o governo e em uma só voz ecoarmos o grito e a vontade da classe trabalhadora: FORA BOLSONARO, FORA MOURÃO. EM DEFESA DA VIDA, PELA VACINAÇÃO DE TODAS E TODOS, CONTRA A PEC 32 E POR UM SUS DE QUALIDADE.
HOJE NÃO TEREMOS AULA PELOS MOTIVOS EXPOSTOS E A PARALISAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS.
ATÉ A PRÓXIMA SEMANA O PLANO DE ENSINO SERÁ DIVULGADO.
