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PPGPP100 - ATIVIDADE PROGRAMADA I - Turma: 03 (2015.1)

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  • PARA SEMPRE ALICE
  • 30/03/2015 23:26
  • Texto:

    PARA SEMPRE ALICE: A doença é um tema que marca presença na biografia de todos nós. Divisora de águas na vida de muitos, ela é assunto médico, literário, cinematográfico e de rodas grupais. Produzimos sentidos em torno das doenças nossas de cada dia. Elas têm história e são construídas socialmente. Do ponto de vista antropológico, acessá-las através da linguagem cinematográfica constitui um recurso metodológico a merecer destaque nas nossas reflexões. PARA SEMPRE ALICE, um filme de Richard Glatzer e Wash Westmoreland é exemplar de uma obra cinematográfica que exibe os desdobramentos subjetivos do adoecer dando voz a quem fala por dentro do seu drama particular. O mal de Alzheimer atinge precocemente e em manifestação rara Alice Howland, uma professora de linguística, 50 anos, casada e mãe de três filhos. O impacto da singular doença sobre a vida profissional e os laços familiares é abordado com sensibilidade na captação das filigranas emocionais e afetivas que sofrem abalo quando a doença deflagra o seu processo de perdas. No caso específico de Alice, um comprometimento neurológico faz com que ela vá perdendo memórias. Em tempos de tecnologias digitais, ela manipula o seu aparelho portátil, eletrônico e móvel para ajudá-la na sua orientação e lapsos de esquecimento. Do ponto de vista didático, o público recebe um conjunto de informações sobre uma enfermidade ainda carregada de muitas interrogações sobre o seu desenvolvimento. O discurso médico e principalmente o da doente recebem  foco e são instrutivos para quem tem consciência das vulnerabilidades e riscos que marcam as nossas experiências societárias. Em um certo momento do texto fílmico, Alice dispara: “Preferia estar com câncer”. Na sequência, ela apresenta a sua justificativa. A exemplo de AMOR, O FILHO DA NOIVA e LONGE DELA, uma trilogia de filmes que também abordam o mal de Alzheimer, com sutileza e consistência, PARA SEMPRE ALICE toca a quem vai ao seu encontro consciente de que “para sempre é sempre por um triz”. A TELA SOCIOLÓGICA indica. 



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