Metodologia de Ensino e Avaliação
| Metodologia: |
UFPI/CCHL/DCS/MS/MPI – 2013-1 – 60 horas
Professora: Dione Morais (Bloco I – 30 horas)
Ementa: Ciência e cientificidade: unidade, diversidade e condições teóricas e históricas da produção científica, lato sensu, e das ciências sociais, em particular. Epistemologia interna: critérios de cientificidade com recurso aos instrumentos disciplinares, como a dimensão metodológico-sintáctica organizadora do discurso e a dimensão teórico-semântica que se debruça sobre a relação com os referentes. Epistemologia externa: estado da problemática do campo científico, a qual define problemas e conduz as pesquisas por recurso ao conjunto teórico, metodológico e técnico disponível: das redes de interação e de causalidade que articulam os processos científicos aos processos globais do contexto, nas dimensões de âmbito político, econômico, social, institucional, simbólico. Condições sociais da produção científica susceptíveis de interferir no plano da investigação em suas relações diferenciadas com os processos sociais, assim como as condições de resistência e de autonomia da prática científica, nos processos de ruptura, construção e constatação. Processos discursivos (dialética, fenomenologia, quantificação, método hipotético-dedutivo) e quadros de referência (positivismo, compreensão, funcionalismo, estruturalismo) clássicos e desenvolvimentos recentes (pesquisa ação; pós-modernismo; epistemologia feminista...) nas ciências sociais. Rupturas, ressonâncias e cruzamentos entre aspectos e dimensões analíticas de escolas de pensamento ou tradições epistemológicas.
Objetivo Geral:
Compreender o processo de produção do conhecimento científico, com vistas a situar as Ciências Sociais, em especial, a Sociologia, no campo da cientificidade
Objetivos específicos:
-Assimilar a natureza do conhecimento científico, nas perspectivas histórica e teórico-metodológica e em sua relação com outras formas de conhecimento;
-Apreender as bases da epistemologia interna e externa do conhecimento científico, em especial, das ciências sociais;
- Reconhecer os pólos epistemológicos e teóricos da pesquisa em ciências sociais, através dos processos discursivos e dos quadros de referência, que constituem suas bases
Conteúdo Programático
UNIDADE 1
Conhecimento, Ciências, Cientificidade
Ciência e cientificidade: unidade, diversidade e condições teóricas e históricas da produção científica. Conhecimento científico e outros tipos de conhecimento. Ciência e paradigmatologia: modernidade, pós-modernidade, complexidade e trnsversalidade.
(2 sessões = 8 horas).
Desenvolvimento: aulas expositivas e seminários.
Referências
APPOLINÁRIO, F. Os grandes debates da ciência contemporânea. In: Metodologia científica. Filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Thomson Learning, 2006, pp. 29-44. (T 1)
ASSIS, M. de. O alienista. In: BRAYNER, S. (org.) O conto de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981, pp. 45-89. (T 2)
SAGAN, C. O casamento do ceticismo e da admiração. In: O mundo assombrado pelos demônios. São Paulo: Companhia das Letras, São Paulo, pp. 334-348. (T 3)
GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais/Uma visão geral do método nas ciências naturais. In: ALVES-MAZZOTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. (org.) O método nas ciências naturais e sociais. Pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira Thomson, Learning, 2004, pp. 3-9/10-41. (T4 – T5) (2 capítulos)
ESPAÇOS DE DIÁLOGOS – ED´s
ED 1: Ciências e paradigmatologia: da simplificação à complexidade
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva: 2006, pp.29-218 (ED 1)
MORIN, E. O pensamento dissimulado (paradigmatologia). In: O método 4. As idéias. Habitat, vida, costumes, organização. Porto Alegre: Sulina, 2001, pp. 258-295 (ED 1)
ED 2: Fundamentos da ciência moderna e novo espírito científico
BACHELARD. G. A epistemologia não-cartesiana. In: O novo espírito científico. Rio de Janeiro: 2000 11-151 (ED 2)
CAPRA, F. Os dois paradigmas/A influência do pensamento cartesiano-newtoniano. In: O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix. 2006, pp. 47-91/93-225. (ED 2)
ED 3: Pensamento moderno, ciências e transversalidade
GEERTZ, C. Como pensamos hoje: a caminho de uma etnografia do pensamento moderno. In: O saber local. Petrópolis: Vozes, pp. 220-245. (ED 3)
SHINN, T,: RAGOUET, P. Por uma sociologia transversalista da ciência e da inovação técnica. In: Controvérsias sobre a ciência. Por uma sociologia transversalista da ciência, São Paulo: Editora 34, 2008, pp.123-159 (ED 3)
ATIVIDADE EXTRA-CLASSE
Ponto de mutação. Direção: Bern Capra. Produção: Adrianna Cohen. Roteiro: Floyd Byars, Frijof Capra. São Paulo: Imaginária vídeo/Cannes Home Vídeo, 1990, 1 fita de vídeo (126m), VHS, son., color.
Sessões:
Sessão 1: -Apresentação das profas e do/as mestrando/as.
-Apresentação da disciplina no MS e do Plano de
Curso. Orientação para leituras (fichamentos) e trabalhos;
-Aula expositiva (T1 - T4 - T 5)
Sessão 2: Espaços de Diálogos (ED 1- ED 2- ED3)
UNIDADE 2
INTRODUÇÃO A UMA EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
O campo da cientificidade e as ciências sociais.
6 sessões = 22 horas
Desenvolvimento: Aulas expositivas e discursivas
Referências
BOURDIEU, P. Introdução a uma sociologia reflexiva. In: O poder simbólico. Bertrand Brasil, 2009, pp. 17-56 (T1)
GIDDENS, A. O que é ciência social? In: Em defesa da sociologia. São Paulo: UNESP, 2001, pp.97-114. (T2)
HABERMAS, J. O dualismo das ciências naturais e das ciências humanas. In: A lógica das ciências sociais. Petrópolis: Vozes, 2009, pp. 9-71 (T3)
LADRIÈRE, J. Prefácio. In: BRUYNE, P.; HERMAN, J.; SCHOUTHEETE, M. Dinâmica de pesquisa em ciências sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 199, pp. 9-22 (T4)
POPPER, K. A lógica das ciências sociais. In: Lógica das ciências sociais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro/Brasília: UnB, 1978, pp. 13-34. (T 5)
SANTOS, B. S. Ciência e senso comum/ Metodologia e hermenêutica. In: Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989, pp. 31-46/47-69. (T 6) (2 capítulos)
“Espaços de Diálogo”
ED 1: Funcinalismo: fato social, cultura e função
BOURDIEU,P. CHAMBOREDON,, J-C; PASSERON, J-C. Texto 22 “ necessário tratar os fatos sociais como coisas”/texto 41- O formalismo como intuicionismo. In: Ofício de sociólogo. Petrópolis: Vozes, 2004, pp. 186-188/270274 (ED 1)
DURKHEIM, É. Que é fato social?/ Regras relativas à observação dos fatos sociais In: As regras do método sociológico São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1990, pp. 1-40 (ED 1)
MALINOWSKI, B. Capítulo VII: A análise funcional da cultura/; Capítulo II: axiomas gerais do funcionalismo; Capítulo III: definição de função; Capítulo IV: Breve análise do funcionalismo. In: Uma teoria científica da cultura. Rio de Janeiro: Zahar, 1970, pp. 69-75/140-143/144-147/147-148 (ED 1)
ED 2: Estruturalismos: dialética materialista e etnologia
BOURDIEU,P. CHAMBOREDON,, J-C; PASSERON, J-C. Texto 20- O método da economia política/Texto 40- a filosofia dialogada. In: Ofício de sociólogo. Petrópolis: Vozes, 2004, pp.177-179/ 261-265 (ED 2)
MARX, K. Posfácio. Contribuição à crítica da economia política/. Posfácio. O capital. In: IANNI O. (org.) MARX Sociologia. São Paulo: Ática, 1984. pp. 62-73 /173-176 .(ED 2)
LÈVI-STRAUSS, C. Capítulo XV: A noção de estrutura em etnologia. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: tempo Brasileiro, 1985, pp. 315-360 (ED 2)
ED 3: Compreensão: sentidos da ação social e da cultura
BOURDIEU,P. CHAMBOREDON,, J-C; PASSERON, J-C. Texto 21- A ilusão positivista de uma ciência sem pressuposto/Texto 31- A utilização dos tipos ideais em sociologia In: Ofício de sociólogo. Petrópilis: Vozes, 2004, pp. 179-185/ 222-228 (T 23
WEBER, M. A “objetividade” do conhecimento na ciência social e na ciência política. In: Metodologia das ciências sociais. São Paulo: Cortez, 1993, pp. 107-154 (ED 3)
GEERTZ, C. Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura. In: a interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989, pp. 13- 41 (ED 3)
ED 4 – Sentidos compartilhados na interação humana
GIORGI, A. Sobre o método fenomenológico utilizado como modo de pesquisa qualitativa nas ciências humanas: teoria, prática e avaliação. In: POUPART, J. e al (org) A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis: Vozes, 2008, pp. 386-435 (ED 4)
HAGUETTE, T. A interação simbólica. In: metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 1987, pp. 23-42 (ED 4)
COULON, A. Cap. II: história do movimento etnometodológico/ Cap. III: os conceitos-chaves da etnometodologia. In: Etnometodologia. Petropólis: Vozes, 1995, pp. 19-28; 29/48 (ED 4)
ED 5 - Ciências Sociais e novas perspectivas epistemológicas
LAYTON. R. O pós-modernismo e a antropologia. In: Introdução à teoria antropológica. Lisboa: Edições 70, 1997, pp. 245-285. (ED 5)
RAGO, M. Epistemologia feminista, gênero e história. http://www.moodle.ufba.br/file.php/12635/Carla_Akotirene/Epistemologia_Feminista.pdf, 11 p. (ED 5)
SEDGWICK, e. K. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu (28), janeiro-junho de 2007:19-54. http://www.scielo.br/pdf/cpa/n28/03.pdf (ED 5)
Sessões
Sessão 1: T 2 - T 4 – T 6
Sessão 2:. T1- T3- T5
Sessão 3: ócio criativo - ED 1
Sessão 4: ED 2- ED 3
Sessão 5: ED 4 – ED 5
Sessão 6: Avaliação
Disciplina: Metodologia da Pesquisa I – 2ª parte
Profª. Maria Sueli Rodrigues de Sousa
Ementa:
Pesquisa em ciências sociais: polos morfológicos e técnicos. Tipos de pesquisa e de abordagens, concepção e planejamento. Delimitação do objeto de estudo. O projeto de pesquisa: delimitação do problema, referencial teórico, instrumentos e técnicas de coleta de informações e demais aspectos implicados. Modelos e processos de construção. Ética na pesquisa. Trabalho de campo: preparação, coleta de informações, processamento e construção de dados de teor quantitativo e qualitativo. Redação do trabalho científico: formas teóricas e elaboração de artigos e relatório de pesquisa.
Objetivo geral:
Refletir sobre a pesquisa sociológica no contexto do curso de mestrado nos aspectos técnicos e morfológicos a partir das dimensões epistemológicas e teóricas.
Objetivos específicos:
1. Estudar a pesquisa sociológica e o projeto de pesquisa como produção de conhecimento.
2. Estudar métodos e técnicas e o campo de pesquisa nos limites da ética na pesquisa.
Conteúdos e bibliografia:
I - Pesquisa sociológica e o projeto de pesquisa – 3 sessões
1.1. Planejamento da pesquisa:
- o planejamento e o projeto como conduta de antecipação – aula expositiva - 27/05/2013:
1º texto: HABERMAS, J. A constituição intersubjetiva do espírito que se guia por normas. In: Entre naturalismo e religião – estudos filosóficos. Rio de Janeiro : Tempo brasileiro, 2007. pp. 17-30
2º texto: VELHO, G. Trajetória individual e campo de possibilidades. In: Projeto e metamorfose – antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro : Jorge Zahar Editor, 2003. pp: 31-48.
3º texto: BOUTINET, J. P. Limiar: do conceito ao paradigma. Do tempo técnico à cultura de projeto. In: Antropologia de projeto. Porto Alegre : Artmed, 2002. pp: 13-60.
4º texto – SPINK, M. J. Linguagem e Produção de sentidos no cotidiano. Centro Edelstein de Pesquisas Sociais : Rio de Janeiro, 2010. pp: 1-59.
1. 2. Planejamento e projeto - o problema, pressuposto/hipótese, referencial teórico como o cerne da pesquisa, a justificativa e objetivos como aspectos sobre a pesquisa e metodologia como modo de fazer.
Espaço de discussão 1 e 2 – 04/06/2013
- entendendo e planejando a pesquisa
5º texto: LUNA, S. V. de. Planejamento de Pesquisa – uma introdução. São Paulo : Educ – Editora da PUC – SP, 2002. 105p.
6º texto: BECKER, H. S. Método de pesquisa. Sobre metodologia. In: Método de pesquisa em ciências sociais. São Paulo : Editora Hucitec, 1997. pp: 9-46.
7º texto: BOOT, COLOMB & WILLIAMS. Pesquisa, pesquisadores e leitores. Fazendo perguntas, encontrando respostas. In: A arte da pesquisa. São Paulo : Martins Fontes, 2008. pp: 1-112.
- tipos de pesquisa – pesquisa qualitativa, pesquisa quantitativa
8º texto - GOLDEMBERG, M. A arte de pesquisar – como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. Rio de Janeiro-São Paulo; Editora Record, 2004. 107p.
9º texto – KERLINGER, F. N. Tipos de pesquisa, métodos de observação e testes de significância estatística. In: Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais – um tratamento conceitual. São Paulo : Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 1980. – 347-262.
10º texto – FREITAS, H.; OLIVEIRA, M.; SACOLL, A. Z.; MOSCAROLA, J. O método de pesquisa Survey. In: Revista de Administração, São Paulo, v. 35, n. 3, p. 105-112, jul/setembro 2000.
11º texto – GÜNTER, H. Pesquisa Qualitativa Versus Pesquisa Quantitativa: Esta É a Questão? In: Rev. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, Mai-Ago 2006, Vol. 22 n. 2, pp. 201-210 203.
II Ética e trabalho de campo – 2 sessões
O conhecimento, a pesquisa, métodos e política
Aula expositiva – 11/06/2013
12º texto – SPINK, P. K. O pesquisador conversador no cotidiano. In: Revista Psicologia & Sociedade; 20, Edição Especial: 70-77 2008.
13º texto – MOTTA, R. C. Ciências sociais na América Latina: privilégio epistemológico, estilo original. In: Revista Debates, Porto Alegre, v.3, n.1, p.9-26, jan.-jun. 2009.
14º texto - ZALUAR, A. Pesquisando no perigo: Etnografias voluntárias e não acidentais. In: Revista MANA, Rio de Janeiro, 15(2): 557-584, 2009.
15º texto – PORTELLI, A. A Filosofia e os Fatos - Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. In: Rev. Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, n°. 2, 1996, p. 59-72.
16º texto – WEBER, F. A entrevista, a pesquisa e o íntimo, ou: por que censurar seu diário de campo? In: Rev. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 157-170, jul./dez. 2009.
17º texto – DINIZ, D.; GUILHEM, D.; SCHÜKLENK, U. Ética na Pesquisa – experiência de treinamento em países sul-africanos. Brasília : Editora UnB; Letras livres e OMS, 2005. pp: 11-28; 30-103.
Espaços de discussão 3 e 4: 25/06/2013
- imagens e documentos
18º texto – MELLO, M. T. V. B. de. Os Usos da Imagem nas Ciências Sociais. In: Rev. Estudos Históricos, 1999 – nº 23 214-219.
19º texto – PINHEIRO, E. M.; KAKEHASHI, T. Y.; ANGELO, M. O uso de filmagem em pesquisas qualitativas. In: Rev Latino-am Enfermagem 2005 setembro-outubro; 13(5):717-22, www.eerp.usp.br/rlae;
20º texto – CORSETTI, B. A análise documental no contexto da metodologia qualitativa: uma abordagem a partir da experiência de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos. In: UNIrevista - Vol. 1, n° 1: 32-46 (janeiro 2006).
21º texto – NASCIMENTO, A. R. A. do; MENANDRO, P. R. M. Análise lexical e análise de conteúdo: uma proposta de utilização conjugada. In: Estudos e Pesquisas em Psicologia, UERJ, RJ, ANO 6, N. 2, 2º SEMESTRE DE 2006.
22º texto – WEBER, R. Fontes cruzadas. In: Anais do IX Encontro Estadual de História, promovido pela ANPUH/RS e realizado em julho de 2008 no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS.
23º texto – LATOUR, B. Redes que a razão desconhece: laboratórios, bibliotecas, coleções. In: 64-BIBAL Portugais 1-18. André Parente Editor Tramas da Rede Sulina, Porto Alegre Brazil, 39-63, 2004.
24º texto - LITTLE, P. E. Ecologia política como etnografia: um guia teórico e metodológico. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 12, n. 25, p. 85-103, jan./jun. 2006.
25º texto - BOUTINET, J. P. Limiar: do conceito ao paradigma. Do tempo técnico à cultura de projeto. In: Antropologia de projeto. Porto Alegre : Artmed, 2002. pp: 233-266.
III - Projetos de pesquisa – 3 sessões – 02/07/2013, 09/07/2013 e 16/07/2013
Apresentação dos projetos de pesquisa para apreciação por: membro convidado, orientador e docente da disciplina.
Metodologia:
A disciplina será desenvolvida em duas modalidades: discussão teórica e projetos de pesquisa. A discussão teórica será desenvolvida em duas unidades: I - pesquisa e projeto e II - ética na pesquisa, trabalho de campo, métodos e técnicas. Cada uma das unidades será desenvolvida com aula expositiva e seminários (espaços de discussão). A segunda modalidade será desenvolvida numa unidade com foco na análise dos projetos de pesquisa, que deverão ser entregues previamente para a professora da disciplina, um membro convidado para fazer interlocução no diálogo sobre o projeto e para o/a docente orientador/a. O projeto será apresentado em 15 minutos e será discutido em 15 minutos por cada membro.
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| Procedimentos de Avaliação da Aprendizagem: |
Processo de trabalho e avaliação
Este subprograma foi concebido, partindo de uma abordagem mais abrangente sobre conhecimento e conhecimento científico para uma introdução ao conhecimento científicos nas ciências humanas e da sociedade.
A realização desta proposta requer disciplina intelectual, observância de horários, e compromisso com o seu desenvolvimento que se dará através de :
-Aulas expositivas, com base nas referências, seguidas de debate;
-Aulas dissertativas, com trabalhos em grupos, diversos, em sala de aula, com apresentação e debate;
-“Espaços de Diálogos”, na forma de seminários com temáticas pré-definidas
A avaliação de desempenho é processual e compreende: freqüência, participação, rendimento e produção, mensuráveis através da presença em sala de aula, da participação qualificada nas aulas na participação efetiva nos trabalhos e no resultado destes.
Tudo isto implica leitura das referências básicas, obrigatórias, por cada um/a dos/as mestrandos/as. Possíveis alterações nas referências serão avisadas com antecedência e fichamentos de textos, além de orientados, poderão ser exigidos, como critério de avaliação.
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| Horário de atendimento:
| 08 às 12 |
| Bibliografia:
| 1ª parte:
Profª Maria Dione
1ª Unidade
Referências
APPOLINÁRIO, F. Os grandes debates da ciência contemporânea. In: Metodologia científica. Filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Thomson Learning, 2006, pp. 29-44. (T 1)
ASSIS, M. de. O alienista. In: BRAYNER, S. (org.) O conto de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981, pp. 45-89. (T 2)
SAGAN, C. O casamento do ceticismo e da admiração. In: O mundo assombrado pelos demônios. São Paulo: Companhia das Letras, São Paulo, pp. 334-348. (T 3)
GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais/Uma visão geral do método nas ciências naturais. In: ALVES-MAZZOTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. (org.) O método nas ciências naturais e sociais. Pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira Thomson, Learning, 2004, pp. 3-9/10-41. (T4 – T5) (2 capítulos)
ESPAÇOS DE DIÁLOGOS – ED´s
ED 1: Ciências e paradigmatologia: da simplificação à complexidade
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva: 2006, pp.29-218 (ED 1)
MORIN, E. O pensamento dissimulado (paradigmatologia). In: O método 4. As idéias. Habitat, vida, costumes, organização. Porto Alegre: Sulina, 2001, pp. 258-295 (ED 1)
ED 2: Fundamentos da ciência moderna e novo espírito científico
BACHELARD. G. A epistemologia não-cartesiana. In: O novo espírito científico. Rio de Janeiro: 2000 11-151 (ED 2)
CAPRA, F. Os dois paradigmas/A influência do pensamento cartesiano-newtoniano. In: O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix. 2006, pp. 47-91/93-225. (ED 2)
ED 3: Pensamento moderno, ciências e transversalidade
GEERTZ, C. Como pensamos hoje: a caminho de uma etnografia do pensamento moderno. In: O saber local. Petrópolis: Vozes, pp. 220-245. (ED 3)
SHINN, T,: RAGOUET, P. Por uma sociologia transversalista da ciência e da inovação técnica. In: Controvérsias sobre a ciência. Por uma sociologia transversalista da ciência, São Paulo: Editora 34, 2008, pp.123-159 (ED 3)
2ª Unidade:
BOURDIEU, P. Introdução a uma sociologia reflexiva. In: O poder simbólico. Bertrand Brasil, 2009, pp. 17-56 (T1)
GIDDENS, A. O que é ciência social? In: Em defesa da sociologia. São Paulo: UNESP, 2001, pp.97-114. (T2)
HABERMAS, J. O dualismo das ciências naturais e das ciências humanas. In: A lógica das ciências sociais. Petrópolis: Vozes, 2009, pp. 9-71 (T3)
LADRIÈRE, J. Prefácio. In: BRUYNE, P.; HERMAN, J.; SCHOUTHEETE, M. Dinâmica de pesquisa em ciências sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 199, pp. 9-22 (T4)
POPPER, K. A lógica das ciências sociais. In: Lógica das ciências sociais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro/Brasília: UnB, 1978, pp. 13-34. (T 5)
SANTOS, B. S. Ciência e senso comum/ Metodologia e hermenêutica. In: Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989, pp. 31-46/47-69. (T 6) (2 capítulos)
“Espaços de Diálogo”
ED 1: Funcinalismo: fato social, cultura e função
BOURDIEU,P. CHAMBOREDON,, J-C; PASSERON, J-C. Texto 22 “ necessário tratar os fatos sociais como coisas”/texto 41- O formalismo como intuicionismo. In: Ofício de sociólogo. Petrópolis: Vozes, 2004, pp. 186-188/270274 (ED 1)
DURKHEIM, É. Que é fato social?/ Regras relativas à observação dos fatos sociais In: As regras do método sociológico São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1990, pp. 1-40 (ED 1)
MALINOWSKI, B. Capítulo VII: A análise funcional da cultura/; Capítulo II: axiomas gerais do funcionalismo; Capítulo III: definição de função; Capítulo IV: Breve análise do funcionalismo. In: Uma teoria científica da cultura. Rio de Janeiro: Zahar, 1970, pp. 69-75/140-143/144-147/147-148 (ED 1)
ED 2: Estruturalismos: dialética materialista e etnologia
BOURDIEU,P. CHAMBOREDON,, J-C; PASSERON, J-C. Texto 20- O método da economia política/Texto 40- a filosofia dialogada. In: Ofício de sociólogo. Petrópolis: Vozes, 2004, pp.177-179/ 261-265 (ED 2)
MARX, K. Posfácio. Contribuição à crítica da economia política/. Posfácio. O capital. In: IANNI O. (org.) MARX Sociologia. São Paulo: Ática, 1984. pp. 62-73 /173-176 .(ED 2)
LÈVI-STRAUSS, C. Capítulo XV: A noção de estrutura em etnologia. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: tempo Brasileiro, 1985, pp. 315-360 (ED 2)
ED 3: Compreensão: sentidos da ação social e da cultura
BOURDIEU,P. CHAMBOREDON,, J-C; PASSERON, J-C. Texto 21- A ilusão positivista de uma ciência sem pressuposto/Texto 31- A utilização dos tipos ideais em sociologia In: Ofício de sociólogo. Petrópilis: Vozes, 2004, pp. 179-185/ 222-228 (T 23
WEBER, M. A “objetividade” do conhecimento na ciência social e na ciência política. In: Metodologia das ciências sociais. São Paulo: Cortez, 1993, pp. 107-154 (ED 3)
GEERTZ, C. Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura. In: a interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara, 1989, pp. 13- 41 (ED 3)
ED 4 – Sentidos compartilhados na interação humana
GIORGI, A. Sobre o método fenomenológico utilizado como modo de pesquisa qualitativa nas ciências humanas: teoria, prática e avaliação. In: POUPART, J. e al (org) A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis: Vozes, 2008, pp. 386-435 (ED 4)
HAGUETTE, T. A interação simbólica. In: metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 1987, pp. 23-42 (ED 4)
COULON, A. Cap. II: história do movimento etnometodológico/ Cap. III: os conceitos-chaves da etnometodologia. In: Etnometodologia. Petropólis: Vozes, 1995, pp. 19-28; 29/48 (ED 4)
ED 5 - Ciências Sociais e novas perspectivas epistemológicas
LAYTON. R. O pós-modernismo e a antropologia. In: Introdução à teoria antropológica. Lisboa: Edições 70, 1997, pp. 245-285. (ED 5)
RAGO, M. Epistemologia feminista, gênero e história. http://www.moodle.ufba.br/file.php/12635/Carla_Akotirene/Epistemologia_Feminista.pdf, 11 p. (ED 5)
SEDGWICK, e. K. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu (28), janeiro-junho de 2007:19-54. http://www.scielo.br/pdf/cpa/n28/03.pdf (ED 5)
2ª parte - Profª Maria Sueli
1º texto: HABERMAS, J. A constituição intersubjetiva do espírito que se guia por normas. In: Entre naturalismo e religião – estudos filosóficos. Rio de Janeiro : Tempo brasileiro, 2007. pp. 17-30
2º texto: VELHO, G. Trajetória individual e campo de possibilidades. In: Projeto e metamorfose – antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro : Jorge Zahar Editor, 2003. pp: 31-48.
3º texto: BOUTINET, J. P. Limiar: do conceito ao paradigma. Do tempo técnico à cultura de projeto. In: Antropologia de projeto. Porto Alegre : Artmed, 2002. pp: 13-60.
4º texto – SPINK, M. J. Linguagem e Produção de sentidos no cotidiano. Centro Edelstein de Pesquisas Sociais : Rio de Janeiro, 2010. pp: 1-59.
5º texto: LUNA, S. V. de. Planejamento de Pesquisa – uma introdução. São Paulo : Educ – Editora da PUC – SP, 2002. 105p.
6º texto: BECKER, H. S. Método de pesquisa. Sobre metodologia. In: Método de pesquisa em ciências sociais. São Paulo : Editora Hucitec, 1997. pp: 9-46.
7º texto: BOOT, COLOMB & WILLIAMS. Pesquisa, pesquisadores e leitores. Fazendo perguntas, encontrando respostas. In: A arte da pesquisa. São Paulo : Martins Fontes, 2008. pp: 1-112.
- tipos de pesquisa – pesquisa qualitativa, pesquisa quantitativa
8º texto - GOLDEMBERG, M. A arte de pesquisar – como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. Rio de Janeiro-São Paulo; Editora Record, 2004. 107p.
9º texto – KERLINGER, F. N. Tipos de pesquisa, métodos de observação e testes de significância estatística. In: Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais – um tratamento conceitual. São Paulo : Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 1980. – 347-262.
10º texto – FREITAS, H.; OLIVEIRA, M.; SACOLL, A. Z.; MOSCAROLA, J. O método de pesquisa Survey. In: Revista de Administração, São Paulo, v. 35, n. 3, p. 105-112, jul/setembro 2000.
11º texto – GÜNTER, H. Pesquisa Qualitativa Versus Pesquisa Quantitativa: Esta É a Questão? In: Rev. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília, Mai-Ago 2006, Vol. 22 n. 2, pp. 201-210 203.
12º texto – SPINK, P. K. O pesquisador conversador no cotidiano. In: Revista Psicologia & Sociedade; 20, Edição Especial: 70-77 2008.
13º texto – MOTTA, R. C. Ciências sociais na América Latina: privilégio epistemológico, estilo original. In: Revista Debates, Porto Alegre, v.3, n.1, p.9-26, jan.-jun. 2009.
14º texto - ZALUAR, A. Pesquisando no perigo: Etnografias voluntárias e não acidentais. In: Revista MANA, Rio de Janeiro, 15(2): 557-584, 2009.
15º texto – PORTELLI, A. A Filosofia e os Fatos - Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. In: Rev. Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, n°. 2, 1996, p. 59-72.
16º texto – WEBER, F. A entrevista, a pesquisa e o íntimo, ou: por que censurar seu diário de campo? In: Rev. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 157-170, jul./dez. 2009.
17º texto – DINIZ, D.; GUILHEM, D.; SCHÜKLENK, U. Ética na Pesquisa – experiência de treinamento em países sul-africanos. Brasília : Editora UnB; Letras livres e OMS, 2005. pp: 11-28; 30-103.
18º texto – MELLO, M. T. V. B. de. Os Usos da Imagem nas Ciências Sociais. In: Rev. Estudos Históricos, 1999 – nº 23 214-219.
19º texto – PINHEIRO, E. M.; KAKEHASHI, T. Y.; ANGELO, M. O uso de filmagem em pesquisas qualitativas. In: Rev Latino-am Enfermagem 2005 setembro-outubro; 13(5):717-22, www.eerp.usp.br/rlae;
20º texto – CORSETTI, B. A análise documental no contexto da metodologia qualitativa: uma abordagem a partir da experiência de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos. In: UNIrevista - Vol. 1, n° 1: 32-46 (janeiro 2006).
21º texto – NASCIMENTO, A. R. A. do; MENANDRO, P. R. M. Análise lexical e análise de conteúdo: uma proposta de utilização conjugada. In: Estudos e Pesquisas em Psicologia, UERJ, RJ, ANO 6, N. 2, 2º SEMESTRE DE 2006.
22º texto – WEBER, R. Fontes cruzadas. In: Anais do IX Encontro Estadual de História, promovido pela ANPUH/RS e realizado em julho de 2008 no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS.
23º texto – LATOUR, B. Redes que a razão desconhece: laboratórios, bibliotecas, coleções. In: 64-BIBAL Portugais 1-18. André Parente Editor Tramas da Rede Sulina, Porto Alegre Brazil, 39-63, 2004.
24º texto - LITTLE, P. E. Ecologia política como etnografia: um guia teórico e metodológico. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 12, n. 25, p. 85-103, jan./jun. 2006.
25º texto - BOUTINET, J. P. Limiar: do conceito ao paradigma. Do tempo técnico à cultura de projeto. In: Antropologia de projeto. Porto Alegre : Artmed, 2002. pp: 233-266.
Bibliografia complementar:
1º texto – OLIVEIRA, J. P. de. A etnologia dos “índios misturados”? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. In: Rev. MANA 4(1):47-77, 1998.
2º texto – KUSCHNIR, K. Antropologia e política. In: Revista brasileira de ciências sociais - vol. 22 nº. 64, 163-167.
3º texto – PIMENTEL, A. O método da análise documental: seu uso numa pesquisa historiográfica. In: Cadernos de Pesquisa, n. 114, p. 179-195. Novembro/2001.
4º texto – SOUZA, M. B.; VERSUTI, A. C. O potencial da entrevista narrativa com fotografias. In: Anais do VI Colóquio Internacional – Educação e Contemporaneidade. São Cristóvão-SE, 20 a 22 de setembro de 2012.
5º texto – BELEI, R. A.; GIMENIZ-PASCHOAL ,S. R.; NASCIMENTO, E. N.; Matsumoto, P. H. V. R. O uso de entrevista, observação e videogravação em pesquisa qualitativa. In: Cadernos de Educação/FaE/PPGE/UFPel, Pelotas [30]: 187 - 199, janeiro/junho 2008.
6º texto - FREIRE, L. de L. Seguindo Bruno Latour: notas para uma antropologia simétrica.In: Rev.Comum - Rio de Janeiro - v.11 - nº 26 - p. 46 a 65 - janeiro/ junho 2006.
7º texto - TEIXEIRA, M. de O. A ciência em ação: seguindo Bruno Latour. In: Rev. História, Ciências, Saúde Vol. VIII – Livros & Redes. MAR.-JUN. 2001 265-289.
8º texto - NOBRE, J. C. de A.; PEDRO, R. M. L. R. Reflexões sobre possibilidades metodológicas da Teoria Ator-Rede. In: Cadernos UniFOA, Volta Redonda, Ano V, nº 14, dezembro/2010, 47-56.
9º texto - CERES, V.; OLIVEN, R. G.; MACIEL, M. E. ORO, A. P. (ORGS.). Antropologia e Ética. O debate atual no Brasil. Niterói: EdUFF, 2004.207 p. 21cm.
10º texto: COULON, A. Sociologia leiga e sociologia profissional. Questão de método. In: Etnometodologia. Petrópolis :Vozes, 1995. pp: 49-92.
11º texto: BOUDON, R. As falsas querelas de método. In: Os métodos em sociologia. São Paulo : Editora Ática, 1989. pp: 14-23.
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