Bibliografia:
| OBJETIVO: Estudar o corpo, seus sentidos e significados, observando os múltiplos olhares e enfoques produzidos nos âmbitos socioantropológico, histórico e cultural considerando uma perspectiva interdisciplinar entre as ciências humanas, saúde e educação.
PROGRAMA:
CONVERSAÇÕES I
I e II Encontros ? Configurações de uma Sociologia do Corpo
I - Vivência de entrosamento e socialização das percepções e sentidos sobre nosso corpo. Apresentação/construção do Programa de Ensino e suas possibilidades ações/movimentos/tensões/invenções nos diversos encontros. II - Corpo e Pandemia: Olhares das ciências humanas e sociais. (Butler, Morin, Boaventura e outros)
CONVERSAÇÕES II
III e IV Encontros ? Dispositivos para pensar o Corpo.
? Leituras básicas:
- AGAMBEN, Giorgio. O que é um dispositivo. - DELEUZE, Gilles. O que é um dispositivo. Disponível em, <http://vsites.unb.br/fe/tef/filoesco/foucault/art14.pdf>> acesso em agosto de 2019. - MARCELLO, Fabiana de Amorim. O conceito de dispositivo em Foucault: mídia e produção agonística de sujeitos-maternos. Revista Educação e Realidade, jan/jun/2004. - SILVA, Priscila da. Dispositivo: um conceito, uma estratégia. Revista Profanações, ano 1, n. 2, julho/dezembro de 2014. - ADAD, Shara Jane Costa et al. Tudo que não inventamos é falso ? Dispositivos artísticos para pesquisar, ensinar e aprender com a sociopoética. Fortaleza: EdUECE, 2014. págs. 41- - KASTRUP, Virginia & BARROS, Regina Benevides. Movimentos-Funções do dispositivo na prática cartográfica. In: Pistas do Método da Cartografia ? pesquisa-intervenção e produção de subjetividades. Porto Alegre: Sulina, 2015. - KASTRUP, Virinia & Barros, Laura Possana de. Cartografar é acompanhar processos. In. Pistas do Método da Cartografia ? pesquisa-intervenção e produção de subjetividades. Porto Alegre: Sulina, 2015 - NAJMANOVICH, Denise, O sujeito encarnado ? questões para pesquisa no / do cotidiano. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. págs. 07 a 29.
CONVERSAÇÕES III
V e VI - Percepções Socioantropológicas e históricas do Corpo
? Leituras básicas:
- CORBIN, Alain et al. História do corpo ? as mutações do olhar. O século XX. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. págs. 7 ? 82. -DEL PRIORE, Mary (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Ed. Contexto, 2015. Texto: Magia e medicina na colônia ? o corpo feminino ? pág. 78 - MAUSS, Marcel. As técnicas do corpo. In: Sociologia e antropologia. São Paulo: UBU, 2017. págs. 421 ? 443; - LE BRETON, David. Antropologia do corpo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. págs. Caps. 2,3 e 4 (35-110); - LE BRETON, David. Antropologia dos sentidos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. págs. Cap. I (21-66) caps. 4 e 5 (203-288); - LE BRETON, David. Antropologia das emoções. Petrópolis, RJ: Vozes,2019. págs. 137- 223.
CONVERSAÇÕES IV
VII e VIII Encontros ? A Política dos corpos - os condenados, os anormais e as vulnerabilidades ? Leituras básicas:
- FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis, RJ: Vozes, 1987. Cap. I pags. 09-29 (primeira parte) e Cap. I, II e III pags. 117-187 (terceira parte). - FOUCAULT, Michel. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2010 As três figuras que constituem o domínio da anomalia ? aula de 22 de janeiro de 1975 ? pág. 47- 68 e aula de 26 de fevereiro de 1975 ? A culpabilização do corpo como carne - pág. 173 -199. -MBEMBE, Achille. Necropolítica ? biopoder, soberania, estado de exceção e política da morte. São Paulo: n-1 edições, 2019; - BUTLER, Judith. Quadros de guerra ? quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. Introducão ? pags.13-56; cap. 2 pags. 99-149. - BUTLER, Judith. Vida precária ? os poderes do luto e da violência. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019. Violência, luto e política (39-72) e vida precária (157-182)
CONVERSAÇÕES V
IX e X Encontros ? Corpo, gênero, sexualidades e violências
Leituras básicas:
- MCLAREN, Margaret A. Foucault, feminismos e subjetividade. São Paulo: Intermeios, 2016. Págs. 109 ? 153; - GUACIRA, Lopes. Um corpo estranho ? ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2016. - MISkOLCI, Richard. Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autêntica Editora : UFOP, 2016. - PAZ, Aline & MATTOS, Uanna. Meu corpo, minhas regras. Violência contra a mulher e o feminismo no século XXI. Rio de Janeiro: Editora Autografia, 2016. - POCAHY, Fernando; CARVALHO, Felipe da Silva Ponte & JÚNIOR, Dilton Ribeiro Couto. Gênnero, sexualidade & geração. Aracajú: EDUNIT, 2018. - SILVA, Daniele Andrade da [et al.]. Feminilidades: corpos e sexualidades em debate. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013. (Debate 1 ? Feminismo Trans: Os corpos femininos que se constroem ? págs. 63 ? 143 / Debate 2- PROSTITUIÇÃO: os corpos como mercadoria ou a sexualidade como atividade econômica ? págs. 145 ? 214.) - SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Expressão Popular,2014
CONVERSAÇÕES VI
XI e XII Encontros ? Corpos, Decolonialidade e Resistências
? Leituras básicas:
- AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade.São Paulo:Sueli Carneiro; Pólen,2019. (coleção feminismos plurais). - COSTA, Joaze Bernardino; TORRES, Nelson Maldonado & GROSTOGUEL, Ramón. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019. Introdução (09-26) e Encontro de sabere e descolonização (79-106). - DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016. pags. 177-203. - KILOMBA, Grada. Memórias da plantação ? episódios de racismo cotidiano.Rio de Janeiro: Cobogó, 2019. - OLIVEIRA, Luiz Fernandes de & CANDAU, Vera Maria Ferrão. Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Belo Horizonte, Educação em Revista, vol.26.número 01, 2010. - SANTOS, Boaventura de Sousa. É possível descolonizar o conhecimento? In: Na oficina do sociólogo artesão. São Paulo: Cortez, 2018.
CONVERSAÇÕES VII
XIII, XIV e XV Encontros - Rodas de Conversa sobre o Corpo.
Atividades de Avaliação da Disciplina : Em grupos de 05 (cinco) os/as discentes organizaram rodas de conversas, na modalidade virtual, com temáticas abordadas ao longo do curso, podendo convidar pesquisadores/as, ativistas e demais pessoas engajadas com as questões socias que serão debatidas. Serão considerados na avaliação: Planejamento, divulgação, execução e relatório escrito de todas as etapas.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ADAD, Shara Jane Holanda Costa. Corpos de rua: catografias dos saberes juvenis e o sociopoetizar dos desejos dos educadores. Fortaleza: Ed. UFC, 2011. BARBOSA, Andréa; CUNHA, Edgar T. & HIKIJI, Rose Satiko G. Imagem-conhecimento ? antropologia, cinema e outros diálogos. Campinas, SP: Papirus, 2009. BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. CORBIN, Alain et al. História do corpo ? Da revolução à grande guerra. Vol. 2. Petrópolis RJ: Vozes, 2008. COURTINE, Jean-Jacques. Decifrar o corpo ? pensar com Foucault. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. COURTINE, Jean-Jacques. História do rosto ? exprimir e calar as emoções. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2000. DELEUZE, Gilles. Empirismo e subjetividade ? ensaio sobre a natureza humana. São Paulo: Editora 34, 2012. DINIS, Nilson Fernandes. A esquizoanálise: um olhar oblíquo sobre o corpos, gêneros e sexualidades. Rev. Sociedade e cultura, v. 11, n. 02, jul/dez. 2008. ELIAS, Norbert. A solidão dos moribundos ? seguidos de envelhecer e morrer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. GOFFMAN, Erving. Estigma ? notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: LCT, 2008. GOLDENBERG, Mirian. Coroas: corpo, envelhecimento, casamento e identidade. Rio de Janeiro: Ed, Record, 2015. GOLDENBERG, Mirian (org.). Corpo, envelhecimento e felicidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. LE BRETON, David. Adeus ao corpo: antropologia e sociedade. Campinas, SP: Papirus, 2003. LE BRETON, David. Antropologia da dor. São Paulo: Fap ? Unifesp, 2013. LE BRETON, David. Rostos ? ensaio de antropologia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019. LINS, Daniel & GADELHA, Sylvio. Nietzsche e Deleuze: Que pode o corpo. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Fortaleza, CE: Secretaria da Cultura e Desporto, 2002. O Corpo que não aguenta mais, com David Lapoujade ? págs. 81-90 e Ecopolítica: o que pode um corpo? Com Edson Passeti, págs. 91 ? 107. LOURO, Guacira Lopes. Corpo, gênero e sexualidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação ? uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. MONTAGU, Ashley. Tocar: o significado humano da pele. São Paulo: Summus, 1988. págs. 18 ? 31; MOURA, Clóvis. Sociologia do negro no Brasil.São Paulo:Perspectiva, 2019. pags. 29-58 PARKER, Richard & BARBOSA, Maria Regina. Sexualidades brasileiras. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1996. RIBEIRO, Dejamila. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019. SAFFIOTI, Heleieth. A mulher na sociedade de classes ? mito e realidade. São Paulo: Expressão Popular,2013. SANTOS, Boavetura de Sousa. A experiência profunda dos sentidos ? In: O fim do império cognitivo ? a afirmação das epistemologias do sul. Coimbra: Edições Almedina, S.A., 2018. SILVA, Ignacio Assis. Corpo e sentido: a escuta do sensível. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996. SILVA, Daniele Andrade, et al. Feminilidades: corpos e sexualidades em debate. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2013. SINGER, June. Androginia: rumo a uma nova teoria da sexualidade. São Paulo: Cultrix,1990. SOUZA, Maria Rosângela de. Corpo e desejo no tempo da velhice. Dissertação e Mestrado ? Universidade Federal do Ceará ? Orientadora: Dra. Glória Maria Diógenes - Defesa em 2004. SOUZA, Maria Rosângela de. As velhices que habitam o sertão: modosde envelhescer e morrer no semiárido piauiense. Universidade Federal do Ceará ? Orientador: Antonio Cristian Saraiva Paiva ? Ano de Defesa: 2013. SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018. STUKER, Paola; CELMER, Elisa Girotti & PASSOS, A. Gustavo da Silva. Vidas Críticas ? gênero, sexualidades, violências e justiça. Porto Alegre: Editora Mikelis, 2019.
OBS: As leituras básicas devem ser lidas por todos/as, mesmo quando forem atribuídas a pessoas ou grupos. As leituras complementares apresentam aspectos a serem ampliados nas discussões das temáticas e devem ser lidos quando houver debates e produção de textos. Embora o plano de curso esteja concluído, há abertura e flexibilidade para substituir textos, acrescentar autores e sugestões de filmes, documentários e outras artes.
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