Metodologia: |
ME/UFPI/PRPPG/CCHL/PPGAArq DISCIPLINA: Métodos e Técnicas de Pesquisa em Antropologia II PERÌODO/CARGA HORÀRIA: - 2012-2 - 60hs 4 créditos PROFª Drª. Maria Dione Carvalho de Morais Ementa Análise do processo de pesquisa, seus textos e hors-textes. Estudo de caso pela perspectiva etnográfica: observação participante, entrevista não diretiva, história de vida, diário de campo, círculos de pesquisa. Refletividade: o trabalho de campo em seus aspectos epistemológicos, morais e éticos. Amostragem na abordagem qualitativa. Processamento das informações e apresentação de resultados. Objetivação, problemas teórico metodológico e controle do bias. Complementaridade entre ferramentas de campo das metodologias qualitativas e quantitativas.
Objetivos Geral: Compreender a metodologia científica da pesquisa antropológica, através do estudo de autores clássicos e contemporâneos, analisando aspectos da pesquisa e estimulando questionamentos
Específicos: - Apreender o campo da pesquisa antropológica em suas dimensões epistemológica, teórica, metodológica e técnica; - Assimilar a dinâmica da pesquisa e estimular questionamentos sobre a vinculação entre teoria e pesquisa de campo, a relação entre pesquisador/a e objeto, entre objeto, métodos e técnicas de pesquisa; - Absorver o processo de construção do objeto: planejamento da pesquisa (escolha do tema, elaboração do problema de pesquisa, levantamento e revisão bibliográfica, referencial teórico e metodológico), pesquisa documental e de campo, análise, interpretação, redação e apresentação de resultados. PROGRAMA
UNIDADE I: ANTROPOLOGIA E PESQUISA (I) Antropologia, pesquisa, etnografia. Conceitos, enfoques, perspectivas, objetos, contradições, conflitos. Etnografia em sociedades tradicionais e complexas (4 sessões =16 h)
Processo de trabalho: aulas expositivas e dissertativas. Trabalhos em grupo em sala de aula. Trabalho escrito. Referências BERREMAN, G. D. Etnografia e controle de impressões em uma aldeia do Himalaia. In: Alba Zaluar Guimarães (org.) Desvendando Máscaras Sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, pp. 123-174 (T1)
CLIFFORD, J. Sobre a a autoridade etnográfica. In: A experiência etnográfica; Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2008, pp, 17-58 (T2) FISCHER, M. M. J. Etnografia renovável: seixos etnográficos e labirintos no caminho da teoria. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 23-52, jul./dez. 2009. (T3) GEERTZ, C. A antropologia e o cenário da escrita. Obras e vidas. O antropólogo como autor. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2002, pp.11-39 (T 4). GIUMBELLI. E. Para além do trabalho de campo: reflexões supostamente malinowskianas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 17, n. 48, fev/2002, pp. 91-107. (T5) GLUCKMAN, M. O Material Etnográfico na Antropologia Social Inglesa. In: Alba Zaluar Guimarães (org.) Desvendando Máscaras Sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, pp. 63-66 (T 6)
LÉVI-STRAUSS, C. Como se faz um etnógrafo. In: Tristes Trópicos. São Paulo: Anhembi, 1957, pp. 48-58 (T7) MAGNANI, J. G. C. Etnografia como prática e experiência. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 129-156, jul./dez. 2009 (T8) MAYBURY-LEWIS, D. A antropologia numa era de confusão. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 17, n. 50, out./2002, pp. 15-23 (Coleção Revista Bras. de C. Sociais - CD ROM) (T9) OLIVEIRA, R. C. O ofício do antropólogo ou como desvendar evidências simbólicas. Série Antropologia, n. 413, Brasília, UnB, 2007, 21 p. (T 10) PEIRANO, M. A favor da etnografia. In: A favor da etnografia, Rio, Relume Dumará, 1995, pp, 31-57(T11)
Programação/Conteúdo das sessões Sessão Textos S1 T5- T9- T10 S2 T1- T6- T8 S3 T2-T3-T11 Definição dos GTs da unidade II S4- T 4- T 7 Orientação para trabalho de conclusão (T12-T13). Orientação para EDs da unidade II CPs da unidade III. Orientação para exercício de construção do objeto de estudo
Avaliação Unidade I: trabalho escrito, segundo normas de redação de artigo científico, comparando etnografias: em sociedades tradicional e complexa, com base em: MALINOWSKI, B. Os argonautas do pacífico ocidental. Malinowski, Coleção os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1976. (T12) GEERTZ, C. Observando o Islã. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2004. (T13)
UNIDADE II: ANTROPOLOGIA E PESQUISA (II) Pólo morfológico da pesquisa: comparação, genealogias, estudos de caso, antropologia visual ( 3 sessões = 12 h)
Processo de trabalho: Apresentação de seminários em Espaços de Diálogos (ED´s) por mestrando/as, Comentário pela professora. Debate mediado pela professora. A avaliação da unidade apresentação dos ED´s e participação nos debates. Espaços de Diálogos e Referências ED1 Método comparativo BOAS, F. As limitações do método comparativo em antropologia. In: Antropologia cultural. Rio de Janeiro: Zahar, pp. 25-40 (T1 ED 1) GEERTZ, C. O saber local: fatos e leis em uma perspectiva comparativa. In: O saber local. Petrópolis, RJ: Vozes. 1999, pp. 249-356 (T2 ED 1) RADCLIFFE-BROWN, A. R. O método comparativo em Antropologia Social. In: Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves.1990, pp. 195-210 (T3 ED 1)
ED 2- Método genealógico
AUGÉ, M. (org). Os domínios do parentesco: filiação, aliança matrimonial, residência. São Paulo: Perspectiva do homem/edições 70.1975. (T1 ED 2) LÉVI-STRAUSS, C.. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 1982 (capítulo a definir) (T2 ED 2) RIVERS, W.H.R. O método genealógico de pesquisa antropológica. In: OLIVEIRA, R. C. (org) A antropologia de Rivers. Campinas: UNICAMP, 1991. 51-69. (T3 ED 2 )
ED 3- Estudo de caso GOLDEMBERG, M. Estudos de caso. In: A arte de pesquisar Como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio d Janeiro/São Paulo: Record, 2004, pp. 33-35 (T 1- ED 3) GLUCKMAN, M. Análise de uma Situação Social na Zululândia Moderna. In: FELDMAN-BIANCO, B. (org.). Antropologia nas Sociedades Contemporâneas: métodos. São Paulo, Global, 1987, pp.227-267 (T 2 - ED 3) VELSEN, J. V. A análise situacional e o método de estudo de caso detalhado. In: Antropologia das sociedades contemporâneas: Métodos. São Paulo: Global. 1987, pp.345-374 (T3- ED 3 )
ED 4- Historia de vida CHIACCHI, A. Reflexões para uma antropologia das narrativas, 2011, 13 p. http://www.megafone.inf.br/noticias/2410-reflexoes-para-uma-antropologia-das-narrativas-.html (T1 - ED 4) KOFES, M. S. Uma trajetória em narrativa. UNICAMP/Mercado de Letras. 2001. (T2 - ED 4) PORTELLI, A. A Filosofia e os Fatos. Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, n°. 2, 1996, p. 59-72. Disponível em: http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg2-3.pdf (T 3 - ED 4)
ED 5- Antropologia visual BITENCOURT, L. A. Algumas considerações sobre o uso da imagem fotográfica na pesquisa antropológica. In: FELDMAN-BIANCO, B; LEITE, M. M. Desafios da imagem. Fotografia, iconografia e vídeo nas Ciências Sociais. Campinas, Papirus.1998, pp. (T 1- ED 5) MENEZES, P. Les maîtres fous, de Jean Rouch: Questões epistemológicas da relação entre cinema documental e produção de conhecimento. RBCS Vol. 22 nº. 63 fevereiro/2007, pp. 81-91. http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=10706307 (T2 - ED 5) SERAFIM, J. F. Estratégias fílmicas do documentário antropológico: três estudos de caso. Doc On-line, n.03, Dezembro 2007, www.doc.ubi.pt, pp. 114-136. (T3 - ED 5)
Videografia Les maîtres fous. Jéan Rouche. 36 min Documentário. Color. França, 1955. DVD. (V 1)
Programação/conteúdo das sessões Sessões ED´s Apresentadore/as S1 ED1 A definir ED2 A definir S2 ED3 A definir ED4 A definir
S3 ED5 A definir Vídeo
UNIDADE III ANTROPOLOGIA E PESQUISA (III) Afinando os instrumentos: itinerários de pesquisa de mestrandos/as de do PPGAArq que cursam a disciplina.
Processo de trabalho: Seminários apresentados pelo/as mestrando/as na forma de Circulos de Pesquisa (CP´s), afunilando para o emprego das técnicas em sua própria pesquisa, Na sequência, comentários da professora e debate com o grupo. Sessão de ócio Criativo: desafiando outros sentidos...
Círculos de Pesquisa/Referências CP 1- A pesquisa em ato: preparando... Planejamento da pesquisa: projetos como objetos transicionais, compromissos, projeções;
BÉAUD, S; WEBER, F. As condições da pesquisa. In: Guia para a pesquisa de campo. Produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007, pp. 19-90 (T1 - CP 1) GOBO, C. O projeto de pesquisa nas investigações qualitativas. In: MELUCCI, A. Por uma sociologia reflexiva. Pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, pp. 91- 116 (T2 - CP 1) SILVA, H. R. Situação etnográfica: andar e ver Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 171-188, jul./dez. 2009 (T3 - CP 1)
CP 2: ...E já pesquisando: entre dilemas, conflitos, e ética na pesquisa CARVALHO, J. O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, ano 7, n. 15, p. 107-147, julho de 2001 (T 1- CP 2) GEERTZ, C. O pensamento como ato moral: dimensões éticas do trabalho de campo antropológico nos países novos In: Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2001, pp. 30-46 (T2- CP 2) OLIVEIRA, L. R. C. Pesquisa em versus pesquisa com seres humanos. In: VICTORA et al (orgs) Antropologia e ética. O debate atual no Brasil. Niterói: EdUFF, 2004, pp.33-44 (T3 - CP 2)
CP 3- Observação direta/Observação participante BÉAUD, S; WEBER, F. Observar. In: Guia para a pesquisa de campo. Produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007, pp. 95-117(T1- CP 3) FOOTE-WHYTE, W. Treinando a observação participante. In: GUIMARÃES, A. Z (Org.). Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, pp. 77-86. (T2 - CP 3) ZALUAR, A. Teoria e prática do trabalho de campo: alguns problemas. In: Ruth Cardoso (org.) A aventura antropológica.Rio de Janeiro: paz e Terra, 1986, pp.107- 125 (T3 - CP 3)
CP 4- Diário de campo: notações BRANDÃO, C. R. Cenários e momentos da vida camponesa: três dias de caderno de campo em uma pesquisa no Pretos de Baixo do Bairro dos Pretos, em Joanópolis, São Paulo. In: NIEMEYER, A. M. GODOI, E. P. (orgs.) Além dos territórios. Campinas: Mercado de letras, 1998, pp.133-166. (T1 - CP 4) MALINOWSKI, B. Um diário no sentido estrito do termo, Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1997, pp. 41-131. (T2- CP 4) WEBER, F. Entrevista, a pesquisa e o íntimo, ou: por que censurar seu diário de campo? Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 157-170, jul./dez. 2009 (T3 CP 4) CP 5- Entrevistas BOURDIEU, P. Compreender. In: --------. (coord.) A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 1997, pp. 693-732. (T1 CP 5)
THIOLLENT, M. O processo da entrevista. In: Crítica metodológica e investigação social e enquete operária. São Paulo: Polis. 1985, pp. 79-99. (T2 CP 5)
BÉAUD, S; WEBER, F. Preparar e negociar uma entrevista etnográfica/conduzir uma entrevistas. Guia para a pesquisa de campo. Produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007, pp. 118-150(T3 CP 5)
CP 6- Antropologia, pesquisa documental e quantificação CELLARD, A análise documental. In: A pesquisa qualitativa. Enfoques epistemológicos e metodológicos; Petrópolis: vozes, 1997, pp. 295-316 (T1 - CP6) MITCHELL, J. C. A questão da quantificação na antropologia social. In: FELDMAN-BIANCO, B. (org.). Antropologia nas Sociedades Contemporâneas: métodos. São Paulo, Global, 1987, pp. 77- 124 (T2 CP 6) SPINK, P. Análise de documentos de domínio público. In: SPINK, M. J (org.) Práticas discursivas e produção de sentido no cotidiano (org). São Paulo: Cortez Editora, 2000, pp. 123-151. (T3 CP 6)
CP7 -Processando informações, construindo dados, elaborando relatórios
BEAU, S.; WEBER, F. Analisar os dados etnográficos. In: Guia para a pesquisa de campo. Produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007, pp. 153-188. (T1 CP 7)
MICHELAT, G. Sobre a utilização de entrevistas não-diretivas em sociologia. In: THIOLLENT, M. Crítica metodológica, investigação social e enquête operária, São Paulo: Polis, 1987, pp. 191-211. (T 2- CP 7) SPINK, M. J.P.; LIMA, H. Rigor e visibilidade: a explicitação dos passos da interpretação In: SPINK, M. J (org.) Práticas discursivas e produção de sentido no cotidiano (org). São Paulo: Cortez Editora, 2000, pp. 93-122. (T 3 CP 7)
CP 8- Escrita, autoria e retóricas do texto antropológico CALDEIRA, T. A presença do autor e a pós-modernidade em antropologia. Novos Estudos CEBRAP, n. 21, jul;/1988, pp 116-132 (T1- CP 8 ) COLOMBO, E. Descrever o social a arte de escrever a pesquisa empírica. In: MELUCI, A. Por uma sociologia reflexiva. Pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, pp. 265-288. (T2- CP 8 ) FOUCAULT. M. O Que é um Autor? Bulletin de la Societé Française de Philosophic, 63o ano, no 3, julho-setembro de 1969, pp. 73-104. (Societé Française de Philosophie, 22 de fevereiro de 1969; debate com M. de Gandillac, L. Goldmann, J. Lacan, J. d'Ormesson, J. Ullmo, J. Wahl.) Diaponível em: WWW.fido.rockymedia.net/anthro/foucault_autor.pdf(T3 (T3- CP 8 ) Programação/tema das sessões Sess. Temas/método Apresentad. S1 Ócio criativo Aluno/as; profa. Introdução à unidade II: Planejamento da pesquisa. De problema real ao problema de pesquisa. Aula expositiva S2 CP 1 A definir CP 2 A definir S3 CP 3 A definir CP 4 A definir S4 CP 5 A definir CP 6 A definir S5 CP 7 A definir CP 8 A definir
Processo de trabalho: aulas expositivas e dissertativas sobre o processo de análise, interpretação, e construção dos dados. UNIDADE IV: ANTROPOLOGIA E PESQUISA (IV) Itinerários de pesquisa de aluno/as da disciplina, no PGGAArq ( 3 sessões = 12 h) Processo de trabalho: apresentação e discussão das temáticas de pesquisa de/ mestrando/as, em Seminários de Pesquisa e em um Módulo Parassítio, com tema a decidir .
Programação/Conteúdo das sessões Sessão Tema 01 Apresentação projetos (4) 02 -Apresentação de projetos (4) 03 -Apresentação de projetos (1). -Módulo parassítio (tema a definir) -Avaliação da disciplina -Encerramento da disciplina
Processo geral de trabalho e de avaliação
A concepção deste programa retoma elementos do pólo epistemológico e afunila para os polos morfológico e técnico. Sua realização requer disciplina intelectual, observância de horários, e compromisso com seu desenvolvimento, através de : -Aulas expositivas, com base nas referências, seguidas de debate; -Aulas dissertativas, com trabalhos em grupos, diversos, em sala de aula, com apresentação e debate; -Espaços de diálogos, e Círculos de Pesquisa na forma de seminários, inclusive, com apresentação e debate dos pré-projetos do/as mestrando/as; -Trabalho escrito. A avaliação de desempenho é processual e compreende: freqüência, participação, rendimento e produção, mensuráveis através da presença em sala de aula, da participação qualificada nas aulas na participação efetiva nos trabalhos e no resultado destes. Tudo isto implica leitura das referências básicas, obrigatórias, por cada um/a dos/as mestrandos/as. Possíveis alterações nas referências serão avisadas com antecedência e fichamentos de textos, além de orientados, poderão ser exigidos, como critério de avaliação.
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Procedimentos de Avaliação da Aprendizagem: |
Processo geral de trabalho e de avaliação
A concepção deste programa retoma elementos do pólo epistemológico e afunila para os polos morfológico e técnico. Sua realização requer disciplina intelectual, observância de horários, e compromisso com seu desenvolvimento, através de : -Aulas expositivas, com base nas referências, seguidas de debate; -Aulas dissertativas, com trabalhos em grupos, diversos, em sala de aula, com apresentação e debate; -Espaços de diálogos, e Círculos de Pesquisa na forma de seminários, inclusive, com apresentação e debate dos pré-projetos do/as mestrando/as; -Trabalho escrito. A avaliação de desempenho é processual e compreende: freqüência, participação, rendimento e produção, mensuráveis através da presença em sala de aula, da participação qualificada nas aulas na participação efetiva nos trabalhos e no resultado destes. Tudo isto implica leitura das referências básicas, obrigatórias, por cada um/a dos/as mestrandos/as. Possíveis alterações nas referências serão avisadas com antecedência e fichamentos de textos, além de orientados, poderão ser exigidos, como critério de avaliação.
Plano de Curso:
ME/UFPI/PRPPG/CCHL/PPGAArq DISCIPLINA: Métodos e Técnicas de Pesquisa em Antropologia II PERÌODO/CARGA HORÀRIA: - 2012-2 - 60hs 4 créditos PROFª Drª. Maria Dione Carvalho de Morais
Ementa Análise do processo de pesquisa, seus textos e hors-textes. Estudo de caso pela perspectiva etnográfica: observação participante, entrevista não diretiva, história de vida, diário de campo, círculos de pesquisa. Refletividade: o trabalho de campo em seus aspectos epistemológicos, morais e éticos. Amostragem na abordagem qualitativa. Processamento das informações e apresentação de resultados. Objetivação, problemas teórico metodológico e controle do bias. Complementaridade entre ferramentas de campo das metodologias qualitativas e quantitativas.
Objetivos Geral: Compreender a metodologia científica da pesquisa antropológica, através do estudo de autores clássicos e contemporâneos, analisando aspectos da pesquisa e estimulando questionamentos
Específicos: - Apreender o campo da pesquisa antropológica em suas dimensões epistemológica, teórica, metodológica e técnica; - Assimilar a dinâmica da pesquisa e estimular questionamentos sobre a vinculação entre teoria e pesquisa de campo, a relação entre pesquisador/a e objeto, entre objeto, métodos e técnicas de pesquisa; - Absorver o processo de construção do objeto: planejamento da pesquisa (escolha do tema, elaboração do problema de pesquisa, levantamento e revisão bibliográfica, referencial teórico e metodológico), pesquisa documental e de campo, análise, interpretação, redação e apresentação de resultados. PROGRAMA
Processo de trabalho: aulas expositivas e dissertativas. Trabalhos em grupo em sala de aula. Trabalho escrito. Referências BERREMAN, G. D. Etnografia e controle de impressões em uma aldeia do Himalaia. In: Alba Zaluar Guimarães (org.) Desvendando Máscaras Sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, pp. 123-174 (T1)
CLIFFORD, J. Sobre a a autoridade etnográfica. In: A experiência etnográfica; Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2008, pp, 17-58 (T2) FISCHER, M. M. J. Etnografia renovável: seixos etnográficos e labirintos no caminho da teoria. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 23-52, jul./dez. 2009. (T3) GEERTZ, C. A antropologia e o cenário da escrita. Obras e vidas. O antropólogo como autor. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2002, pp.11-39 (T 4). GIUMBELLI. E. Para além do trabalho de campo: reflexões supostamente malinowskianas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 17, n. 48, fev/2002, pp. 91-107. (T5) GLUCKMAN, M. O Material Etnográfico na Antropologia Social Inglesa. In: Alba Zaluar Guimarães (org.) Desvendando Máscaras Sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, pp. 63-66 (T 6)
LÉVI-STRAUSS, C. Como se faz um etnógrafo. In: Tristes Trópicos. São Paulo: Anhembi, 1957, pp. 48-58 (T7) MAGNANI, J. G. C. Etnografia como prática e experiência. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 129-156, jul./dez. 2009 (T8) MAYBURY-LEWIS, D. A antropologia numa era de confusão. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 17, n. 50, out./2002, pp. 15-23 (Coleção Revista Bras. de C. Sociais - CD ROM) (T9) OLIVEIRA, R. C. O ofício do antropólogo ou como desvendar evidências simbólicas. Série Antropologia, n. 413, Brasília, UnB, 2007, 21 p. (T 10) PEIRANO, M. A favor da etnografia. In: A favor da etnografia, Rio, Relume Dumará, 1995, pp, 31-57(T11)
Programação/Conteúdo das sessões Sessão Textos S1 T5- T9- T10 S2 T1- T6- T8 S3 T2-T3-T11 Definição dos GTs da unidade II S4- T 4- T 7 Orientação para trabalho de conclusão (T12-T13). Orientação para EDs da unidade II CPs da unidade III. Orientação para exercício de construção do objeto de estudo
Avaliação Unidade I: trabalho escrito, segundo normas de redação de artigo científico, comparando etnografias: em sociedades tradicional e complexa, com base em: MALINOWSKI, B. Os argonautas do pacífico ocidental. Malinowski, Coleção os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1976. (T12) GEERTZ, C. Observando o Islã. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2004. (T13)
Processo de trabalho: Apresentação de seminários em Espaços de Diálogos (ED´s) por mestrando/as, Comentário pela professora. Debate mediado pela professora. A avaliação da unidade apresentação dos ED´s e participação nos debates. Espaços de Diálogos e Referências ED1 Método comparativo BOAS, F. As limitações do método comparativo em antropologia. In: Antropologia cultural. Rio de Janeiro: Zahar, pp. 25-40 (T1 ED 1) GEERTZ, C. O saber local: fatos e leis em uma perspectiva comparativa. In: O saber local. Petrópolis, RJ: Vozes. 1999, pp. 249-356 (T2 ED 1) RADCLIFFE-BROWN, A. R. O método comparativo em Antropologia Social. In: Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves.1990, pp. 195-210 (T3 ED 1)
ED 2- Método genealógico
AUGÉ, M. (org). Os domínios do parentesco: filiação, aliança matrimonial, residência. São Paulo: Perspectiva do homem/edições 70.1975. (T1 ED 2) LÉVI-STRAUSS, C.. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 1982 (capítulo a definir) (T2 ED 2) RIVERS, W.H.R. O método genealógico de pesquisa antropológica. In: OLIVEIRA, R. C. (org) A antropologia de Rivers. Campinas: UNICAMP, 1991. 51-69. (T3 ED 2 )
ED 3- Estudo de caso GOLDEMBERG, M. Estudos de caso. In: A arte de pesquisar Como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio d Janeiro/São Paulo: Record, 2004, pp. 33-35 (T 1- ED 3) GLUCKMAN, M. Análise de uma Situação Social na Zululândia Moderna. In: FELDMAN-BIANCO, B. (org.). Antropologia nas Sociedades Contemporâneas: métodos. São Paulo, Global, 1987, pp.227-267 (T 2 - ED 3) VELSEN, J. V. A análise situacional e o método de estudo de caso detalhado. In: Antropologia das sociedades contemporâneas: Métodos. São Paulo: Global. 1987, pp.345-374 (T3- ED 3 )
ED 4- Historia de vida CHIACCHI, A. Reflexões para uma antropologia das narrativas, 2011, 13 p. http://www.megafone.inf.br/noticias/2410-reflexoes-para-uma-antropologia-das-narrativas-.html (T1 - ED 4) KOFES, M. S. Uma trajetória em narrativa. UNICAMP/Mercado de Letras. 2001. (T2 - ED 4) PORTELLI, A. A Filosofia e os Fatos. Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. Tempo, Rio de Janeiro , vol. 1, n°. 2, 1996, p. 59-72. Disponível em: http://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg2-3.pdf (T 3 - ED 4)
ED 5- Antropologia visual BITENCOURT, L. A. Algumas considerações sobre o uso da imagem fotográfica na pesquisa antropológica. In: FELDMAN-BIANCO, B; LEITE, M. M. Desafios da imagem. Fotografia, iconografia e vídeo nas Ciências Sociais. Campinas, Papirus.1998, pp. (T 1- ED 5) MENEZES, P. Les maîtres fous, de Jean Rouch: Questões epistemológicas da relação entre cinema documental e produção de conhecimento. RBCS Vol. 22 nº. 63 fevereiro/2007, pp. 81-91. http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=10706307 (T2 - ED 5) SERAFIM, J. F. Estratégias fílmicas do documentário antropológico: três estudos de caso. Doc On-line, n.03, Dezembro 2007, www.doc.ubi.pt, pp. 114-136. (T3 - ED 5)
Videografia Les maîtres fous. Jéan Rouche. 36 min Documentário. Color. França, 1955. DVD. (V 1)
Programação/conteúdo das sessões Sessões ED´s Apresentadore/as S1 ED1 A definir ED2 A definir S2 ED3 A definir ED4 A definir
S3 ED5 A definir Vídeo
Processo de trabalho: Seminários apresentados pelo/as mestrando/as na forma de Circulos de Pesquisa (CP´s), afunilando para o emprego das técnicas em sua própria pesquisa, Na sequência, comentários da professora e debate com o grupo. Sessão de ócio Criativo: desafiando outros sentidos...
Círculos de Pesquisa/Referências CP 1- A pesquisa em ato: preparando... Planejamento da pesquisa: projetos como objetos transicionais, compromissos, projeções;
BÉAUD, S; WEBER, F. As condições da pesquisa. In: Guia para a pesquisa de campo. Produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007, pp. 19-90 (T1 - CP 1) GOBO, C. O projeto de pesquisa nas investigações qualitativas. In: MELUCCI, A. Por uma sociologia reflexiva. Pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, pp. 91- 116 (T2 - CP 1) SILVA, H. R. Situação etnográfica: andar e ver Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 171-188, jul./dez. 2009 (T3 - CP 1)
CP 2: ...E já pesquisando: entre dilemas, conflitos, e ética na pesquisa CARVALHO, J. O olhar etnográfico e a voz subalterna. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, ano 7, n. 15, p. 107-147, julho de 2001 (T 1- CP 2) GEERTZ, C. O pensamento como ato moral: dimensões éticas do trabalho de campo antropológico nos países novos In: Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2001, pp. 30-46 (T2- CP 2) OLIVEIRA, L. R. C. Pesquisa em versus pesquisa com seres humanos. In: VICTORA et al (orgs) Antropologia e ética. O debate atual no Brasil. Niterói: EdUFF, 2004, pp.33-44 (T3 - CP 2)
CP 3- Observação direta/Observação participante BÉAUD, S; WEBER, F. Observar. In: Guia para a pesquisa de campo. Produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007, pp. 95-117(T1- CP 3) FOOTE-WHYTE, W. Treinando a observação participante. In: GUIMARÃES, A. Z (Org.). Desvendando máscaras sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990, pp. 77-86. (T2 - CP 3) ZALUAR, A. Teoria e prática do trabalho de campo: alguns problemas. In: Ruth Cardoso (org.) A aventura antropológica.Rio de Janeiro: paz e Terra, 1986, pp.107- 125 (T3 - CP 3)
CP 4- Diário de campo: notações BRANDÃO, C. R. Cenários e momentos da vida camponesa: três dias de caderno de campo em uma pesquisa no Pretos de Baixo do Bairro dos Pretos, em Joanópolis, São Paulo. In: NIEMEYER, A. M. GODOI, E. P. (orgs.) Além dos territórios. Campinas: Mercado de letras, 1998, pp.133-166. (T1 - CP 4) MALINOWSKI, B. Um diário no sentido estrito do termo, Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1997, pp. 41-131. (T2- CP 4) WEBER, F. Entrevista, a pesquisa e o íntimo, ou: por que censurar seu diário de campo? Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 15, n. 32, p. 157-170, jul./dez. 2009 (T3 CP 4) CP 5- Entrevistas BOURDIEU, P. Compreender. In: --------. (coord.) A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 1997, pp. 693-732. (T1 CP 5)
THIOLLENT, M. O processo da entrevista. In: Crítica metodológica e investigação social e enquete operária. São Paulo: Polis. 1985, pp. 79-99. (T2 CP 5)
BÉAUD, S; WEBER, F. Preparar e negociar uma entrevista etnográfica/conduzir uma entrevistas. Guia para a pesquisa de campo. Produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007, pp. 118-150(T3 CP 5)
CP 6- Antropologia, pesquisa documental e quantificação CELLARD, A análise documental. In: A pesquisa qualitativa. Enfoques epistemológicos e metodológicos; Petrópolis: vozes, 1997, pp. 295-316 (T1 - CP6) MITCHELL, J. C. A questão da quantificação na antropologia social. In: FELDMAN-BIANCO, B. (org.). Antropologia nas Sociedades Contemporâneas: métodos. São Paulo, Global, 1987, pp. 77- 124 (T2 CP 6) SPINK, P. Análise de documentos de domínio público. In: SPINK, M. J (org.) Práticas discursivas e produção de sentido no cotidiano (org). São Paulo: Cortez Editora, 2000, pp. 123-151. (T3 CP 6)
CP7 -Processando informações, construindo dados, elaborando relatórios
BEAU, S.; WEBER, F. Analisar os dados etnográficos. In: Guia para a pesquisa de campo. Produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007, pp. 153-188. (T1 CP 7)
MICHELAT, G. Sobre a utilização de entrevistas não-diretivas em sociologia. In: THIOLLENT, M. Crítica metodológica, investigação social e enquête operária, São Paulo: Polis, 1987, pp. 191-211. (T 2- CP 7) SPINK, M. J.P.; LIMA, H. Rigor e visibilidade: a explicitação dos passos da interpretação In: SPINK, M. J (org.) Práticas discursivas e produção de sentido no cotidiano (org). São Paulo: Cortez Editora, 2000, pp. 93-122. (T 3 CP 7)
CP 8- Escrita, autoria e retóricas do texto antropológico CALDEIRA, T. A presença do autor e a pós-modernidade em antropologia. Novos Estudos CEBRAP, n. 21, jul;/1988, pp 116-132 (T1- CP 8 ) COLOMBO, E. Descrever o social a arte de escrever a pesquisa empírica. In: MELUCI, A. Por uma sociologia reflexiva. Pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: Vozes, 2005, pp. 265-288. (T2- CP 8 ) FOUCAULT. M. O Que é um Autor? Bulletin de la Societé Française de Philosophic, 63o ano, no 3, julho-setembro de 1969, pp. 73-104. (Societé Française de Philosophie, 22 de fevereiro de 1969; debate com M. de Gandillac, L. Goldmann, J. Lacan, J. d'Ormesson, J. Ullmo, J. Wahl.) Diaponível em: WWW.fido.rockymedia.net/anthro/foucault_autor.pdf(T3 (T3- CP 8 ) Programação/tema das sessões Sess. Temas/método Apresentad. S1 Ócio criativo Aluno/as; profa. Introdução à unidade II: Planejamento da pesquisa. De problema real ao problema de pesquisa. Aula expositiva S2 CP 1 A definir CP 2 A definir S3 CP 3 A definir CP 4 A definir S4 CP 5 A definir CP 6 A definir S5 CP 7 A definir CP 8 A definir
Processo de trabalho: aulas expositivas e dissertativas sobre o processo de análise, interpretação, e construção dos dados.
Processo de trabalho: apresentação e discussão das temáticas de pesquisa de/ mestrando/as, em Seminários de Pesquisa e em um Módulo Parassítio, com tema a decidir .
Programação/Conteúdo das sessões Sessão Tema 01 Apresentação projetos (4) 02 -Apresentação de projetos (4) 03 -Apresentação de projetos (1). -Módulo parassítio (tema a definir) -Avaliação da disciplina -Encerramento da disciplina
Processo geral de trabalho e de avaliação
A concepção deste programa retoma elementos do pólo epistemológico e afunila para os polos morfológico e técnico. Sua realização requer disciplina intelectual, observância de horários, e compromisso com seu desenvolvimento, através de : -Aulas expositivas, com base nas referências, seguidas de debate; -Aulas dissertativas, com trabalhos em grupos, diversos, em sala de aula, com apresentação e debate; -Espaços de diálogos, e Círculos de Pesquisa na forma de seminários, inclusive, com apresentação e debate dos pré-projetos do/as mestrando/as; -Trabalho escrito. A avaliação de desempenho é processual e compreende: freqüência, participação, rendimento e produção, mensuráveis através da presença em sala de aula, da participação qualificada nas aulas na participação efetiva nos trabalhos e no resultado destes. Tudo isto implica leitura das referências básicas, obrigatórias, por cada um/a dos/as mestrandos/as. Possíveis alterações nas referências serão avisadas com antecedência e fichamentos de textos, além de orientados, poderão ser exigidos, como critério de avaliação.
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