Dissertações/Teses

2024
Descrição
  • RAVENA DE SOUSA ALENCAR FERREIRA
  • ELABORAÇÃO DE MANUAL PARA A PRÁTICA DE ENFERMEIROS NO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO
  • Orientador : HERLA MARIA FURTADO JORGE
  • Data: 11/04/2024
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  • Introdução: A gestação é considerada de alto risco quando existe a probabilidade de um resultado adverso para a mulher ou para o filho, estando relacionada à presença de fatores de risco. A assistência pré-natal constitui importante estratégia recomendada para melhorar os resultados maternos e neonatais durante a gravidez. No âmbito das tecnologias em saúde, os manuais constituem em instrumentos que contribuem para a prática de enfermeiros e são capazes de nortear ações de cuidados em diferentes cenários Objetivo: Elaborar um manual para a prática do enfermeiro no pré-natal de alto risco. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em um Instituto de Perinatologia Social, vinculado a uma maternidade de referência para o estado do Piauí, localizado em Teresina. Participaram do estudo seis enfermeiras que realizam assistência ao pré-natal de alto risco. Os dados foram coletados no período de maio a junho de 2023 por meio da observação participante e quatro oficinas temáticas, que seguiram o Processo Quatro Erres (4Rs) seguindo as suas fases de Reconhecimento, Revelação, Repartir e Repensar. Para a organização e interpretação dos dados realizou-se a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Resultados: A partir da análise de conteúdo, emergiram as seguintes categorias temáticas: (1) Perfil sociodemográfico e profissional das participantes (2) Reconhecimento e revelação da prática de enfermeiras no pré-natal de alto risco: o que as oficinas temáticas revelam. (3) Repartir: das oficinas a construção do manual. (4) Repensar: Exequibilidade do manual e feedback sobre as oficinas. Considerou-se as potencialidades e fragilidades do serviço, com destaque para atividades educativas, registro de doenças de notificação compulsória, supervisão da assistência e cardiotocografia. Emergiram novas perspectivas pautadas em um modelo que visa a organização e qualificação da Atenção Ambulatorial Especializada. Considerações finais: a construção compartilhada do manual possibilitou identificar e compreender as potencialidades, limitações e fragilidades no processo assistencial. Possibilitou aprimorar o manual e a discussão das possibilidades para nortear a prática dos enfermeiros.

  • LOISLÁYNE BARROS LEAL
  • ROTEIRO PARA CONSULTA DE ENFERMAGEM A PESSOAS COM DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO PÓS PANDEMIA DA COVID-19
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 11/04/2024
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  • Introdução: A COVID-19 causada pelo vírus SARS-CoV-2 constitui um problema de saúde pública ao impor grandes desafios, que continuam emergindo e requerendo cada vez mais de conhecimentos, inovações tecnológicas e investimentos. Embora ultrapassada a fase da pandemia, a doença ainda traz uma gama de desfechos relacionados ao período pós-covid, que comprometem a saúde. Objetivo: Construir e validar um roteiro para consulta de enfermagem a pessoas com diabetes e/ou hipertensão pós pandemia da covid-19. Método: Trata-se de um estudo metodológico, desenvolvido de julho de 2021 a fevereiro de 2024, embasado na Teoria da Intervenção Práxica de Enfermagem em Saúde Coletiva (TIPESC) e no modelo psicométrico de Pasquali. O instrumento foi estruturado em dois domínios, a saber dados de identificação e captação da realidade objetiva, e a validação abordou aspectos referentes ao conteúdo e a aparência. A amostra foi composta por 21 enfermeiros, subdivididos em dois grupos: juízes teóricos e juízes técnicos. Os dados foram coletados entre os meses de maio a setembro de 2023, por meio de questionário eletrônico e analisados mediante estatística descritiva e inferencial. A concordância entre os juízes foi verificada através do cálculo do Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e a confiabilidade avaliada por meio do alfa de cronbach. Na análise qualitativa, as sugestões dos juízes foram analisadas de forma descritiva. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer n° 5.394.186, de 2022. Resultados: Dentre os participantes houveram 13 juízes teóricos e 08 juízes técnicos, com representatividade da amostra abrangendo as cinco regiões brasileiras. Todos os domínios do roteiro para consulta obtiveram IVC geral > 0,80, apenas o domínio I apresentou alfa de Cronbach < 0,80 (0,704), porém o valor mínimo aceitável para o alfa é em torno de 0,70, sendo esse valor influenciado pelo número de itens que compõem a escala. Conclusão: O roteiro foi considerado válido em conteúdo e aparência para a coleta de dados durante a consulta de enfermagem, podendo proporcionar autonomia, apoio técnico e respaldo ao enfermeiro, colaborando na melhoria da qualidade da assistência. 

  • LYNARA SILVA DE OLIVEIRA
  • PREVALÊNCIA DE SOLIDÃO EM PESSOAS IDOSAS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 04/04/2024
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  • Introdução: Durante o processo fisiológico do envelhecimento, é possível observar as alterações que levam à diminuição da capacidade funcional e que estão diretamente ligadas a capacidade de execução de uma vida independente e autônoma. Quando essas condições são desfavoráveis, são procuradas alternativas para a garantir a assistência necessária, surgindo as Instituições de Longa Permanência para Idosos como uma saída para essa situação, o que favorece o aumento dos problemas associados à retirada dessa pessoa idosa do convívio familiar, como a solidão e o isolamento. Objetivo: Analisar a prevalência de solidão em pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência no município de Teresina-PI. Método: Trata-se de um estudo transversal analítico, desenvolvido em instituições de longa permanência localizadas no município de Teresina-PI, com uma população de 296 pessoas idosas e os gestores das instituições participantes, sendo a amostra constituída por 59 pessoas idosas residentes nessas instituições, bem como oito gestores. O estudo desenvolveu-se no período de abril de 2022 a fevereiro de 2024. Adotou-se como instrumentos na coleta de dados formulário para a caracterização dos dados administrativos da instituição e formulário de caracterização sociodemográfica da pessoa idosa. Além disso, foi utilizada a Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15), o Índice de Katz e a Escala de Solidão (UCLA-BR, versão 03). Foi realizada a análise descritiva e inferencial, aplicaram -se Teste de Kolmogorov Smirnov, Teste Exato de Fisher, Teste paramétrico ANOVA e teste não-paramétrico Kruskal Wallis. Em todas as análises adotou-se o nível de significância de p<0,05. Este estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com o parecer de 6.159.505. Resultados: Verificou-se que entre as 59 pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência, 59,3% não apresentaram solidão. No entanto, a prevalência do nível elevado de solidão foi encontrada em 25,4%, e 15,3% apresentou nível moderadamente elevado. Quanto ao Índice de Katz, 69,5% são independentes, 15,3% possui dependência moderada e 15,3% é muito dependente. Para a GDS-15, 47,5% apresentam não apresentaram depressão, 44,1% possui depressão leve e 8,5% possui depressão severa. Os fatores associados à solidão foram insônia (p=0,017) uso de antiemético (p=0,039), a condição de depressão avaliada pela GDS-15 (p=0,028), e as características administrativas e assistenciais das instituições de longa permanência (p=0,036). Conclusão: Evidenciou-se que ainda é alto o percentual encontrado de pessoas idosas que são consideradas solitárias. Além disso, ao ser associada à depressão, apresentou significância estatística, o que torna imprescindível a aplicação de intervenções efetivas para a melhora de saúde mental desse público e no desenvolvimento de políticas públicas voltadas a estas população, como forma de evitar os desfechos clínicos adversos, bem como o investimento em atividades recreativas e de lazer, que gerem vínculos afetivos importantes entre os residentes.

  • MICHELLE SANTOS MACEDO
  • PRÁTICA DE AUTOCUIDADO E FATORES ASSOCIADOS EM PESSOAS COM HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 27/03/2024
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  • INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença dermatoneurológica que afeta primariamente os nervos periféricos e a pele, como também pode acometer outros órgãos de forma sistêmica, produzindo sequelas e incapacidades. OBJETIVO: analisar fatores associados à prática de autocuidado de pessoas com hanseníase na Atenção Primária à Saúde em um município do Piauí. MÉTODO: Estudo transversal desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde e Equipe de Saúde no Sistema Prisional de um município piauiense, com o universo de casos de hanseníase notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023 (N=133). A coleta de dados ocorreu de outubro a dezembro de 2023, por meio da aplicação de um formulário, previamente validado, bem como a partir de dados secundários obtidos do SINAN. Os dados foram analisados com o uso do software Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 26.0. Na análise descritiva foram utilizadas distribuição de frequências e medidas de posição e dispersão. Para estudar a associação entre as variáveis categóricas e a variável dependente utilizou-se o teste quiquadrado com correção de Yates e exato de Fisher. No estudo das práticas de autocuidado, como variável resposta aplicou-se a análise de regressão logística, buscando explicar quais fatores estariam ligados à prática insatisfatória da população do estudo. Foram utilizados dois processos: o modelo logístico bivariado e o multivariado. O Oddis Ratio (OR) obtido foi ajustado para todas as variáveis analisadas no modelo bivariado, com significância fixada em 20%. No modelo multivariado, foram mantidas apenas as variáveis com valores de p iguais ou inferiores a 0,05. RESULTADOS: Predominou o sexo masculino (54,1%), faixa etária 20 a 59 anos (62,4%), casados (60,9%), com renda entre um a dois salários mínimos. A atitude frente ao cuidado foi positiva em 98,5% dos participantes. Na classificação das práticas de autocuidado dos três segmentos: face, mãos e pés, observou-se que em nenhum deles foi satisfatória. No cuidado da face apenas 4,5% foram satisfatórias, das mãos 12,8% e dos pés, 5,3%. As práticas insatisfatórias foram negativamente associadas com as úlceras plantares e palmares (ORa=0,90; p=0,05) e com a presença de neurites (ORa=0,41; p= 0,04). CONCLUSÃO: Observou-se dissonância entre a atitude e a prática de autocuidado dos participantes do estudo, com atitudes positivas e práticas insatisfatórias. Tomando-se o autocuidado em hanseníase como essencial à prevenção de sequelas e outros transtornos, considera-se a necessidade dos profissionais de saúde desenvolverem orientações contínuas e sistemáticas bem como mecanismo de monitoramento do autocuidado para pessoas com hanseníase, com vistas à melhoria da qualidade de vida.  

  • ODALINA DEL CARMEN MARTÍNEZ JIMÉNEZ
  • FADIGA E ABSENTEÍSMO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM UMA UNIDADE DE QUEIMADOS E CIRURGIA RECONSTRUTIVA DO PARAGUAI
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 28/02/2024
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  • Introdução: A fadiga e o absenteísmo são resultados de vários fatores, como sobrecarga de trabalho, pressão psicológica e políticas organizacionais deficientes. Isso afeta os processos de trabalho, prejudicando a assistência e causando danos à saúde física e psicossocial do trabalhador. Objetivo: Analisar a relação entre fadiga e o absenteísmo no trabalho de profissionais de enfermagem de um hospital especializado em queimaduras no Paraguai. Método: Estudo transversal, analítico e censitário, realizada em hospital de queimaduras no Paraguai. Dos 148 profissionais de enfermagem do hospital, seis foram excluídos pelos critérios de elegibilidade, totalizando 142 participantes. Os dados foram coletados por meio de um questionário dividido nas dimensões sociodemográficas, acadêmicas, familiares e laborais incluindo dados sobre fadiga e absenteísmo. Utilizou-se também o Check List Individual Strength (CIS), validade e adaptado para o espanhol paraguaio. Os dados foram processados e analisados no software SPSS® (Statistical Package for the Social Sciences) - versão 23.0 para Windows. Os dados foram analisados com estatística descritiva e inferencial. Na estatística inferencial, foi realizado o teste exato de Fisher. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Laboratório Central de Saúde Pública, sob o código CEI-LCSP No 265/201222. Resultados: Predominaram mulheres (74,6%) e graduados em enfermagem (71,1%). A maioria (66,9%) tinha emprego permanente, com 28,8% com 7 e 10 anos de experiência. Um total de (22,5%), registrou duas faltas nos últimos 6 meses, 55,6 % justificadas por problemas de saúde pessoal. Quanto ao período de sono 50,7% dos participantes relataram dormir menos de 5 horas por dia. Um total de 47,9% dos participantes estavam moderadamente fatigados. Houve associação significativa entre a percepção sobre fadiga e absenteísmo (p=0,003). Participantes com absenteísmo apresentaram maior percepção de fadiga: 93,1% "fadigado" e 86,8% "moderadamente fadigado". Houve associação significativa entre fadiga e nível acadêmico (p=0,026), com maior fadiga entre graduados (71,3%). Também houve associação entre absenteísmo e causas de afastamento (p<0,001), sendo 66,9% devido a problemas de saúde pessoal. Conclusão: Os profissionais de enfermagem vivenciaram elevados níveis de fadiga e tempo de sono reduzido. Ainda, o absenteísmo foi associado a problemas de saúde. Observou-se associação estatística entre trabalhadores com maiores níveis de absenteísmo e a percepção de fadiga. Destaca-se a necessidade de intervenções sobre os fatores envolvidos na fadiga e no absenteísmo do pessoal de enfermagem, com ênfase nas condições trabalhistas como multiempregos e sobrecarga de trabalho. Há necessidade de estudos com distintas abordagens metodológicas sobre fatores organizacionais e individuais e que podem influenciar na presença da fadiga e do absenteísmo.

  • ESTEFFANY VAZ PIEROT
  • CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS SOBRE A PREVENÇÃO E MANEJO DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 26/02/2024
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  • Introdução: As unidades de terapia intensiva desempenham um papel crucial na assistência de saúde a pacientes em estado crítico. No entanto, o ambiente complexo e a condição de saúde dos pacientes nessas unidades aumentam a vulnerabilidade à ocorrência de complicações, como a lesão por pressão. Essa condição compromete a integridade da pele e pode ter impactos negativos na evolução clínica do paciente, prolongar a hospitalização e aumentar os custos associados aos cuidados de saúde. Nesse contexto, os enfermeiros desempenham um papel fundamental na prevenção e no manejo eficazes das lesões por pressão em unidades de terapia intensiva, tornando essencial compreender o nível de conhecimento desses profissionais. Objetivo: Verificar o conhecimento dos enfermeiros sobre a prevenção e manejo de lesão por pressão em unidades de terapia intensiva. Método: Trata-se de um estudo transversal analítico. A pesquisa foi realizada em unidades de terapia intensiva para adultos em três hospitais públicos localizados em Teresina, no Estado do Piauí. A amostra foi composta por 67 enfermeiros envolvidos na prestação de cuidados intensivos a pacientes adultos, durante o período de coleta de dados, em julho de 2023, por meio do instrumento Teste de Conhecimento sobre Lesão por Pressão de Caliri-Pieper, composto de 41 questões sobre avaliação, classificação e prevenção de lesões por pressão. A análise de dados ocorreu por meio da estatística descritiva, frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas, medidas de tendência central e de variabilidade para as numéricas. Foi realizado o teste Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados. Para comparação da pontuação média a respeito do conhecimento sobre lesão por pressão foram usados os testes não-paramétricos Mann de Whitney e Kruskal-Wallis. Foi utilizado o programa Statistical Package for social Science versão 22.0, para a análise estatística, com base nos princípios descritivos e inferenciais. O nível de significância adotado foi de 5%. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí via Plataforma Brasil, parecer número: 6.159.459. Resultados: Os resultados evidenciaram que de um grupo de 67 entrevistados, 85,1% (32,26 ± 3,41) eram mulheres, 28,4% (32,00 ± 4,19) com idades abrangendo os intervalos de 31 a 35 anos e 28,4% (32,63 ± 2,79) mais de 40 anos, 26,9% (32,17 ± 2,73) com um período de experiência profissional entre 5 e 10 anos. A maior parte dos entrevistados 73,1% (32,53 ± 3,29) possuía uma especialização como seu nível mais alto de formação e 59,7% (33,38 ± 2,80) estudaram em instituições de ensino superior pública. Os resultados deste estudo indicaram que, em relação ao número total de respostas corretas, o conhecimento dos enfermeiros teve a média de 79%. A leitura do Guia Internacional de Prevenção e Tratamento de Úlcera por Pressão foi associada a um maior conhecimento sobre lesão por pressão e observou-se uma diferença significativa nas médias de conhecimento entre as diferentes categorias de anos na prática nas três unidades de terapia intensiva. Conclusão: A associação entre a leitura do Guia Internacional de Prevenção e Tratamento de Úlcera por Pressão e um maior conhecimento sobre o tema sugere a relevância de fontes de informação especializadas na capacitação dos profissionais. Além disso, a variação nas médias de conhecimento entre as unidades de terapia intensiva indica possíveis disparidades na formação e atualização dos enfermeiros em diferentes ambientes de trabalho.

  • SAYONNARA FERREIRA MAIA
  • CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE CANULAÇÃO DE FISTULA ARTERIOVENOSA PARA TÉCNICOS DE ENFERMAGEM
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 26/02/2024
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  • Introdução: Os processos que envolvem os acessos vasculares para hemodiálise têm risco de ocasionar eventos adversos graves ao paciente renal crônico. Assim, espera-se que os profissionais envolvidos com a terapia dialítica sejam adequadamente preparados para o correto manuseio de fistulas arteriovenosas. Nesse aspecto, o técnico em enfermagem comumente realiza a canulação da fistula arteriovenosa, que exige habilidade e conhecimento técnico, entretanto, sua formação comumente não oferece tal preparo. Objetivo: Construir e validar um ambiente virtual de aprendizagem para capacitar os técnicos de enfermagem sobre canulação da fistula arteriovenosa para hemodiálise Método: Estudo metodológico de construção e validação de curso online, baseado no modelo ADDIE e teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia norteou a elaboração dos objetos de aprendizagem. A validação abordou os aspectos pedagógicos e navegabilidade, com juízes de Enfermagem em Nefrologia e Informática, sendo selecionados 14 da Enfermagem e 12 de Informática. Os dados foram coletados entre agosto de 2022 e dezembro de 2023 por meio de questionário eletrônico e analisados mediante estatística descritiva e inferencial. A concordância dos peritos foi definida por meio do percentual de concordância e do teste binomial. Na análise qualitativa, as sugestões dos juízes foram analisadas de forma descritiva. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer n° 5.397.305, de 2021. Resultados: o curso foi intitulado Venocurso, hospedado no Moodle, com cinco unidades teóricas estruturadas com textos digitais, vídeos instrucionais de curta duração (três a cinco minutos) e exercícios de aprendizagem. Na validação de conteúdo, O S-CVI global atribuído por juízes enfermeiros foi de 0,95. Quanto aos juízes da informática, obteve-se S-CVI global de 0,85. Conclusão: A tecnologia foi considerada válida como ferramenta de ensino-aprendizagem para o público-alvo e poderá auxiliar na construção de propostas.

  • CAMILA EVANGELISTA DE SOUSA OLIVEIRA
  • INDICADORES DA ESTRATÉGIA QUALINEO ASSOCIADOS AO ÓBITO NEONATAL: ESTUDO TRANSVERSAL
  • Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
  • Data: 23/02/2024
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  • Com o avanço dos programas e políticas públicas em saúde surgiram modificações na assistência ao recém-nascido com o objetivo de reduzir índices de morbimortalidade neonatal. Foi criado em 2017 pelo Ministério da Saúde a Estratégia QualiNeo para reduzir a mortalidade neonatal e qualificar a assistência ao RN. Essa dissertação objetivou analisar os indicadores de cuidado neonatal da Estratégia Qualineo em uma maternidade de referência nos anos de 2021 a 2022. Trata-se de um estudo analítico, transversal e retrospectivo com análise das fichas de monitoramento neonatal de janeiro de 2021 a dezembro de 2022. A pesquisa foi realizada em uma maternidade pública de referência em alto risco na capital do Estado do Piauí, no Núcleo de Vigilância de Óbito Materno e Neonatal da instituição. A amostragem foi não probabilística sequencial, com a coleta de dados secundários das fichas de monitoramento do cuidado neonatal da Estratégia Qualineo. Foram incluídos os dados das fichas digitadas no período definido para o estudo. Os dados foram organizados e analisados no Software Stata ® (Statacorp, College Station, Texas, USA), versão 14. Utilizou-se o teste do qui-quadrado de Pearson para avaliar a associação entre as variáveis do estudo, e calculado a razão de prevalência com intervalo de confiança de 95%, estimado pela regressão de Poisson para medir a força de associação entre a variável dependente (óbito neonatal) e variáveis independentes. O nível de significância adotado para os testes foi de p<0,05. Esta pesquisa teve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com número de parecer: 5.706.053. Das fichas analisadas, 47,2% das mães apresentaram idade entre 20 a 29 anos. Quanto a cor da pele e escolaridade, 81,3% eram autodeclaradas pardas e 88,4% informou possuir oito anos ou mais de estudo. 96% das mulheres fumavam, 32,7% possuíam diagnóstico de hipertensão arterial (p=0,005), 14,6% tiveram gestação múltipla (p=0,033), 13,3% eram bolsa rota com tempo <18 horas e 49,9% precisaram utilizar esteroide antenatal (p=0,036). O tipo de parto teve associação significativa com a variável dependente (p<0,001); 73,9% tiveram cesárea e, deste quantitativo 20,1% dos recém-nascidos foram a óbito. Dos neonatos, 52,6% eram do sexo masculino, 43,4% nasceram pesando entre 1500 a 2499 g, 35,6% com idade gestacional entre 34 a 36 semanas e 39,4% necessitaram de manobras de reanimação ao nascer. No que se refere ao Apgar no 1º e 5º minuto de vida, 36,7% e 9,5% atingiram Apgar maior ou igual a 7, respectivamente. 79,8% dos neonatos tiveram clampeamento imediado do cordão umbilical ao nascer, 50,3% necessitaram de medidas para evitar hipotermia, 51% internaram na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e 40,1% tiveram infecção precoce. Quanto ao uso de antibiótico, 20,4% dos neonatos iniciaram medicação nas primeiras 48 horas de vida. Houve associação significativa com todas as variáveis neonatais com o desfecho óbito (p<0,05). O cálculo da razão de prevalência identificou como fatores que aumentam a probabilidade do óbito neonatal: ausência de hipertensão arterial e gestação múltipla, sexo do recém-nascido indeterminado, peso ao nascer ≤999g, idade gestacional menor que 30 semanas, a não internação nas unidades de cuidados intermediários convencionais e canguru, e o uso de antibiótico nos dois primeiros dias de vida. Conclui-se com isso que os fatores associados à mortalidade neonatal estiveram relacionados com aspectos maternos e neonatais. O estudo revelou a necessidade de assistência qualificada durante o pré-natal e parto, além da realização de novos estudos para o desenvolvimento de intervenções eficazes para redução dos índices de óbito no neonato.

  • PEDRO VITOR MENDES SANTOS
  • NECESSIDADES DE APRENDIZAGEM SOBRE OS MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS UTILIZADOS NO TRABALHO DE PARTO E PARTO: DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTO
  • Orientador : HERLA MARIA FURTADO JORGE
  • Data: 21/02/2024
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  • INTRODUÇÃO: O uso dos métodos não farmacológicos promove o alívio da dor e promoção do conforto da parturiente e consiste em uma tecnologia de cuidado baseado em conhecimentos estruturados, mas que não necessitam de equipamentos sofisticados para sua utilização. Tendo em vista o crescimento e a ampla utilização desses métodos durante o trabalho de parto, e o impacto positivo dessas práticas, empiricamente comprovadas, faz-se necessário elaborar e validar um instrumento para avaliação das necessidades de aprendizagem sobre os métodos não farmacológicos utilizados no trabalho de parto e parto. OBJETIVO: Desenvolver um instrumento para identificação das necessidades de aprendizagem sobre os métodos não farmacológicos utilizados no trabalho de parto e parto. MÉTODO: Trata-se de um estudo metodológico, desenvolvido em três etapas. A primeira etapa consistiu na revisão de escopo (1) seguida do desenvolvimento do instrumento para a identificação das necessidades de aprendizagem dos graduandos acerca dos métodos não farmacológicos no trabalho de parto (2) e a validação do referido instrumento de instrumento para a identificação das necessidades de aprendizagem dos graduandos acerca dos métodos não farmacológicos no trabalho de parto (3). RESULTADOS: Os resultados foram apresentados em dois artigos científicos, sendo respectivamente: Educational technologies on non-pharmacological methods in labor: a scoping review (artigo 1) e Construção e validade de conteúdo de um instrumento para avaliação das necessidades de aprendizagem sobre os métodos não farmacológicos (artigo 2). CONCLUSÃO: Foi possível mapear as evidências acerca das tecnologias educacionais sobre os métodos não farmacológicos utilizados no Trabalho de parto e parto, bem como desenvolver e validar o instrumento proposto.

  • PAULA OLIVEIRA SANTOS
  • EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DE UMA CARTILHA PARA PREVENÇÃO DA INFECÇÃO PUERPERAL
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 20/02/2024
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  • INTRODUÇÃO: a infecção puerperal é a terceira causa de morte materna no Brasil e no mundo. Sua ocorrência é diretamente ligada as condições de saúde e da forma como o cuidado a gestantes é oferecido no pré-natal, parto e pós-parto. OBJETIVO: analisar as evidências de validade de uma cartilha educativa para prevenção da infecção puerperal em gestantes atendidas na atenção primária. MÉTODO: Estudo metodológico, realizado nas seguintes fases 1) elaboração do projeto de desenvolvimento e submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP); 2) levantamento bibliográfico; 3) elaboração do material educativo; 4) qualificação ou validação do material por especialistas e gestantes. Os juízes foram selecionados através da Plataforma Lattes e meio da técnica de amostragem do tipo “bola de neve”. A seleção da amostra do público-alvo se deu por conveniência. A coleta de dados ocorreu em dois momentos: primeiro com os juízes especialistas: enfermeiros obstetras, enfermeiros especialistas em infecções relacionadas a assistência e designers gráficos, para validação de conteúdo, aparência, e adequabilidade, o contato se deu por e-mail e/ou WhatsApp; e o segundo momento com o público-alvo, foi realizado com gestantes atendidas na atenção primária de Teresina-PI. Para a análise, foi utilizado o índice de validade de conteúdo (IVC). Para avaliação da aparência e compreensão foram utilizados 3 instrumentos validados na literatura: o Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional em Saúde (IVCES), Suitability Assessment of Materials (SAM) e o instrumento para validação de aparência de tecnologias educacionais em saúde (IVATES) para o público-alvo. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com o parecer de número 6.238.353. RESULTADOS: A cartilha, intitulada: “Infecção Puerperal, Vamos conhecer”, foi elaborada com linguagem simples e direta, com um layout que favorece na compreensão das informações contidas no material, sendo dividida em oito tópicos: 1. Conceito; 2. Fatores de Risco; 3. Cuidados Gerais; 4. Cuidados após o parto normal; 5. Cuidados após a cesárea 6; Cuidados com as mamas; 7) Sinais de alarme; 8) Orientações de onde procurar ajuda. Na avalição do conteúdo e aparência, obteve-se um IVC de 93,1% para os juízes enfermeiros obstetras, para os especialistas em IRAS, o IVC foi de 94,9%. Os juízes designers gráficos consideraram a tecnologia como superior, atingindo um percentual de 95,4% considerado como superior pelo SAM. A participação do público-alvo apoiou a compreensão e aparência da tecnologia, através o IVATES e atingindo valor de 91% com resultado considerado excelente. CONCLUSÃO: o percentual de concordância entre os avaliadores atingiu valores satisfatórios para a finalização do material educativo.

  • AMANDA DELMONDES DE BRITO FONTENELE FERNANDES
  • INSTRUMENTOS QUE AVALIAM A QUALIDADE DE VIDA EM ADULTOS COM ESTOMIAS DE ELIMINAÇÃO: REVISÃO SISTEMÁTICA COSMIN
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 19/02/2024
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  • Introdução: “estomia” é uma abertura cirúrgica que permite a comunicação entre um órgão interno e o meio externo. As estomias de eliminação são as mais encontradas na prática clínica. A qualidade de vida é um construto bastante discutido e difícil de ser definido, pois envolve não apenas fatores relacionados à saúde, como também outras dimensões importantes da vida das pessoas. Objetivo: analisar metodologicamente estudos que investigaram as propriedades psicométricas (confiabilidade, capacidade de resposta e validade) de instrumentos de qualidade de vida para pessoas com estomias de eliminação. Método: trata-se de revisão realizada de acordo com a diretriz para revisões sistemáticas de Patient-Reported Outcome Measures (PROMs) do Consensus-based Standards for the selection of health Measurement Instruments (COSMIN), desenvolvida em 10 etapas. As informações foram reportadas conforme os itens do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA 2020). O protocolo foi registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) - CRD42022320642 e publicado posteriormente. As buscas na literatura foram realizadas nas bases de dados Embase, MEDLINE via Pubmed, CINAHL complete, Web of Science, PsycINFO, LILACS, BDEnf, IBECS via BVS, e nas bases de literatura cinzenta: ProQuest, DART Europe e ResearchGate, sem restrição de tempo e idiomas. Para avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos e das propriedades de medida dos PROMs, utilizou-se checklist de risco de viés e os critérios de boas propriedades de medida, ambos propostos pelo COSMIN, respectivamente. A qualidade da evidência dos resultados foi avaliada pelo Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE) adaptado pelo COSMIN. Resultados: a busca inicial identificou 3.099 trabalhos. No total, foram incluídos 19 estudos referentes ao desenvolvimento e/ou validação de 6 PROMS específicos para pessoas com estomias de eliminação. Para a maioria dos PROMs, poucas propriedades psicométricas foram avaliadas. As propriedades de medida mais frequentemente relatadas foram a validade estrutural, consistência interna e teste de hipótese. No entanto, a validade transcultural, o erro de medida e a validade de critério não foram investigadas em nenhum dos estudos, e a capacidade de resposta foi realizada apenas em um. As propriedades de medida da maioria dos instrumentos tiveram resultados sufientes (58,33%), de acordo com o COSMIN. A qualidade da evidência das propriedades de medida foi: alta (30,55%), moderada (25%), muito baixa (11,11%), baixa (5,55%) e em 27,77% não teve evidência, de acordo com o GRADE. Conclusão: esta revisão sistemática oferece uma visão geral dos PROMs existentes que medem a QVRS dos pacientes com estomias de eliminação e suas propriedades psicométricas. Os PROMs geralmente possuem um baixo nível de validação. O instrumento OSTOMY-Q foi o que apresentou mais propriedades psicométricas avaliadas, porém o COH-QOL- OQ foi o mais utilizado, sendo suas evidências de validade apresentadas em 10 estudos distintos com uma qualidade de evidência classificada de moderada a alta e índices suficientes para a maioria das propriedades de medida. Enfatiza-se a necessidade de estudos futuros para acumularmos evidências de validade PROMs existentes.

  • JOSÉ FORTUNA DA SILVA
  • DISABILITY ADJUSTED LIFE YEARS POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM PAÍSES DA ÁFRICA CENTRO-SUL SUBSAARIANA: TENDÊNCIA GLOBAL BURDEN DESEASE 2010 – 2019
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Data: 15/02/2024
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  • Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em África. Apesar das altas taxas de mortalidade por AVC na África, pouco se sabe sobre o impacto da doença nos anos de vida ajustados por incapacidades. DALY (anos de vida ajustados por incapacidade) é uma métrica muito importante e consistente nos estudos de saúde pública, expressa os anos de vida perdidos por morte prematura e avalia os anos de vida vividos com incapacidade. Objetivo geral: analisar a tendência temporal de anos de vida ajustados por incapacidades por Acidente Vascular Cerebral nos países da África Centro-Sul Subsaariana. Método: Estudo ecológico analítico de series temporais realizado com base o Global Burden Disease 2019. Os países analisados foram: Angola, Congo, República Democrática do Congo, Gabão, República Centro Africana e Guiné Equatorial. Os DALY foram analisados a partir das variáveis país, sexo e fatores de risco metabólicos (pressão arterial sistólica alta, IMC alto, Glicemia alta, disfunção renal e LDL alto). Os dados foram importados para planilha excel, posteriormente foram analisados descritivamente por meio do número absoluto e percentual de DALY. Para demarcar a tendência, foi realizada Regressão de Prais- Winster no programa estatístico Stata. Resultados: a prevalência de morte por AVC, por sexo, na África Centro-Sul Subsaariana entre 2010 e 2019 apresenta uma tendência crescente ao longo dos anos. O DALYs por AVC nos países estudados para mulheres e homens é maior na República Democrática do Congo (63.7%) e menor na Guiné Equatorial (0,5%) em 2010 e (0,6%) em 2019. Quanto ao DALY causado por AVC atribuídos a fatores de risco metabólicos, na região da África Centro Sul Subsaariana, observou-se uma leve redução nos anos de 2010 e 2019. Conclusão: O estudo possibilitou analisar os anos de vida ajustados por incapacidades por Acidente Vascular Cerebral em seis países que compõem a região Centro Sul da África Subsaariana. A tendência de anos de vida ajustados por incapacidades por AVC na região da África Centro Sul Subsaariana foi decrescente nas mulheres e estacionária nos homens nos últimos nove anos. Os sistemas de saúde dos países estudados precisam de maiores investimentos devido o impacto negativo que o DALY por AVC causa nas comunidades da região estudada. Por isso, é essencial que os gestores de serviços da saúde dos países daquela região, adotem políticas públicas com base nos estudos epidemiológicos que visem a melhoria da qualidade de saúde das populações. Neste contexto, estudos futuros são essenciais para se determinar os principais fatores associados a anos de vida ajustados por incapacidades na região da África Centro sul Subsaariana nos últimos anos.

  • ROGÉRIO EPOLUA CHISSAMBA
  • INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE: Percepção de Profissionais de Enfermagem em Kuito - Angola
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 15/02/2024
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  • Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde - IRAS aumentam a morbimortalidade e os custos, especialmente em países subdesenvolvidos como Angola. A equipe de enfermagem desempenha papel vital na prevenção e controle das infecções em serviços de saúde, requerendo ações urgentes para enfrentar esse desafio. Objetivo: caracterizar os participantes do estudo quanto aos aspectos sociodemográficos; descrever a percepção dos profissionais de Enfermagem sobre as de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde; compreender como a percepção dos profissionais de Enfermagem influenciam na prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Metodologia: Estudo exploratório, de abordagem qualitativo, realizado em um dos Hospitais do Cidade do Kuito-Bié em Angola, com 20 enfermeiros e 10 técnicos de Enfermagem, de ambos os sexos. Os dados foram produzidos no mês de setembro de 2023, por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado, processados no software IRaMuTeQ e analisados pela Classificação Hierárquica Descendente. A comunicação dos resultados do estudo obedeceu às diretrizes para relatórios de pesquisa de natureza qualitativa disponível no Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Ministério da saúde de Angola com o n° parecer: 36/ C.E.M.S/2023. Resultados: Os resultados do estudo foram apresentados em seis classes semânticas, a saber: Classe 4 - Assistência de Enfermagem no Controle das IRAS; Classe 5 - Jornada de Trabalho dos profissionais de Enfermagem; Classe 1 - Medidas de Precaução Padrão para o Controle das IRAS; Classe 2 - Condições de trabalho e escassez de materiais; Classe 3 - Pouco conhecimento dos profissionais relacionado às IRAS; Classe 6- Falta de uma Política de Prevenção e Controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. Conforme o Dendograma, a relação entre as Classes revelou que os profissionais de Enfermagem de Kuito – Angola percebem as IRAS associadas a qualidade da assistência de Enfermagem prestada com a adoção das precauções padrão e medidas de prevenção de infecção, dependente das condições e jornada de trabalho oferecidas. O pouco conhecimento dos profissionais de Enfermagem para a prevenção e controle de infecções em serviços de saúde pode estar relacionado com a escassez de conteúdos, relacionados ao tema, na formação desses profissionais e a falta de uma política pública nacional para a prevenção e controle de infecções. Conclusão: Os profissionais de Enfermagem percebem as IRAS como um parâmetro para a assistência de Enfermagem de qualidade e apontam a necessidade da instalação de uma política pública Nacional em Angola, para a vigilância epidemiológica de infecção nos serviços de saúde, com a observação sistemática e contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre pacientes e dos eventos e condições que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e controle.

  • MARIA KAROLAYNE DE ARAUJO PEREIRA
  • TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PARA PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS: REVISÃO SISTEMÁTICA
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 15/02/2024
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  • Introdução: A resistência antimicrobiana é considerada um problema global de saúde pública que afeta a utilização dos antibióticos, além de ser responsável por consequências na segurança do paciente em todo o mundo. Esse problema vem ganhando grande destaque no âmbito da Atenção Primária à Saúde, uma vez que há um reconhecimento frente ao maior número de prescrição de antibióticos e o seu uso com base em conhecimentos empíricos da população. Diante disso é necessário a expansão do conhecimento em saúde, principalmente quando promovido por meios atrativos e de fácil acesso como as tecnologias educacionais. Objetivo: Analisar a efetividade das tecnologias educacionais na prescrição de antimicrobianos por profissionais da Atenção Primária à Saúde. Método: Trata-se de uma Revisão Sistemática da Literatura de estudos do tipo Ensaio Clínico Controlado Randomizado submetida a publicação do protocolo na plataforma International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) da York University, com número de registro CRD42024504630. Para guiar a elaboração da pergunta de pesquisa foi utilizado o acrônimo PICOS, e delineado o problema de pesquisa: Qual a efetividade de tecnologias educacionais em comparação com nenhuma intervenção ou com intervenções baseadas em metodologias de ensino tradicionais utilizadas por profissionais na Atenção Primária à Saúde no uso de antimicrobianos? Adotou-se como critérios de inclusão: Profissionais de saúde, ensaio clínico com grupo intervenção com uso de tecnologias educacionais e grupo controle com prevenção padrão de saúde. Não serão adotadas restrições quanto ao idioma e ano de publicação. A pesquisa teve início em outubro de 2023. A coleta de dados aconteceu nas bases de dados: PubMed/MEDLINE, CINAHL (Cummulative Index to Nursing and Allied Health Literature), Embase, LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SCOPUS, Cochrane Library (The Cochrane Central Register of Controlled Trials - CENTRAL), Web of Science e ERIC (Educational Resources Information Center), Google Scholar, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), Catálogo de Teses & Dissertações – Capes e Open Grey e ProQuest Dissertations and Theses (PQDT). Os dados dos estudos foram extraídos em ficha padronizada e a avaliação do risco de viés foi realizada pelo instrumento RoB 2. Resultados: Foram identificados 763 estudos, desses sete artigos foram selecionados para extração de dados e síntese qualitativa. Obteve-se um valor de κ=0,823 para o coeficiente Kappa na análise de concordância entre os avaliadores. As tecnologias educacionais encontradas estiveram relacionadas a livretos, seminários interativos, workshop, programas de treinamentos, cursos online e programas multifacetados. 85.7% dos estudos apresentaram um alto risco de viés, principalmente quando se referiu a “desvios das intervenções pretendidas”. Conclusão: Ao fornecer acesso rápido a informações atualizadas, promover a compreensão de conceitos complexos e facilitar a colaboração entre profissionais, as tecnologias educacionais se destacam como aliadas valiosas na busca pela redução do uso inadequado de antimicrobianos, com destaque para a prescrição adequada e na prevenção da resistência antimicrobiana. 

  • KAUAN GUSTAVO DE CARVALHO
  • EFEITO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE PÉ DIABÉTICO NO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 07/02/2024
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  • Introdução: O diabetes mellitus é uma disfunção metabólica crônica de origem múltipla, que acarreta diversas alterações no metabolismo da glicose. Devido sua cronicidade, o descontrole do perfil glicêmico torna suscetível ao aparecimento de diversas complicações, como o desenvolvimento do pé diabético. Diante de inconsistências na educação continuada, faz-se necessário a intervenção educativa para a capacitação adequada dos enfermeiros, visto que o conhecimento insuficiente desses profissionais pode afetar a qualidade da assistência e ocasionar lacunas na prestação dos cuidados. Objetivo: Avaliar o efeito de intervenção educativa em Ambiente Virtual de Aprendizagem sobre pé diabético no conhecimento de enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. Método: Trata-se de um estudo quase-experimental, de grupo único, do tipo antes e depois, realizado com 114 enfermeiros da Atenção Primária à Saúde de Teresina, Piauí entre agosto a dezembro de 2023. A amostra foi não probabilística por cotas. Os dados foram coletados a partir do questionário sociodemográfico e profissional e Questionário de Investigação do Conhecimento de Enfermeiros sobre Pé Diabético (QICEPeD). A intervenção educativa foi realizada a partir do Ambiente Virtual de Aprendizagem pe.diabetico.net, o qual foi estruturado em aulas teóricas e práticas e abordou a prevenção e o tratamento do pé diabético. Os dados coletados foram tabulados no Microsoft Excel 2016 e analisados no Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 22. Foi aplicada estatística descritiva, medida de posição média, frequência absoluta e percentual. Para análise inferencial foi aplicado o teste de McNemar e o tamanho do efeito calculado pela estimativa d de Cohen. O nível de significância adotado foi de 5%, com intervalos de confiança de 95%. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob parecer de número 5.179.989. Resultados: Houve um aumento de 31,9% no conhecimento depois da intervenção educativa, média geral de acertos depois da intervenção foi de 98,8 (87,2%), com efeito grande (d = 1.820) para intervenção educativa. Depois da intervenção o número de acertos aumentou em todas as questões do QICEPeD, com acréscimo significativo de 29,8% para aos sinais de sintomas da neuropatia anatômica; 17,1% para neuropatia motora; locais de aplicação do teste com monofilamento 10 g para 39,3% (Hálux); 43,9% (primeiro metatarso); 43,8% (terceiro metatarso) e 48,6 (quinto metatarso), 67,4% do número recomendado de aplicações dos testes, 40,4% para periodicidade de avaliação dos pés de acordo com a classificação de risco, 21,9% para diminuição da sensibilidade nos pés, 11,4% em relação a ulcera nos pés; 12,2% para amputação; 8,7% para desconhecimento sobre medidas de autocuidado aumentou, 9,7% para uso de calçados inadequados; 19,3% para falta de capacitação/treinamento e 24,6% para falta de instrumentos em relação ao pré-teste. Conclusão: A intervenção educativa em Ambiente Virtual de Aprendizagem, antes e depois, aumentou o conhecimento teórico-prático dos enfermeiros da Atenção Primária à Saúde acerca da assistência às pessoas com diabetes mellitus, evidenciada pelo aumento significativo da média de acertos, especialmente nas questões relacionadas à avaliação clínica do pé em risco. 

  • JÉSSICA MYKAELLA FERREIRA FEITOSA
  • ANÁLISE ESPACIAL E EPIDEMIOLOGICA DOS CASOS DA COVID-19 DE UM HOSPITAL DE ENSINO EM TERESINA
  • Orientador : MARIA ZELIA DE ARAUJO MADEIRA
  • Data: 31/01/2024
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  • INTRODUÇÃO: A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 revelou a importância da saúde global. Visto a morbidade e mortalidade causada pela COVID-19, se torna importante o conhecimento da dimensão dessa infecção, para conhecer o perfil de saúde e as áreas de risco em que a população se encontra, para auxiliar na formulação de medidas de saúde pública e asseguração de gestão apropriada. OBJETIVO: Este trabalho destina-se a analisar o perfil epidemiológico e a distribuição espacial dos casos de COVID-19 em um hospital de ensino, e especificamente, traçar o perfil sociodemográfico e epidemiológico dos casos, identificar os principais fatores associados aos óbitos por COVID-19, elaborar um mapa de distribuição espacial dos casos e mapear a ocorrência desses casos. MÉTODO: Para tal, realizou-se uma pesquisa epidemiológica, utilizando-se o estudo retrospectivo no Hospital de Ensino do município de Teresina – PI. Realizou-se um levantamento de dados no período de março de 2020 a agosto de 2022, a amostragem foi do tipo censitária onde incluiu-se para análise 620 casos de pacientes infectados por coronavírus. Os dados foram submetidos a processo de digitação, utilizando-se planilhas do aplicativo Microsoft Excel, sendo posteriormente exportados e analisados no software R, versão 4.2.2, dentre os testes estatísticos utilizados na pesquisa têm-se: o teste de Shapiro-Wilk, o teste de Bartlett, o teste qui-quadrado para tendência, o teste qui-quadrado de Pearson e o teste de Mann-Whitney. A caracterização da amostra em relação aos fatores sociodemográficos, clínicos, resultados dos testes da COVID-19 e comorbidades foram descritas por meio de frequências absolutas e percentuais e apresentados por meio de tabelas de frequências e a para mapear a distribuição espacial dos casos foi construído um mapa de Kernel (mapa de calor). RESULTADOS: Os resultados da análise sociodemográfica apontaram maior prevalência de indivíduos do sexo masculino, com idade entre 60 a 69 anos, com baixa escolaridade e a maioria se autodeclarando pardos. Na análise das variáveis de saúde, houve primazia de indivíduos internados em UTI, notificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave, em uso de ventilação mecânica e com tempo de internação de até 10 dias, tendo a maioria alta hospitalar e outra grande parte, óbito pela doença. No que diz respeito às comorbidades, houve maior prevalência da hipertensão arterial seguida do diabetes mellitus e da obesidade. Quanto à distribuição espacial houve predomínio na zona Sul do município, sendo também distribuídos entre as zonas Norte, Central e Sudeste. CONCLUSÃO: Assim, esse estudo trouxe valiosa contribuição ao meio acadêmico e assistencial, trazendo a importância do desenvolvimento clínico-epidemiológico dos perfis de saúde, isto permite a compreensão da evolução da doença, e consequentemente, ao direcionamento de decisões clínicas. Com isso, espera-se que este estudo contribua para o planejamento da distribuição de recursos de saúde, levando em conta as áreas de maior vulnerabilidade.

  • THAIS ALEXANDRE DE OLIVEIRA
  • ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19 NO ESTADO DO PIAUÍ
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 29/01/2024
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  • Introdução: O advento da pandemia por COVID-19 trouxe à população mundial um misto de sentimentos quanto às relações sociais e de trabalho e essas emoções foram concomitantes às medidas novas, rápidas, oscilantes em complexidade e constantemente mutáveis de ações em saúde, viabilizando estratégias de planejamento assistencial e gestor de emergência, com o máximo de qualidade e no tempo mais hábil possível para atender às necessidades imediatas da população. Objetivo: analisar a influência das estratégias de enfrentamento da pandemia da COVID-19 na Rede Pública de Saúde do Estado do Piauí, no desfecho dos casos e óbitos, descrevendo o perfil piauiense dos casos e óbitos de COVID-19; sistematizando os atos normativos adotados como estratégias de enfrentamento do Estado do Piauí no combate à COVID-19; delineando sobre o plano de contingência de enfrentamento do Piauí à pandemia de COVID-19; e correlacionando as estratégias de enfrentamento da pandemia da COVID-19, no Estado do Piauí com os casos e óbitos na rede de saúde do Estado. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, documental, ecológico e de abordagem quanti- qualitativa, sob análise de atos normativos, bem como dados dos casos e óbitos nos sistemas de informação gerados pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) e DATASUS nos anos de 2020 a março de 2022 no tocante as estratégias de enfrentamento e situação de saúde na pandemia COVID-19 no Piauí. Os dados foram processados pelos softwares SPSS® e IRAMUTEC® e analisados por tabulação e representação em tabelas e gráficos, quantitativamente, por meio do software Excel®, correlação de Spearman e regressão linear e qualitativamente, pelo método de Classificação Hierárquica Descendente (CHD). Resultados: Os resultados revelaram picos dos casos no primeiro semestre de cada ano, com faixa etária de 20 a 39anos; 56,2% em pardos; 57,6% em mulheres; 84,9% por critério laboratorial; mortalidade com diminuição ao após o pico em 2021, sendo 95,6% ocorridas nos hospitais; 55,2% do sexo masculino, idosos, 60,9% de cor parda; 42,1% casados e com baixa escolaridade. Dos 92 atos normativos, 93,5% foram decretos, com maioria em 2020, no primeiro semestre; a CHD resultou em 3 classes, sendo o segmento 1 representado pelas medidas sociossanitárias de enfrentamento à COVID-19 no Estado do Piauí, subdividida nas classes 1, protocolos técnicos operacionais de prevenção e combate à COVID-19 no Piauí (46,16%) e 2, Bases Estratégicas do Piauí de distanciamento social contra a COVID-19 (21,64%); e o segmento 2, representado pelas deliberações sócio- econômicas no enfrentamento da COVID-19 no Estado do Piauí, na qual contém a classe 3, gerenciamento dos serviços e atividades econômicas piauienses no combate à COVID-19 (32,2% de significância). Conclusão: As ações determinadas nas leis, decretos, normas instrucionais e plano de contingência foram tomadas como certas para a situação de emergência que o mundo se encontrava e implementadas para início da pandemia, sendo as demais ações liberadas ou bloqueadas mediante o comportamento da curva epidemiológica quanto ao número de casos e óbitos. Logo, as estratégias influenciaram à princípio no desfecho dos casos, mas ao longo do tempo foram influenciadas pelo perfil epidemiológico.

2023
Descrição
  • RUTH SUELLE BARROS FONSECA
  • CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE PROTOCOLO DE AÇÕES EDUCATIVAS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DO CUIDADOR INFORMAL DE PESSOAS IDOSAS DEPENDENTES
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 20/12/2023
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  • Introdução: O cuidado informal constituiu uma realidade expressiva no Brasil, sendo caracterizado pelo envolvimento de membros familiares que ao assumirem a responsabilidades do cuidar, tornam-se vulneráveis para ansiedade, pressão, estresse e sobrecarga. Diante desses impactos, torna-se fundamental o desenvolvimento e a implementação de estratégias educacionais voltadas para adaptação ao papel e para promoção da sua condição de saúde, do autocuidado e da qualidade de vida. Objetivo: Construir e validar um protocolo sobre ações educativas para a promoção da saúde de cuidadores informais de pessoas idosas dependentes na perspectiva do Modelo Promocional da Saúde de Nola Pender. Método: Estudo multimétodos, desenvolvido em duas etapas: 1 - Revisão integrativa com busca e seleção nas bases MEDLINE, CINAHL, Web of Science, SCOPUS, LILACS e BDENF. A amostra foi constituída por 10 estudos primários que analisaram as estratégias educacionais para promoção da saúde do cuidador informal de idosos dependentes; 2 - Estudo metodológico delineado em por três polos de análise: teórico, empírico e analítico. Na avaliação do conteúdo e aparência, participaram 07 profissionais da saúde, selecionados por conveniência. Utilizou-se um formulário eletrônico para coleta de dados e a escala Likert para fins de consenso. A análise foi estruturada no Índice de Validade de Conteúdo. O parecer favorável foi emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: O estudo de revisão evidenciou que as iniciativas para promoção da saúde do cuidador informal envolvem a terapia cognitivo-comportamental, de aceitação e de compromisso, assim como a ativação comportamental, técnicas baseadas em mindfulness, abordagem multidisciplinar e psicoeducação. A valorização da crença, a promoção da atividade física e o fortalecimento de grupos de suporte e apoio social também apresentaram reflexos positivos no enfrentamento de eventos estressores relacionados às demandas do cuidar. Esses resultados subsidiaram a construção e validação do protocolo educacional, que em sua versão final apresentou evidências de validade do conteúdo (0,93) e na aparência (0,85), demonstrando precisão, clareza e adequação para mensuração dos objetivos propostos. Conclusão: O cuidado informal ao idoso dependente foi descrito como condição geradora de morbidade e o desenvolvimento e a avaliação de intervenções educacionais representaram mecanismos válidos e eficazes para o enfrentamento dos eventos estressores relacionados às demandas do cuidar. Foi desenvolvida um recurso educacional com evidências de validade, precisão e sensibilidade favorável a promoção da saúde do cuidador informal do idoso dependente. Novos estudos são fundamentais avaliar seus efeitos na população-alvo.

  • MAYLA ROSA GUIMARÃES
  • DEPRESSÃO, ANSIEDADE E ESTRESSE ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE PÓS PANDEMIA DE COVI D 19: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 20/12/2023
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  • Introdução: A COVID-19, causada pelo vírus Sars-CoV-2, é uma doença nova que se instalou em todo o mundo, de forma devastadora e tornou-se um desafio para todo o sistema mundial de saúde, especialmente para os profissionais de saúde, gerando preocupação com a saúde mental. Além disso, os desafios enfrentados pelos profissionais da saúde, da linha de frente, podem ser um gatilho para o desencadeamento ou a intensificação de sintomas de ansiedade, depressão e estresse. Objetivo: Analisar a prevalência de ansiedade, depressão e estresse e sua relação com fatores associados entre profissionais da saúde pós-pandemia COVID-19. Método: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, realizado em um hospital público de referência para o gerenciamento de casos moderados e graves de COVID-19 em Teresina-PI, com 201 profissionais da saúde, dentre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, de ambos os sexos, com carga horária semanal de trabalho igual ou superior a 24 horas e que prestaram atendimento de no mínimo três meses às pessoas infectadas, seja em modalidade hospitalar ou intensiva. A coleta de dados foi realizada no período de julho a setembro de 2023, por meio de um formulário contendo dados sociodemográfico, ocupacionais e clínicos, além da utilização da Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS 21). Para a elaboração do banco de dados, empregou-se o software Microsoft Office Excel e adotou-se a técnica de validação por meio da digitação em planilha com dupla entrada. Subsequentemente, as informações foram transferidas para o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 26.0. A análise descritiva contemplou medidas de posição, como média e mediana, e medidas de variabilidade, como desvio padrão, amplitude, máximo e mínimo, para as variáveis quantitativas. Já para as variáveis categóricas, foram utilizadas a frequência absoluta e relativa. Para a análise inferencial, foi conduzido o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade da amostra. A associação entre variáveis qualitativas foi avaliada por meio do teste Qui-Quadrado (X²) de Pearson. Para as variáveis quantitativas não paramétricas, foi empregado o teste de comparação U de Mann-Whitney. Posteriormente, utilizando o teste de WALD, realizou-se uma regressão logística binária. As variáveis foram inseridas no modelo por meio do método enter, sendo considerada significativa a inclusão das variáveis independentes com um critério de p<0,05. Os Odds Ratio (OR) foram calculados com intervalos de confiança de 95%. A pesquisa foi aprovada, conforme atestado pelo Parecer 5.637.826 do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (CEP/UFPI). Resultados: Após análise dos dados, os resultados foram divididos em três manuscritos. O primeiro: “Saúde mental pós-COVID-19 de profissionais da saúde em hospital universitário”, evidenciou que dos participantes da pesquisa, 56,3% apresentaram sinais de depressão, 76,6% de ansiedade e 42,7% de estresse, variando entre leve e extremamente severo. Além disso, observou-se que as variáveis “raça”, “Em qual setor você trabalha(ou)?” e “Como você considera sua carga de trabalho no setor COVID-19?” foram fatores de proteção para o estresse. O segundo: “Autopercepção de saúde de profissionais da saúde pós-COVID-19 e fatores associados” mostrou que as variáveis associadas a autopercepção de saúde foram religião (p=0,023), setor que trabalhou durante a pandemia (p=0,014) e contrato de trabalho (p=0,050). Além disso, o estudo revelou que ser da religião católica foi um fator protetor para melhor autopercepção de saúde (p=0,004; OR[IC95%]=0,174[0,053-0,572]); e trabalhar no setor enfermaria COVID-19 durante a pandemia aumentou em 2,961 para autopercepção de saúde regular (p=0,004; OR[IC95%]=2,961[1,402-6,255]). O terceiro: “Suporte social e percepção de saúde autorreferidos por profissionais da saúde no período pós-COVID-19: estudo analítico”, revelou que ter um relacionamento bom com o chefe/supervisor foi associado a uma melhor autopercepção de saúde (OR=0.122, IC95%=[0.101-0.455], p=0.018) e ter um relacionamento muito bom apresentou ainda maior associação (OR=0.267, IC95%=[0.117-0.610], p=0.002). Conclusão: É inegável dizer que a presença da COVID-19 exacerbou desafios já presentes no ambiente profissional dos profissionais de saúde. Aspectos físicos, emocionais e estruturais, em conjunto com as mudanças na saúde devido à COVID-19, contribuíram para a deterioração da saúde mental desses profissionais, especialmente problemas relacionados a ansiedade, seguindo da depressão, bem como de fatores associados.

  • MARIANA DE FATIMA BARBOSA DE ALENCAR
  • ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DE CONTEÚDO DO “NCDR CATHPCI RISK SCORE” NO BRASIL
  • Orientador : ODINÉA MARIA AMORIM BATISTA
  • Data: 20/12/2023
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  • Introdução : No Brasil, o Infarto Agudo do Miocárdio é a principal causa de morte entre as doenças cardíacas. Nesta perspectiva, a aplicação de instrumentos validados para a predição de risco serve para orientar e facilitar o diagnóstico de IAM em serviços de urgências cardiológicas. O NCDR CathpPCI Risk Score apresenta um modelo unificado de estimativa de risco, atual e de possível aplicação a beira leito do paciente para todos os casos de Intervenção coronária percutânea. Objetivo: Realizar tradução com adaptação transcultural e validação do conteúdo para o Brasil do NCDR CathPCI Risk Scor).Método: Trata-se de uma pesquisa metodológica com abordagem quantitativa que visa traduzir, adaptar para o português brasileiro e validar o conteúdo do Escore de Risco de Mortalidade no pré-operatório de pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea (NCDR CathPCI Risk Score).As etapas para adaptação transcultural: tradução do instrumento, síntese das versões, retro-tradução, revisão da síntese por experts, pré-teste e versão final. Após a adaptação transcultural o instrumento foi submetido a validação do conteúdo com um comitê de especialistas. aprovado pelo CEP/ UFPI (Parecer 5.890.981). Resultados: Produziu-se uma versão final culturalmente adequada ao contexto brasileiro para que possa ser validada e utilizada no Brasil. Na tradução inicial o instrumento “NCDR Cath PCI Risck Score” foi traduzido da língua inglesa para a língua portuguesa falada no Brasil; os tradutores elaboraram consensualmente uma versão de síntese das traduções (T12) em língua portuguesa. A T12 foi enviada para retrotradução para dois outros tradutores, um americano e outro inglês. O pré-teste foi conduzido com um grupo de 30 especialistas. Desses, seis (6) eram médicos e vinte e quatro (24) enfermeiros, dos estados: Piauí, Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Brasília, Goiás e Paraná. A partir das sugestões realizadas pela população alvo, realizou-se modificação nos itens 8; 9; 9,1; 10 e 10.1.Com a conclusão do Pré-teste chegou-se a uma versão final adaptada do escore e deu seguimento com validação de conteúdo. Todos os critérios dos escores de Índice de Validade de Conteúdo (IVC) tiveram média acima de 0,90. Conclusão: A partir de todo o processo de etapas, conclui-se que pode-se considerar o escore adaptado e adequado ao contexto nacional. Manteve as equivalências semânticas, idiomáticas, conceituais e experienciais em relação a versão original. A versão brasileira apresentou valores satisfatórios de indice de validade de conteúdo.

  • ELIANA SOLEDAD EULACIO AULET
  • ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA GLOBAL DE PESQUISAS SOBRE Ascaris lumbricoides E A SUA RELAÇÃO COM AS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM ASSOCIADAS À EDUCAÇÃO EM SAÚDE
  • Orientador : DANIELA REIS JOAQUIM DE FREITAS
  • Data: 15/12/2023
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  • Introdução: Aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas estão infectadas com helmintos transmitidos pelo solo em todo o mundo. Essas infecções costumam afetar as comunidades mais pobres, sendo prevalentes em crianças debilitadas tanto nutricionalmente, como fisicamente. Dessa maneira, estima-se que 820 milhões de pessoas estejam infectadas com Ascaris lumbricoides, e as infecções por ascaridíases seja superior a 1,33 milhão. A infecção pelo referido patógeno é preocupante, uma vez que pode levar à morbidade por prejudicar o consumo de nutrientes, assim como a digestão e a absorção em função da obstrução intestinal. Saber o que tem se pesquisado a respeito do tema é importante para pensar em passos futuros sobre controle e prevenção do helminto e sua patologia. Objetivo: avaliar a participação internacional na pesquisa sobre A. lumbricoides visando dar evidência a temática e associar estes resultados às práticas de enfermagem relacionadas à educação em saúde, a fim de ajudar a identificar aspectos importantes da doença causada por este patógeno e para traçar intervenções educativas nas comunidades, bem como obter subsídio para a realização de pesquisas futuras. Método: Trata-se de um estudo descritivo, bibliométrico com abordagem quantitativa, realizado em cinco passos, sendo estes: designer da pesquisa, compilação de dados bibliométricos, análise dos dados, visualização dos dados e interpretação dos resultados. Para recuperação de dados foi realizada a busca de artigos científicos no banco de dados Web of Science ™ (WoS) no dia 05 de novembro de 2023. Utilizou-se como termo de busca “Ascaris lumbricoides”. A busca resultou primeiramente em 1 034 documentos e após a filtragem das pesquisas primárias restaram 740 artigos, os quais tiveram todas as informações disponíveis baixadas no formato de arquivo de texto para análise com o Software RStudio Desktop, vinculado ao Software R (v.4.2.1). Para análise utilizou-se pacote Bibliometrix R e sua interface web gráfica complementar ao pacote, o Biblioshiny, assim como, o Software VOSviewer. Resultados e Discussão: Foram analisados 740 artigos a respeito de Ascaris lumbricoides, publicados entre 1945 e 2023, em 324 revistas científicas; Parasitology, Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene e Experimental Parasitology foram os periódicos que ocuparam as primeiras colocações de publicação a respeito do tema, e o Journal of Cell Biology teve o artigo mais citado até hoje. Observou-se que os anos que mais produziram foram 2010 e 2011, ambos com 17 artigos, com o pico de citações sendo de 510 por ano, ocorrendo em 2013. Os Estados Unidos estão no topo do ranking de produção de artigos, sendo também o país que mais realizou colaborações, e o Brasil está em segunda colocação; isto provavelmente se deve ao fato de ser um dos países mais afetados pelo parasito. Chama a atenção o número de publicações com o tema A. lumbricoides – apenas 740 artigos em 78 anos – um número bastante reduzido se comparado com outros temas de pesquisa. Os artigos em sua maioria trabalham a epidemiologia de Ascaris e a doença que causa, e principalmente em crianças, palavra que aparece como palavra-chave e palavra-chave mais. Conclusão: Por meio dessa análise bibliométrica foi possível identificar as tendências globais de pesquisa sobre A. lumbricoides, e foi demonstrado que existe pouca pesquisa sobre o tema, embora seja um dos parasitos mais prevalentes em populações vulneráveis do ponto de vista socioeconômico, e em crianças. A longo prazo, os dados obtidos podem subsidiar a realização de novas pesquisas e a elaboração de estratégias que visem tanto prevenção, como o controle e manejo de casos de infecções pelo parasito, de maneira contínua, através da educação em saúde; para este quesito, os profissionais de enfermagem são fundamentais, pois são os principais agentes dispersores do conhecimento para evitar doenças como a ascaridíase na população de baixa renda. Através de ações educativas, enfermeiros podem fornecer subsídios à população para ampliar seu conhecimento acerca da doença e mudar hábitos de higiene e comportamentos, aderindo às medidas preventivas, promoção da saúde e redução de agravos em relação à ascaridíase.

  • AMANDA ALVES DE ALENCAR RIBEIRO
  • MOTIVAÇÕES POTENCIAIS PARA A EVASÃO UNIVERSITÁRIA E A RELAÇÃO COM SINTOMAS DE DEPRESSÃO, ANSIEDADE E ESTRESSE ENTRE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 14/12/2023
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  • Introdução: Dificuldades no processo de adaptação à dinâmica do ensino superior podem impactar de forma negativa na saúde mental, no bem-estar, no desenvolvimento psicossocial e/ou na formação profissional dos universitários durante a graduação. Em decorrência, esses alunos podem apresentar quedas acentuadas nos padrões de envolvimento acadêmico e potencialmente, desistirem de permanecer no curso superior. Objetivo: Analisar as motivações potenciais para a evasão universitária e a relação com os sintomas de depressão, ansiedade e estresse entre graduandos em Enfermagem. Método: Estudo transversal, de abordagem quantitativa, realizado com graduandos em Enfermagem de uma universidade pública do nordeste brasileiro. Os dados foram coletados por meio dos instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Escala de Motivos para Evasão no Ensino Superior e Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse. Foram incluídos alunos do 1º ao 9º período, com matrícula ativa no curso de graduação em enfermagem. Excluiu-se os alunos com matrícula ativa, mas em situação de trancamento/afastamento. Resultados: Participaram do estudo 179 estudantes. Dos sete domínios motivacionais analisados, cinco apresentaram dominância do eixo ‘muito forte’ e foram considerados motivos potenciais relevantes para a intenção de abandonar o curso superior: Vocacionais (72,1%), Falta de suporte (69,8%), Institucionais (69,3%), Carreira (59,8%) e Desempenho acadêmico (38,5%). A análise das relações entre os escores das Escalas DASS-21 e M-ES mostrou correlações significativamente positivas entre os eixos avaliados, com variação de intensidade (fraca e moderada). Para a variável ‘Depressão’, os fatores ‘Interpessoais’ (rs=0,335; p<0,001), ‘Vocacionais’ (rs=0,326; p<0,001) e ‘Institucionais’ (rs=0,300; p<0,001) apresentaram correlação positiva moderada. Para a ‘Ansiedade’, houve correlação positivamente fraca com seis dos sete domínios motivacionais. Para o ‘Estresse’, todos os coeficientes indicaram o padrão de correlações positivas fracas. Discussão: Os desfechos encontrados neste estudo revelam que, embora em intensidade oscilante (fraca e moderada), os motivos para a evasão universitária e os sintomas de ansiedade, depressão e estresse se correlacionam significativamente. Dos sete domínios de motivos analisados, seis apresentaram MFR nulos. Esse resultado sugere que todos as motivações, em caráter multidimensional, têm alguma força de impacto na intenção do estudante em abandonar o curso de graduação. Conclusão: Demonstra-se que os motivos, contextos e fatores preditivos devem ser analisados de forma complementar para o entendimento abrangente do complexo fenômeno da evasão universitária.

  • NANIELLE SILVA BARBOSA
  • WORKAHOLISM, SINTOMAS ANSIOSOS, DEPRESSIVOS, ESTRESSE E QUALIDADE DE VIDA EM ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 13/12/2023
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  • Introdução: o workaholism faz referência a um padrão crônico de alto investimento no trabalho, sendo atribuído às jornadas de longas horas e como uma obsessão incontrolável. Enfermeiros estão expostos a situações que podem levar a esses comportamentos disfuncionais no trabalho, ampliando os riscos ao bem-estar físico e mental, bem como quedas representativas na satisfação com a Qualidade de Vida. Objetivo: analisar a correlação entre workaholism, sintomas ansiosos, depressivos, estresse e Qualidade de Vida em enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Método: estudo transversal com 142 enfermeiros da Estratégia Saúde da Família de Teresina, entre novembro de 2022 e abril de 2023, por meio de instrumento autoaplicável composto por questões relacionadas ao perfil sociodemográfico, ocupacional e clínico, a Dutch Work Addiction Scale, a Depression, Anxiety and Stress Scale - Short Form e a versão abreviada do Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde. Os dados coletados foram analisados no Statistical Package for Social Science versão 26. Foi aplicada estatística descritiva exploratória, medida de posição média, intervalo de confiança, medida de dispersão, frequência absoluta e relativa. Para análise inferencial foi aplicado o teste X² (qui-quadrado) com correção de Yates, teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov e Teste U de Mann-Whitney. O teste de correlação de Sperman foi utilizado para analisar a relação entre os escores. Para as variáveis que apresentaram significância, aplicou-se o modelo de regressão logística para calcular a razão de chance. O nível de significância adotado foi de 5%, com intervalos de confiança de 95%. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob parecer de número 5.637.815. Resultados: o aumento do escore de Trabalho Excessivo aumentou em 25,2% sintomas de depressão, 27,7% sintomas de ansiedade e 42,5% sintomas de estresse; o aumento do escore de Trabalho Compulsivo aumentou em 33% sintomas de depressão, 32,2% sintomas de ansiedade e 42,9% sintomas de estresse; o aumento do escore de Vício em Trabalho aumentou em 31% sintomas de depressão, 32,1% sintomas de ansiedade e 45,7% sintomas de estresse. O aumento do escore de Trabalho Excessivo diminuiu em 27,5% os escores do domínio físico, em 37% os escores do domínio psicológico, em 34,5% os escores do domínio relações sociais, em 26,7% os escores do domínio meio ambiente e em 35,8% o escore global; o Trabalho Compulsivo diminuiu em 16,5% os escores do domínio físico, em 36,7% os escores do domínio psicológico, em 42,7% os escores do domínio relações sociais, em 24,8% os escores do domínio meio ambiente e em 34,6% o escore global; o Vício em Trabalho diminuiu em 24,6% os escores do domínio físico, em 39,3% os escores do domínio psicológico, em 40,5% os escores do domínio relações sociais, em 27,7% os escores do domínio meio ambiente e em 37,7% o escore global. Conclusão: foi evidenciado que o aumento dos escores de Trabalho Excessivo, Trabalho Compulsivo e Vício em Trabalho aumentou os escores dos sintomas de depressão, ansiedade e estresse e diminuiu os escores dos domínios da Qualidade de Vida.

  • VERBENIA CIPRIANO FEITOSA SILVA
  • ADESÃO AO TRATAMENTO DA SÍFILIS GESTACIONAL: ESTUDO METODOLÓGICO PARA DESENVOLVIMENTO DE VÍDEO EDUCATIVO
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 12/12/2023
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  • A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que atinge homens e mulheres, e quando ocorre na gestação pode ser transmitida da mãe para o feto caso não seja tratada, chamada de transmissão vertical. Considerando a magnitude do problema principalmente em gestantes além da consulta de pré-natal, há necessidade da realização de intervenções que favoreçam a adesão ao tratamento da sífilis gestacional com vista a redução da transmissão vertical. Tem-se como objetivo construir e validar uma tecnologia, do tipo vídeo educativo, acerca da adesão ao tratamento da sífilis entre gestantes. Trata-se de um estudo metodológico para a construção de tecnologia e validação por juízes e população alvo. Os dados gerados pelas validações de conteúdo foram analisados por meio da estatística descritiva através do software SPSS versão 20.0 para confecção de gráficos e tabelas. Na validação de conteúdo, a análise dos dados será realizada por meio da aplicação do teste binomial, uma vez que o uso do índice de validade de conteúdo em pequenas amostras de experts pode resultar em valores tendenciosos. A análise estatística foi descritiva e exploratória a partir dos percentuais das categorias de respostas das variáveis. Durante o processo de construção e elaboração do conteúdo do roteiro e do storyboard foi baseado nos manuais do Ministério da Saúde, utilizou-se uma cena fictícia, com falas, ambiente e elementos audiovisuais comuns para o público-alvo, apoiar-se em cenas reais praticados nos serviços de saúde. O processo de validação de conteúdo e aparência foi rigorosamente respeitado, nesse estudo foi realizado em duas etapas com 22 juízes especialistas, para garantir que o conteúdo final alcance o seu objetivo final em incentivar a adesão ao tratamento adequado. Durante esse processo a frequência de IVC foi superior ou igual a 0,90, e mesmo assim, foram acatadas as poucas sugestões para melhoria do produto final. Considera-se que o estudo possibilitou identificar práticas de cuidado e necessidades dos profissionais enfermeiros para melhor conduzir o processo de planejamento e implementação durante o pré-natal no manejo preventivo da sífilis. 

  • ANDRÉA PEREIRA DA SILVA
  • QUALIDADE DE VIDA E FATORES ASSOCIADOS PÓS-COVID-19 NA POPULAÇÃO GERAL DO PIAUÍ
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 11/12/2023
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  • Introdução: A COVID-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) que rapidamente se espalhou pelo mundo, desenvolveu doenças respiratórias graves com registros elevados de morbimortalidade. Uma proporção substancial de pessoas com a doença desenvolve sequelas pós-agudas que podem impactar de maneira significativa a qualidade de vida entre aqueles que tiveram a infecção. Objetivo: avaliar a qualidade de vida das pessoas que tiveram COVID-19 e os fatores relacionados. Método: Trata-se de estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado no Estado do Piauí, Brasil. A população do estudo foi constituída por pessoas da população geral que tiveram diagnostico confirmado para a COVID-19 pelo menos uma vez, de ambos os sexos, com idade igual ou maior a 20 anos e inferior a 60 anos, vacinados ou não contra a COVID-19 e que fazem parte dos territórios das Regionais de Saúde Estado do Piauí. Assim, 264 participantes compuseram a amostra do presente estudo. O estudo atendeu os aspectos éticos sob número do parecer: 4.122.120. Realizou-se a coleta de dados, por meio de um instrumento elaborado pelos pesquisadores, composto por variáveis sociodemográficas, clinicas e para avaliar a qualidade de vida foi utilizado o EuroQol 5 (EQ-5D-5L). O instrumento de coleta de dados foi enviado virtualmente por meio de um link web, para acesso ao formulário online disponível no Google Forms, para preenchimento individual. Cabe ressaltar que, antes do participante acessar o formulário online propriamente dito, foi disponibilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, para leitura e aceite. Resultados: Na amostra total de 264 participantes, predominou o sexo feminino (73,9%, n=195), com escolaridade mínima de graduação ou pósgraduação (75,4%, n=199), cor parda (63,6%, n=168), professava a religião católica ou evangélica (86,4%, n=228), não possuía união estável (61,7%, n=163) e tinha situação laboral ativa (72,7%, n=192). As características preditoras relacionadas à classificação do domínio mobilidade evidenciou, associação com as seguintes obesidade (p=0,015), imunossupressão (p=0,041), doença cardíaca crônica (p<0,001), diabetes tipo 2 (p<0,001), hipertensão (p=0,003). No bloco das sequelas, houve associação estatisticamente significativa da classificação da qualidade de vida no domínio mobilidade com: dificuldade respiratória (p=0,046), lesões pulmonares (p=0,007), dor no peito (p=0,014) e ansiedade (p=0,032). Conclusão: A qualidade de vida da população e o estado geral foram afetados pela COVID-19, as sequelas pós-COVID-19 são frequentes e associam-se com os domínios mobilidade, ansiedade/depressão, dor e desconforto que também encontra-se comprometidos após a infecção pelo vírus. As sequelas e efeitos da COVID-19 longa permitem a formulação de estratégias de reabilitação para pacientes pós-COVID-19.

  • INARA VIVIANE DE OLIVEIRA SENA
  • DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA PREDIÇÃO CLÍNICA DA GRAVIDADE DA COVID- 19
  • Orientador : DANIELA REIS JOAQUIM DE FREITAS
  • Data: 09/12/2023
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  • Introdução: A infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) pode causar complicações graves, que são eventualmente seguidas por falência de múltiplos órgãos, em que é exigida a hospitalização para tratamento e acompanhamento adequados. Portanto, o crescimento de técnicas impulsionadas por Inteligência Artificial (IA) para identificar os riscos epidemiológicos com antecedência será a chave para melhorar a previsão, prevenção e detecção de futuros riscos graves à saúde global. Objetivo: O objetivo geral do estudo é desenvolver um software assistencial para a predição da gravidade da COVID-19 em pacientes internados. Método: Trata-se de uma pesquisa metodológica embasada na aplicação da mineração de dados e aplicação de IA em bancos de dados de saúde, o estudo seguiu duas fases: a primeira para construção do algoritmo; para segunda fase, foi utilizada a metodologia do Design Instrucional Orientado a Dados. O presente estudo teve como fonte dos dados casos hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave notificados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe de um hospital sentinela do Piauí. Foi realizada a conversão do arquivo recebido em .dbf (data base file – arquivo de banco de dados) para um arquivo.csv (comma separeted value – valor separado por vírgula) no Microsoft Excel 2003 e posteriormente, o modelo foi manuseado na linguagem Python v. 3.9.2, utilizando a biblioteca que melhor se adequou aos dados. A pesquisa obteve aprovação do Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, com parecer Nº 5.940.426 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética n. 64059522.4.0000.5214. Resultados e Discussão: Foram utilizados dados de 1385 notificações: desses, ~0,05% (8/1385) casos foram previamente classificados pelo padrão-ouro como “Leve”, ~8% (116/1385) foram classificados como “Moderado”, ~70% (966/1385) foram classificados como “Grave” e ~21% (295/1385) notificações foram classificadas como “Críticas”. As perguntas relacionadas a UTI, saturação de oxigênio e se o paciente tinha recebido vacina contra o COVID-19, foram as que mais influenciaram proporcionalmente para a classificação, sendo os casos críticos os mais bem avaliados pela aplicação, cujo algoritmo foi treinado com 75% da amostra e testado com 25%, com acurácia e precisão acima de 98%. Os dados obtidos neste estudo estão de acordo com outros estudos propostos na literatura, sendo que em apresenta uma performance de maior precisão, além de ser o único software de predição para COVID-19 no Brasil criado no momento. O software criado posssui uma interface web amigável, intuitivo e de fácil manuseio. Conclusão: Conclui-se que o software preditivo pode colaborar na classificação de gravidade dos pacientes e por conseguinte, auxiliar na organização de serviços de saúde em situações de crise, além de ter o potencial de fornecer subsídios acerca das relações das variáveis disponíveis nas fichas de notificações e propor intervenções de saúde pública mais eficazes. 

  • ÍTALO ARÃO PEREIRA RIBEIRO
  • QUALIDADE DO SONO E CONSUMO DE PSICOTRÓPICOS POR PROFISSIONAIS DA SAÚDE DA LINHA DE FRENTE DE CUIDADOS AOS PACIENTES COM COVID-19
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 29/11/2023
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  • Introdução: identificada pela primeira vez na cidade de Wuhan e reconhecida, em 11 de março de 2020, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pandemia, a infecção pelo Coronavírus Disease 2019 (COVID-19) foi considerado problema de alta magnitude por exigir a restruturação do atendimento em diferentes contextos e níveis de atenção. No contexto epidemiológico, as projeções apontaram que desde o início da pandemia 151.376 profissionais de saúde tiveram diagnóstico confirmado para a doença, com destaque para a equipe de enfermagem que concentrou 46,9% dos registros de notificação. Nessa perspectiva, os profissionais de saúde que atuaram na linha de frente para o enfrentamento da pandemia, além de apresentarem maiores riscos para contaminação, foram vulneráveis ao desenvolvimento ou à intensificação de comorbidades psicopatológicas como, distúrbios no padrão de sono, sintomas de ansiedade e de depressão, o que, por consequência, pode ter influenciado para busca e aumento do consumo de substâncias psicotrópicas como estratégia para uma boa qualidade do sono, sensação de relaxamento e redução dos níveis de ansiedade e depressão. Objetivo: avaliar a qualidade do sono e o consumo de psicotrópicos por profissionais da saúde da linha de frente de cuidados à pacientes com COVID-19. Método: pesquisa analítica-observacional, transversal, desenvolvida em dois centros referenciais para o gerenciamento dos casos moderados e graves de COVID-19 em Teresina – PI, no período de janeiro a maio de 2023. Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (CEP/UFPI) emitido sob processo número 4.122.120. A amostra foi constituída por 224 profissionais da saúde, dentre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos e auxiliares de enfermagem, de ambos os sexos, com carga horária semanal de trabalho igual ou superior a 24 horas e que prestaram atendimento de no mínimo três meses às pessoas infectadas, seja em modalidade hospitalar ou intensiva. Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário para caracterização sociodemográfica, ocupacional, clínica, consumo de psicotrópicos e padrão do sono, elaborado pelos próprios pesquisadores, além do instrumento de Índice da Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP). Para a construção do banco de dados foi utilizado o software da Microsoft Office Excel, sendo as informações transportadas, posteriormente, para o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 26.0. A análise descritiva foi expressa por medidas de posição (média e mediana) e de variabilidade (desvio padrão, amplitude, máximo e mínimo) para as variáveis quantitativas e pela frequência absoluta e relativa para as categóricas. Para análise inferencial, foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para análise e verificação da normalidade da amostra. Para avaliar a associação existente entre as variáveis qualitativas, foi utilizado o teste Qui-Quadrado (X2) de Pearson. Em seguida, foi utilizado o teste de comparação U de Mann-Whitney para as variáveis quantitativas não paramétricas (não normais). Posto isso, com base na análise do p-valor dos testes listados, usou-se a regressão logística binária utilizando-se o teste de WALD. As variáveis foram inseridas no modelo por meio do método enter, variáveis foram inseridas em bloco único, considerando significância estatística p<0,05 como critério para inclusão das variáveis independentes. Foram calculados Odds ratio (OR) com intervalos de confiança de 95%. Resultados: com análise dos dados, foi possível dividir os resultados em três manuscritos que evidenciam os principais achados dessa pesquisa: o primeiro “Preditores da má qualidade do sono em profissionais da saúde: análise no cenário da COVID-19”, apresenta a ansiedade, dificuldades para dormir, tristeza, cansaço mental, cansaço físico, estresse, angústia, frustração, alteração no padrão de sono e sonolência ao longo do dia, como aspectos ligados a má qualidade do sono desses profissionais durante a pandemia, trazendo a variável “estado de saúde muito bom antes de exercer função laboral no setor COVID-19” como fator de proteção; o segundo “Fatores associados ao consumo de psicotrópicos entre profissionais de saúde de serviços hospitalares na pandemia COVID-19”, demonstra que a substância mais consumida foram os ansiolíticos por 22,5% (n=55) dos participantes, sendo os técnicos de enfermagem a categoria que apresentou maior consumo dessa e das demais substâncias. 19,2% (n=47) dos profissionais afirmaram que passaram a consumir substâncias psicotrópicas após início do trabalho no setor COVID-19; e 15,1% (n=37) utilizavam dessas substâncias especificamente para dormir. As variáveis “manifestar interesse em buscar ajuda ou tratamento psicológico, mas não procuraram ajuda” (OR: 5; IC95%: 2,43-10,27, p < 0,000) e “manifestar interesse e procurar ajuda” (OR: 16,4; IC95%: 7,53-36,01, p < 0,000) apresentaram associação com o consumo de psicotrópicos entre profissionais de saúde. Já as variáveis “religião católica” (OR: 0,15; IC95%: 0,04-0,57, p = ,005), “religião evangélica” (OR: 0,13; IC95%: 0,03-0,59, p = 0,008) e “grau de exigência emocional moderado” (OR: 0,35; IC95%: 0,00-0,27, p < 0,001) foram fatores de proteção; o terceiro “Relação da qualidade do sono com o consumo de psicotrópicos entre os profissionais de saúde na pandemia COVID-19” revelou que, as variáveis “já usou, mas não usa atualmente”; “usa atualmente”; “ter usado antidepressivo”; “ter usado ansiolítico”; “ter usado tranquilizante”; “ter usado psicotrópicos com prescrição/orientação médica”; “ter usado psicotrópicos com orientação própria/automedicação”; “ter usado as substâncias em decorrência de depressão”; “ter usado as substâncias em decorrência de ansiedade”; “ter usado as substâncias em decorrência de medo de se infectar com a COVID-19”; “ter usado as substâncias em decorrência de estresse”; “ter usado as substâncias em decorrência de exaustão”; “ter usado as substâncias em decorrência de cansaço mental”; “ter usado as substâncias em decorrência de cansaço físico”; “ter feito uso de substâncias para dormir a noite”; “ter feito uso de substâncias para alívio emocional/sentimental”; “ter feito uso de substâncias em momentos de crise de ansiedade”; “ter feito uso das substâncias antes de trabalhar no setor da COVID-19” e “aumento do uso/dose após o início do seu trabalho no setor da COVID-19” foram independentemente associadas a ter problemas com o sono. Conclusão: a pandemia COVID-19 potencializou diversos transtornos e perturbações já existentes no ambiente laboral dos profissionais da saúde. Aspectos mentais, físicos, emocionais e até mesmo exercer suas funções durante a pandemia, foram algumas das situações associadas à má qualidade do sono e condicionantes ao consumo de substâncias psicotrópicas, como estratégia de manutenção e equilíbrio desses agravos, o que, denotou a ausência ou escassez de cuidados voltados para prevenção e manutenção do bem-estar e saúde dos profissionais de saúde durante esse período.

  • ANTÔNIA SYLCA DE JESUS SOUSA
  • CONSTRUÇÃO, VALIDAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM PODCAST COMO TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA PREVENÇÃO DE SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 22/11/2023
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  • Introdução: A síndrome metabólica é um problema de saúde global, prevalente nos adolescentes e, portanto, a adoção precoce de estilo de vida saudável, como dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância são componentes básicos da sua prevenção. As tecnologias educacionais digitais podem ser bastantes atraentes para abordar a prevenção da síndrome metabólica em adolescentes, pois essa população as utiliza diariamente para comunicação, interação, socialização e obtenção de informações de saúde. Dentre as tecnologias educacionais digitais temos os podcasts, recursos fáceis de serem acessados pelas pessoas em tempo e lugar preferidos. Objetivo: construir, validar e avaliar um podcast para prevenção de síndrome metabólica em adolescentes. Método: Estudo metodológico realizado no período de junho de 2022 a novembro de 2023, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob o parecer nº 5.521.057 em três etapas. Etapa 1: pré-produção - adaptação do conteúdo de uma cartilha para construção do storyboard do podcast com base nos princípios da Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia e validação de conteúdo por 22 enfermeiros experts em saúde de adolescentes usando o Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional em Saúde. Etapa 2: produção - ajustes no storyboard e gravação do podcast. Etapa 3: pós-produção: validação de aparência por 12 enfermeiros experts em construção de tecnologia educacional por meio de um instrumento validado e avaliação com o público-alvo utilizando o Instrumento de Avaliação de Podcast Educativo.Os dados foram analisados no software R, versão 4.2.3, sendo calculado o Índice de Validade de Conteúdo, o Alpha de Cronbach, índice V de Aiken e seus intervalos de confiança, considerados válidos para valores ≥ 0,80, ≥ 0,70 e ≥ 0,81, respectivamente. Resultados: O podcast possui dois episódios em formato de screencast, com duração de dois minutos e cinquenta e oito segundos (2:58s) e três minutos e cinquenta e sete segundos (3:57s), disponíveis na plataforma digital YouTube, que foram baseados na Cartilha educativa “Síndrome metabólica: como me prevenir?”. O Índice de Validade de Conteúdo global do storyboard foi de 0,985 e de aparência foi de 0,985, com valores do α Cronbach de 0,896 e 0,901, respectivamente. Na avaliação com o público-alvo, o V de Aiken foi maior do que 0,81 para 18 dos 20 itens do Instrumento de Avaliação de Podcast Educativo. Considerações finais: O podcast pode ser considerado válido quanto ao conteúdo e aparência pelos experts e bem avaliado com o público-alvo no incentivo a prevenção e orientação acerca de doenças crônicas como a Síndrome metabólica.

  • ANA RAQUEL BATISTA DE CARVALHO
  • COINFECÇÃO MICROBIANA E DESFECHO DE PACIENTES INTERNADOS COM SARS-CoV-2
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 13/11/2023
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  • Introdução: O surgimento da síndrome infecciosa ocasionada pelo coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2) e sua disseminação se tornou um grande desafio mundial. Em pacientes com infecção por COVID-19, observa-se o número expressivo daqueles que necessitam de internação em das Unidades de Terapias Intensivas (UTI), bem como do uso de ventilação mecânica. Associado a esse quadro, verifica-se também o aumento do acometimento de pacientes por infecções por Staphylococus aureus nesse ambiente, sendo que estas trazem um maior agravamento em relação ao desfecho clínico dos pacientes. Objetivo: Analisar as características clínicas, a ocorrência de coinfecção e o desfecho de pacientes com a COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, analítico do tipo caso-controle, realizado de maneira retrospectiva, que será reportado de acordo com a declaração da iniciativa Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). O estudo foi realizado em um hospital universitário localizado na região nordeste do Brasil. Pacientes adultos (≥18 anos), de ambos os sexos admitidos no hospital, no período de 15 de março de 2020 (data do primeiro caso de COVID-19 em Teresina) a 31 de dezembro de 2021, diagnosticados com COVID-19, qualificaram-se para inclusão neste estudo. Ressalta-se que foram excluídos desta pesquisa os pacientes que não apresentem informações confirmando o diagnóstico e os pacientes que não possuam o desfecho nos seus prontuários. Todos os dados foram coletados dos prontuários eletrônicos presentes no sistema do referido hospital. A coleta foi realizada com o auxílio de um formulário, subdivido em cinco partes. Os dados coletados foram submetidos à codificação apropriada e digitados em banco de dados, mediante a elaboração de um dicionário (code book) utilizando o Software Microsoft Excel. Por conseguinte, o banco de dados será submetido ao processo de validação por dupla digitação e, posteriormente, exportados para o Statistical Package for the Social Sciense (SPSS) para a realização da análise estatística. A significância estatística será definida como erro tipo I menor que 0,05 (p<0,05). Algumas associações de interesse serão verificadas utilizando o teste qui-quadrado e Teste Exato de Fisher, adotando o nível de significância de p<0,05. Além disso será verificada associações por meio de análise multivariada com Odds Ratio. Os resultados serão apresentados por meio de tabelas e gráficos, com objetivo de facilitar a interpretação. Destaca-se que todos os pontos éticos citados na Resolução de nº 466 de 2012 do Conselho Nacional em Saúde, que regulamenta pesquisa envolvendo seres humanos, foram seguidos. Resultados: Foram identificados 1.023 registros no ano de 2020, e 853 registros no ano de 2021, foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão, e posteriormente foi realizado o cálculo estatístico onde foram selecionados 413 prontuários com teste de PCR positivos para COVID-19.

  • ROSÂNGELA NUNES ALMEIDA
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA COVID-19 ELA- BORADAS POR USUÁRIOS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Orientador : DANIELA REIS JOAQUIM DE FREITAS
  • Data: 09/11/2023
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  • INTRODUÇÃO: A pandemia permitiu refletir sobre a organização das ações na Estratégia Saúde da Família para a diminuição da COVID-19, impactando diretamente na qualidade das ações de prevenção e controle da doença. Assim, necessitou ser reorganizada para proporcionar maior resolutividade dos problemas. OBJETIVOS: Apreender as representações sociais elaboradas por usuários da Estratégia Saúde da Família sobre as ações de prevenção e controle da COVID-19. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, fundamentado na Teoria das Representações Sociais e guiado pelo Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research (COREQ). Participaram do estudo 35 pessoas usuárias da atenção primária à saúde. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro a março de 2023, por meio de uma entrevista individual, onde foi aplicado um instrumento composto de duas partes. Os discursos foram transcritos no software Microsoft Word produzindo um corpus textual com todas as respostas dos participantes em um único arquivo de texto. O processamento foi realizado com o software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaire (IRaMuTeQ) por meio de uma classificação hierárquica descendente e a análise discursiva das classes foi realizada com auxílio do aporte teórico e metodológico da Teoria das Representações Sociais. RESULTADOS: O dendrograma apresentou como resultado, oito classes lexicais, sendo estas: “meios de comunicação”, “fonte do saber”, “favoráveis às medidas”, “álcool e uso de máscaras”, “início da pandemia”, “vacina e vacinação”, “medidas de estilo antigo” e “higiene das mãos”, distribuídas em dois eixos temáticos, que avaliaram as fontes e os posicionamentos de saberes sobre a temática em questão. Ademais, caracterizou-se os participantes do estudo quanto o perfil sociodemográfico. Descreveu-se o saber de pessoas usuárias da Estratégia Saúde da Família sobre as ações de prevenção e controle da COVID-19. Discutiu-se como as representações sociais sobre prevenção e controle da COVID-19 puderam influenciar nas ações dos participantes do estudo e foram identificadas as fontes do saber deles quanto às medidas de prevenção e controle da COVID-19. CONCLUSÃO: Evidenciou-se que as representações sociais são fundamentais para aproximação do conhecimento científico ao senso comum elaborado por usuários da Estratégia Saúde da Família, contribuindo para o desenvolvimento eficaz de práticas sociais capazes de prevenir e controlar a COVID-19.
    Palavras-chave: .

  • BÁRBARA SANDRA PINHEIRO DO SANTOS
  • PERCEPÇÃO DOS COORDENADORES DE IMUNIZAÇÃO SOBRE O CONTROLE DA INFECÇÃO POR COVID-19 COM O AVANÇO DA VACINAÇÃO
  • Orientador : DANIELA REIS JOAQUIM DE FREITAS
  • Data: 06/11/2023
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  • Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a COVID-19 é causada pelo vírus SARS-CoV-2 e gera infecções respiratórias desde formas assintomáticas a graves e letais. A transmissão da COVID-19 ocorre, principalmente, por gotículas respiratórias, aerossóis e da mucosa nasal, oral e conjuntiva de pacientes infectados. A OMS buscou orientar os governos a implementarem intervenções não farmacológicas (INF), que consistiram em medidas de alcance individual (lavagem das mãos, uso de máscaras e restrição social), ambiental (limpeza rotineira de ambientes e superfícies) e coletiva (com restrição ou suspensão do funcionamento de escolas e universidades, locais de convívio comunitário, transporte público, com foco em ambientes que geravam aglomeração de pessoas). Objetivo: Conhecer as medidas implementadas e as mais eficazes para controle da COVID-19 na percepção dos coordenadores de imunização e Compreender os impactos da vacinação para controle da COVID-19 e flexibilização das medidas preventivas na percepção dos coordenadores de imunização. Método: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. Foram coletados informações de 50 formulários semiestruturados preenchidos pelos Coordenadores Municipiais de Imunização através do Google Forms e a análise dos dados ocorreu por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin (2011).Resultados: Três categorias emergiram da análise dos relatos: medidas implementadas para o controle da infecção por COVID-19 na percepção dos coordenadores de imunização; impactos da vacinação para controle da COVID-19 e flexibilização das medidas preventivas e medidas mais eficazes para o controle da COVID-19. Considerações finais: O estudo possibilitou conhecer as medidas implementadas e as mais eficazes para controle da COVID-19 na percepção dos coordenadores de imunização, além de compreender os impactos da vacinação para controle da COVID-19 e flexibilização das medidas preventivas na percepção dos coordenadores de imunização, sendo identificados como medidas preventivas e protetivas: higienização das mãos com alcóol e ou sabão, uso de máscaras cirurgicas, N95 e ou de tecidos, isolamento social, distanciamento social nos principais ambientes públicos e domiciliares, higienização de locais públicos e privados com sanitização recorrente, testagem rápida para diagnóstico precoce, barreiras sanitárias com profissionais de saúde capacitados para orientação das principais medidas protetivas e a vacinação que objetiva a proteção da população. Assim, compreendeu-se, segunda a percepção dos coordenadores de imunização, que avanço da vacinação foi essencial para o controle da COVID-19 e possibilitou o retorno gradativo das atividades comerciais e econômicas com restrições de funcionamento. Além do mais, foi necessário orientar a população sobre a importância de acreditar na ciência e na efetividade da vacinação contra a COVID-19, com base nos resultados sobre a diminuição do número de casos e de óbito, para melhorar a adesão de parcela da população ainda resistente e que não tomou a vacina, a fim de continuar com o controle da COVID-19.

  • NERIS VIOLETA GONZÁLEZ PÉREZ
  • ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO PARA A PANDEMIA COVID-19 NO URUGUAI
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 26/10/2023
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  • Introdução: A pandemia produzida pelo vírus SARS-CoV-2 caracterizada por uma síndrome respiratória aguda grave e causadora da doença chamada Covid-19, começou em dezembro de 2019, na China, na cidade de Wuhan. Rapidamente se espalhou pelo mundo com transmissão comunitária sustentada e exponencial, até ser declarada pandemia em março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde e Emergência Nacional de Saúde no Uruguai em 13 de março de 2020. Objetivos: Identificar estratégias, políticas, normas sanitárias e científicas de enfrentamento da pandemia de Covid-19 no Uruguai, desde que a Emergência Nacional de Saúde foi decretada em 13 de março de 2020 até o 10 de abril de 2021; refletir sobre a implementação das diretrizes estratégicas de combate à Covid-19 nas dimensões técnica, política e sanitária durante a Emergência em Saúde. Método: Estudo documental, qualitativo, descritivo e transversal. Os passos seguidos foram; Seleção da comunicação a ser estudada; seleção de categorias, subcategorias e unidade de análise; recolha de dados; processamento e análise. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade da República do Uruguai-CENUR pelo Exp:311170-000102-22. Resultados: As estratégias políticas foram identificadas e incluídas no estudo de acordo com os critérios de inclusão; para a categoria estratégias políticas; Decretos 1, Resoluções 1 e 11 Setores para os quais são definidas múltiplas medidas; para a categoria Estratégias Normativas; Ordenanças 24, Resoluções 9 e 2 decretos e para a categoria estratégias científicas 23 Recomendações. No processo da pandemia no Uruguai, reconhece-se a existência de mais de uma racionalidade nas estratégias de interpretação da realidade, mas com pontos coincidentes e complementares, com um processo de diagnóstico e respostas de ação. As estratégias desenvolvidas pelos cientistas agrupados no Grupo Assessor Cientifico Honorário foram a busca exaustiva e rigorosa de conhecimento nacional e internacional e a entrega de evidências científicas ao governo do Uruguai durante o processo de Emergência Nacional de Saúde para orientar a tomada de decisões políticas para combater a epidemia de Covid-19. As estratégias de regulação sanitária desenvolvidas pelo Ministério da Saúde Pública foram apresentadas por meio da elaboração de um quadro de normas legais específicas de ação para o controle do plano geral de atenção e recuperação à saúde da população nas esferas pública e privada no contexto da pandemia de Covid-19. As estratégias de políticas públicas desenvolvidas pelo governo durante a Emergência Sanitária Nacional significaram um processo decisório moldado por situações internas e externas que foram tomadas no curso de um processo temporário. Conclusões: As políticas de atenção à saúde no Uruguai, no cenário da Covid-19, foram aplicadas por meio de normas legais do Estado, gestão de recursos financeiros e persuasão à população. Na busca de relações entre categorias estratégicas, políticas, regulação sanitária e científica, encontra-se a abordagem de temas semelhantes, a proximidade temática e o tratamento simultâneo que potencializaram o processo de implementação de políticas e normas no país.

  • ADÃO BAPTISTA CASSOMA CHIMUANJI
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE A PREVENÇÃO DE INFECÇÕES NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM ANGOLA
  • Orientador : DANIELA REIS JOAQUIM DE FREITAS
  • Data: 26/10/2023
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  • Introdução: Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 100 pacientes em hospitais de cuidados intensivos, sete pacientes em países de alta renda e 15 pacientes em países de baixa e média renda irão adquirir pelo menos uma das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) durante sua internação hospitalar. Face ao exposto, em Angola, as IRAS constituem de igual modo um desafio que não foge à regra da problemática universal, tendo em conta alguns pressupostos ligados a inexistência de legislação para a institucionalização do Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar. Objetivo: Apreender as representações sociais elaboradas por profissionais de enfermagem em Angola sobre a prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo, qualitativo, exploratório-descritivo, fundamentado na Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici. A presente pesquisa foi realizada com 46 profissionais da equipe de enfermagem, a saber: 20 enfermeiros e 26 técnicos de enfermagem assistencialistas. O cenário do estudo foi uma instituição de que presta cuidados em saúde, de maneira público-privada, localizada na cidade de Luanda, Angola. A coleta foi realizada de junho a julho de 2023, em sala adequada, reservada de maneira individual, respeitando a privacidade dos profissionais que aceitaram participar. Foi utilizado o Software IRaMuTeQ para o processamento dos dados, escolhendo-se a análise multivariada conhecida Classificação Hierárquica Descendente (CHD) ou método de Reinert e a análise fatorial de correspondência. Resultados: O IRaMuTeQ realizou a divisão do corpus em 271 (82,62%) seguimentos classificados, de um total de 328 segmentos de textos, que geraram dois eixos temáticos principais e 6 classes: Eixo Temático 1: A prevenção de IRAS e a interface com a formação, que contém as classes - Classe 5: Estratégias efetivas para a prevenção de IRAS e Classe 4: Fonte do saber sobre a prevenção de IRAS. Já o Eixo temático 2: Organização das ideias sobre a prevenção de IRAS, contando com: Classe 3: A higienização das mãos e a prevenção de IRAS; Classe 1: Descrição de fatores que impedem a prevenção de IRAS; Classe 2: Medidas conhecidas e implementadas para a prevenção de IRAS e Classe 6: Saberes dos profissionais sobre as IRAS. Considerações Finais: Foi demonstrada a importância da formação contínua dos profissionais sobre IRAS e sobre as medidas de prevenção, assim como, desvelou-se a importância que os participantes atribuem a higienização das mãos e a utilização de equipamentos de proteção invidiais, representando essas medidas como indispensáveis para a prevenção e controle de infecções durante os cuidados aos pacientes.

  • AMANDA LÚCIA BARRETO DANTAS
  • AVALIAÇÃO DE APLICATIVO MÓVEL SOBRE ALEITAMENTO MATERNO PARA ENFERMEIROS
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 17/10/2023
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  • Introdução: Os investimentos em tecnologias que aproximam as pessoas, em  particular os enfermeiros e que tenham bases de dados confiáveis é promissora para a área da saúde, possibilitando a disseminação de conhecimento de forma rápida, direcionada e objetiva. Objetivo: Avaliar aplicativo móvel sobre aleitamento materno para enfermeiros. Método: Trata-se de estudo multimétodos, composto por três subestudos: 1. Necessidades de aprendizagem de enfermeiros sobre aleitamento materno: uma revisão de escopo. Adotou-se a estratégia PCC, sendo “P” a População (enfermeiros), “C” o Conceito (conhecimento) e “C” o Contexto (amamentação). As buscas foram realizadas independentemente por dois revisores, em março e abril de 2022, nas bases de dados National Library of Medicine; Scopus; Biblioteca Virtual em Saúde e Web of Science. Subestudo 2. Conhecimento de enfermeiros sobre o aleitamento materno em uma maternidade de referência do Piauí. Estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa, realizado com 80 enfermeiros assistencialistas que atuam em uma maternidade de referência em alta complexidade no estado do Piauí, através de preenchimento de formuláriojá validado sobre seu conhecimento a respeito do aleitamento materno. Subestudo 3. Desenvolvimento e avaliação de aplicativo móvel denominado Padrão Ouro sobre aleitamento materno para enfermeiros. Estudo metodológico, utilizando as cinco fases do Design Instrucional Contextualizado (DIC) para desenvolvimento e validação do aplicativo sobre Aleitamento Materno, com base na teoria da aprendizagem multimídia, criada por Richard Mayer. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o número do parecer 5.854.128, sendo iniciada somente após aprovação. Resultados: Após identificar as lacunas do conhecimento de enfermeiros sobre aleitamento maternos nos dois primeiros subestudos, foi organizado o storyboard do aplicativo e seu cadastro em página teste que funciona como sítio de navegação neste. O aplicativo foi dividido em seis unidades de conteúdo e avaliado por 23 juízes do conhecimento em aleitamento materno, com Coeficiente de Validade de Conteúdo total de 0,97, fornecendo evidência satisfatória na validação do conteúdo. O coeficiente alfa de Cronbach apresentou confiabilidade moderada do instrumento conforme os juízes. Após análise de sugestões, foi acatada a inclusão de uma unidade sobre medicamentos e interação com aleitamento materno no storyboard do aplicativo. Conclusão: Mostrou-se que o Padrão Ouro é pertinente e apresenta
    conteúdo adequado para garantir a aquisição de conhecimentos sobre o tema. O uso de tecnologias mostra-se cada vez mais oportuno no campo das ciências, em especial, da enfermagem, como oportunidade de ser canal de comunicação, formação continuada que permite a qualificação daqueles que fazem bom uso destas, através de busca intencional e focada em conteúdos específicos, assim como contribuem para que seus desenvolvedores possam otimizar as tecnologias, a partir do retorno dos seus usuários. 

  • FABIOLA JAZMIN CACERES NAVARRO
  • AUTOMEDICAÇÃO DE GESTANTES ATENDIDAS NA ATENÇAO PRIMARIA Á SAÚDE DE GUAÍRA, PARAGUAI
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 27/09/2023
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  • Introdução: O consumo indiscriminado de medicamentos durante o período gestacional, leva a eventos futuros indesejados tanto para a saúde da mãe quanto para o bebê. Objetivo: Investigar o uso de medicamentos e sua relação para a saúde de gestantes atendidas na Estratégia Saúde da Família de Guaíra, Paraguai. Método: Estudo transversal, exploratório, com abordagem quantitativa, realizado em 15 unidades de saúde da família. A amostra de foi composta por 200 gestantes que frequentavam as unidades de saúde para acompanhamento pré-natal. A coleta de dados ocorreu entre setembro e novembro do ano de 2022, através da aplicação de um questionário estruturado, após a anuência do Ministério da Saúde do Paraguai. Os dados foram organizados e tabulados no Microsoft Excel e analisados por meio da estatística descritiva e inferencial no programa SPSS. Resultados: O desenvolvimento desta pesquisa evidenciou os diversos fatores envolvidos para que as gestantes se automediquem. Os resultados deste estudo podem ser utilizados como material norteador nas Unidades de Saúde da Família no ambulatório de pré-natal para que toda a equipe de saúde da família possa utilizar para que ainvestigação possa contribuir com o conhecimento atual e que possa ser uma contribuição importante para a saúde pública em Paraguai. Uma proposta para melhorar essa prática de automedicação seria através da educação constante das gestantes em cada consulta de pré-natal, bem como a organização de clubes de gestantes onde se ensine sobre os riscos da automedicação em qualquer pessoa, mas com mais ênfase. em mulheres grávidas.Verificou-se que a maioria das gestantes tinham entre 35 a 40 anos, eram provenientes da zona rural, tinham união estável, eram donas de casa e possuíam com casa própria. Quanto ao uso de medicamentos durante o período gestacional, a maior parte relatou consumir somente medicamentos prescritos pelo médico. Em relação à frequência e o motivo que os levaram à automedicação, 28% relataram que tinham os medicamentos em casa e 10% fizeram o uso por motivo de cefaléia, gripe e febre. As gestantes relataram que os medicamentos eram retirados na farmácia hospitalar das Unidades de Saúde da Família e 85% das gestantes afirmaram ter recebido alguma orientação sobre automedicação, 52,5% desconheciam o risco da automedicação e 97,5% não indicaram a automedicação para outras pessoas.Conclusão:O estudo forneceu um diagnóstico situacional do risco que a automedicação acarreta, em gestantes. Tendo ainda mais em conta os efeitos teratogênicos que alguns medicamentos podem produzir.   Em relação aos fatores sociodemográficos, é importante destacar que na faixa etária entre 20 e 40 anosqual é a idade reprodutiva de uma mulher, a maioria é proveniente da zona rural, estão em união estável, ensino fundamental incompleto com casa própria. Em relação ao perfil clínico e medicamentoso podemos concluir que a idade gestacional que mais consultou foi de 12 semanas, frequentam mais as unidades de saúde da família por residirem na zona rural, a maioria afirmou ter recebido orientações sobre automedicação durante a gravidez mas que desconhecem os riscos, foi detectado um único caso com incidentena automedicação mas que pode ser controlado em tempo hábil foram detectadas 30 gestantes que se automedicaram durante a gravidez. Na descrição das características medicamentosas das gestantes que se automedicam, detectou-se que a maioria se automedica uma vez ao mês e que o faz porque tem em casa e a cefaléia foi o principal sintoma que motivou elas se automedicarem.

  • RUTIELLE FERREIRA SILVA
  • PROTOCOLO CLÍNICO DE RASTREIO DA SARCOPENIA EM IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: elaboração e avaliação
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 21/08/2023
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  • Introdução: O envelhecimento promove diversas alterações fisiológicas que resultam em declínio gradual da massa e da força muscular, condição denominada de sarcopenia. Uma doença crônica que impacta de forma considerável sobre a morbimortalidade e a qualidade de vida da população idosa. Diante disso, torna-se primordial dispor de um protocolo para rastrear os idosos com maior risco de desenvolver a doença. Objetivo: Construir e avaliar a qualidade do protocolo clínico de enfermagem para rastrear a sarcopenia em idosos na atenção primária à saúde. Método: Trata-se de um estudo metodológico desenvolvido em duas etapas. Na primeira, foi realizada a construção do protocolo, utilizando-se as recomendações proposta pela da Gerência de Ensino e Pesquisa do Grupo Hospitalar Conceição. Para tal, foi realizado a elaboração de uma revisão sistemática e metanálise. Já a segunda etapa comtemplou a avaliação da qualidade do protocolo, por quatro experts em enfermagem gerontológica, utilizando o instrumento Appraisal of Guideline for Research & Evaluation II. Resultados: A revisão sistemática com metanálise foi construída com base na análise de 27 ensaios clínicos randomizado, evidenciando que a suplementação nutricional pode ser eficiente para aumentar a massa muscular e a prática de exercício físico poderá atuar positivamente na força muscular e no desempenho físico. O protocolo foi desenvolvido mediante um processo rigoroso de construção e avaliação da qualidade. Em todos os domínios do instrumento de avaliação da qualidade, o protocolo obteve pontuações condizentes com o desenvolvimento de uma diretriz de alta qualidade, alcançando 90,2% no domínio - Escopo e finalidade, 86,1%2 no domínio - Envolvimento das partes interessadas, 77,6% no domínio - Rigor do desenvolvimento, 100% no domínio - Clareza da apresentação, 86,4% no domínio – Aplicabilidade, e 100% no domínio - Independência editorial. Na avaliação global do protocolo, três especialistas atribuíram uma pontuação 6 e o outro o avaliou com 5 pontos. Todos os juízes afirmaram recomendar o uso do protocolo na prática clínica. Conclusão: O protocolo de rastreio da sarcopenia em idosos é um instrumento relevante para a prática clínica da enfermagem, configurando-se como uma ferramenta de alto impacto para identificar precocemente o risco e a evidência de sarcopenia, com a finalidade de preservar a autonomia e independência da pessoa idosa, de modo que possa envelhecer na ausência de quedas e com QV.

  • PRISCILA MARTINS MENDES
  • TECNOLOGIA EDUCACIONAL SOBRE A PARTICIPAÇÃO ATIVA DO PACIENTE NO CUIDADO SEGURO: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 11/08/2023
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  • Introdução: A participação do paciente é um conceito multidimensional oriundo do movimento de consumo generalizado na década de 1960, que envolvem a tomada de decisão, a automedicação, o automonitoramento, a educação do paciente e o estabelecimento de metas. As iniciativas de envolver o paciente no seu próprio cuidado não são recentes e ganharam destaque quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou em 2005, o programa “Paciente pela Segurança do Paciente”. Seguindo a tendência mundial, o Brasil adotou o mesmo programa em dezembro de 2012 e com o reforço da Portaria nº 529/2013, que institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) destaca que um dos cinco objetivos específicos é “pacientes, familiares e acompanhantes são parceiros nos esforços para a prevenção de eventos adversos em serviços de saúde do Brasil. Considerando que o envolvimento e a capacitação do paciente são, talvez, a ferramenta mais poderosa para melhorar a segurança do paciente. Objetivo: construir e validar um vídeo educativo para pacientes hospitalizados sobre a participação ativa para um cuidado seguro. Método: estudo metodológico para construção de um vídeo educativo “Paciente Ativo, Paciente Seguro”, a partir dos 12 Princípios da Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia, utilizando animação e narração em áudio. A validação de conteúdo foi realizada por 22 juízes especialistas por meio da aplicação do Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional. Os dados foram analisados pelo Índice de Validação de Conteúdo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob o parecer nº 5.680.053. Resultados: o vídeo possui 10 minutos e 30 segundos e contemplou uma breve introdução sobre a temática, a abordagem das seis metas internacionais de segurança do paciente: identificação correta do paciente, comunicação efetiva, medicamento seguro, cirurgia segura, prevenção de infecção – higiene de mãos, prevenção de quedas e prevenção de lesão por pressão. Durante o vídeo, o paciente é incentivado a participar do seu cuidado, como uma forma de contribuir com a sua própria segurança e da equipe. Dos 18 itens avaliados pelos juízes, 15 tiveram concordância unânime, com IVC de 1,0. Os itens “linguagem adequada ao público-alvo”, “linguagem apropriada ao material educativo” e “informações corretas” foram julgados como inadequados com IVC = 0,955. Os juízes especialistas fizeram uma série de sugestões relevantes para a segunda versão do roteiro e adequação para elaboração da animação com áudio. Conclusão: o vídeo foi considerado válido quanto ao conteúdo de acordo com a avaliação de juízes especialistas na área de enfermagem.

  • MIRIANE DA SILVA MOTA
  • ANÁLISE DOS COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO DE PESSOAS COM HIPERTENSÃO E SUA ASSOCIAÇÃO AO ATRIBUTO DE INTEGRALIDADE
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Data: 26/07/2023
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  • Introdução: As Redes de Atenção à Saúde das pessoas com Doenças Crônicas, como na Hipertensão Arterial Sistêmica, são arranjos organizativos que buscam garantir a integralidade do cuidado por meio da assistência integral, promoção de saúde e prevenção de complicações. Essa pesquisa surge pela necessidade de avaliação do contexto das redes de atenção à saúde das pessoas com HAS no Piauí, estruturada por linhas de cuidados prioritárias que possibilitam a disposição dos serviços direcionados à integralidade do cuidado. Objetivo: Analisar os componentes da RAS para pessoas com hipertensão no Piauí, Brasil, e sua associação com o atributo de integralidade da Atenção Primária a Saúde por meio da Pesquisa Nacional de Saúde. Método: Trata-se de estudo transversal descritivo realizado a partir de dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde em 2019, na unidade federativa do Piauí, com amostra de 147 pessoas que autorrelataram diagnóstico de HAS. Realizou-se análise estatística descritiva e exploratória dos dados, bivariada com aplicação de testes de associação e multivariada com a aplicação de uma regressão logística. A pesquisa utilizou dados secundários públicos da PNS 2019, realizada pelo IBGE, não exigindo, portanto, a submissão específica ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Não houve associação entre as variáveis sociodemográficas e a integralidade dos serviços disponíveis e prestados. Para integralidade dos serviços disponíveis, destacaram-se como fatores de proteção o local de atendimento, atendimento pelo mesmo médico, realização de exame de sangue e encaminhamentos para especialistas; práticas integrativas e internar por hipertensão; e a obtenção do medicamento no "aqui tem farmácia popular". Como fator de risco, o atendimento no SUS; o uso de medicamento para hipertensão e pagar pelo medicamento. Na integralidade dos serviços prestados, os fatores de proteção foram o encaminhamento para especialistas; prática integrativa e internar por hipertensão; o uso do medicamento para hipertensão e o medicamento obtido no “aqui tem farmácia popular”. Os fatores de risco foram o local de atendimento, atendimento no SUS, atendimento pelo mesmo médico e exame de sangue; e o pagamento pelo medicamento da hipertensão. Para integralidade dos serviços disponíveis, destacaram-se como fatores de risco para usuários hipertensos que pagam pelos medicamentos, e aumentaram as chances de se ter integralidade entre aqueles que obtiverem entre os serviços prestados da APS seu medicamento pelo programa “aqui tem farmácia popular” e a prática integrativa e complementar do cuidado. Conclusão: Os resultados encontrados ressaltam a importância de levar em consideração os aspectos relacionados à estrutura operacional da rede de atenção à saúde, abrangendo seus diversos componentes, no planejamento e na organização dos serviços destinados às pessoas com hipertensão arterial. Destacando a importância da realização de novos estudos que realizem novas análises da rede em suas diversas possibilidades, visando aprimorar o cuidado oferecido às pessoas hipertensas.

  • ERICA JORGIANA DOS SANTOS DE MORAIS
  • EFEITO DE UMA INTERVENÇÃO EDUCATIVA PARA IDENTIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 12/06/2023
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  • Introdução: A violência contra a mulher é considerada um fenômeno socialmente complexo. Para a compreensão dos problemas e intervenções associadas à violência contra a mulher, optou-se por utilizar uma tecnologia educativa no intuito de alertar o público feminino sobre os sinais de violência. Objetivos: Avaliar os efeitos de uma intervenção educativa validada no processo de identificação da violência contra a mulher. Métodos: Estudo transversal, quase-experimental, do tipo grupo único, antes e depois, realizado em Unidades Básicas de Saúde, Centro/Norte de Teresina – PI, no período de março até maio de 2022, após aprovação do CEP da Universidade Federal do Piauí. A amostra foi composta por 111 mulheres da Atenção Básica, e descontinuidade de seis participantes. Estatísticas descritivas foram utilizadas para análise exploratória das variáveis sociodemográficas e econômicas, aspectos comportamentais das mulheres e parceiros, crenças sobre violência contra a mulher antes e após a intervenção educativa e à avaliação dos fatores de risco para a violência contra a mulher aplicada somente após a intervenção. Para comparar os escores das crenças de acertos no pré e pós-intervenção foi utilizado o Teste de Kappa. Devido a não-normalidade da amostra (p<0,01), a diferença entre soma das respostas certas do instrumento foi analisada pelo teste não-paramétrico Wilcoxon. Foram considerados estatisticamente significantes os testes que apresentaram p<0,05. Resultados: As participantes tinha média de idade de 36-45 anos (28,6%), pardas (87,6%), católicas (58,1%), em união estável (53,3%) há mais de 10 anos (32,4%), com filhos (75,2%), além do parceiro, coabitam com os filhos (67,6%), a escolaridade de ensino médio completo foi mais observada nas participantes (54,3%) quanto nos parceiros (53,3%), porém recebem menos (41,9%) quando comparado com seus companheiros (62,9%) uma renda financeira individual de 1-2 salários mínimos. Relataram serem etilista (38,1%), porém fazem uso apenas socialmente (72,7%). O uso de drogas não foi constatado na maioria das participantes (98,1%). As mulheres relataram que seus parceiros têm média de idade entre 36-45 anos (29,5%), perderam a virgindade com 17-18 anos (35,2%) com uso de preservativo (56,2%). Com parceiros atuais, a maioria não utiliza camisinha (51,4%) e consideravam-se heterossexual (96,2%). Em relação aos exames de IST, já realizaram testes para HIV (88,6%), sífilis (86,7%) e hepatite B (88,6%) e relataram terem sofrido com algum tipo de violência (41%). Na avaliação das crenças das mulheres verificou-se que apenas 15 mulheres obtiveram acertos inferiores a 60% na pré-intervenção. Após a intervenção educativa, as participantes apresentaram aumento na fase pós-intervenção de 58,1% a 98,1%. Com relação aos domínios na avaliação dos fatores de risco para a violência contra a mulher, foi possível verificar com clareza que comportamentos graves já estão acontecendo por parte dos parceiros através das frequências. Conclusão: O alertômetro foi considerado um material educativo efetivo para ser utilizado na desmistificação das crenças em mulheres vítimas de violência e uma estratégia de identificação da violência em mulheres atendidas na Atenção Primária à Saúde.

  • EUGENIO BARBOSA DE MELO JUNIOR
  • DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM APLICATIVO VOLTADO À MINIMIZAÇÃO DA HESITAÇÃO VACINAL
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 31/05/2023
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  • INTRODUÇÃO: Dentre as estratégias de promoção e proteção da saúde, a prevenção de doenças se constitui como um dos pilares fundamentais do sistema público de saúde brasileiro, no qual a vacinação representa uma das medidas de prevenção primária com melhor custo-efetividade. As coberturas vacinais brasileira vêm sofrendo queda significativa relacionada, dentre outros fatores, à hesitação vacinal, definida como o atraso em aceitar ou a recusa das vacinas, apesar de sua disponibilidade nos serviços de saúde. O desenvolvimento de novas tecnologias tem sido impulsionado pela busca por inovações que provoquem mudanças na rotina das pessoas. Logo, um aplicativo para smartphones, voltado à educação em saúde de seus usuários pode minimizar a hesitação vacinal. OBJETIVO: construir e validar um aplicativo para dispositivos móveis, que minimize a hesitação vacinal entre pais, mães ou responsáveis por crianças menores de cinco anos de idade. MÉTODO: Estudo desenvolvido em duas fases: Fase 1 – Revisão de escopo, conduzida de acordo com a estrutura metodológica proposta por Joanna Briggs Institute; A amostra foi constituída por 18 artigos e a síntese dos resultados foi descritiva. 2 – Estudo metodológico, de desenvolvimento de aplicativo. As avaliações da qualidade técnica e do desempenho funcional do aplicativo, realizada por 27 juízes, subdivididos nas áreas de saúde, tecnologia da informação e design, seguiram as recomendações da ISO/IEC 25010. A população alvo, composta por 8 enfermeiros e 81 usuários, que também participaram do processo de validação. A análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva e inferencial. Nesta, utilizou-se o Alpha de Cronbach, o Coeficiente de Correlação Intraclasse e o Índice de Validade de Conteúdo, com o uso dos softwares Microsoft Excel® e Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. Foram respeitados os aspectos éticos e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob parecer nº 5.254.667/2022. RESULTADOS: Na revisão de escopo os principais fatores relacionados à hesitação vacinal foram desinformação e fake news, efeitos adversos; eficácia, segurança das vacinas e crenças religiosas. Os resultados do estudo metodológico evidenciaram adequação, ou seja, escores “muito apropriado” ou “completamente apropriado”, em todas as características avaliadas, por todos os grupos de avaliadores. A confiabilidade medida pelo alfa de cronbach foi 0,90, a concordância interavaliadores (CCI) igual a 0,89 e a o IVC global, 0,92. Os enfermeiros(as) responsáveis técnicos(as) pelas salas de vacina e os usuários dos serviços, indicaram que o aplicativo apresentou 100,0% e 95,1% de adequação, respectivamente. CONCLUSÃO: O aplicativo VacinAção, fruto deste trabalho, foi considerado adequado em relação à sua qualidade técnica e ao seu desempenho funcional, se configurando como potencial instrumento de informação e educação em saúde, tópicos importantes e indispensáveis a serem trabalhados, para o efetivo combate à hesitação vacinal.

  • ERICA DE ALENCAR RODRIGUES
  • FLUXOS ASSISTENCIAIS INTERMUNICIPAIS DA HANSENÍASE NO ESTADO DO PIAUÍ: PADRÕES CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS, DIAGNÓSTICO, HOSPITALIZAÇÕES E ÓBITOS
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 29/05/2023
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  • INTRODUÇÃO: a hanseníase é uma doença infecciosa crônica primariamente neural, que embora tenha cura microbiológica possui alto poder de gerar incapacidade física. Algumas complicações culminam em hospitalizações e até mesmo o óbito, caso não haja um cuidado integral e longitudinal às pessoas acometidas, mesmo após o término da poliquimioterapia. A Atenção Primária deve ser resolutiva, não havendo necessidade de deslocamento para atendimento de maior complexidade em outros municípios na maioria dos casos. OBJETIVO: analisar os padrões clínico-epidemiológicos e os fatores associados aos fluxos assistenciais intermunicipais relacionados ao diagnóstico, hospitalização e óbito por hanseníase no estado do Piauí. MÉTODO: estudo transversal analítico, realizado com pessoas residentes no estado do Piauí e acometidas pela hanseníase no período de 2001 a 2020, utilizando-se dados secundários obtidos no DATASUS. Caracterizou-se o perfil sociodemográfico e clínico dos casos identificados, com análise da magnitude de casos novos, óbitos e internação hospitalar por hanseníase. Os fluxos intermunicipais foram descritos utilizando-se mapas e verificada a proporção de casos diagnosticados, hospitalizados e que foram a óbito por hanseníase dentro e fora do município de residência. Para confecção dos mapas, utilizou-se o programa qGis 2.18 e para as análises estatísticas o STATA, versão 11.0. A associação entre diagnóstico, óbito e hospitalização fora do município de residência e as características clínicas e sociodemográficas dos casos de hanseníase foi verificada utilizando-se estatística inferencial por meio de Odds Ratio. As variáveis que apresentaram valor fixado de p≤ 0,20 foram submetidas à regressão logística múltipla, com significância fixada em 5%. RESULTADOS: pessoas que vivem na zona rural e periurbana das cidades (ORa=3,73; IC=3,22-4,32; ORa=5,06; IC 95%=2,50-10,24) e que têm grau I e II de incapacidade (ORa=1,51; IC 95%=1,07-1,80; OR=1,39; IC 95%=1,07-1,80) têm maior chance de diagnóstico fora do município de residência. Houve significância estatística quanto ao modo de detecção por encaminhamentos (ORa=4,87; IC 95%=3,22-7,37), demanda espontânea (ORa=3,03; IC95%=2,00-4,60) e exame de contato (ORa=3,23; IC95%=1,87-5,55). O sexo feminino apresentou maior chance de hospitalização e óbito fora do município de residência (ORa=2,12, IC95% 1,23-3,66; ORa=3,74, IC 95%=1,68-8,36). Algumas faixas etárias foram significativas para as hospitalizações, em especial entre 0 e 14 anos (ORa=6,09; IC 95%=1,16 a 31,94). Em relação aos óbitos, houve significância principalmente para o local de ocorrência em hospitais (ORa=61,02, IC95%=18,31-203,39). Os fluxos foram predominantes para determinados municípios, sendo que a região com maior chance de diagnóstico fora do município de residência foi o Semiárido (ORa=1,93; IC95%=1,56-2,39). Quanto às hospitalizações, houve significância para ocorrência fora do município de residência na quase totalidade das regiões do estado. CONCLUSÃO: este estudo possibilita a visualização de áreas críticas de dificuldade de acesso em cada região, a influência das caraterísticas clínicas e sociodemográficas nesses atendimentos, bem como ratifica a necessidade de inclusão dos hospitais regionais como referência secundária, conforme posto na linha de cuidado para pessoas com hanseníase do estado, principalmente na região dos Cerrados. A melhora do acesso aos atendimentos implica em fortalecer a Atenção Primária e estruturar os serviços de saúde do estado para atender às necessidades de internações, que devem ser mais raras.

  • JORDAN AUGUSTO MOTA ARAGÃO
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE ELABORADAS POR CUIDADORES INFORMAIS DE PACIENTES DOMICILIARES
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 22/05/2023
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  • OBJETIVO: Compreender as Representações Sociais de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde elaboradas por cuidadores informais de pacientes domiciliares. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, guiado à luz da Teoria das Representações Sociais. O estudo foi realizado no Hospital de Urgência de Teresina, localizado na cidade de Teresina, capital do estado do Piauí, por meio de entrevistas com cuidadores informais de pacientes domiciliares atendidos pela Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar do município. Os dados foram processados com auxílio do software IRAMUTEQ (Interface de R pour lês Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires), e organizados por meio do método da Classificação Hierárquica Descendente, sendo analisados posteriormente à Luz da Teoria das Representações Sociais. RESULTADOS: O processamento dos dados gerou 4 classes que guiaram os processos formadores das Representações Sociais: Classe 1 – Fontes de Consulta Sobre Cuidados ao Paciente Domiciliar; Classe 2 – Mecanismos de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde Utilizados pelos Cuidadores Informais; Classe 3 – Saberes dos Cuidadores Informais Sobre Prevenção e Controle de Infecções Relaciondas à Assistência à Saúde; e Classe 4 – Entendimento dos Cuidadores Informais sobre Infecções Relaciondas à Assistência à Saúde. Os cuidadores informais buscaram informações sobre cuidado ao paciente domiciliar nos profissionais que atuaram durante a internação hospitalar, na equipe multiprofissional de atenção domiciliar e da estratégia saúde da família e na plataforma de compartilhamento de vídeos Youtube. A classe 1 apresenta como a informação sobre cuidados é aprendida e consolidada. As representações de infecções relacionadas à assistência à saúde foram construídas a partir de conceitos apreendidos e familiarizados, através do seu processo de objetivação e aderidos ao cotidiano do grupo pelo processo de ancoragem. As classes 3 e 4 ilustram a objetivação de novos conceitos, e a classe 2 o processo de ancoragem deste conteúdo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que os cuidadores buscam por informações sobre cuidado, prevenção e controle de infecções com profissionais de saúde, porém, ainda têm muitas dúvidas a respeito do assunto, elaborando representações bastante heterogêneas e demonstrando muita insegurança na interface prática.

  • CAMILA HANNA DE SOUSA
  • CARACTERÍSTICAS DE LESÕES DE PÉ DIABÉTICO EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Data: 09/05/2023
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  • INTRODUÇÃO: As úlceras diabéticas geraram comprometimento com os pés, sendo consideradas umas das principais causas de amputações, perda de mobilidade e alterações neurológicas que comprometem a qualidade de vida, interferindo socialmente com o indivíduo, família e o sistema de saúde. OBJETIVO: Caracterizar as lesões de pé diabético em pacientes hospitalizados e verificar a existência de associação com variavéis sociodemográficas e clínicas. METÓDOS: Estudo observacional, analítico e transversal realizado em um hospital da rede pública, com 44 participantes com Diabetes Mellitus (DM) e que apresentavam feridas nos pés. A coleta de dados ocorreu nos meses de setembro a novembro de 2022, por meio de entrevista, exame clínico, aplicação de testes de sensibilidade e avaliação das características das lesões. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel 2016 e processados no Statistical Package for the Social Sciences-SPSS versão 26.0 utilizando estatísticas descritivas e inferenciais. Na análise bivariada, aplicado-se o teste estatístico Teste Exato de Fisher com nível de significância de 95%. Esta pesquisa é aprovada junto ao Comitê de Ética e Pesquisa com o número de parecer: 5.602.846, obedecendo às normas da Resolução 466/16 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS/DISCUSSÃO: dos participantes do estudo 52,3% moravam na zona urbana, desses 68,2% moraram em uma cidade circunvizinha da cidade polo na qual possui a unidade de referência de atendimento hospitalar; 68,2% dos participantes eram do sexo masculino, 59,1% com ≥60 anos, 68,2% eram casados ou viviam em união estável, 38,6% possuíam ensino fundamental incompleto, 63,6% eram aposentados, e 70,5% possuíam uma renda de um a dois salários mínimos. A tempo de diagnóstico do DM foi de maior/igual a 6 anos para 56,8% dos participantes. O uso de medicamentos orais foi o tipo de tratamento predominante 54,5%. O pé esquerdo obteve a maior presença de lesões com 52,3%, que estavam localizadas no antepé (73,9%). A localização das lesões no pé direito foi na região do mediopé e/ou retropé (27,8%). Em relação a neuropatia, a sensação protetora foi ausente em 72,2% do pé direito e 95,7% no esquerdo. O grau de comprometimento das lesões de acordo com o sistema SINBAD foi de alto risco para 54,5% dos participantes. Apesar de as lesões identificadas serem complexas, não foram observadas associações do grau das lesões com as características sociodemográficas e clínicas e características. CONCLUSÃO: As características das lesões de pé diabético de pacientes hospitalizados mostraram lesões complexas, com alto grau de risco para amputações. A ausência de pacientes com baixo risco de amputação homogeneizou os participantes em risco moderado e alto, interferindo na busca de associações que explicassem as lesões. As lesões complexas encontradas mostraram que é fundamental a adoções de medidas de prevenção e promoção da saúde no âmbito da Atenção Básica que evite o desenvolvimento dessas e agravamento dessas lesões e consequente tratamento em âmbito hospitalar desses pacientes.
     

  • JEFFERSON ABRAÃO CAETANO LIRA
  • CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE PREVENÇÃO E MANEJO DO PÉ DIABÉTICO PARA ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 05/05/2023
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  • Introdução: o pé diabético é uma síndrome caracterizada pela presença de infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos associados às anormalidades neurológicas e à doença vascular periférica em pessoas acometidas pelo diabetes mellitus. A falta de capacitação e de  educação continuada, atreladas à indisponibilidade de instrumentos para avaliação adequada dos pés, são alguns dos entraves que dificultam a qualidade da assistência de enfermagem às pessoas com diabetes mellitus na Atenção Primária à Saúde. Assim, o Ambiente Virtual de Aprendizagem é um recurso da Educação a Distância importante para a educação continuada de profissionais. Objetivo: construir e validar intervenção educativa em ambiente virtual de aprendizagem sobre prevenção e manejo do pé diabético para enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. Método: estudo multimétodos dividido em dois subestudos: revisão sistemática e metanálise e estudo metodológico. A revisão sistemática e metanálise foi elaborada segundo as recomendações da colaboração Cochrane e das diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis Protocols. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados MEDLINE via PubMed, CINAHL, Web of Science, Scopus, Embase, Central Cochrane, BDENF, índice bibliográfico LILACS, biblioteca eletrônica Scielo e na literatura cinza. A amostra foi constituída de 11 ensaios clínicos controlados randomizados. O risco de viés foi avaliado pela ferramenta Revised Cochrane risk-of-bias tool for randomized trials e a certeza da evidência pelo Grading of Recommendations Assessment, Development and Evalution. A síntese dos resultados foi realizada de forma descritiva e pela metanálise. O estudo metodológico para construção do ambiente virtual de aprendizagem seguiu as etapas adaptadas de Chee et al., (2014). A validação abordou os aspectos pedagógicos e a usabilidade, com peritos de Enfermagem em Estomaterapia e Informática, sendo selecionados 29 peritos de Enfermagem em Estomaterapia e cinco de Informática. A amostra foi por conveniência e obedeceu aos critérios de Fehring. Os dados foram coletados por meio de questionário sociodemográfico e profissional e dos instrumentos Learning Object Review Instrument e do Guia para análise do Design e Interface. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva e inferencial. A concordância dos peritos foi definida por meio do percentual de concordância e do teste binomial. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer n° 5.179.989, de 2021. Resultados: na revisão sistemática e metanálise, as tecnologias educativas predominantes foram os treinamentos e as orientações verbais, destacando-se as tecnologias leve-duras. Na comparação com o cuidado usual, as tecnologias educativas apresentaram fator de proteção para prevenção da incidência de úlcera diabética (RR=0,40; IC 95%=0,18-0,90; p=0,03) e a avaliação de certeza da evidência foi baixa. As tecnologias educativas também tiveram fator de proteção para prevenção da incidência de amputação em membros inferiores (RR=0,53; IC 95%=0,31-0,90; p=0,02) e a certeza da evidência foi muito baixa. O estudo metodológico foi realizado após a revisão sistemática e metanálise, sendo construído o ambiente virtual de aprendizagem Pé diabético.net, que foi elaborado em cinco módulos, com videoaulas expositivas e práticas, box saiba mais, fórum e quiz. Na validação pedagógica, a média total do percentual de concordância foi de 97%. A qualidade do conteúdo, o alinhamento de objetivos de aprendizagem, a motivação, utilização de interação e conformidade padrão apresentaram percentual de concordância de 100% pelos peritos (p<0,001). Na validação da usabilidade, 95% dos itens tiveram percentual de concordância de 100%. As recomendações dos peritos foram acatadas quase em totalidade. Conclusão: as tecnologias educativas leve-duras, como as orientações verbais estruturadas, jogos educativos, aula expositiva, treinamentos teórico-práticos, vídeo educativo, folder, álbum seriado e desenhos lúdicos, e as tecnologias duras, a exemplo do calçado terapêutico, palmilhas, termômetro digital de infravermelho, kits de cuidados com os pés, aplicativo de telemedicina e telefone móvel, foram efetivas para prevenção e tratamento da úlcera diabética, porém, estudos mais robustos são necessários. O ambiente virtual de aprendizagem Pé diabético.net foi considerado válido com elevado percentual de concordância entre os peritos e poderá ser uma ferramenta útil para a educação continuada de enfermeiros da Atenção Primária à Saúde.

  • AMANDA KAROLINY MENESES RESENDE FORTES
  • DESENVOLVIMENTO DE ÁLBUM SERIADO PARA PROMOÇÃO DO CONTATO PELE A PELE APÓS O NASCIMENTO
  • Orientador : HERLA MARIA FURTADO JORGE
  • Data: 04/04/2023
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  • Introdução: O contato pele a pele durante a primeira hora de vida do recém-nascido, é uma prática baseada em evidências científicas, que consiste em colocar o bebê desnudo sobre o tórax ou abdômen da mãe ou do pai. Objetivo: Desenvolver um álbum seriado para a promoção do contato pele a pele após o nascimento com base na Teoria da Adaptação de Callista Roy. Métodologia: Trata-se de uma pesquisa metodológica, com alicerce na Teoria e no Modelo de Adaptação de Callista Roy, seguiu-se as quatro etapas propostas por Echer (2005): Levantamento Bibliográfico (Revisão Integrativa); Submissão ao Comitê de Ética (Parecer n. 5.303.180); Construção da Tecnologia (Diagnóstico Situacional – com entrevistas semiestruturadas; elaboração do Roteiro/Storyboard); Validação do instrumento, por juízes expertises e avaliação pelo público-alvo, no período de dezembro de 2022 a janeiro de 2023. A validação de conteúdo e aparência foi realizada por 13 juízes profissionais enfermeiros especialistas, 11 juízes profissionais enfermeiros assistênciais, três juízes técnicos com experiencia em design e, 22 gestantes. A seleção dos especialistas se deu por bola de neve, foram aplicados os critérios de Fehring (adaptado), os convites foram enviados por e-mail, com formulário via Google Form, com questionários de caracterização sociodemográfica, e os instrumentos: Suitability Assessment of Materials (SAM), Pasquali (Adaptado) e instrumentos para ilustrações (adaptado), por escala Likert. A avaliação com público-alvo, ocorreu com cálculo amostral recomendado pela literatura e critérios de inclusão previamente definidos. Os dados obtidos foram analisados pelo SPSS versão 21.0, calculando-se estatística descritiva, o Indice de Validade de Conteúdo e a concordância das respostas ao instrumento, a análise inferencial foi pelo Coeficiente alfa de Cronbach. Resultados: Os resultados desta pesquisa foram estruturados em três artigos: 1. “Tecnologias educacionais para a promoção do contato pele a pele entre mãe e recém-nascido na primeira hora de vida: revisão integrativa”, ao qual, as tecnologias educacionais foram consideradas como ferramentas de transformação do cuidado (grupos de discussão/grupo focal, palestras e vídeos educativos), e abodaram como principalmente, a implantação desse cuidado ambiente hospitalar. 2. “Conhecimento de gestantes sobre o contato pele a pele: interface com a Teoria de Callista Roy”, contemplou a investigação de estímulos e a análise comportamental dos modos adaptativos, destacaram-se, os estímulos focais (informações insuficientes no pré-natal) e prevaleceram diagnósticos do modo físico-fisiológico. 3. “Construção e validação de álbum seriado: contato pele a pele na primeira hora de vida”, na etapa de construção aplicou-se as evidências científicas, o diagnóstico situacional, a Teoria da Adaptação de Callista Roy e na etapa de validação, obteve-se constatado pelo IVC Global do álbum seriado de 0,998. Assim como, a concordância geral de 88,72, e a consistência interna calculada pelo Alfa de Cronbach, de 0,776, validando o álbum seriado quanto ao conteúdo e aparência. Conclusão: O desenvolvimento e validação do álbum sobre uma temática ainda pouco explorada no pré-natal, construído junto ao público-alvo, com rigor teórico-científico embasado em uma Teoria de Enfermagem e em evidências científcas atuais, caracterizam o estudo como inovador e válido para ser aplicado em todo território nacional.

  • GERARLENE PONTE GUIMARÃES SANTOS
  • EFETIVIDADE DE INTERVENÇÃO EDUCACIONAL NO ESTRESSE PARENTAL EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: ESTUDO QUASE EXPERIMENTAL
  • Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
  • Data: 31/03/2023
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  • Introdução: A experiência de ter um filho internado em uma Unidade de Terapia Intensiva pode ser vivenciada pelos pais sob fortes emoções; gera traumas e prejudica o vínculo parental. Objetivo: Avaliar a efetividade de uma intervenção combinada na redução do estresse materno durante a internação do recém-nascido. Método: Estudo prospectivo, quase experimental, do tipo antes e depois, com único grupo, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital público do estado do Piauí. Compuseram a amostra 50 mães e seus recém-nascidos. Os dados foram coletados por questionários estruturados, em dois momentos, utilizando-se a Teoria da Consecução do Papel Materno, a Parent Stressor Scale: NICU (PSS:NICU) e uma intervenção combinada intra-momento. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2021 a junho de 2022, os mesmos foram analisados pelo software (SPSS); para o desfecho principal, utilizou-se o teste de Wilcoxon. Para as variáveis categóricas, frequência absoluta (n) e relativa (%); para as variáveis numéricas, medianas e interquartis. Para as análises bivariadas, utilizou-se correlações de Pearson, Spearman e para as multivariadas, a regressão múltipla. Adotou-se significância estatística, para o valor de p menor ou igual a 0,05. O projeto recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa Humana da Universidade Federal do Piauí, com o parecer número 4.717.319 e cadastro no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-9w7kspz). Resultados: A idade variou entre 15 a 37 anos, pardas (56%), casada/união estável (80%), católicas e na segunda ou mais gestações (60%), parto vaginal e dois ou mais filhos vivos (52%) e gestação não planejada (54%). O estresse materno obteve pontuação total maior na pré-intervenção, mediana/interquartil 2,82 (2,26 – 3,39), dentre as subescalas, a “alteração no papel parental” alcançou maior nível de estresse, 4,00 (3,37 – 4,40), seguido “sons e imagens” 2,50 (1,30 – 3,20) e “aparência e comportamento” infantil, 2,07 (1,67 – 2,78). Houve diferença estatística intra momentos nas três subescalas e no estresse geral (p<0,000). O estresse foi associado à idade materna, à raça e ao estresse vivenciado no ano anterior ao parto; obteve-se modelo de regressão [F (2,47) – 5,772; p <0,006, R2=0,296). Além do mais, outras variáveis correlacionaram-se ao estresse geral, a idade materna e o APGAR no 5º minuto. O estresse na subescala imagens e sons, correlacionou-se ao APGAR 1º e 5º minuto e na subescala “aparência e comportamento” correlacionou-se a anos de casados. O acompanhamento guiado e diário, ocorreu em 100% das participantes, alcançou mediana/interquartil 8 (7 – 10). Dentre os cuidados mais prestados pela mãe, estavam o toque seguro, conversar/cantar, troca de fraldas, limpeza do coto umbilical e posição canguru. Considerações Finais: A intervenção combinada reduziu de maneira efetiva e positiva os níveis de estresse nas três subescalas e no estresse geral. Recomenda-se fortemente a promoção de intervenções direcionadas à mãe de recém-nascidos internados em Unidade de Terapia Intensiva, que possam acolher, dialogar e estimular a parentalidade, além do mais a ampliação de outros estudos com amostras mais abrangentes que incentiva o protagonismo materno no exercício parental, de modo que se promova acolhimento e orientação da equipe multiprofissional.

  • IVANA CAVALCANTE DE SOUSA BRUSSA
  • ESTRUTURA, PROCESSO E RESULTADO NO ATENDIMENTO EMERGENCIAL ÀS TENTATIVAS DE SUICÍDIO EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 28/02/2023
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  • Introdução: A tentativa de suicídio configura-se como emergência psiquiátrica e integra a Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública. As autoridades sanitárias e a comunidade científica evidenciam o aumento da incidência, prevalência e mortalidade durante a pandemia COVID-19, assim como têm destacado a necessidade da avaliação dos indicadores de estrutura, processo e resultado como importante estratégia para prevenção e controle. Objetivo: Avaliar as modificações impostas pela pandemia COVID-19 nos resultados clínicos e nas dimensões de estrutura e processo durante o atendimento emergencial às tentativas de suicídio. Método: Estudo avaliativo desenvolvido em duas etapas: 1 – Estudo transversal analítico com 443 registros assistenciais de pacientes que buscaram atendimento emergencial após tentativa de suicídio entre os anos de 2019 a 2021. A caracterização dos participantes foi realizada após análise dos registros de violência autoprovocada na ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação; 2 – Estudo transversal analítico com 28 profissionais especializados para atendimento às tentativas de suicídio. Para tanto foi utilizado um formulário próprio que permitiu avaliar e comparar a estrutura, o processo e o resultado antes e durante o cenário pandêmico. A análise foi realizada com base nos princípios da estatística descritiva e inferencial. O estudo obteve aprovação emitida pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob processo número 4.866.443. Resultados: Apesar de serem registrados 443 casos de violência autoprovocada no período estudado, os resultados demonstraram redução considerável das notificações, sobretudo após o ano de 2020, em que foi decretado o estado de emergência global imposto pela pandemia COVID-19 e pelas suas medidas de enfrentamento. Ainda, verificou-se que o comportamento de risco predominou no sexo feminino (58,24%), com faixa etária de 20 a 34 anos (44,47%), autodeclaradas pardas (56,21%), solteiras (59,82%), de baixa escolaridade (20,10%) e com deficiência e/ou transtorno prévio (49,66%), dentre eles as desordens mentais e comportamentais. A comparação dos indicadores antes e durante a pandemia demonstrou redução do número de profissionais idosos (60,7%), melhoria no quadro de reserva técnica (42,9%), aumento da supervisão técnica (21,4%) e crescimento significativo da equipe de enfermagem (p=0,001). Mesmo com esses avanços, foi expressiva a frequência de participantes que consideraram inadequadas as instalações físicas (75,0%) e leitos com baixa acessibilidade (60,7%), bem
    como que desconheciam os protocolos clínicos e o organograma institucional (28,6%). No processo e resultado, os avanços compreenderam a aumento dos indicadores de identificação do paciente (82,1%), triagem (67,9%), percepção de agilidade clínica (28,6%), reunião entre equipe (35,7%), registros assistenciais e notificações (64,3%). Conclusão: Apesar das melhorias identificadas, as dimensões estrutura e o processo ainda apresentam limitações significativas, requerendo a estruturação de políticas públicas e linhas de cuidados como alternativas válidas, seguras e efetivas para a melhoria dos indicadores de tentativas de suicídio e da qualidade assistencial.

  • IVANA CAVALCANTE DE SOUSA BRUSSA
  • ESTRUTURA, PROCESSO E RESULTADO NO ATENDIMENTO EMERGENCIAL ÀS TENTATIVAS DE SUICÍDIO EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 28/02/2023
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  • A tentativa de suicídio configura-se como emergência psiquiátrica e integra a Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública. As autoridades sanitárias e a comunidade científica evidenciam o aumento da incidência, prevalência e mortalidade durante a pandemia COVID-19, assim como têm destacado a necessidade da avaliação dos indicadores de estrutura, processo e resultado como importante estratégia para prevenção e controle. Objetivo: Avaliar as modificações impostas pela pandemia COVID-19 nos resultados clínicos e nas dimensões de estrutura e processo durante o atendimento emergencial às tentativas de suicídio. Método: Estudo avaliativo desenvolvido em duas etapas: 1 – Estudo transversal analítico com 443 registros assistenciais de pacientes que buscaram atendimento emergencial após tentativa de suicídio entre os anos de 2019 a 2021. A caracterização dos participantes foi realizada após análise dos registros de violência autoprovocada na ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação; 2 – Estudo transversal analítico com 28 profissionais especializados para atendimento às tentativas de suicídio. Para tanto foi utilizado um formulário próprio que permitiu avaliar e comparar a estrutura, o processo e o resultado antes e durante o cenário pandêmico. A análise foi realizada com base nos princípios da estatística descritiva e inferencial. O estudo obteve aprovação emitida pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob processo número 4.866.443. Resultados: Apesar de serem registrados 443 casos de violência autoprovocada no período estudado, os resultados demonstraram redução considerável das notificações, sobretudo após o ano de 2020, em que foi decretado o estado de emergência global imposto pela pandemia COVID-19 e pelas suas medidas de enfrentamento. Ainda, verificou-se que o comportamento de risco predominou no sexo feminino (58,24%), com faixa etária de 20 a 34 anos (44,47%), autodeclaradas pardas (56,21%), solteiras (59,82%), de baixa escolaridade (20,10%) e com deficiência e/ou transtorno prévio (49,66%), dentre eles as desordens mentais e comportamentais. A comparação dos indicadores antes e durante a pandemia demonstrou redução do número de profissionais idosos (60,7%), melhoria no quadro de reserva técnica (42,9%), aumento da supervisão técnica (21,4%) e crescimento significativo da equipe de enfermagem (p=0,001). Mesmo com esses avanços, foi expressiva a frequência de participantes que consideraram inadequadas as instalações físicas (75,0%) e leitos com baixa acessibilidade (60,7%), bem como que desconheciam os protocolos clínicos e o organograma institucional (28,6%). No processo e resultado, os avanços compreenderam a aumento dos indicadores de identificação do paciente (82,1%), triagem (67,9%), percepção de agilidade clínica (28,6%), reunião entre equipe (35,7%), registros assistenciais e notificações (64,3%). Conclusão: Apesar das melhorias identificadas, as dimensões estrutura e o processo ainda apresentam limitações significativas, requerendo a estruturação de políticas públicas e linhas de cuidados como alternativas válidas, seguras e efetivas para a melhoria dos indicadores de tentativas de suicídio e da qualidade assistencial.

  • SÔNIA MARIA DE ARAÚJO CAMPÊLO
  • PROTAGONISMO DOS NÚCLEOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE DURANTE O ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID 19
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 28/02/2023
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  • Introdução: Mundialmente a pandemia da COVID-19 equacionou nas ambiências dos sistemas de saúde mais fragilidades em relação à segurança em saúde. Nesse sentido, as atribuições do Núcleo de Segurança do Paciente ganham lentes de aumento, sobretudo quando se fala na gestão do contexto organizacional na saúde para enfrentamento dos desafios postos. De acordo com o referencial teórico de Donabedian, a avaliação da qualidade da assistência em saúde pode subsidiar a tomada de decisão em relação às práticas ou serviços de saúde, principalmente, em momentos de crises como uma pandemia. Objetivos: Analisar a atuação dos Núcleos de Segurança do Paciente no município de Teresina frente a pandemia da COVID-19 relacionadas às dimensões de estrutura, processos e resultados para a segurança do paciente nos serviços de saúde. Método: Estudo realizado em duas etapas: 1. Revisão integrativa da literatura; 2. Estudo qualitativo, fundamentado no modelo de avaliação da qualidade em saúde “estrutura-processo-resultado” de Donabedian, realizado com 20 profissionais do Núcleo de Segurança do Paciente de três hospitais e uma maternidade, por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado, no período de março a maio de 2022. Os dados foram processados no software IRaMuTeQ e analisados pela Classificação Hierárquica Descendente. A comunicação dos resultados do estudo obedeceu às diretrizes para relatórios de pesquisa de natureza qualitativa COREQ. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de acordo n° parecer: 5.254.160. Resultados: A revisão integrativa em cinco bases de dados recuperou 25 estudos sobre estratégias de segurança do paciente implementadas em ambiente hospitalar durante a pandemia da COVID-19. Com relação ao estudo qualitativo, foram apresentados em cinco classes semânticas, a saber: Classe 1 – Eventos Adversos Identificados pelo Núcleo de Segurança do Paciente durante a pandemia da COVID-19; Classe 2 – Complicações evidenciadas pelo Núcleo de Segurança do Paciente durante o enfrentamento da pandemia COVID-19; Classe 3 – Estratégias utilizadas pelo Núcleo de Segurança do Paciente durante a pandemia da COVID-19; Classe 4 – Processos de trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Segurança do Paciente durante a pandemia da COVID-19; Classe 5 – Reestruturação do Núcleo de Segurança do Paciente durante o enfrentamento da COVID -19. À luz do referencial teórico, à princípio, os Núcleos de Segurança do Paciente não estavam estruturados para o enfrentamento da pandemia, então, eles foram se adaptando à medida que os eventos adversos foram surgindo, por meio de estratégias de segurança do paciente. Durante o curso da pandemia, o núcleo criou processos e gerenciou ações para garantir a segurança do paciente e, rapidamente, o serviço foi reestruturado para atender às demandas causadas pela pandemia. É importante destacar que esse modelo de avaliação da qualidade em saúde é cíclico e não, necessariamente, inicia com a estruturação do serviço, como podemos observar nesse estudo. Considerações finais: As estratégias de segurança do paciente foram a luz para condução de uma assistência de qualidade em meio à escuridão que a pandemia se apresentou. Os Núcleos tiveram que se adaptar muito rápido às demandas e sua atuação foi condizente com as necessidades e especificidades de cada cenário. No protagonismo desse serviço destacam-se a atuação do enfermeiro, as práticas assistências pioneiras para compor políticas públicas de segurança do paciente e, principalmente, as vidas salvas.

  • EUKALIA PEREIRA DA ROCHA
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ACERCA DA SAÚDE MENTAL DE ENFERMEIROS E MÉDICOS DE NÚCLEOS INTERNOS DE REGULAÇÃO NO CONTEXTO DA COVID-19
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 28/02/2023
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  • A pandemia da COVID-19 causada pelo novo coronavírus é um desafio à saúde pública, considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma emergência em saúde pública, devido seu alto potencial de transmissibilidade. O crescente número de casos, e a alta demanda por leitos hospitalares têm levado profissionais da saúde a apresentar significativos níveis de desgaste físico e emocional. A Política Nacional de Atenção Hospitalar é responsável pela organização dos leitos hospitalares no Brasil, uma competência de enfermeiros, médicos e outros trabalhadores que atuam nos Núcleos Internos de Regulação. Estudos apontam que o aumento da demanda por leitos hospitalares está entre as causas do aumento de sintomas de depressão, ansiedade e estresse entre enfermeiros e médicos na pandemia. Trata-se de estudo descritivo-exploratório de abordagem qualitativa e guiada pela Teoria das Representações Sociais. O estudo objetivou compreender as representações sociais de enfermeiros e médicos atuantes em Núcleos Internos de Regulação (NIRs), acerca das implicações na saúde mental, no contexto da pandemia por COVID-19. Utilizou-se questionário sociodemográfico para caracterização dos participantes, escala DASS-21 para identificação dos níveis de depressão, ansiedade e estresse, e roteiro-guia para condução de entrevista-semiestruturada. Foi realizada análise descritiva dos dados sociodemográficos e da escala DASS-21. Utilizou-se o software Iramuteq para identificação dos termos evocados. Foram identificadas as seguintes classes: Classe 1: Percepção dos participantes quanto as funções do NIR; Classe 2: Percepção dos trabalhadores quanto a sua rotina no NIR; Classe 3: Percepção dos trabalhadores acerca da pandemia; Classe 4: Sentimentos e emoções vivenciados por trabalhadores do NIR durante a pandemia. Classe 5: O trabalho na pandemia. Classe 6: Aprendizados resultantes da pandemia. Estas contêm os seguintes elementos: funções essenciais do NIR durante a pandemia de COVID -19; rotina dos NIRs no contexto da pandemia; reflexões sobre a vida, os sentimentos e emoções vividos pelos profissionais; necessidades, sentimentos e atitudes; sentimentos que emergiram perante o surgimento de novos casos; aprendizados perante a pandemia. Espera-se com o presente estudo apresentar as subjetividades envolvidas na percepção de enfermeiros e médicos no contexto da pandemia de COVID -19. Como contribuição espera-se desenvolver subsídios para o desenvolvimento de estratégias de atenção a saúde mental do trabalhador em contexto de crise e pós-crise. Palavras-chave: 

  • EDUARDO MAZIKU LULENDO
  • PRÁTICAS SEXUAIS E FATORES ASSOCIADOS À EXPOSIÇÃO AO HIV EM HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS IMIGRANTES ANGOLANOS: UM ESTUDO INTERNACIONAL
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 27/02/2023
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  • Introdução: A epidemia causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/Aids) entre Homens que fazem Sexo com Homens (HSH) vem crescendo em diferentes países e os migrantes internacionais enfrentam iniquidades na saúde que os expõem a um risco maior de contrair o HIV. Objetivo Geral: Analisar as práticas sexuais e fatores associados à exposição ao HIV em HSH imigrantes angolanos. Objetivos Específicos: Identificar as características sociodemográficas dos imigrantes angolanos do estudo; descrever as práticas sexuais da amostra estudada, estimar o índice HIRE (Risco de Incidência de HIV para HSH), da amostra segundo a classificação em alto e baixo; determinar as variáveis associadas ao alto índice HIRI; Predizer como as variáveis independentes explicam o alto índice HIRI. Método: Realizou-se um estudo analítico, transversal, envolvendo 287HSH imigrantes angolanos. A coleta de dados ocorreu entre Setembro de 2020 a Fevereiro de 2021, com a aplicação de um formulário online. A análise descritiva incluiu frequências absolutas e relativas. Na análise bivariada foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson (X2), para associar as variáveis qualitativas explicativas com a variável resposta do estudo. Para explicar o efeito conjunto das variáveis preditoras sobre a variável desfecho (alto índice HIRI) foi utilizada a Regressão Logística Múltipla (RLM), por meio de Odds Ratio.A significância estatísitica foi fixada em 5%. Resultados: O alto índice HIRI foi verificado em 76,8% da amostra. As variáveis que apresentaram associação estatisticamente significativa ao alto índice HIRI, foram, parceiro conhecido/repetido (p=0,028), fazer sexo sem preservativo (p=033), prática Chemsex (p=0,047),número de parceiros com quem foi passivo sem preservativo nos últimos 30 dias (p=0,036), e nos últimos 06 meses (p=0,047). Conclusão: A maior parte da amostra estudada apresentou alto risco de contaminação ao VIH, sugerindo a necessidade de implementação de políticas de saúde sexual que incluam a prevenção combinada ao HIV, voltadas aos homens imigrantes que fazem sexo com homens.

  • AZÍZ MOISÉS CARVALHO DUAILIBE
  • PREVALÊNCIA DA COVID-19 E FATORES ASSOCIADOS NO ESTADO DO PIAUÍ
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 23/02/2023
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  • Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde em 14 de agosto de 2020, a síndrome causada pelo vírus conhecido como COVID-19 é a pandemia mais devastadora que o mundo enfrenta neste século. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em fevereiro, e séries de ações foram tomadas para conter e retardar a progressão da doença. Em 3 de fevereiro de 2020, o país declarou uma emergência de saúde pública antes mesmo de o primeiro caso ser confirmado. No Piauí, altas taxas de letalidade foram registradas entre hospitais com desfechos para COVID-19, principal-mente no interior do estado, sugerindo que as disparidades regionais na saúde são um fator nos des-fechos hospitalares. Objetivo: Investigar a prevalência da COVID-19 e os fatores associados, no Es-tado do Piauí. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo, de natureza epi-demiológica e quantitativa. Foram estudadas todas as notificações de casos de Covid-19 no Estado do Piauí, no período de janeiro a dezembro de 2021 e incluídas no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS e PAINEL COVID-19 PIAUÍ sob suporte do DATASTUDIO-PIAUÍ. A variável dependente foi a confirmação de COVID-19, comorbidades e suporte de oxigênio. As variáveis independentes foram os fatores sociodemográficos, e fatores clínicos. Os fatores socio-demográficos compreenderam: sexo, todas as faixas etárias, raça, município de residência. Com re-lação aos fatores clínicos, analisou-se: uso de suporte ventilatório. Por tratar-se de dados secundários, de domínio público e sem a identificação dos participantes, dispensou-se a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, conforme Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016, do Con-selho Nacional de Saúde (CNS). Resultados: No estado do Piauí apresentou 56,03% de casos do SARS-CoV-2 em pessoas que se denominavam pardas e 14,98% de pessoas que se denominavam brancas. Em relação à comorbidades, 59,46% dos casos confirmados eram pacientes que apresenta-vam comorbidades, em relação à idade, o Estado apresentou maior número de casos na faixa etária de 20 a 49 anos, 17,66%, diferentemente do que foi observado na Capital, que apresentou maior números de casos em pacientes com mais de 71 anos, 25,29%, e 17,99% para faixa etária entre 61 a 70 anos. Foram analisado aos dados referentes ao estado do Piauí e Capital, a maioria dos pacientes precisou de suporte, embora não invasivo (56,77%). E em segundo lugar estão aqueles que não pre-cisaram de suporte ventilatório, com 20,81%. Observa-se que apenas 15,28% precisaram recorrer ao suporte invasivo. Conclusão: A Capital apresentou o maior número de casos na faixa etária de 20 a 49 anos o que destoa em relação ao estado do Piauí que as faixas etárias evidenciam uma tendência progressiva para o número de pacientes em relação à faixa etária. O número de pacientes que possu-íam alguma comorbidade se revelou 18,92% maior comparativamente às pessoas plenamente saudá-veis. Um dado que se refletiu na necessidade de suporte ventilatório, pois estabelecendo um cruza-mento dos dados do DATASUS, é possível afirmar que todas as pessoas com comorbidades precisa-ram recorrer ao suporte ventilatório.

  • MARIANA MESQUITA SILVA
  • INTENÇÃO MATERNA DE AMAMENTAR: ANÁLISE DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA POR TELEFONE
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 17/02/2023
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  • A mulher decide a forma que pretende alimentar seu filho ainda durante a gestação. Frente a isso torna-se necessária a captação precoce dessas mulheres pelos serviços de saúde para iniciarem intervenções para promoção da amamentação ainda no acompanhamento pré-natal. Objetivo: Avaliar a eficácia da intervenção educativa por telefone na IMA. Método: Trata-se de um estudo quase-experimental do tipo antes e depois, analítico, prospectivo com abordagem quantitativa de grupo único. A população do estudo é constituída por gestantes que estão no terceiro trimestres de gestação cadastradas nas unidades básicas e dois municípios piauienses as quais formaram o grupo único. A primeira fase se iniciou pela identificação das gestantes que atendam aos critérios de inclusão da pesquisa por meio de consulta aos prontuários e livro de registro de pré-natal. Inicialmente as gestantes foram abordadas nas unidades básicas de saúde durante a realização da consulta de pré-natal. No segundo momento foi aplicado a intervenção que consiste no envio via Whatsapp® Mensseger de um pacote de mensagens de texto e figuras (PMTF) acerca dos fatores de risco para o desmame precoce no período neonatal. Desse modo, a presente intervenção visa identificar inicialmente a intenção materna em amamentar e agir de modo a antecipar as principais dificuldades relacionadas ao aleitamento materno que influenciarão na intenção ou não de iniciar e manter a amamentação. A última etapa da intervenção se caracteriza pelo seguimento da intervenção ao longo do tempo, no 1ºe 3º mês do lactante. Nesse momento foi realizado ligações em cada mês supracitado e aplicado a escala IFI para aferir se a intenção verificada no início sofreu influência da intervenção prévia. Sendo possível a partir da reaplicação desse instrumento avaliar a ocorrência ou não da efetividade da intervenção. Resultados: observa-se que a intervenção educativa foi efetiva ao evidenciar um aumento exponencial dos itens da escala IFI nos momentos investigados e que dentre as características, a idade, nível de escolaridade, estado civil, renda familiar e realização de atividade remunerada são fatores que estão diretamente ligados a intenção materna de amamentar e a duração e exclusividade do aleitamento materno. Conclusão: a intervenção mostrou-se efetiva ao abordar as principais dificuldades, ainda na gestação, durante consulta de pré-natal evidenciando fragilidades que podem ser contornadas. Logo, tal instrumento apresenta potencial de ser usado como padrão nos serviços de saúde a fim de identificar as gestantes com baixa intenção e permitir intervir prontamente.

  • DANILA BARROS BEZERRA LEAL
  • ASPECTOS RELACIONADOS À NOTIFICAÇÃO DA COVID-19 NO MUNICÍPIO DE PICOS-PIAUÍ
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 07/02/2023
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  • Introdução: a covid-19 provocou grandes impactos na saúde mundial, devido ao seu amplo espectro clínico, alta transmissibilidade, desconhecimento de tratamento e dificuldade de controle, necessitando de um monitoramento real dos casos para conseguir identificar pontos em comum e então formar a epidemiologia da doença. Objetivo: avaliar aspectos relacionados à notificação de casos suspeitos ou confirmados de covid-19. Método: trata-se de um estudo de caso transversal analítico, nas instituições públicas de saúde de Picos-Pi, que atendem casos de covid-19. Todos os profissionais que atuam na notificação da covid-19 compuseram a amostra, totalizando 42 participantes. Após aprovação em comitê de ética, a coleta de dados aconteceu de março a abril de 2022, e os dados foram coletados por meio de questionário auto aplicado. Em seguida, foram organizados no Microsoft Excel® e submetidos à análise estatística com o R Project for Statistical Computing versão 4.1.0. Resultados: os resultados referentes ao perfil sociodemográfico e ocupacional dos profissionais, que realizavam a notificação, mostraram que a maioria era do sexo feminino (90,5%) e todos eram enfermeiros. Na avaliação de conceitos do protocolo de notificação de covid-19 (prazo, compulsoriedade, notificação de todos os casos, momento para notificar), 61,9% responderam adequadamente quando indagado sobre o prazo da notificação de covid-19. A notificação de todos os casos foi escolhida por 73,8%. Sobre à compulsoriedade da notificação de covid-19, 88,1% dos profissionais responderam afirmativamente. Sobre a prática da notificação de covid-19, 45,2% dos participantes afirmaram levar 10 minutos ou mais para notificar; 35,7% consideram a ficha de notificação extensa e 33,7% dos participantes julgaram realizar o preenchimento em menos de cinco minutos. Ainda foi questionada sobre a disponibilidade de tempo para realizar a notificação, e uma maior parte dos profissionais (52,4%) consideraram ter pouco tempo para realizar a notificação. 59,5% dos participantes afirmaram ter recebido capacitação sobre covid-19, porém menos da metade dos participantes referiram ter recebido capacitação específica sobre a notificação de covid-19 (45,2%). As razões mais referidas para o preenchimento da ficha de notificação foram: ajuda a traçar estratégias para implantar programas de prevenção (34%) e ajuda a identificar o número de casos (27,8%). Foi unânime a resposta sobre a população ser beneficiada com a notificação e dentre os benefícios mais indicados pelos participantes foram: ajuda a traçar estratégias para implantar medidas de proteção contra a covid-19 (22,5%) e ajuda a identificar o número de casos de covid-19 no meu município (22,0%). Sobrecarga de trabalho foi considerado o principal obstáculo para a notificação. Conclusão: é necessário investimento para fortalecer as ações de vigilância em saúde, propondo ações de educação em saúde, a fim de melhorar a produção do dado, consequentemente melhorar a informação gerada e assim, subsidiar melhores planejamentos na saúde, que garantirão melhores condições de saúde.

  • FERNANDA FERREIRA DE MORAIS
  • DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO DE UMA TECNOLOGIA MHEALTH PARA O ACOMPANHAMENTO DA CONSULTA PRÉ-NATAL
  • Orientador : HERLA MARIA FURTADO JORGE
  • Data: 30/01/2023
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  • As tecnologias móveis em saúde, mobile health, são avaliadas como medicina ou saúde pública praticada por meio de dispositivos móveis, como telefones celulares, aparelhos de monitoramento de pacientes, assistentes pessoais digitais e outros dispositivos sem fio. A saúde móvel foi reconhecida pela Organização Mundial como um potencial estratégia para as práticas de saúde, beneficiando a incorporação desse artefato de forma cada vez mais frequente. Objetivo: Descrever o desenvolvimento de uma tecnologia mHealth, do tipo aplicativo móvel, para o acompanhamento da consulta pré-natal. Metodologia: Trata-se de um estudo metodológico por meio das três etapas: diagnóstico situacional da produção cientifica e tecnológica na temática, desenvolvimento de uma tecnologia mHealth, do tipo aplicativo móvel, , validação por juízes especialistas.

  • ANDREIA KARLA DE CARVALHO BARBOSA CAVALCANTE
  • AVALIAÇÃO DA CULTURA DE SEGURANÇA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: UM ESTUDO LONGITUDINAL
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 20/01/2023
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  • Introdução: A cultura de segurança proporciona o aprendizado organizacional desde incidentes, notificação de erros e resolução dos problemas relacionados à segurança do paciente, mediada pelos núcleos de segurança do paciente. Objetivo: Comparar a cultura de segurança em Unidades de Terapia Intensiva, na perspectiva dos profissionais de saúde, antes e depois da implantação do núcleo de segurança. Método: Estudo multimétodos, desenvolvido em três etapas: 1 - Revisão integrativa com busca e seleção nas bases CINAHL, Web of Science, MEDLINE, LILACS e IBECS com amostra de 13 artigos que analisaram as contribuições das tecnologias digitais para a segurança do paciente no contexto hospitalar; 2 - Estudo transversal, analítico, tendo 320 participantes em 2016, por meio do Hospital Survey on Patient Safety Culture, faz parte da dissertação da Pós-graduação em Enfermagem da UFPI intitulada “Avaliação da Cultura de segurança em hospital de ensino”. 3 - Pesquisa analítica, delineamento longitudinal desenvolvida com 66 profissionais cinco anos depois, com nova coleta de dados na mesma instituição e com o mesmo instrumento, envolvendo exclusivamente os participantes das UTIs do estudo anterior, considerando a nova realidade da criação dos núcleos e a pandemia de COVID-19. Para comparar a cultura de segurança nos dois períodos, foi aplicado o Teste ANOVA de duas vias (Two-way ANOVA) nas amostras que atenderam ao pressuposto de normalidade, ou o Teste de Friedman, quando violaram os pressupostos de normalidade. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: A revisão evidenciou que as contribuições das tecnologias digitais são expressivas na literatura internacional, resultando na comunicação adequada, gerenciamento de riscos, redução de custos e tempo de atendimento, prática de medicação segura e registro de eventos adversos. No Brasil, os softwares, smartphone e/ou suporte telefônico ainda são limitados, demonstrando necessidade de tecnologias válidas, de fácil acesso e ampla disponibilidade. Nas etapas dois e três do estudo predominou o sexo feminino, tempo de trabalho e na unidade com 21 anos ou mais, carga horária semanal de 20 a 39 horas, maioria técnicos de enfermagem, com interação ao paciente, tempo de trabalho na especialização de 16 anos ou mais, prevalecendo a pós-graduação. Quanto as dimensões do instrumento, manteve-se moderadas nos períodos, a mais próxima da área de melhoria em 2016 “Expectativas e ações do supervisor” e “Trabalho em equipe na unidade”, em 2021, “Trabalho em equipe na unidade” e “Aprendizado Organizacional”. A nota de segurança do paciente, permaneceu regular e, houve um aumento na subnotificação de eventos mesmo após a implantação do núcleo. O índice de cultura de segurança nas etapas, destacou que as dimensões com diferenças estatísticas significativas foram: "Resposta não punitiva ao erro", "Abertura da comunicação" e "Expectativas e ações que promovam SP". O Alfa de Cronbach do instrumento variou em 2016 de 0,799 a 0,855 e em 2021 de 0, 828 a 0,874. Conclusão: Para ter cultura de segurança é necessário fundamentar estratégia e ações que priorize a promoção e a prevenção de segurança do paciente entre gestores e profissionais de saúde aliado as tecnologias no serviço.

  • ANDRÉA PINTO DA COSTA RAMOS
  • ASPECTOS EMOCIONAIS DE INDIVÍDUOS COM DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS À LUZ DA QUALIDADE DE VIDA.
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 13/01/2023
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  • Introdução: As Doenças Inflamatórias Intestinais são distúrbios autoimunes que evidenciam uma resposta imunológica escassa ou acentuada, as duas principais categorias de doenças que a caracterizam são a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Tem-se como manifestações clínicas mais frequentes da doença: diarreia muco-sanguinolenta, acompanhada de cólicas intestinais, urgência evacuatória, tenesmo, e sintomas sistêmicos como febre, inapetência, astenia e emagrecimento. Acometem com mais frequência adolescentes e jovens adultos, contudo podem surgir em qualquer faixa etária. Fatores psicológicos exercem grande influência no curso das DII e na capacidade de adaptação do indivíduo. Através do estudo de aspectos emocionais, a psicologia da saúde trabalha para melhorar o ajustamento face às doenças inflamatórias a fim de que se possa enfrentar da melhor forma as limitações que essas doenças impõem e desfrutar de melhores condições de vida e saúde. Objetivo: Correlacionar o domínio aspectos emocionais do Inflammatory Bowel Disease Questionnaire com os dados sociodemográficos e clínicos dos pacientes com DII. Metodologia: O delineamento do estudo é transversal e quantitativo. O cenário da pesquisa foi o Hospital Universitário – Universidade Federal do Piauí, cidade de Teresina, Estado do Piauí. A amostra é não probabilística por conveniência, com um total de 80 participantes. Para coleta de dados utilizou-se formulário para caracterização dos aspectos sociodemográfico, econômico e clínico dos pacientes com DII e o Inflammatory Bowel Disease Questionnaire (IBDQ). Os resultados estão sendo apresentados por meio de gráficos e tabelas no programa Microsoftware Excel 2016 e Statistical Package for the Social Sciences-SPSS (Versão 26). Para a caracterização dos dados amostrais serão realizadas análises descritivas com valores de frequências relativas e absolutas, percentuais, medianas, médias e variabilidade de desvio padrão. A correlação entre as variáveis do IBDQ será verificada por meio do Teste Exato de Fisher. Resultados: Os resultados do IBDQ na amostra estudada, a QV foi boa, sendo que a amostra contou com total de 80 pacientes com DII, a maioria do sexo masculino com idade acima de 40 anos, consideram-se pardos, em sua maioria estãosolteiros/separados/divorciados, possuem ocupação profissional, estudaram entre 5-10 anos, consideram-se católicos. Conclusão: A qualidade de vida dos pacientes é considerada boa e a média±Dp do domínio emocional é de 60,40±12,97

2022
Descrição
  • ANTONIA MAURYANE LOPES
  • FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E CLÍNICOS RELACIONADOS À QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 30/12/2022
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  • Introdução: As doenças Inflamatórias Intestinais provocam impacto na qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida em associação com as variáveis sociodemográficas e clínicas de pacientes com Doença Inflamatória Intestinal. Método: Estudo transversal, realizado entre abril de 2021 e outubro 2022, no ambulatório e no centro de infusão de imunobiológicos do Hospital Universitário do Piauí, com 105 pacientes com doença inflamatória intestinal. Utilizou-se de formulário para caracterização sociodemográfica, clínica e o Inflammatory Bowel Diasease para avaliação da qualidade de vida. Utilizaram-seda análise univariada descritiva, do teste de Shapiro-Wilk, teste Qui-quadrado de Pearson, teste t de Student, ou Análise de variância e teste Z de Kolmogorov- Smirnov e da regressão de Logística Múltipla com razão de chance ajustada. O critério de significância ou permanência das variáveis foi a associação em nível de 5% (p˂0,05). Utilizou-se os softwares Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 20.0 e R-Projc, versão 4.2.2. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética com número: 1.847.126. Resultados/discussão: Na avaliação geral, a qualidade de vida dos pacientes com doença Inflamatória intestinal do estudo apresentou-se como regular e os fatores sociodemográficos com cor de pele negra (p=0,006), menor tempo de estudo (p=0,47), dona de lar (p=0,009), renda menor abaixo de um salário (p=0,016) e residem em áreas rurais (p=0,094) caracterizaram-nos com pior qualidade de vida. Quanto aos aspectos clínicos, a presença de dor abdominal (p=0,028) e necessidade de cirurgia (p=0,015) e acometimento pela covid-19 foram indicadores que pioraram a qualidade de vida O estudo mostrou que o fator idade não interferiu na qualidade de vida do grupo (p=0,612&gt;0,05). Os pacientes com pior qualidade de vida foram: os que realizaram cirurgias, acometidos pela covid-19 e os que se vacinaram com a vacina pfizer. Não houve associação significativa com dados relacionados à covid-19; tratamento medicamento, e entre escore geral da qualidade de vida com fatores sistêmicos, intestinais, emocionais e sociais. Os pacientes com doença de Crohn realizaram mais cirurgias, abandonaram o tratamento e tiveram pior qualidade de vida geral e nos aspectos sistêmicos, intestinais, emocionais e sociais, comparados com retocolite ulcerativa (p=0,019&lt;0,05). Os pacientes do estudo com retocolite ulcerativa em uso de Ustequimumabe possuíam pior qualidade de vida, esses pacientes possuíam comorbidades associadas, utilizavam mais o vedozulimumab e procuravam mais serviço de nutrição, mas grande parte foi acometida pela covid-19. Os pacientes com DII de cor de pele negra, desempregados, dona do lar, renda baixa possuem mais chances de ter qualidade de vida pior. Conclusão: Os fatores Sociodemográficos e clínicos das pessoas com doença inflamatória intestinal interferem na qualidade de vida e apresentaram-se com qualidade de vida regular, sendo que os com Doença de Crohn tiveram pior qualidade de vida, quando comparados com os de Retocolite ulcerativa.

  • BIANCA ANNE MENDES DE BRITO
  • RELAÇÃO ENTRE DEPENDÊNCIA DE SMARTPHONE, PROFISSIONALISMO E COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL EM ENFERMEIROS DE INSTITUIÇÕES HOSPITALARES
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 22/12/2022
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  • Introdução: A dependência de smartphones é responsável por provocar diversos problemas sociais e de saúde, neste sentido este estudo foi proposto. Objetivo: analisar a relação entre dependência de smartphones, profissionalismo e comunicação interpessoal em enfermeiros de instituições hospitalares, controlados por fatores sociodemográficos, acadêmicos, laborais e uso de smartphone. Método: estudo analítico, correlacional e quantitativo, realizado em três hospitais públicos de alta complexidade no Piauí, no primeiro semestre de 2022. A amostra foi obtida por sorteio e constituída por 183 enfermeiros e para coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: caracterização sociodemográfica, a escala Smartphone Addiction Inventory (SPAI) e a escala de autoavaliação sobre profissionalismo e comunicação interpessoal entre enfermeiro e paciente. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas, frequências, percentuais, medidas de tendência central e dispersão. O nível de significância adotado foi 0,05. Resultado: A maioria dos enfermeiros era do sexo feminino 141 (77%) e a média de idade foi de 39 anos. No que se refere a raça 110 (60,1%) se autodeclararam pardos. Cento e vinte e seis (68,9) eram católicos. Cento e treze (61,7%) eram casados ou tinham união estável. A média do tempo de formação dos enfermeiros foi de 12,9 anos. Cem (54,6%) trabalham em instituição estadual, com tempo de serviço na profissão médio de 11,9 anos e 81 (44,3%) trabalham em unidades de internação. Cento e sessenta e oito (91,8%) enfermeiros usavam o smartphone para comunicação com pessoas da instituição hospitalar durante o turno de trabalho e 139 (76%) para comunicação com familiares. A prevalência global da adição de smartphone entre os enfermeiros das instituições hospitalares foi de 26 (14,2%), (complemento em construção). Conclusão: Concluiu-se que há necessidade de construir intervenções educativas para uso racional de smartphones dentro e fora das instituições hospitalares e desenvolver políticas públicas de promoção da saúde e prevenção da dependência de smartphones e fatores relacionados.

  • OTONIEL DAMASCENO SOUSA
  • ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA COVID-19 NO ESTADO DO MARANHÃO
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 21/12/2022
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  • Introdução: o novo vírus causador da COVID-19, doença que matou milhares de pessoas mundo a fora, acomete principalmente os pulmões de forma aguda e grave. Este patógeno é descrito como um beta coronavírus que possui material genético composto por Ácido ribonucleico (RNA) de fita simples. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de casos confirmados e óbitos por tipo de comorbidades de COVID-19 no Estado do Maranhão. Método: trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo, de natureza epidemiológica e quantitativo. Foi realizado tendo como base o número de notificações de casos e óbitos confirmados por COVID-19 no Estado do Maranhão, constantes do Boletim Epidemiológico de 31 de dezembro de 2021. Os dados foram agrupados no Software Excel®, no qual foi realizada a análise descritiva e relatvia em números e percentual. Resulatdos: os dados apresentados no boletim epidemiológico demonstraram que a maioria dos casos confirmados foi no sexo feminino, na faixa etária entre 30 a 39 anos, pardos. Quando se analisou os dados referentes aos óbitos, observou-se que a maior ocorrência se deu entre os homens, em idosos com mais de 70 anos, em pardos e a maioria com presença de comorbidades, dentre as quais as de maior registro de óbitos por Covid-19 foram: a Hipertensão arterial, Diabetes mellitus e cardiopatias. Conclusão: apesar de mais de dois anos de pandemia pela COVID-19, ainda há muitas lacunas sobre a doença que precisam ser preenchidas. É importante conhecer os fatores que influenciam na incidência, prevalência e prognóstico da doença para que as ações governamentais sejam tomadas.

  • KELVYA FERNANDA ALMEIDA LAGO LOPES
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA COVID-19 ELABORADAS POR IDOSOS
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 16/12/2022
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  • Introdução: A COVID-19, como um grave problema de saúde pública para o idoso, à luz da Psicologia Social, incorporada à Teoria das Representações Sociais (TRS), ressalta que as questões sociais mudam em um determinado contexto, como os processos sociais são preservados ou inovados a partir de fatos novos e como esses processos se inserem no cotidiano social. Objetivos: Analisar a produção científica internacional sobre a COVID-19 em idosos; Apreender as Representações Sociais (RS) da COVID-19 elaboradas por idosos; Descrever o conhecimento cotidiano de idosos e a utilização destes para a prevenção da COVID-19; Analisar como as RS de idosos influenciam na vulnerabilidade e adoecimento pelo coronavírus. Método: Estudo realizado em duas etapas: 1. Estudo bibliométrico; 2. Estudo exploratório, qualitativo, fundamentado na TRS de Serge Moscovici, realizado na Estratégia Saúde da Família de Teresina-PI, com 30 idosos, de ambos os sexos, por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado, no período de novembro de 2021 a maio de 2022. Os dados foram processados no software IRaMuTeQ e analisados pela Classificação Hierárquica Descendente. A comunicação dos resultados do estudo obedeceu às diretrizes para relatórios de pesquisa de natureza qualitativa disponível no Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de acordo n° parecer: 4.718.165. Resultados: Foram identificados 218 registros de publicações, em periódicos distintos da Web of Science, escritos por autores que possuem vínculos com 722 instituições, localizadas em 48 países. Os resultados do estudo exploratório foram apresentados em seis classes semânticas, a saber: Classe 5 – Implicações psicossociais provocadas pela COVID-19; Classe 1. Conhecimento dos idosos relacionado a gravidade da COVID-19; Classe 4. Formas de representar a COVID-19; Classe 3. O combate ao coronavírus por meio da vacina; Classe 6. Mudanças de atitudes e comportamentos para combater a COVID-19; Classe 2. Estratégias de enfrentamento a COVID-19. Essas classes revelaram que os idosos se ancoram nas implicações psicossociais, centradas na representação que eles mantêm sobre a doença, em torno da tristeza e do medo, da relação da doença aos aspectos de perigo e gravidade e que mesmo em meio ao medo da morte, as novas atitudes devem permanecer para a prevenção, com os cuidados de higiene e isolamento. As RS dos idosos mostraram que a vacina é a medida preconizada que viabiliza a proteção contra o coronavírus somado a lavagem das mãos e uso contínuo da máscara e álcool em gel. Considerações finais: A análise bibliométrica dos estudos, mostra indicadores positivos sobre a dinâmica e a evolução da informação científica e tecnológica sobre o tema. As RS dos idosos sobre a COVID-19 são ancoradas nos sentimentos de tristeza e medo, considerando-a como uma doença perigosa e grave. O conhecimento cotidiano dos idosos sobre a COVID-19 tem relação com os cuidados de higiene com destaque para a lavagem das mãos, uso do álcool gel e máscaras, isolamento social, associado a vacina contra o coronavírus como um meio importante de combater a doença. Assim, os idosos objetivaram a COVID-19 com mudanças de atitudes e comportamentos para atender ao distanciamento social, o isolamento compulsório e a adoção de medidas preventivas vistas como estratégias positivas utilizadas no enfrentamento da vulnerabilidade e adoecimento pela doença.

  • LUÍS FELIPE OLIVEIRA FERREIRA
  • APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES ONLINE SOBRE O CUIDADO COM ESTOMIA INTESTINAL DE ELIMINAÇÃO: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 15/12/2022
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  • Introdução: A construção do conhecimento do graduando de Enfermagem sobre estomias intestinais de eliminação é imperativa para sua formação a fim de que a assistência perioperatória garanta cuidados seguros que vão desde a prevenção de complicações até a reabilitação. Neste contexto, um objeto virtual de aprendizagem, que utiliza metodologia centrada no estudante pode promover autonomia e proatividade em relação a temática. Objetivo: Construir e validar o conteúdo educacional de um objeto virtual fundamentado na Aprendizagem Baseada em Equipe Online como recurso no ensino de estudantes de Enfermagem sobre o cuidado às pessoas adultas com estomia intestinal de eliminação. Método: Estudo metodológico, com abordagem quantitativa de dados, para construção e validação do conteúdo educacional de um objeto virtual de aprendizagem sobre o cuidado às pessoas com estomias intestinais de eliminação. As necessidades de aprendizagem sobre estomias intestinais de eliminação foram identificadas entre os meses de maio a julho de 2022, remotamente, por meio da aplicação de um questionário com 19 itens baseados em recomendações para os cuidados às pessoas adultas com estomias intestinais de eliminação. Uma equipe de desenvolvedores se reuniu durante quatro reuniões semanais remotas de um Grupo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Tecnologias da Informação e Comunicação de uma Universidade Federal da região Nordeste do Brasil, em agosto de 2022, para construção do conteúdo educacional do storyboard. A validação do conteúdo educacional do storyboard pelos experts na temática foi realizada de outubro a novembro de 2022. Os dados coletados durante a identificação das necessidades foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial e os referentes a validação do conteúdo educacional do storyboard do objeto virtual de aprendizagem pelos experts foram analisados pelo Índice de Validação de Conteúdo. Resultados: Dos 19 itens das recomendações do Consenso Brasileiro de cuidado às pessoas adultas com estomias intestinais de eliminação, apenas 5 eram conhecidos pelos estudantes de Enfermagem (percentual de respostas 4 e 5 maior ou igual a 75%). Um dos itens menos conhecido pelos estudantes de Enfermagem foi a demarcação do local da estomia 40,6%. Houve associação com significância estatística entre a modalidade de ensino e o conhecimento das recomendações do Consenso Brasileiro de cuidado às pessoas adultas com EIE, p-valor (0,04), com uma razão de chances de 1,05. Conclusão: A partir da identificação das necessidades de aprendizagem foi possível verificar que os estudantes de Enfermagem desconhecem a maior parte das recomendações do Consenso Brasileiro de Cuidados às Pessoas Adultas com Estomia Intestinal de Eliminação da Sociedade Brasileira de Estomaterapia. Neste sentido, o objeto virtual de aprendizagem poderá contribuir de forma positiva para a divulgação das referidas recomendações entre esse público-alvo de forma colaborativa, permitindo a construção do conhecimento pelo estudante a partir de conteúdo educacional validado por experts na temática.

  • NATÁLIA MARIA FREITAS E SILVA MAIA
  • CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE APLICATIVO MÓVEL SOBRE HISTÓRIA DAS ENTIDADES DE CLASSE DA ENFERMAGEM BRASILEIRA
  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 13/12/2022
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  • Introdução: A aprendizagem sobre as entidades de classe da enfermagem brasileira e sua história torna-se importante no percurso formativo do enfermeiro ao favorecer a construção da identidade profissional, bem como o resgate das lutas e das conquistas de espaço da profissão pelas lideranças da enfermagem. Nesse contexto, os aplicativos móveis sobre as entidades podem se constituir como recurso tecnológico para o ensino-aprendizagem de enfermagem. Estes aplicativos favorecem o protagonismo do aluno e podem facilitar a aprendizagem por ir ao encontro de uma geração fortemente conectada ao mundo digital. Objetivo: construir e validar um aplicativo móvel para apoiar o processo de ensino e aprendizagem sobre a história das entidades de classes da enfermagem brasileira. Métodos: Trata-se de estudo multimétodos, desenvolvido em 3 etapas, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (nº de protocolo 4.218.772). Na primeira etapa, dois estudos de revisão integrativa foram realizados. Um estudo abordou as tecnologias educacionais para o ensino de história da Enfermagem e o outro as contribuições das entidades de classe para profissionalização da enfermagem à luz das concepções freidsonianas. Na segunda etapa, estudo exploratório-descritivo foi desenvolvido para caraterização dos estudantes de Enfermagem, da proficiência digital e da aprendizagem sobre a história das entidades de classe da enfermagem brasileira. Na terceira etapa, estudo metodológico foi realizado para construção e validação de conteúdo de um aplicativo móvel para apoiar o ensino e aprendizagem sobre a história das entidades de classe da enfermagem brasileira. Resultados: O estudo de revisão sobre as tecnologias educacionais identificou uma lacuna quanto ao uso de aplicativos móveis como recurso tecnológico no ensino de história da enfermagem. A revisão integrativa sobre as contribuições das entidades de classe para profissionalização da enfermagem possibilitou delinear o conteúdo e auxiliar a fase exploratória de dados, que deu suporte e subsidiou estruturação do aplicativo. No estudo exploratório-descritivo, os estudantes são em sua maioria (83,9%) do sexo feminino, com média de idade de 20 anos, (55,4%) pardos, (94,6%) que não trabalham, (92,9%) de baixa renda e (73,2%) que residem com pais. Quanto à proficiência digital básica (PDB), o grau médio foi considerado baixo (3,43). Os conteúdos elencados acerca das entidades de classe foram considerados imprescindíveis e muito importante. Diante desses resultados, o aplicativo móvel Enfentidades foi construído e validado seu conteúdo quanto aos objetivos, a estrutura/apresentação e a relevância, por um conjunto de sete especialistas. Conclusão: O Enfentidades representa uma experiencia pioneira para o ensino de história das entidades de classe da enfermagem, uma vez que não se observou na literatura a produção de tecnologia móvel com essa finalidade. Desse modo, é um recurso tecnológico que possibilita aos estudantes de enfermagem a modalidade de ensino-aprendizagem chamada m-learning.

  • LEYLA GERLANE DE OLIVEIRA ADRIANO
  • DESENVOLVIMENTO DE PROTOCOLO INTERPROFISSIONAL NO CUIDADO PRÉ-NATAL ESPECIALIZADO DE UM CENTRO DE ATENÇÃO MATERNO INFANTIL
  • Orientador : HERLA MARIA FURTADO JORGE
  • Data: 12/12/2022
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  • Introdução: O cuidado pré-natal contribui para a prevenção de doenças, redução de riscos, promoção da saúde, e diminuição de mortes materna e infantil. Consiste em um cuidado singularizado por meio do manejo adequado de fatores de riscos e monitoramento clínico até o final da gestação. Entende-se que a equipe de saúde precisa estar articulada e preparada para identificar os possíveis fatores de riscos, sejam eles, clínico, socioeconômico ou emocional, ou seja, na sua total integralidade. Objetivos: Desenvolver um protocolo para sistematizar o cuidado interprofissional das gestantes atendidas em um Centro de Atenção Especializado Materno Infantil. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa pautada no referencial metodológico da Pesquisa Convergente Assistencial (PCA), realizada em um Centro de Atenção Especializado Materno Infantil- CAEMI. A coleta de dados ocorreu no período de março a novembro de 2022. Constitui-se população da pesquisa os profissionais que fazem parte da equipe multiprofissional do referido serviço. A coleta de dados se deu por meio de Observação Participante, e oficinas temáticas utilizando o processo denominado Quatro Erres, norteadas com o uso de um roteiro. Para análise dos dados, será adotado a técnica de análise de conteúdo de Bardin, e uso do Software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (Iramuteq), para auxiliar na codificação e análise dos dados. O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética e Pesquisa sob parecer n° 5.303.026, CAAE:54377221.0.0000.5214. Para a revisão Integrativa de literatura a busca dos artigos ocorreu nos meses de janeiro a fevereiro de 2022 mediante a busca nas bases de dados LILACS, BDENF, SCOPUS, CINAHL, WEB OF SCIENCE e MEDLINE totalizando em 19 artigos. Resultados: evidenciou-se na revisão integrativa uma assistência fragmentada, sem a participação de forma compartilhada da equipe multiprofissional; com maior assistência a nível intermediário realizado apenas pelo profissional médico em alguns serviços. Identificou-se nas oficinas a fragilidade da assistência como a ausência do protocolo, a indisponibilidade de algumas especialidades que se fazem necessárias para o acompanhamento das gestantes de alto risco, a realização de exames, e a falta da articulação entre a Atenção Terciária com a Especializada. Conclusão: concluiu-se a necessidade de utilização de protocolos assistenciais, direcionados para a rotina de trabalho de modo a ampliar os olhares e diálogos no planejamento do cuidado. Destaca-se que as oficinas temáticas se configuraram como uma grande estratégia metodológica afim de provocar as mudanças, e por meio dos saberes e das experiências dos profissionais fosse possível a construção compartilhada do protocolo.

  • FRANCISCO JOÃO DE CARVALHO NETO
  • SITUAÇÃO VACINAL ENTRE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 07/12/2022
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  • Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) interfere significativamente na efetividade do sistema imune inato e adaptativo das pessoas que vivem com essa morbidade, principalmente quando descompensado, tornando-as mais suscetíveis a determinadas doenças infecciosas, ou potencializando a gravidade de suas manifestações clínicas. É importante a atualização do cartão vacinal para infecções imunopreveníveis como uma estratégia fundamental de proteção da saúde e de promoção da qualidade de vida. Objetivo: Analisar a situação vacinal entre pessoas com DM na Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo transversal analítico que foi realizado em 25 Estratégias de Saúde da Família da cidade de Picos, PI. A população foi composta por 2564 pessoas com (DM) e a amostra de 274 pessoas. Utilizou-se o cálculo de amostra para população finita, estratificado por proporção para definição do número de participantes. A variável dependente foi a situação vacinal e as independentes foram as sociodemográficas e clínicas. A coleta de dados aconteceu aplicando o formulário de coleta durante as Consultas do Enfermagem à pessoa com (DM), para os participante elegíveis e também por visitas domiciliares, fazendo-se a análise do cartão vacinal. Obteve-se autorização da Secretaria Municipal de Saúde de Picos-PI e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob número de parecer: 5.036.594. Considerando o contexto pandêmico, foram adotadas medidas de prevenção padrão em saúde durante todas as atividades da pesquisa. Resultados: a maioria não possuía nenhuma dose de hepatite B (69,1%); para a vacina contra a influenza, 75%, tinha a DU; a maioria não tinha esquema vacinal contra: difteria e tétano (64,6%); febre amarela (74,3%); tríplice viral (82,3%), pneumocócica (87,9%) e varicela (87,9%). A maior parte apresentou esquema completo para a COVID-19 (68,5%). Quanto ao local de recebimento da vacina, as UBS foram os mais citados (62%). Acerca da
    análise da associação entre o perfil sociodemográfico e clínico em relação ao esquema vacinal completo dos usuários com DM atendidos nas ESF, notou-se que houve associação estatística significativa entre a vacina da influenza e a idade (p<0,001; OR=0,395), religião católica (p=0,010; OR=6,275), renda (p=0,00; OR=0,321) e etilismo (p=0,003; OR=0,394); dT e o tempo convivendo com o DM (p=0,028); tríplice viral (p=0,002), tipo de DM (p<0,001), tipo de tratamento medicamentoso (p=0,005) e exercício físico (p=0,039); febre amarela e tipo de DM (p=0,010), COVID-19 e idade (p=0,007), tipo de DM (p=0,043) e o tempo convivendo com o DM (p=003). No que diz respeito à adesão vacinal das pessoas com DM para as vacinas hepatite b, dT e COVID-19 (esquema vacinal completo), observou-se uma baixa completude vacinal para as vacinas hepatite B e dT. A vacina contra a COVID-19 foi a que apresentou melhor adesão, pois 86,6% concluíram o esquema vacinal. Conclusão: Constatou-se baixas taxas de cobertura e adesão vacinais para as vacinas recomendadas pelo PNI para as pessoas com DM, deixando-as vulneráveis a vários processos infecciosos imunopreveníveis, morbimortalidade, com agravamento da qualidade de vida. Necessita-se que o aconselhamento seja reforçado entre pos profissionais de saúde e que esses passem a recomendar as vacinas que esse público tem direito.

  • TATYANNE SILVA RODRIGUES
  • CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE VÍDEO EDUCATIVO PARA MOTOCICLISTAS ACERCA DO NÍVEL DE ATENÇÃO NO TRÂNSITO
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 06/12/2022
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  • Introdução: Os acidentes de trânsito representam um grave problema de saúde pública mundial, sendo as motocicletas, os veículos mais envolvidos nas ocorrências e responsáveis pelas principais causas de lesões, incapacidades e mortes em faixas etárias jovens. Nesse sentido, ações preventivas no cenário do trânsito devem ser executadas em caráter emergencial, e uso de tecnologias digitais, como vídeo, por serem de fácil acesso, possibilita maior adesão e compressão do tema proposto. Objetivos: O objetivo geral é construir e validar vídeo educativo acerca do nível de atenção dos motociclistas no trânsito. Método: Estudo metodológico, no qual ocorreu a construção de vídeo educativo acerca do nível de atenção no trânsito, por meio das fases de pré-produção, produção e pós-produção. A validação do vídeo foi realizada por 22 juízes especialistas e a avaliação por 22 motociclistas profissionais. Para coleta dos dados, utilizaram-se instrumentos validados: Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional para validação para os juízes e Instrumento de Validação de Aparência de Tecnologia Educacional em Saúde. O critério para validação foi concordância superior a 80%, analisada por meio do índice de validação de conteúdo e teste binomial. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (parecer nº 5.241.921). Resultados: O vídeo foi construído a partir dos princípios da Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia, composto por animação digital e narração em áudio, possuiu 7 minutos e 52 segundos e contemplou dicas voltadas: foco e a concentração; uso de equipamentos de proteção; visibilidade nas vias; uso de álcool ou outras substâncias na condução; condução com sono; cuidados com os pedestres, ciclistas e outros veículos; excesso de velocidade e manobras arriscadas; e ultrapassagem e uso da sinalização com setas. Os itens avaliados pelos juízes especialistas obtiveram IVC superior a 0,8, de forma que o vídeo foi considerado válido quanto aos objetivos, estrutura/apresentação e relevância. Na avaliação dos motociclistas, todos os itens do instrumento foram avaliados positivamente. Conclusão: O vídeo foi considerado válido quanto ao conteúdo, por juízes, e avaliado positivamente quanto aparência pelos motociclistas, de forma que consiste em uma tecnologia educativa frente ao nível de atenção no trânsito. 

  • GABRIELA OLIVEIRA PARENTES DA COSTA
  • CONSUMO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS ENTRE ADOLESCENTES DOS ENSINOS MÉDIO E TECNOLÓGICO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
  • Orientador : FERNANDO LOPES E SILVA JUNIOR
  • Data: 05/12/2022
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  • Introdução: O consumo nocivo de álcool e outras drogas é considerado um problema de saúde pública, haja vista que três milhões de óbitos no mundo estão relacionados ao uso. Os adolescentes relatam drogar-se para experimentar novas sensações, para alívio de emoções indesejadas, para ser aceito pelos amigos, entre outros motivos. Objetivo: Avaliar o consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas entre adolescentes do ensino médio/tecnológico durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo multimétodos, consistindo em uma revisão bibliométrica com análise da produção científica sobre o consumo de drogas entre adolescentes, com amostra de 495 artigos publicados na Scopus; uma revisão sistemática de estudos observacionais sobre os impactos do consumo dessas substâncias na saúde mental dos adolescentes, com artigos publicados na Medline/Pubmed, Bireme e Web of Science; e um estudo observacional, transversal, que avaliou o consumo de drogas adolescentes em três cidades do Maranhão, entre adolescentes de 14 a 18 anos, através do Alcool Use Disorders Identification Test e do Drug Use Screening Inventory. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science. Resultados: Na Scopus, 2014 e 2018 foram os anos com maior número de publicações, destacando-se Kann e Ross com maior número de citações e os Estados Unidos com maior número de publicações. De acordo com a revisão sistemática, dentre os impactos causados pelo uso de drogas, estão à evasão escolar, sentimentos de solidão, dificuldade para dormir e ideação suicida. O estudo observacional, transversal, foi realizado entre 342 adolescentes, sendo as drogas mais utilizadas o álcool, os analgésicos, a maconha, os tranquilizantes e o tabaco, respectivamente. Houve predominância do consumo de álcool entre adolescentes com mais de 16 anos, do sexo feminino, pretos, cursando o terceiro ano do ensino médio, morando em casa de alvenaria, residindo com até cinco pessoas, com responsável empregado e recebendo renda maior que um salário. O consumo de substâncias nos últimos 12 meses, apresentou semelhanças entre os sexos e maior consumo entre brancos. Com relação aos problemas envolvendo álcool, dois (0,58%) adolescentes necessitam de intervenção breve e monitoramento e seis (1,75%) de encaminhamento para serviço especializado. Considerações finais: Nos últimos anos, pesquisadores têm relacionado o uso de drogas à saúde mental, abordando problemas como ansiedade, depressão e ideação suicida. O impacto desse consumo interfere diretamente no desenvolvimento e comportamento dos adolescentes. As drogas mais consumidas entre os adolescentes pesquisados foram o álcool, o tabaco, a maconha, drogas consideradas mais baratas e de fácil acesso, tendo as taxas mais elevadas entre o sexo feminino. Observou-se ainda, que o início precoce de drogas está relacionado ao uso de duas ou mais substâncias ao final da adolescência. Desta forma, é necessário atentar-se para o consumo de drogas lícitas, uma vez que são preditoras para o uso de substâncias ilícitas. Diante dos resultados, existem lacunas importantes a serem preenchidas no tocante ao aumento do uso de substâncias entre adolescentes no período da pandemia da COVID-19, visto que há divergência entre as evidências encontradas.

  • FRANCISCA ALINE AMARAL DA SILVA
  • LUTAS SIMBÓLICAS PARA CONSOLIDAÇÃO DA ENFERMAGEM NO HOSPITAL GETÚLIO VARGAS
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 29/11/2022
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  • Introdução: A história do Hospital Getúlio Vargas faz parte da história da saúde no Piauí, pois por um período de tempo ele foi a única instituição para tratamento da população. As primeiras enfermeiras laicas que chegaram ao hospital no ano de 1959, desencadeou o afastamento progressivo das irmãs religiosas que atuavam no cuidado de enfermagem. Em 1973 quando foi criado o curso de Graduação em Enfermagem na Universidade Federal do Piauí. Objetivos: Apresentar o cenário da assistência à saúde no Piauí quando da inauguração do Hospital Getúlio Vargas; descrever como ocorreu a chegada das enfermeiras laicas no Hospital Getúlio Vargas a partir do ano de 1959; analisar as lutas simbólicas das enfermeiras laicas para a consolidação da Enfermagem profissional no Hospital Getúlio Vargas entre os anos de 1959-1973. Método: trata-se de um estudo no campo da História, no âmbito da História Social e História Cultural e como domínio foram definidos a História da Saúde e a História das Instituições de Saúde, para a historicização da Enfermagem. O cenário foi o Hospital Getúlio Vargas. Os critérios de inclusão: ser profissional de enfermagem que exerceu atividade na instituição durante o período do estudo. A produção dos dados foi embasada na História Oral Temática, segundo Meihy. As entrevistas foram conduzidas a partir de um roteiro semi-estruturado e tiveram duração média de 60 minutos. Foram utilizados no estudo fontes documentais, hemerográficas, conográficas e orais. A análise dos dados ocorreu com a linearidade temática e cronológica para construção da narrativa histórica embasada nos conceitos de capital simbólica, habitus, campo, lutas simbólicas e violência simbólica do sociólogo Pierre Bourdieu. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com CAAE no 34218920.1.0000.521, com também submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição coparticipante com CAAE no 34218920.1.3001.5613. Resultados: Em resposta aos objetivos foram criados três capítulos. No primeiro capítulo foram apresentados a conjuntura social, política, saúde e educacional da Capital e do Estado do Piauí no qual percebeu-se que embora os Governantes almejassem o desenvolvimento da Capital a falta de recursos associados aos hábitos e costumes interioranos dificultavam essa modernização. O segundo capítulo apresentou a evolução do cuidado de Enfermagem Hospitalar no Estado até o momento do retorno nas primeiras enfermeiras a regressarem ao Piauí, como também os desafios relacionados ao processo de formação e o regresso destas enfermeiras formadas. O terceiro capítulo evidenciou as dificuldades de adaptação das enfermeiras laicas ao ambiente hospitalar do Hospital Getúlio Vargas, como também as lutas empreendidas por estas para que o espaço da enfermagem fosse respeitado e consolidado; incluindo também a saída progressiva das religiosas do Hospital. Considerações Finais: A História da Enfermagem Piauiense confunde-se com a História do Hospital Getúlio Vargas, foram necessários o investimento significativo de capital simbólico por parte das jovens que saíram de seu Estado para buscar formar-se enfermeiras como também a elaboração de estratégias para adentrar e assegurar o espaço da Enfermagem na Instituição.

  • JOSÉ FRANCISCO RIBEIRO
  • FORMULAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE EMULGEL TÓPICO DE MANTEIGA DE BACURI (Platonia insignis Mart.) E PIROXICAM PARA O TRATAMENTO DA ARTRITE: Ensaios pré-clínicos
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 25/11/2022
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  • INTRODUÇÃO: Artrite é um termo usual para vários tipos de doenças artríticas, que estão enumeradas a diversos fatores, como doenças degenerativas e autoimunes. É definida como inflamação crônica de uma ou mais articulações. A epidemiologia mostra que a incidência aumenta com o aumento da idade. As plantas constituem uma via potencialmente importante para a obtenção de novos agentes terapêuticos para doenças inflamatórias agudas e crônicas. Muitos óleos e manteigas detêm propriedades farmacológicas tais como analgésica, espasmolítica e anti-inflamatória, como a manteiga da semente de bacuri. OBJETIVO: Avaliar a atividade farmacológica do emulgel tópico de manteiga de bacuri (Platonia insignis Mart.) e Piroxicam em modelo de artrite experimental. METODOLOGIA: A princípio obteve-se os emulgéis de manteiga de bacuri e Piroxicam, que foram caracterizados pelos seguintes métodos: determinação das características físico-químicas, organolépticas, validação de método de quantificação de Piroxicam e liberação in vitro em sistema de difusão fechado. Para o ensaio farmacológico foram utilizados ratos Wistar (150-210 g), machos e fêmeas. A avaliação da atividade anti-inflamatória da manteiga de bacuri foi investigada em modelos de artrite experimental induzido por: cristais de urato monossódico, carragenina, histamina, prostaglandina e Zymosan. RESULTADOS: Quanto à avaliação das características dos emulgéis foi observado: pH e espalhabilidade com diferenças significativas (p < 0,05) antes e depois do ciclo gelo/degelo; os emulgéis suportaram aos testes de resistência a centrifugação; a quantificação do Piroxicam em emulgel foi adequadamente validada; a liberação in vitro em sistema de difusão automático não exibiu diferença significativa (p > 0,05) entre os valores das formulações. Quanto aos ensaios farmacológicos foi possível observar: os emulgéis não apresentaram toxicidade (p < 0,05); o emulgel de Piroxicam (5 mg/Kg) inibiu o edema tibiotársica induzido por cristais de urato monossódico (p< 0,05); também o emulgel de Piroxicam inibiu o edema de pata induzido por carragenina nas doses de 0,25; 0,50; 1 mg/kg (p < 0,05). Quanto ao pré-tratamento utilizando-se emulgel de Piroxicam e emulgel de bacuri (0,5mg/Kg) em edema de pata induzido por histamina e prostaglandina houve redução significativa em ambas as formulações (p < 0,05). O emulgel de Piroxicam (62%) e emulgel de manteiga de bacuri (32%) foram capazes de modular o edema tibiotársica induzido por Zymosan. CONCLUSÃO: Os emulgéis de Piroxicam e bacuri foram adequadamente validados, conforme características organolépticas, físico-químicas e liberação in vitro em sistemaf echado. A princípio, o teste de toxicidade revelou que as formulações não exibiram toxicidade. O emulgel de Piroxicam inibiu o edema de pata induzido por sais de urato monossódico e carragenina na dose de 0,5 mg/Kg. Os emulgéis de Piroxicam e manteiga de bacuri se mostraram eficazes como pré-tratamento nos modelos de artrite induzidos por histamina e prostaglandina em ratos Wistar, enquanto a artrite induzida por Zymosan teve maior inibição com emulgel de Piroxicam. Portanto, surge uma opção para a introdução de um medicamento com potencial de uso tópico no manejo da artrite.

  • NISLEIDE VANESSA PEREIRA DAS NEVES
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA PANDEMIA DA COVID-19 ELABORADAS POR CLIENTES ONCOLÓGICOS
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 22/11/2022
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  • Introdução: O homem como um ser sócio-histórico em sua relação com a natureza, suas ações e atitudes estão constantemente permeadas pelas relações sociais estabelecidas em determinado contexto. A pandemia da COVID-19, como objeto social, constituiu o foco deste estudo pelo seu impacto na sociedade. Objetivos: Caracterizar os sujeitos da pesquisa quanto aos aspectos sociodemográficos e clínicos, apreender as representações sociais elaboradas por clientes oncológicos sobre a pandemia da COVID-19 e analisar como as representações sociais elaboradas por clientes oncológicos influenciam na vulnerabilidade e adoecimento causado pelo SARS-CoV-2. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, com base na Teoria das Representações Sociais realizada em um hospital filantrópico, localizado na cidade de Teresina-PI. Os dados foram produzidos por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado, no período de agosto a setembro de 2021. Participaram da pesquisa 20 clientes oncológicos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos, que estavam realizando tratamento oncológico na instituição. O processamento dos dados foi desenvolvido por meio do software IRaMuTeQ e analisados pela Classificação Hierárquica Descendente (CHD). A comunicação dos resultados do estudo obedeceu às diretrizes para relatórios de projetos de pesquisa de natureza qualitativa disponível no Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de acordo n° parecer: 4.718.165. Resultados: A Teoria das Representações Sociais aplicada na pesquisa sobre o fenômeno da pandemia da COVID-19 possibilitou edificação de conceitos, explicações e afirmações que se originam no cotidiano através das comunicações interindividuais e do conhecimento socialmente elaborado e compartilhado. Os resultados foram apresentados por meio da nuvem de palavras que mostrou a COVID-19 como um desafio para os clientes oncológicos que necessitam adotarem as medidas de prevenção, como o distanciamento social, o uso de máscara, álcool gel e também precisam sair de casa para continuar o tratamento oncológico nas instituições de saúde. A partir do Dendograma foram apresentadas as cinco classes e suas descrições, a saber: 1. Mudanças ocorridas após início da pandemia da COVID-19; 2. Dificuldades encontradas pelos clientes oncológicos com o início da pandemia da COVID-19; 5. Medo da infecção por SARS-CoV-2 e a pandemia COVID-19; 3. Medidas de prevenção da pandemia da COVID-19, como a classe mais significativa; 4. Conhecimento dos clientes oncológicos acerca da pandemia da COVID-19. Conclusão: Os aspectos psicossociológicos envolvidos na pandemia da COVID-19, que considera a vivência dos clientes oncológicos, enquanto fenômenos de produção e organização de conhecimentos de sujeitos sociais possibilitou o entendimento da pandemia na interface dos condicionantes psicológicos, sócio-culturais e psicossociais, mostrando que a pandemia da COVID-19 impactou a vida dos clientes oncológicos pela vulnerabilidade e adoecimento e trouxe consequências acerca das relações sociais, mudanças na qualidade de vida e no enfrentamento do câncer. Palavras-chave: 

  • MARIANNE ROCHA DUARTE DE CARVALHO
  • SIGNIFICADO DO CUIDADO COMA DOR DE RECÉM-NASCIDOS PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE: construção de uma matriz teórica
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 09/11/2022
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  • Introdução: Os recém-nascidos internados em Unidades Neonatais são expostos diariamente a procedimentos invasivos que apesar de ocasionar dor e desconforto, são necessários para garantir o suporte diagnóstico e terapêutico. Após a identificação e mensuração da dor, devem ser instituídas estratégias adequadas para minimização e/ou controle, sendo esta uma responsabilidade da equipe multiprofissional. Objetivo: Construir uma matriz teórica a partir da compreensão do universo de significados relacionados ao cuidado de profissionais de saúde com a dor de recém-nascidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Métodos: Estudo qualitativo, desenvolvido à luz das premissas da Teoria Fundamentada nos Dados, tendo como referencial teórico o Interacionismo Simbólico e que teve como cenário a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de uma maternidade pública de referência em Teresina, Piauí. Participaram do estudo 17 profissionais entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e médico, que compuseram os três grupos amostrais. Para produção dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas guiadas por um roteiro de perguntas abertas que ocorreram entre os meses de setembro de 2021 a maio de 2022. O processo de codificação aberta, axial e integração foi realizado durante a coleta e análise dos dados, que ocorreu de forma concomitante e comparativa. Resultados: Os significados atribuídos pelos profissionais fizeram emergir o fenômeno central: Redefinindo o cuidado ao RN submetido a procedimentos que ocasionam dor e/ou desconforto no contexto da UTIN, ao qual estão relacionadas nove categorias: Refletindo sobre a rotina de cuidados visando a tomada de decisão e manejo da dor; desvelando a dimensão subjetiva do cuidado com a dor neonatal; reconhecendo as fragilidades do processo de cuidar; decodificando a linguagem do RN para identificar a experiência dolorosa; modelando o modo de agir dos profissionais diante da dor; desenvolvendo a colaboração interprofissional; percebendo o protagonismo da enfermagem no cuidado com a dor neonatal; deliberando novas práticas para o gerenciamento da dor; destacando a educação permanente como ferramenta potencializadora do cuidado. Considerações finais: Os profissionais de saúde devem redefinir o cuidado com o RN, rompendo com as velhas formas de agir, buscando a apreensão de conhecimentos para alicerçar boas práticas, além de manter e reforçar o envolvimento com seus pares pois estes são fatores imprescindíveis na qualidade da assistência prestada nas unidades neonatais.

  • ISABELA MARIA MAGALHÃES SALES
  • ACOMPANHAMENTO DO RECÉM-NASCIDO NA TERCEIRA ETAPA DO MÉTODO CANGURU NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA MATRIZ TEÓRICA
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 07/10/2022
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  • Introdução: a terceira etapa é primordial para a garantia dos cuidados ao bebê no domicílio, uma vez que ele dá continuidade ao que foi iniciado no ambiente hospitalar, principalmente por meio da Atenção Básica, momento em que os enfermeiros avaliam as fragilidades e potencial necessidades que os pais e filhos podem apresentar no domicílio. A partir desse diagnóstico, reforçam as orientações e avaliam as condições maternas quanto aos aspectos ginecológicos e psicológicos. Entretanto, a participação dos enfermeiros da atenção básica no Método Canguru ainda é retraída e o cuidado ao bebê prematuro e/ou de baixo peso rodeado de inseguranças e incertezas. Objetivo: construir uma matriz teórica explicativa a partir dos significados atribuídos ao acompanhamento dos recém-nascidos prematuros e/ou de baixo peso na terceira etapa do Método Canguru na Atenção Básica pelos enfermeiros. Metodologia: utilizou-se a abordagem qualitativa, tendo como referencial metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados e o interacionismo simbólico como referencial teórico. A amostra pode ser considerada intencional, composta por 8 enfermeiros da Atenção Básica. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas em profundidade, realizadas entre 14 de dezembro de 2021 e 28 de março de 2022. As entrevistas foram gravadas com consentimento dos participantes e transcritas na ntegra, totalizando 1 hora, 3 minutos e 49 segundos de entrevista. Em seguida, procedeu-se as codificações sistemáticas e a elaboração de categorias preliminares com seus respectivos códigos. Os participantes foram selecionados por meio da experiência com recém-nascidos, bem como, conhecimentos e habilidades teórico-práticas para lidar com esse público. Este estudo possui consentimento do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e dos locais do estudo, parecer n. 4.971.432. Resultados: os dados trouxeram a materialização de uma categoria central: desafiando-se na assistência ao RN prematuro e/ou de baixo peso na Atenção Básica diante dos limites da continuidade no atendimento e na operacionalização de rotinas assistenciais individualizadas; cinco categorias iniciais: Reconhecendo a rotina assistencial; Percebendo os recém-nascidos prematuros e/ou de baixo peso; Entendendo o sistema de referência e contrarreferência; Compreendendo os entraves na eficácia do Método Canguru na Atenção Básica; Criando estratégias para endossar o Método Canguru na Atenção Básica; e 15 subcategorias: Generalizando a rotina assistencial; Especificando a rotina assistencial; Desvelando a importância do Método Canguru ao recém-nascido prematuro e/ou de baixo peso; Revelando a visão do enfermeiro; Afirmando as necessidades individuais; Apresentando as limitações da funcionalidade do sistema; Afirmando a importância da continuidade da assistência; Enfatizando a restrição das visitas domiciliares; Priorizando o serviço especializado; Responsabilizando o hospital; Expressando a incipiência do enfermeiro; Revelando os sentimentos e dificuldades das mães no cuidado ao recém-nascido; Buscando ações inovadoras; Utilizando a comunicação; Envolvendo equipe multiprofissional; que, unidas, formam o arcabouço explicativo do fenômeno. Conclusão: a matriz ilustrou, através da análise sistemática e contínua dos dados emergidos das falas dos participantes, desafiando-se na assistência ao RN prematuro e/ou de baixo peso na Atenção Básica diante dos limites da continuidade no atendimento e operacionalização de rotinas assistenciais individualizadas.

  • ANTONIO WERBERT SILVA DA COSTA
  • ENSINO REMOTO NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: COMPREENSÃO A LUZ DE PIERRE LÉVY
  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 09/09/2022
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  • Considerações iniciais: O ensino remoto em enfermagem foi uma realidade vivenciada pelas instituições de ensino no mundo, a partir da emergência em saúde causada pela pandemia Covid-19. A rápida organização e implementação dessa modalidade de ensino levou os professores e estudantes de enfermagem a vivências na cibercultura, até antes, não experimentadas, cujas experiências não tiveram seus impactos dimensionados e requerem compreensão. Objetivo: Compreender as experiências docentes e discentes com o ensino remoto na graduação em Enfermagem, por meio da visão de cibercultura de Pierre Lévy. Método: Estudo analítico de abordagem qualitativa. O cenário foi um curso de Bacharelado em Enfermagem de uma instituição de ensino pública, contando com a participação de cinco docentes e 20 discentes. A produção dos dados ocorreu no período de novembro de 2021 a janeiro de 2022, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas em uma plataforma de videoconferências. Os dados foram processados separadamente para discentes e docentes, com auxílio do software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires, por meio da Classificação Hierárquica Descendente, produzindo classes que possibilitaram uma análise e definição de categorias temáticas por meio de compreensão de sentidos, com o apoio da visão de Cibercultura de Pierre Lévy. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob parecer nº 5.017.821. Resultados: A Classificação Hierárquica Descendente distinguiu seis classes interpretativas do corpus dos discentes e dos docentes. Essas classes originaram três categorias temáticas para compreensão das experiências docentes e discentes. A compreensão docente perpassou: O planejamento para o ensino remoto em enfermagem; Tensões e conciliações diante da indissociabilidade do ciberespaço e o espaço doméstico no ensino de enfermagem; A construção de uma cibercultura no ensino de enfermagem. A compreensão discente perpassou: Ensino de enfermagem entre o virtual e o presencial; Os desafios da estrutura para o ensino remoto; Percepções sobre o ensino tradicional e remoto. As experiências se mostraram entrelaçadas e intercambiantes, estruturando o processo de ensino aprendizagem na dialética das tensões, conflitos e recomendações para continuidade. Considerações Finais: A organização do ensino remoto ocorreu de maneira rápida e insuficiente, desconsiderando as particularidades do momento e as individualidades dos alunos e professores. A compreensão fundamentada em Pierre Lévy deixa claro a necessidade da cibercultura no meio educacional, porém com a introdução das tecnologias adequadas e desenvolvimento de técnicas para manuseio.

  • ÁLLAMY DANILO MOURA E SILVA
  • EFEITO DE STORYTELLING NA APRENDIZAGEM SOBRE O HISTÓRICO E A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 23/08/2022
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  • Introdução: Ao considerar as atuais mudanças no processo de ensino-aprendizagem, entende-se que o ensino em enfermagem ainda se apresenta, em alguns aspectos, fragmentado e pouco direcionado às singularidades e realidades apresentadas pelo Sistema Único de Saúde. Objetivo: Avaliar o efeito de storytelling na aprendizagem de estudantes de enfermagem sobre o histórico e a institucionalização do SUS. Método: Trata-se de um estudo multimétodos, constituído por pesquisa metodológica e Ensaio Clínico Randomizado (ECR). No estudo metodológico, ocorreu construção e validação do conteúdo de storytelling e de um instrumento de coleta de dados sobre o histórico e a institucionalização do SUS. 14 juízes especialistas participaram do processo de validação do conteúdo da história e do instrumento. Os dados foram analisados pelo Índice de Validação de Conteúdo (IVC) e teste binomial. O ECR teve amostra de 48 discentes, randomizados com taxa de 1:1, em Grupo Intervenção (GI) (n=24), que participou da aula com storytelling, e Grupo Controle (GC) (n=24), que participou da aula tradicional, ambas remotamente. O desfecho foi avaliado por meio do instrumento Teste de Verificação de Aprendizagem (TVA), construído e validado para este fim. A coleta de dados ocorreu em duas turmas de graduação em enfermagem e em três momentos: 1o – pré-teste e aplicação das intervenções; 2o – pós-teste imediato; 3o - pós-teste após 15 dias. A homogeneidade entre os grupos foi verificada pelos testes t de Student para amostras independentes, U de Mann-Whitney, Qui-quadrado para proporção e exato de Fischer. Na comparação intragrupo, utilizaram-se os testes t de Student para amostras dependentes e McNemar. Na comparação intergrupo, empregaram-se os testes Q Cochran, Qui-quadrado para proporção e exato de Fisher. Considerou-se nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com o parecer no 4.987.149, e cadastrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-4d93q84). Resultados: O storytelling foi estruturado a partir do referencial de Vogler (1998) com as etapas para a escrita de histórias significativas. O conteúdo da história e do instrumento de coleta de dados, contemplou o contexto histórico de saúde pública brasileira até a institucionalização do SUS. O storytelling foi considerado válido quanto aos objetivos, estrutura/apresentação e relevância, já que os itens avaliados pelos juízes especialistas alcançaram IVC superior a 0,8. Na avaliação do instrumento de coleta de dados (TVA), os experts consideraram válido quanto à objetividade, compreensão e relevância, com IVC 0,92. Na análise intragrupo, os GI e GC tiveram aumento significativo da aprendizagem sobre o histórico e a institucionalização do SUS no pós-teste (GI e GC: <0,001). Na comparação intergrupo, as proporções das pontuações iguais ou superiores a 70% do instrumento TVA foram semelhantes no pré-teste e no pós-teste imediato (p=0,125), enquanto no pós-teste após 15 dias, a proporção de acertos do questionário no GI foi estatisticamente superior à do GC (p=<0,001). Conclusão: Storytelling revelou um efeito positivo e duradouro na aprendizagem sobre o histórico e a institucionalização do SUS. A estratégia metodológica promoveu um espaço de ensino e aprendizagem dinâmico e participativo, a ser incorporado no processo de mudanças de paradigmas para a formação de enfermeiros.

  • SOCORRO ADRIANA DE SOUSA MENESES BRANDÃO
  • INFECÇÃO LATENTE PELO MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 28/07/2022
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  • Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa, com transmissão aérea ocorrendo  a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, expelidos pela tosse, espirro ou fala de doentes com tuberculose pulmonar ou laríngea. Somente pessoas com essas formas de tuberculose ativa transmitem a doença. Objetivo: analisar a ocorrência e fatores associados à infecção latente tuberculosa entre profissionais de saúde da atenção primária à saúde. Métodos: Trata-se de um estudo multi-método, composto por três subestudos: 1.Revisão Integrativa – cuja finalidade analisar na literatura científica os fatores associados a infecção latente tuberculosa em profissionais da Atenção Primária à Saúde.2. Estudo metodológico - que possibilitou o alcance do objetivo do estudo de adequação e validação do instrumento da pesquisa; 3. Estudo epidemiológico analítico, sobre os fatores associados à ILTB em profissionais de saúde. Resultados: Na revisão integrativa foi possível identificar os fatores relacionados a ILTB nos profissionais da APS. No estudo metodológico de validação ao final de duas rodadas de avaliação obteve-se um instrumento com 49 itens, com índice de validade de conteúdo = 0,9; Interrater Agreement = 1,000 e índice de positividade na avaliação semântia com a população alvo =100%, o que indicou compreensão do instrumento, não havendo necessidade de novas alterações. As análises dos dados do estudo transversal apontaram que a prova tuberculínica em 84,3% participantes nunca havia sido realizada. No presente estudo obteve-se, 21,8% de testes reatores. Houve associação estatisticamente significativa da prevalência de positividade da PT com variáveis como o tabagismo, ter contato com pacientes hospitalizados, uso e frequência inadequados dos EPIs, entre os profissionais da atenção primária à saúde. Conclusão: A prevalência estimada de infecção latente por M. tuberculosis entre os trabalhadores de saúde avaliados foi de 21,8%. Considerando que o município do estudo não adota estratégia de realização de exames periódicos dos profissionais de saúde em relação à ILTB, sugere-se mudanças nas ações de avaliação, monitoramento e tratamento adequado para pessoas sob o risco de ILTB.

  • CLEIDIANE VIEIRA SOARES CABRAL
  • EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE A SAÚDE MENTAL DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 20/07/2022
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  • Introdução: A pandemia da COVID-19 ocasionou elevadas taxas de morbidade e mortalidade mundialmente, afetando a população geral e os profissionais da saúde, dentre eles os trabalhadores de enfermagem. O cenário pandêmico exige dos profissionais um elevado esforço físico e emocional à frente da assistência, ficando mais vulneráveis aos impactos psicológicos, acarretando assim problemas de saúde mental. Objetivo: Analisar a dinâmica das evidências científicas sobre a saúde mental de profissionais de Enfermagem no contexto da pandemia da COVID-19 no Brasil. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, a partir do mnemônico PICo. A busca de dados ocorreu de janeiro a fevereiro de 2022, no interstício 2020-2021, nas bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE); Web of Science; Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL); e, Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Utilizou-se os seguintes descritores controlados: (Enfermeiras e Enfermeiros, Enfermagem, Assistentes de enfermagem; Saúde Mental; Infecções por Coronavírus, COVID-19 e SARS-CoV-2) seus respectivos indexados no Medical Subject Headings (MeSH) e Títulos CINAHL; e descritores não-controlados: (Técnicos de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Covid-19) e seus equivalentes em inglês, os quais foram cruzados entre si pelos operadores OR e/ou AND. Foram incluídos os artigos primários que apresentaram a saúde mental de profissionais de Enfermagem no contexto da pandemia da COVID-19 no Brasil em qualquer idioma. Os critérios de exclusão foram: monografias, dissertações, teses, editoriais, relatórios, artigos de revisão e artigos de jornal. Na análise dos dados utilizou-se as fases de redução de dados, exibição de dados, comparação de dados, desenho e verificação da conclusão. A apresentação dos dados foi a partir de quadros, gráficos e categorias. Resultados: Dos 224 estudos encontrados, 14 compuseram a amostra desta revisão. Os artigos publicados estavam nos idiomas inglês e português, sendo a maioria em inglês, além disso, o ano com maior número de publicações foi 2021. A maioria estava indexada em revistas da área de saúde, com predominância do periódico Revista Brasileira de Enfermagem e Escola Anna Nery. Os estudos foram agrupados e, posteriormente discutidos, a partir de três categorias. Conclusão: As evidências científicas sobre a temática revelaram que a exposição dos profissionais de enfermagem tem sugerido um impacto negativo na sua saúde mental. A produção científica foi vasta e heterogênea, cujos aspectos mais discutidos pelos autores foram: a elevada prevalência de sofrimento mental, fatores de risco e de proteção para a saúde mental, como os individuais, coletivos e institucionais e, medidas preventivas de apoio e promoção da saúde mental, ofertadas pelos serviços de saúde.

  • DANIEL DE MACÊDO ROCHA
  • CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE APLICATIVO MÓVEL PARA IDENTIFICAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E PREVENÇÃO DO COMPORTAMENTO SUICIDA
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 20/07/2022
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  • Introdução: O comportamento suicida constitui fenômeno complexo e multidimensional, que envolve a expressão de atos intencionais de autoagressão e que em virtude das limitações assistenciais e a subnotificação apresenta grandes impactos individuais, coletivos, sociais, econômicos e de saúde. Diante disso, a incorporação de tecnologias de saúde na prática assistencial como de aplicativos móveis pode constituir instrumento facilitador da sistematização do trabalho e favorecer o rastreio, o gerenciamento e o monitoramento de risco, assim como possibilitar acolhimento, planejamento de cuidados, avaliação de resultados e de desempenho profissional. Objetivo: Construir e validar um aplicativo móvel para identificação, classificação de risco, encaminhamento especializado e prevenção do comportamento suicida. Método: Estudo multimétodos, desenvolvido em três etapas: 1 - Estudo de revisão integrativa da literatura sobre as tecnologias desenvolvidas para gerenciamento do risco de suicídio; 2 - Caracterização de pacientes com comportamento suicida, busca de fatores associados e necessidades de cuidados durante o atendimento emergencial; 3 - Construção e validação de um aplicativo móvel para identificação, classificação de risco e prevenção do comportamento suicida. A análise dos dados foi realizada com base nos princípios da estatística descritiva e inferencial. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e o parecer favorável foi emitido por meio do processo número 4.444.303. Resultados: O estudo de revisão evidenciou que as iniciativas tecnológicas para prevenção do suicídio são expressivas na literatura internacional, configurando-se como instrumentos favoráveis à identificação, classificação e gestão o risco, assim como na efetivação das políticas públicas em saúde mental. No Brasil, esses recursos ainda são limitados, demonstrando a necessidade de tecnologias válidas, de fácil acesso e ampla disponibilidade. A análise do perfil dos atendimentos emergenciais indicou a expressão do comportamento pela ideação, planejamento e tentativa de suicídio, bem como a subnotificação do problema e os impactos impostos pela pandemia da Covid-19 no nível de sofrimento mental. Esses resultados subsidiaram a construção e validação do conteúdo e da aparência de um aplicativo móvel para reconhecimento precoce do problema, classificação do risco, prevenção e direcionamentos necessários. Os indicadores de concordância e de confiabilidade foram satisfatórios, demonstrando evidências de validade, precisão, objetividade, clareza e adequação para mensuração dos objetivos propostos. Conclusão: Considerando as limitações tecnológicas para prevenção do suicídio no contexto brasileiro, assim como suas potencialidades para otimização do processo de trabalho, foi desenvolvida uma tecnológica móvel com evidências de validade, confiabilidade, precisão e sensibilidade para estimar e classificar o estado de risco, assim como para propor os cuidados e direcionamentos assistenciais necessários. Novos estudos são fundamentais avaliar seus efeitos nos indicadores epidemiológicos, assistenciais e laborais.

  • ISAURA DANIELLI BORGES DE SOUSA
  • INDICADORES DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DE SERVIDORES DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: MODELO TEÓRICO DE NOLA PENDER
  • Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
  • Data: 14/07/2022
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  • Introdução: Este estudo teve como objetivo geral analisar os indicadores de saúde e a qualidade de vida dos servidores de uma Instituição de Ensino Superior. Método: É uma pesquisa descritiva-analítica, com abordagem quantitativa que utilizou a Teoria da Promoção da Saúde de Nola Pender como Referencial Teórico. Foi realizada com servidores públicos de instituição de ensino superior da região Nordeste do Brasil. Foram avaliadas variáveis socioeconômicas, estilo de vida, laborais e de qualidade de vida. A coleta dos dados inicial foi realizada a partir da compreensão sobre o levantamento do perfil dos afastamentos para tratamento de saúde por meio do sistema específico para tal registro. A coleta de dados posteriori foi realizada por meio de dois questionários: um para identificar e avaliar os indicadores de saúde, como a realização de atividades físicas, a alimentação e o tabagismo; e um para avaliar a qualidade de vida. Foram calculadas estatísticas descritivas. Na análise inferencial, foram adotadas como variáveis dependentes as duas medidas sumárias, conforme orientações dos desenvolvedores do instrumento. As variáveis independentes quantitativas foram categorizadas, utilizando-se a mediana como referência para o ponto de corte. Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, e t de Student; e foi realizado o teste ANOVA. Foram consideradas significativas as diferenças com p<0,05. Por se tratar de um subprojeto, o estudo foi previamente apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Em relação aos afastamentos, os transtornos mentais e comportamentais foram responsáveis por maior duração do tempo médio dos afastamentos, sendo os homens os que apresentaram afastamentos mais duradouros quando comparados às mulheres. Em relação às atividades físicas, os servidores praticavam atividade física regular nos últimos dois anos, com duração de pelo menos 120 horas semanais, com orientações de médicos externos à instituição, e com iniciativa própria para práticas de atividade física regular. Sobre a alimentação, os servidores apresentaram aumento de peso nos últimos dois anos, embora se alimentaram de forma mais saudável, e foram acompanhados por profissionais de saúde não médico para a melhora da alimentação e controle do peso. Para qualidade de vida obteve-se escore global entre 25,8 e 84,7 pontos, com média (±desvio padrão) de 62,0 (±15,2) pontos. O componente com menor valor médio foi o mental, sendo observados menores valores em vitalidade e saúde mental. O componente físico apresentou menores escores médios de qualidade de vida em dor e estado geral da saúde. No componente mental foram verificadas diferenças estatisticamente significativas no sexo e idade, sendo o sexo feminino e idade inferior a 40 anos apresentando menores valores médios de qualidade de vida. Não foram encontrados resultados importantes para análise do tabagismo, 10 visto a pesquisa ter uma amostra mínima de fumantes. Conclusão: O estudo apontou que a enfermagem dispõe de um diagrama próprio, que provou ser objetivo, de entendimento clado, prático e abrangente. O Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender se configura como uma possibilidade de reorientação das estratégias voltadas para a saúde ocupacional. É imprescindível que a instituição estudada implemente atividades de promoção à saúde, voltadas à prática regular de exercícios físicos, melhora da alimentação, controle do peso e tabagismo. 

  • VANESSA MOURA CARVALHO DE OLIVEIRA
  • CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE HEPATITE B ENTRE ENFERMEIRO
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 05/07/2022
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  • INTRODUÇÃO: A hepatite B constitui um grave problema de saúde global, pois possui elevados indicadores epidemiológicos o que reforça a necessidade de ampliar o conhecimento do profissional de saúde, como estratégia importante para redução do agravo e efetivação das políticas públicas de saúde direcionadas para prevenção e controle da doença. OBJETIVO: Construir e validar um instrumento para avaliação do conhecimento sobre hepatite B entre enfermeiros. MÉTODO: Trata-se de um estudo metodológico para a construção e validação do instrumento “Avaliação do conhecimento sobre hepatite B entre enfermeiros”. As seguintes etapas foram desenvolvidas: elaboração do instrumento, validação de conteúdo e aparência com juízes especialistas, validação semântica com a população alvo e etapa empírica (estudo de campo com a população alvo). Foram realizadas análises descritivas. E os valores atribuídos pelos juízes, em cada avaliação, foram descritos e obtidos por meio do Índice de Validade de Conteúdo (IVC), Média e Desvio-Padrão. Para averiguar a fidedignidade do instrumento de pesquisa por meio da consistência interna, foi realizada a técnica alfa de Cronbach e a estimativa de confiabilidade composta (CC). Foi realizada Análise Fatorial Exploratória para descrição da estrutura fatorial do instrumento. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer de número 4.856.711. RESULTADOS: Os itens do instrumento foram construídos a partir da literatura. A primeira versão do instrumento continha 46 itens. O processo de validação de conteúdo e aparência da primeira versão do instrumento foi realizado com sete juízes apresentando escore global satisfatório do IVC (>0,80) nas duas análises. A validação semântica foi realizada por 20 enfermeiros. O escore de concordância foi considerado adequado, quando teve resultado (1,00). Um total de 205 enfermeiros participaram da etapa empírica. A confiabilidade geral da escala foi de α = 0,772. Após a AFE, os autovalores maiores ou iguais a um (1,00) demonstraram a existência de sete fatores, a saber: F1 – Prevenção, identificação e tratamento; F2 – Aspectos gerais da hepatite B; F3 – Monitoramento da hepatite B; F4 – Fases e imunização contra hepatite B; F5 – Marcadores sorológicos da hepatite B; F6 – Transmissão da hepatite B e F7 – Detecção da hepatite B. Todos os componentes apresentaram índices acima de 0,6 para a confiabilidade composta. CONCLUSÃO: A validação de conteúdo e aparência e a análise das propriedades semânticas do instrumento foram consideradas satisfatórias. A confiabilidade geral e a confiabilidade composta do instrumento foram consideradas como aceitáveis. Dessa forma, recomenda-se a realização de novas análises com populações maiores para verificação das propriedades psicométricas do instrumento, assim, mais evidências sobre a consistência interna dos seus itens sejam avaliadas. 

  • RAYLA MARIA PONTES GUIMARÃES COSTA
  • PROCESSOS TRANSICIONAIS DE PESSOAS QUE CONVIVEM COM SEQUELAS DE HANSENÍASE: UMA PESQUISA-CUIDADO
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 29/06/2022
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  • Introdução: A hanseníase representa um grave problema de saúde pública por causar danos neurais que geram incapacidades físicas, podendo evoluir para deformidades e, assim, comprometer a qualidade de vida das pessoas, demandando mudanças e adaptação à nova situação. Objetivos: Compreender a significação acerca dos processos transicionais que incidem na adaptação de pessoas que convivem com sequelas de hanseníase pela pesquisa-cuidado; descrever os processos transicionais vivenciados pelas pessoas com sequelas de hanseníase; apreender as estratégias de enfrentamento diante do processo de transição de pessoas que convivem com sequelas de hanseníase para o alcance da qualidade de vida. Método: Trata-se de uma pesquisa-cuidado com abordagem qualitativa. A pesquisa-cuidado permitiu ao enfermeiro pesquisar e cuidar ao mesmo tempo. Sendo assim, a pesquisa-cuidado desenvolveu-se em cinco etapas: aproximação com o objeto de estudo; encontro da pesquisadora (cuidadora) com o ser pesquisado (cuidado); estabelecimento das conexões da pesquisa, teoria e prática do cuidado; afastamento dos seres pesquisador e pesquisado; e análise do apreendido. A pesquisa foi realizada no Hospital Colônia do Carpina em ParnaíbaPI, nosocômio público estadual, que funciona como uma instituição de longa permanência. Os participantes foram 24 pessoas que convivem com sequelas da hanseníase. Os critérios de inclusão foram: apresentar sequelas permanentes com diferentes graus de incapacidades decorrentes da hanseníase, e ter disponibilidade e interesse em participar do estudo. Foram excluídos aqueles que estiveram ausentes da instituição durante o período da coleta de dados. Foi utilizado um roteiro com perguntas abertas para a entrevista semiestruturada. A pesquisa foi cadastrada na Plataforma Brasil para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí – UFPI, que obteve aprovação sob número CAAE: 43128721.5.0000.5214. A análise dos dados foi realizada pelo software Iramuteq, programa gratuito e de fonte aberta, criado por Pierre Ratinaud. Realizou-se um único corpus e analisou-se por meio da nuvem de palavras, Análise de Similitude e Classificação Hierárquica Descendente. Resultados: As respostas da entrevista foram organizadas em um único corpus, sendo identificadas por linhas de comando compostas pelas informações sociodemográficas, diagnóstico e sequelas da hanseníase, mudanças que ocorreram em decorrência da hanseníase, bem como, os processos transicionais vivenciados. Os resultados foram apresentados em quatro eixos temáticos: significação acerca dos processos transicionais; descrição dos processos transicionais; apreensão das estratégias de enfrentamento dos processos transicionais; e terapêuticas de enfermagem à luz da Teoria de Transição mediada pela pesquisa-cuidado. Detalha-se a vulnerabilidade do ser em transição, o impacto da hanseníase na vida pessoal, familiar e social, tendo a espiritualidade e a religiosidade como condição facilitadora do processo transicional e, ainda, o fim das transições de modo saudável com a aceitação da condição de saúde. Considerações Finais: Espera-se que o estudo contribua para promoção de ações de cuidado transicional e estimule a implementação de políticas de promoção da saúde mental do público-alvo, com vistas à melhoria da qualidade de vida e do bemestar. Por fim, verificou-se que esta pesquisa confirmou a tese de que a Teoria de Transição no cuidado transicional de pessoas que convivem com sequelas de hanseníase, mediada pela pesquisa-cuidado, favorece a identificação dos significados que incidem na adaptação e no alcance da qualidade de vida. 

  • LUANA RUTH BRAGA CAMPOS
  • PAPEL DA ESCOLA NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL: sentimentos de adolescentes escolares
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 18/05/2022
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  • Introdução: Violência sexual (VS) é um fenômeno sociocultural que afeta crianças de todo mundo. No panorama global, o abuso é relatado por um a cada oito jovens. Estatísticas nacionais apontam como o segundo maior tipo de violência entre indivíduos na faixa etária dos 10 aos 14 anos, sendo frequente sua ocorrência ou o relato da vivência no ambiente escolar. Não obstante, a oferta de educação sexual nas instituições de ensino ainda enfrenta diversas resistências, dificultando o acesso de crianças e adolescentes às informações sobre a VS. Objetivo: Analisar os sentimentos dos adolescentes escolares sobre violência sexual e o papel da escola no enfrentamento. Método: Estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa. A produção de dados foi embasada através de um questionário semiestruturado com adolescentes escolares de quatro unidades de ensino da rede estadual do Piauí, no município de Teresina. Na análise dos dados das entrevistas, utilizou-se da Classificação Hierárquica Descente (CHD) do software IRAMUTEQ® sob aporte teórico das Representações Sociais. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob o parecer de número 4.343.397, e obteve parecer favorável da instituição coparticipante. Resultados: Participaram 22 adolescentes escolares que integram a rede escolar da SEDUC-PI. Sendo 21 alunos cursando Ensino Médio e um 8º ano pelo Ensino de Jovens e Adolescentes (EJA). Idades variando entre 18 e 19 anos, desses, 16 do sexo feminino e seis do sexo masculino. A cor autorreferida majoritariamente foi parda, seguida de preta e branca. Quanto a situação conjugal, 21 estudantes declararam-se solteiros e um casado. Quanto a possuir filhos, nenhum referiu possuir. Observou-se que em sua maioria a estrutura familiar é composta por diversas figuras. A renda variou em um a cinco saláriosmínimos, cinco entrevistados informaram contribuir na renda familiar. Foram identificadas 99 Unidades de Contexto Elementar classificadas em 129 segmentos de texto que representam 76,74% do corpus. Os resultados apresentam-se em seis classes: Classe 1- Vivências da Violência Sexual por adolescentes escolares - nessa classe houve 14,1% de aproveitamento do corpus total. Na Classe 2- Consequências na vida das vítimas de Violência Sexual - houve 16.16% de aproveitamento do corpus total. Na Classe 3- Dificuldades de comunicação sobre sexualidade e VS nas escolas - nessa classe houve 20,2% de aproveitamento do corpus total. Na Classe 4- Impactos da vivência com a Violência sexual na saúde mental das vítimashouve 15,15% de aproveitamento do corpus total. Na Classe 5- Percepções da Violência Sexual por adolescentes escolares- houve 18,18% de aproveitamento do corpus total, e por fim, a Classe 6 - Lacunas na oferta de educação sexual nas escolas - houve 16,16% de aproveitamento do corpus total. Considerações finais: Evidenciou-se a presença das violências sexuais na vida de adolescentes em seu cotidiano e como é necessário enfrentá-la. Compreendeu-se que mesmo se tratando do espaço escolar, há uma significante ausência de informação. Foi possível verificar que as consequências psicossociais da violência sexual contra crianças e adolescentes são muitas. Embora notório a necessidade de apoio e atendimento especializado, constatou-se que a maioria das vítimas tomam a vivência como algo comum e momentâneo e não buscam redes de enfrentamento para essa injúria. Espera-se que a pesquisa em tela possa contribuir com subsídios para a elaboração de ações e políticas de amparo e prevenção às crianças e adolescentes vítimas de VS. 

  • ANDRESSA GISLANNY NUNES SILVA MOTA
  • UTILIZAÇÃO DO PROTOCOLO DE ALERTA DE DETERIORAÇÃO PRECOCE NA SEGURANÇA DO PACIENTE
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 11/05/2022
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  • Este estudo irá contribuir não só com a prática do cuidar ao paciente pelo Enfermeiro, mas também para servir de estímulo para alavancar mais pesquisas a respeito do escore de NEWS e ampliar o acervo teórico sobre o assunto. Objetivo: Adaptar o protocolo da NEWS para a segurança do paciente em estado crítico. Metodologia: Trata-se de um estudo metodológico, que se refere às investigações e desenvolvimento dos métodos de obtenção, organização e análise dos dados, foi realizada uma Revisão Integrativa da Literatura (Fase I). Posteriormente, foi adaptado o protocolo (Fase II) e por último elucidação das possíveis consequências dessa adaptação (Fase III). Fase I: A Revisão Integrativa da Literatura respondeu a questão de pesquisa “Quais são as evidências científicas disponíveis na literatura relacionadas a utilização de um escore de alerta precoce padronizado em pacientes admitidos em unidades hospitalares num estado avançado de deterioração clínica?”, e foi elaborada por meio da estratégia Pico: População/Problema, Interesse e Contexto (PICo), em três bases de dados, com descritores controlados e não controlados que foram cruzados com marcador booleano “AND” e “OR”, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, leitura de títulos e resumos e leitura de texto completo, a amostra ficou composta por 22 artigos, que foram analisados de forma descritiva e sintetizados em quadros na área de Enfermagem. Fase II: O Protocolo de NEWS foi totalmente adaptado a segurança do paciente onde incluiu-se objetivos, atribuições da equipe multidisciplinar, organização do sistema de códigos e recurso disponíveis para a implantação do protocolo. Fase III: Diversos são os benefícios e consequências da implantação do protocolo sendo eles a nível de alteração nos índices de mortalidade e transferências para UTI, melhoria na relação e comunicação da equipe multidisciplinar, atendimento mais rápido e organizado, falhas na ativação dos TRRs, implicações econômicas e pessoais. Conclusão: O protocolo de NEWS adaptado a segurança do paciente é uma excelente ferramenta para avaliar e prevenir deterioração complicações clínicas clínica hospitalar, analisar a qualidade da assistência e contribui para a tomada de decisão para prevenção de deterioração clínica do paciente.

  • MARIA JOARA DA SILVA
  • REALIDADE LABORAL DE CUIDADORES FORMAIS DE IDOSOS DEPENDENTES NO DOMICÍLIO EM TEMPOS DE COVID-19
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 06/05/2022
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  • Introdução: Considerando que nos últimos anos, houve a diminuição do número de familiares disponíveis para serem cuidadores, ficando evidente que o problema da dependência de idosos tornou-se relevante. Surge desta forma, a necessidade de contratação de cuidadores formais. Com isso, tendo em vista a pandemia COVID-19 vivenciada, tem-se uma preocupação cada vez mais presente entre os cuidadores que monitoram pessoas na faixa etária após 60 anos. Objetivos: Dicutir as condições de trabalho dos cuidadores formais de idosos dependentes no domicílio frente a pandemia COVID-19; Descrever a situação socioeconômica, de saúde e de dependência dos idoso cuidado; Caracterizar os cuidadores formais de idosos dependentes no domicílio quanto aos aspectos sociodemográficos e de qualificação para o cuidado de idosos dependentes; Descrever os modos de cuidar, entraves e desafios enfrentados pelos cuidadores formais de idosos dependentes no domicílio frente a COVID-19; Levantar as demandas e necessidades dos cuidadores formais no cotidiano dos idosos dependentes, especialmente, diante da Pandemia COVID-19; Analisar a realidade vivenciada por cuidadores formais de idosos dependentes no domicílio em tempos de COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. O cenário do estudo foram domicílios da zona urbana de Teresina. Incuíram-se cuidadores formais, com idade superior a 18 anos, que tivessem pelo menos 6 meses de experiência no cuidado ao idoso dependente e que vivenciaram a pandemia em seu trabalho. Os dados foram coletados no período de novembro a dezembro de 2021, por meio de contato telefônico, com roteiro de entrevista semiestruturado, as quais foram gravadas e posteriormente transcritas, permitindo a formulação de três categorias temáticas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, por meio do parecer Nº 5.044.146. Resultados: Compuseram o estudo 25 participantes, nos quais a maioria (n=24) era do sexo feminino, com idade entre 41 e 59 anos. Quanto a escolaridade, 11 possuem ensino técnico, sendo que, do total, apenas 9 relataram ter feito algum curso voltado para o cuidado do idoso. As três categorias temáticas foram denominadas: Entraves e desafios enfrentados pelos cuidadores formais frente à COVID-19; Demandas e necessidades dos cuidadores formais frente à COVID-19; Realidade vivenciada por cuidadores formais frente à COVID-19. Considerações finais: Os achados deste estudo evidenciaram a realidade laboral vivenciada pelos cuidadores formais de idosos dependentes domiciliados diante da pandemia COVID-19, na qual se tem a precariedade desta atividade ocupacional tanto no tocante a baixa escolaridade dos cuidadores, bem como a fragilidade das capacitações no país, além do reduzido número de contratos trabalhistas regulares. Todos os entraves e desafios, demandas e necessidades que interferem na realidade vivenciada por esses cuidadores deve-se ter a devida relevância pelas famílias dos idosos, pois, do contrário, pode-se gerar consequências negativas sobre a dinâmica de relações de cuidado e preservação da saude do binômio cuidador-idoso.

  • ROSA JORDANA CARVALHO
  • IMPLICAÇÕES NA SAÚDE MENTAL DE ADOLESCENTES ESCOLARES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 04/05/2022
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  • Introdução: A Violência Sexual contra adolescentes é muito prevalente na sociedade brasileira e é preditora de impactos negativos em sua saúde mental. Essas consequências são expandidas para outras áreas da vida como escola, relações familiares e sociais, saúde física e desesperança frente ao futuro, de modo que reduz sistemicamente sua qualidade de vida e pode culminar em morte por meio do suicídio. Objetivos: Tem como objetivo geral analisar as implicações de Violência Sexual na saúde mental de adolescentes escolares. Metodologia: Estudo descritivo com abordagem qualitativa, exploratório, realizado em com quatorze adolescentes matriculados no Ensino Médio de quatro escolas da zona urbana da rede estadual de ensino do Piauí e que foram vítimas de Violência Sexual. A coleta de dados ocorreu no período de Setembro a Dezembro de 2021, por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado, cujos depoimentos foram gravados e transcritos e, posteriormente, processado pelo software IRAMUTEQ, com organização do conteúdo léxico pela Classificação Hierárquica Descendente e Análise de Similitude. A pesquisa seguiu todas as diretrizes e normas da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Por meio da Análise de Similitude foi gerada uma representação gráfica das palavras mais frequentes e outras a elas relacionadas que constituem temáticas específicas como falta de apoio, solidão, impactos na saúde mental e enfretamento ineficaz. Já na Classificação Hierárquica o corpus teve retenção de 80, 83% e se dividiu em seis classe cujos nomes e aproveitamento são, respectivamente: Classe 6- Impacto da Violência Sexual na saúde mental dos adolescentes escolares (17, 95%); Classe 1: O sofrimento solitário e o medo do revelar a Violência Sexual sofrida (16, 67%); Classe 4: Repercussão da Violência Sexual na vida dos adolescentes escolares (19,87%); Classe 5: Solidão, isolamento e traumas: influência da Violência Sexual no comportamento das vítimas (13, 46%); Classe 2: Violência Sexual: conhecimentos e vivências de adolescentes escolares (16, 67%) e Classe 3: Violências: entendimento e vivências de adolescentes escolares (15, 38%). Conclusão: Espera-se que o estudo em tela contribua para a compreensão do impacto que a Violência Sexual causa na saúde mental das vítimas, bem como sirva para ampliar o debate sobre esse crime lamentável, a fim de subsidiar o planejamento de ações e estratégias de prevenção e promoção da saúde das pessoas afetadas.

  • NIRVANIA DO VALE CARVALHO
  • EFETIVIDADE DO MODELO DE MELHORIA NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM TERAPIA INTENSIVA
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 29/04/2022
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  • Introdução: O Modelo de Melhoria e suas ferramentas organizacionais foram projetados para gerar mudanças na qualidade das organizações. A aplicação do Modelo de Melhoria para a redução de infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS), em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), busca aquisição de novas práticas e mudanças de estratégias já realizadas pela equipe multiprofissional. Tais ações visam melhorar a adesão aos protocolos relacionados à melhoria, consequentemente, diminuir infecções e aprimorar a qualidade das práticas já existentes por meio de testes, implementação e mensuração de resultados. Ao estudar a efetividade da implementação do Modelo de Melhoria e sua estrutura projetada para a prevenção de IRAS, obteve-se uma sistematização organizacional para o cotidiano da UTI. Objetivo: Avaliar a efetividade de protocolos assistenciais baseados no Modelo da Melhoria para o controle e prevenção de IRAS em Unidades de Terapia Intensiva. Método: Pesquisa avaliativa, longitudinal e retrospectiva, realizada em hospital público de alta complexidade do Piauí. Utilizaram-se os registros das ações de implementação do Modelo de Melhoria entre janeiro de 2017 e abril de 2021. O levantamento dos dados ocorreu nos bancos de dados da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e do Núcleo de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente, referente aos indicadores de estrutura, processos e resultados pertinentes ao controle e prevenção das IRAS de duas UTIs. A análise foi realizada por meio de estatística descritiva, e as associações entre as variáveis pelo teste de Mann-Whitney (Wilcoxon rank-sum test), Teste do Qui-quadrado estimando a Odds Ratio (OR), intervalo de confiança de 95% e valor p<0,005. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e da instituição coparticipante com os pareceres: 5.017.659 e 5.099.660, respectivamente. Resultados: Durante e após a aplicação das ferramentas de mudança na UTI, ciclos de PDSA (Plan-Do-Study-Act) e os diagramas direcionadores, observou-se nos indicadores de estrutura, o aumento do número de capacitações e do uso de solução alcóolica (p=0,002), potencializado com o advento da pandemia pela COVID-19. Nos indicadores de processo, a adesão à higienização das mãos foi de 76%, houve aumento das medianas na adesão aos itens dos protocolos de inserção, e manutenção dos dispositivos invasivos para a prevenção de IRAS. Nos indicadores de resultado, a redução das taxas foram: IRAS total (p= 0,001), Infecção Primária de Corrente Sanguínea Laboratorialmente confirmada associada ao Cateter Venoso Central (p=0,002), Infecção do Trato Urinário associada ao cateter (p<0,001) e Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (p=0,006) após a intervenção do Modelo de Melhoria na UTI. Conclusão: O Modelo de Melhoria contribuiu de forma inovadora para a adesão aos Protocolos de Controle e Prevenção das IRAS, possibilitando a avaliação dos indicadores de estrutura, processo e resultado, levando a uma redução das taxas de densidades de incidência que ocorreram na terapia intensiva.

  • FRANCISCA DAS CHAGAS SHEYLA ALMEIDA GOMES BRAGA
  • VALIDAÇÃO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS SOBRE INCONTINÊNCIA URINÁRIA PARA ADULTOS
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 12/04/2022
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  • INTRODUÇÃO: A incontinência urinária é definida, pela International Continence Society, como a perda involuntária de urina. OBJETIVO: Validar História em Quadrinhos para adultos sobre incontinência urinária. MÉTODO: Estudo metodológico para construção de História em Quadrinhos, em três etapas: pré-produção, produção e pós-produção. A coleta de dados foi em dois momentos: primeiro com os juízes especialistas: enfermeiros estomaterapeutas com expertise na área de incontinência urinária para validação de conteúdo e aparência, e designer gráficos e/ou marketing, para validação da adequabilidade, o contato se deu por e-mail e/ou WhatsApp, e o segundo momento com o público-alvo, usuários atendidos em ambulatório de ginecologia e urologia de Hospital Universitário de Teresina- PI para avaliação da aparência e compreensão. Foram utilizados três instrumentos validados na literatura. A amostra foi constituída de 24 juízes e 60 pessoas do público-alvo. Os juízes foram selecionados por meio da técnica de amostragem do tipo “bola de neve”. A seleção da amostra do público-alvo foi por conveniência, e teve como critérios de inclusão: ser do sexo feminino ou masculino, aguardando consulta nas especialidades supracitadas, idade a partir de 18 anos no momento da entrevista, e de exclusão: pessoas com deficiência cognitiva que inviabilize responder ao questionário. Os juízes foram classificados quanto aos critérios de expertise de Benner, Tanner e Chesla. Para a análise utilizou-se o Alfa de Cronbach, o índice de validade de conteúdo, e o teste binomial para verificar se a proporção de concordância foi, estatisticamente, igual ou superior ao ponto de corte estabelecido de 0,80. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com o parecer de número: 5.027.844. RESULTADOS: Na validação do conteúdo educacional e aparência obteve-se respostas, adequada e parcialmente adequada de no mínimo 88,3% dos juízes. Consolidados os índices de concordância entre os juízes variou de 88,2% a 100%, foi obtido Alfa de Cronbach igual a 0,945. Na validação da adequabilidade o cálculo do índice atingiu 95% de adequação no total, classificando-se como superior. CONCLUSÃO: O percentual de concordância entre os avaliadores atingiu valores satisfatórios para a finalização do material educativo.

  • CLEIDIANE MARIA SALES DE BRITO
  • PROMOÇÃO DA SAÚDE DE CUIDADORAS INFORMAIS IDOSAS NA PERSPECTIVA DE NOLA PENDER
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 08/04/2022
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  • Introdução: O Brasil passa por um acelerado processo de envelhecimento populacional, semelhante ao que já ocorreu nos países desenvolvidos, especialmente, no continente europeu, porém, na realidade nacional o envelhecer vem se dando, acompanhado de fragilidades e dependências que exigem a necessidade de cuidadores, missão frequentemente assumida por familiares, destacando-se a predominância de cuidadores informais do sexo feminino, de meia idade e até idosas. Evidenciando à feminização da responsabilidade do cuidado do idoso no domicílio. Objetivo: Avaliar a adoção dos comportamentos promotores de saúde por idosas cuidadoras de idosos dependentes no domicílio, mediante a implementação do Plano de ação embasado no Modelo de Promocional da Saúde de Nola Pender, na perspectiva da enfermagem gerontológica. Metodologia: Utilizou-se para investigar este fenômeno uma abordagem qualitativa do tipo compreensiva com o método da pesquisa intervenção junto a 22 idosas cuidadoras de seus familiares idosos dependentes, as quais constavam nos cadastros de Equipes da Estratégia Saúde da Família da zona urbana do município de Parnaíba – Piauí. Devido o isolamento social os dados foram coletados pela própria pesquisadora de forma remota, por meio da utilização de dispositivos móveis (tablets, celulares) através das plataformas digitais, para gravação de voz e de vídeos. No período de fevereiro a agosto de 2021 se deu a coleta de dados, que posteriormente, foram transcritos e digitados no word para processamento do corpus textual no software IRAMUTEQ, subsequentemente analisado pela Classificação Hierárquica Descendente. Resultados: As 22 idosas cuidadoras tinham a idade entre 60 a 78 anos, a maioria era casada, parda, católica, com ensino médio completo. Com renda familiar que variava entre 1 e 2 salários-mínimos. Estas cuidadoras tinham residência própria, de alvenaria, com água tratada e canalizada, fossa séptica e energia elétrica. A maior parte das mulheres apresentava Índice da Massa Corpórea acima dos parâmetros de normalidade, algum tipo de deficiência visual e pelo menos uma doença crônica. Constata-se que a maioria das idosas cuidadoras reside com seus cônjuges ou com os filhos. Quanto ao tempo de cuidado dispensado aos idosos dependentes identificou-se uma variação de 04 meses até 20 anos, de dedicação integral ou dedicação parcial. Em relação às ações de cuidar verificaram-se muitas dificuldades e inseguranças das cuidadoras frente as fragilidades físicas e emocionais dos idosos dependentes, demonstrando carências orientacionais acerca dos cuidados do idoso e de si mesma. A segunda etapa da investigação se deu após a implementação do plano de ação motivacional, aplicado remotamente junto às cuidadoras idosas, verificando-se que as participantes da intervenção educativa adotaram os comportamentos promotores de saúde, tornando-se empoderadas nas suas práticas diárias ao cuidar das pessoas idosas dependentes sob sua responsabilidade e de si mesma. Conclusão: Conclui-se que, mesmo remotamente, é possível implementar um plano de ação motivacional capaz de compartilhar saberes e práticas que potencializem o aprendizado e adoção de comportamentos promotores de saúde e qualidade de vida, tanto para cuidadoras idosas como para aqueles(elas) que estão sob seus cuidados. Outra evidencia do estudo, referese a adequação e a aplicabilidade do plano de intervenção motivacional baseado no Modelo Promocional de Saúde de Nola Peder, pois, as respostas das participantes na segunda etapa da investigação mostram a adesão a novos comportamentos promotores de saúde capazes de superar minimamente as dificuldades enfrentadas na atenção as pessoas idosas dependentes cuidadas no domicílio. 

  • PRISCILLA DANTAS ALMEIDA
  • CONSUMO DE MÍDIAS SEXUALMENTE EXPLÍCITAS E AS PRÁTICAS DE RISCO AO HIV/AIDS
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 23/03/2022
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  • Introdução: Entender a dinâmica, a tendência da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e o comportamento da população dentro dos novos espaços de socialização nos ambientes virtuais, se caracteriza um importante cenário para estudo. Um componente novo tem preocupado estudiosos e autoridades de saúde, no que diz respeito à expansão do HIV/Aids, que são as mídias sexualmente explícitas (MSE). Objetivo geral: analisar a associação do consumo de mídias sexualmente explícitas nas práticas sexuais de risco ao HIV/Aids na população brasileira. Método: Trata-se de um estudo analítico, transversal, online e de abrangência nacional desenvolvido com 854 participantes das cinco regiões do Brasil, em quatro etapas: revisão da literatura com a produção de um revisão de escopo, análise prévia dos fatores associados ao sexo sem uso de preservativos em consumidores de MSE, validação do instrumento de pesquisa e o estudo transversal para alcance do objetivo da tese. Para avaliar se o tamanho da amostra do estudo foi satisfatório, uma análise de poder foi realizada pelo software G*Power 3.1. A coleta de dados ocorreu de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Os dados coletados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences SPSS® 26.0. Para avaliar os fatores relacionados ao envolvimento com práticas de risco, utilizou-se a regressão logística, com o estimador robusto da matriz de covariâncias. Os modelos foram ajustados para cada variável independente e um p<0,20 foi adotado como critério para prosseguir com o modelo multivariado. Foram apresentados os valores de Odds Ratio (OR) brutos e ajustados, intervalos de confiança (IC 95%) e a significância do Teste de Wald com valor de p<0,05. Resultados: A revisão de escopo identificou a influência das mídias quanto ao comportamento sexual de risco e a múltiplas parcerias sexuais. A análise prévia revelou associação estatisticamente significante do uso de preservativos com o tipo de cenas que prefere (p = 0,03), tipo de pornografia que assiste influenciando nas suas relações sexuais (p = 0,017) e número de cenas vistas por semana (p = 0,05). O estudo metodológico de validação verificou que o IVC do instrumento adaptado foi satisfatório para os domínios de saúde sexual (93,4%) e práticas sexuais (94,2%), enquanto os itens referentes ao consumo de MSE obtiveram IVC de 100,0% para ambos os critérios. As análises dos dados do estudo transversal apontaram que 558 (65,3%) informaram ter o hábito de ver pornografia. Identificaram-se chances aumentadas para o envolvimento em prática sexual de risco em: ser do sexo masculino (ORa=1,36 vezes); orientação sexual LGBTQIA+ (ORa=1,44); hábito de ver pornografia (ORa=1,47); menos de 12 anos no primeiro contato com a pornografia (ORa=2,74); entre outras variáveis. Conclusão: Os resultados mostraram que o consumo de MSE está associado as práticas sexuais de risco ao HIV entre os brasileiros. Entende-se que é oportuno a utilização de estratégias pelas produtoras que demonstrem nas cenas o uso de medidas preventivas ao HIV/Aids, bem como a inclusão nas políticas de saúde de ações que promovam a interface das novas formas de prevenção e o compartilhamento das MSE no ambiente virtual. 

  • ANA ANGÉLICA OLIVEIRA DE BRITO
  • CAUSAS EXTERNAS NA POPULAÇÃO IDOSA ATENDIDA PELO SERVIÇO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL DE URGÊNCIA
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 25/02/2022
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  • Introdução: O aumento da idade tem influência direta na elevação da vulnerabilidade física e mental da população, tornando as pessoas idosas mais suscetíveis à ocorrência de agravos por causas externas. Diante do aumento desses eventos em idosos e da importância da assistência imediata para definição de um bom prognóstico, o atendimento pré-hospitalar móvel possui relevância ao garantir os primeiros cuidados ainda no local do evento, com impacto na redução de internações e óbitos. Objetivo: Analisar os atendimentos por causas externas na população idosa realizados pelo serviço pré-hospitalar móvel de urgência e o desempenho de índices prognósticos na população idosa atendida por causas externas pelo serviço préhospitalar móvel de urgência. Método: Pesquisa observacional de coorte retrospectiva, descritiva, analítica, com uso de dados secundários realizada de maio a setembro de 2021 no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e no Núcleo de Eventos Vitais da Fundação Municipal de Saúde de Teresina, Piauí. A população do estudo foi 1.972 registros de atendimento pré-hospitalar de idosos vítimas de causas externas realizados no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. A amostra foi censitária. Adotou-se como instrumentos para coleta de dados formulários elaborados a partir das informações contidas na Ficha de Atendimento Pré-Hospitalar e Declaração de óbito e os índices prognósticos Revised Score Trauma (RTS), New Trauma Score (NTS), Mechanism, Glasgow Coma Scale, age and pressure (MGAP) e Glasgow Coma Scale, age and pressure (GAP). Foi realizada análise descritiva e inferencial mediante aplicação dos testes Qui-quadrado e Teste Exato de Fisher. Adotou-se nível de significância de p<0,05. Também foram avaliados valores percentuais de sensibilidade, especificidade, acurácia, valor preditivo positivo e negativo das ferramentas prognósticas. Este estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer 4.659.163. Resultados: A prevalência das causas externas em idosos foi de 12,2% no período analisado. A maioria era do sexo feminino, na faixa etária de 60 a 69 anos e sem suspeita de uso de bebida alcoólica. No que se refere às ocorrências atendidas, a maioria foi realizada pela unidade de suporte básico, no turno da manhã e na zona urbana da cidade. A escala de coma de Glasgow e avaliação pupilar foram as avaliações mais realizadas e a verificação da glicemia e imobilização de extremidades os procedimentos mais executados. A maioria dos idosos foram encaminhados para o hospital de referência de trauma da cidade e apresentaram baixo risco para mortalidade. Os idosos que evoluíram para óbito representaram 2,7% da população. O RTS apontou que 9,3% da população idosa não apresentava indicação de encaminhamento para centro de trauma. O NTS, MGAP e GAP apresentaram baixa sensibilidade e alta especificidade para mortalidade. Conclusão: Os dados apresentados permitem repensar a importância do atendimento prestado pelo serviço, principalmente, por demonstrar a necessidade de organizar adequadamente a assistência ao idoso vítima de causa externa. Acredita-se que este estudo possa contribuir para ampliação do conhecimento sobre a temática para que se possa traçar medidas para prevenção e controle desses agravos, além de direcionar para melhoria da qualidade do atendimento à população idosa.

  • INGRID MOURA DE ABREU
  • INTERVENÇÃO EDUCATIVA SOBRE SEGURANÇA DO PACIENTE EM AMBIENTE HOSPITALAR: UMA AVALIAÇÃO QUALITATIVA
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 23/02/2022
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  • Introdução: O uso de estratégias educativas foi apontado como um elemento facilitador para superar os desafios e promover a segurança do paciente. Nesse cenário, o entendimento sobre os mecanismos de ação e condições do contexto que contribuem ou prejudicam o desenvolvimento de intervenções é pertinente e tem papel fundamental na compreensão da implementação, suas implicações e fatores associados a obtenção do resultado para a segurança do paciente. Visto que possibilita uma instigação mais profunda de condições estruturais e sociais envolvidas. Objetivo: Analisar a influência do contexto na implementação e resultados de um curso de formação complementar sobre segurança do paciente, entendido como uma intervenção educativa em ambiente hospitalar. Trajetória metodológica: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa do tipo exploratório-descritiva que foi desenvolvida com profissionais de enfermagem vinculados a um hospital estadual, localizado no município de Floriano- Piauí. A produção de dados ocorreu em três etapas: A primeira etapa ocorreu por meio de entrevistas individuais semiestruturadas com uma amostra de 22 participantes do estudo; a segunda ocorreu com a aplicação de uma intervenção educativa por meio de um curso de formação complementar denominado “Segurança do paciente: Noções Básicas e Estratégias de Promoção” aplicado a 74 profissionais; e a terceira com a realização de três Grupos Focais, com amostra de 19 participantes. A análise qualitativa dos dados foi realizada com auxílio do software IRAMUTEQ, para análise de conteúdo foi adotada a técnica de análise temática. A coleta de dados ocorreu após autorização pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e de acordo com os preceitos éticos das pesquisas que envolvem seres humanos. Resultados: Das análises emergiram cinco categorias: a primeira com a descrição dos participantes; a segunda “Significados, percepções e comportamentos: identificando o contexto simbólico para a segurança do paciente”, a qual originou as subcategorias “Contexto simbólico na perspectiva dos profissionais de enfermagem sobre segurança do paciente” e “Segurança do paciente nas vivências e experiências”; a terceira “Suporte organizacional para a segurança do paciente: entendendo a base relacional e o contexto institucional”; a quarta “Instrumentalizar para a segurança do paciente: contexto material” e a quinta “A intervenção educativa no processo de construção do conhecimento e boas práticas relacionadas à segurança do paciente”. Conclusão: O estudo permitiu analisar a influência dos contextos simbólico, institucional/relacional e material na implementação e resultados da intervenção educativa sobre segurança do paciente em ambiente hospitalar, demonstrando que existe uma relação de dependência entre eles e a importância do seu fortalecimento em conjunto para obtenção de sucesso em processos de melhoria da qualidade e segurança do paciente. 

  • ANIZIELLY MARIA DE JESUS FERREIRA DOS SANTOS
  • DESENVOLVIMENTO DE OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM ACERCA DA COMUNICAÇÃO EFETIVA PARA GRADUANDOS DE ENFERMAGEM
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 26/01/2022
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  • Introdução: A comunicação efetiva é um dos focos da ampliação das discussões acerca da segurança do paciente. Anualmente cerca de 138 milhões de pessoas são afetadas por erros no processo assistencial e dentre os fatores que mais acarretam esses problemas estão as falhas no processo comunicacional entre os profissionais da equipe. Um processo falho de comunicação é atribuível em mais de 30% dos casos de lesão de alta gravidade. Frente a isso, a relevância e a complexidade do processo comunicativo no cuidado em saúde, faz-se necessário reforçar o aprendizado acerca das de estratégias de comunicação eficaz, a partir de metodologias ativas e tecnologias educacionais inovadoras. Objetivo: Desenvolver e avaliar um Objeto Virtual de Aprendizagem sobre comunicação efetiva para ensino da segurança do paciente a graduandos de enfermagem. Método: Estudo metodológico em conformidade com o Design Instrucional, desenvolvido em cinco etapas sistematizadas. A fase de desenvolvimento foi constituída pelo levantamento das necessidades de aprendizagem juntamente com o nível de proficiência digital dos graduandos de enfermagem e uma revisão integrativa sobre as tecnologias de comunicação efetiva no cuidado em enfermagem. Quanto a fase de avaliação da qualidade de conteúdo do OVA os juízes em segurança do paciente puderam verificar através do instrumento Learning Object Review Instrument 2.0 (LORI) itens referentes a qualidade de conteúdo, alinhamento com os objetivos de aprendizagem, feedback e adaptação, motivação, design de apresentação, interação e usabilidade, acessibilidade e conformidade com as normas. A avaliação de conteúdo baseou-se nas especificações elencadas em cada item analisado pelos juízes, e essas especificações foram utilizadas para calcular o percentual de concordância entre eles. Já a avaliação da aprendizagem do público-alvo foi verificada por meio do instrumento de avaliação para material didático hipermídia com itens referente à aprendizagem, eficiência, retenção, estrutura, erro, satisfação e recomendação. Baseado na análise feita pelos graduandos de enfermagem nas especificações dos itens pertinentes a eles, e posteriormente calculado o percentual de concordância do grupo. Resultado: O OVA é integrado por dois módulos de ensino que englobam hipertextos, vídeos, história em quadrinhos, caça palavras, palavras cruzadas, desafios de quiz chats, fórum, e sala de conferência. Hospedado no ambiente virtual Moodle pode ser acessado por meio do link: https://avaspteme.moodlecloud.com/login/index.php. A tecnologia foi avaliada por 9 juízes especialistas e 32 participantes do grupo de público-alvo com uma média no Percentual de Concordância de 95,8% e 89,7% respectivamente e Percentual de Concordância médio total de 92,75 %. As recomendações foram em sua maioria atendidas. Conclusão: O OVA encontra-se desenvolvido, implementado e avaliado cumprindo os requisitos propostos, mostrando-se ser uma ótima ferramenta para otimizar o ensino sobre a comunicação efetiva na segurança do paciente a graduandos de enfermagem.

2021
Descrição
  • MARLY MARQUES REGO NETA
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A COVID-19 POR DISCENTES DE ENFERMAGEM E A INTERFACE COM A PREVENÇÃO
  • Orientador : DANIELA REIS JOAQUIM DE FREITAS
  • Data: 22/12/2021
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  • OBJETIVO: Apreender as representações sociais elaboradas por discentes de enfermagem sobre a COVID-19 e compreender como as representações sociais se relacionam com a prevenção da infecção pela SARS-Cov-2. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, realizado com discentes de enfermagem de Universidade Federal do Piauí. coleta de dados ocorreu em setembro de 2021 por meio de uma entrevista individual pela plataforma de reuniões e videoconferências Google Meet, onde foi aplicado um instrumento composto de duas partes. Os discursos foram transcritos no software Microsoft Word produzindo um corpus textual com todas as respostas dos participantes em um único arquivo de texto. O processamento foi realizado com o software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaire (IRAMUTEQ) por meio de uma Classificação Hierárquica Descendente e analise discursiva das classes foi realizada com auxílio do aporte teórico e metodológico da Teoria das Representações Sociais. RESULTADOS: Participaram do estudo 23 discentes de enfermagem. O dendrograma apresentou como resultado cinco classes, sendo estas: a percepção dos discentes de enfermagem sobre as medidas de prevenção a COVID-19; saber dos discentes de enfermagem sobre a COVID-19; medidas de prevenção da COVID-19 utilizadas pelos discentes de enfermagem; importância da formação em enfermagem para a prevenção da COVID-19 e meios de informação onde foram obtidos os conhecimentos sobre a COVID-19. CONCLUSÃO: A presente pesquisa evidenciou dados relevantes sobre a correlação da pandemia com os discentes de enfermagem, demonstrando suas percepções, o saber e ações (práticas) principalmente sobre as medidas de prevenção. Além disso, teve como principal resultado a origem desse saber, o qual foi obtido principalmente por meio dos meios de comunicação social como televisão, pela internet e redes sociais, bem como por meio do curso de enfermagem e artigos científicos, além de órgãos governamentais de saúde, impactando em suas representações sociais e gerando desde o saber sobre a COVID-19 até reflexões sobre a própria profissão. 

  • RAYLANE DA SILVA MACHADO
  • EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DA VERSÃO BRASILEIRA DA DEATH ATTITUDE PROFILE REVISED (DAP-R) NA ENFERMAGEM
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 20/12/2021
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  • As atitudes frente à morte em profissionais da enfermagem têm sido objeto de múltiplos estudos por influenciarem na tomada de decisão, no comportamento e na assistência prestada a indivíduos em fim de vida. Em pesquisas internacionais, destaca-se o uso da Death Attitude Profile Revised (DAP-R) por ser uma escala multidimensional que avalia atitudes negativas, positivas e neutras, sendo baseada na análise conceitual de aceitação da morte. Buscando-se a aplicabilidade dessa escala na prática e na pesquisa, objetivou-se analisar as evidências de validade da versão traduzida e adaptada da DAP-R para o português brasileiro, em estudantes e profissionais da enfermagem. Estudo metodológico, composto por verificação da validade baseada na estrutura interna, análise de confiabilidade e validade baseada nas relações com medidas externas em uma amostra não probabilística de 696 profissionais e estudantes de enfermagem. A coleta de dados ocorreu de forma eletrônica entre os meses de janeiro a agosto de 2021. Os dados foram organizados, tabulados e tratados a partir de planilhas eletrônicas Google Docs, software Factor e SPSS. Para validade baseada na estrutura interna foi realizada Análise Fatorial Exploratória (AFE). A validade convergente foi determinada por meio da análise de correlações entre as subescalas da DAP-R e destas com a Templer’s Death Anxiety Scale (DAS), sendo feito cálculo do ρ de Spearman. A confiabilidade e a consistência interna foram verificadas por meio do coeficiente de correlação interclasse, do alfa de Cronbach e da Confiabilidade Composta. A DAP-R na versão brasileira foi composta por 4 fatores que explicaram 60,6% da variância total. Na AFE os itens de Medo da Morte se uniram aos itens de Evitar a Morte gerando um fator único com 12 itens. A dimensão Aceitação Natural ficou reduzida a 3 itens, Aceitação como Transcendência (9 itens) e Aceitação como fuga (5 itens). A dimensão Medo da Morte e Evitar a Morte se correlacionou positivamente com os escores da DAS e Aceitação Natural se correlacionou negativamente. Os índices de ajuste do instrumento foram bons ( 2= 795,92, gl = 296; p<0,001;  2 /gl = 2,69, RMSEA = 0,053; CFI = 0,965; TLI = 0,954). Os níveis de cargas fatoriais, comunalidades e discriminação dos itens foram adequados, bem como a estabilidade e a replicabilidade do instrumento para outras populações. A versão brasileira do instrumento apresentou boa consistência interna (CC>0,80; α de 0,67 a 0,88), níveis elevados de medidas de qualidade e efetividade das estimativas dos fatores do modelo (FDI>0,91; ORION > 0,84; EPDT>90,0%). Este é um indicativo de um modelo bem definido com fontes de evidências adequadas para verificação das atitudes frente à morte na enfermagem brasileira. 

  • MYCHELANGELA DE ASSIS BRITO
  • ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM CHECKLIST SOBRE COMUNICAÇÃO EFETIVA PARA SEGURANÇA DO RECÉM-NASCIDO NA UNIDADE NEONATAL
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 17/12/2021
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  • Falhas na comunicação entre os profissionais de saúde precisam ser discutidas, pois colaboram para um cuidado descontinuado e um tratamento inadequado, tornando-se uma preocupação atual no que tange à segurança do paciente hospitalizado na Unidade Neonatal. Ademais, os estudos evidenciam que a adoção de medidas de intervenção como o uso de checklist, promove a melhoria da comunicação e diminui a ocorrência de erros, o que o torna um instrumento importante no alcance da qualidade e da segurança do atendimento. Objetivou-se desenvolver um checklist para comunicação efetiva entre os profissionais de saúde para promoção da segurança do recém-nascido hospitalizado na Unidade Neonatal. Utilizou-se a Psicometria a partir do Modelo de Pasquali e o Guidelines for Developing Evaluation Checklists: the checklists development checklist como referencial teóricometodológico do estudo. Trata-se de uma pesquisa metodológica, desenvolvida em duas etapas: a primeira correspondeu a fase de construção do checklist e a segunda a de validação. A etapa 1 foi constituída de três fases: (1) dimensão teórica, norteada por uma revisão integrativa; (2) dimensão operacional norteada a partir de elementos identificados na revisão integrativa, as especificidades da Unidade Neonatal, além do estabelecido pelas Metas Internacionais da Segurança do Paciente e as recomendações do Programa Nacional de Segurança do Paciente – primeira versão; (3) dimensão empírica, com a participação de 15 enfermeiros atuantes na Unidade Neonatal de um Hospital Regional do interior do Piauí que avaliaram os itens, a aplicabilidade na prática assistencial e a execução de melhorias no checklist a partir da experiencia profissional (segunda versão). Na etapa 2 foi utilizada a validação de conteúdo por juízes especialistas, selecionados por meio de amostragem bola de neve, através da Plataforma Lattes, com atuação em neonatologia, tecnologias em saúde e/ou enfermagem, segurança do paciente e estudos de validação. Identificou-se 19 especialistas e a coleta de dados foi realizada de forma online, constando os seguintes documentos: carta convite, Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, instrumento de caracterização, checklist construído e formulário de avaliação dos atributos: objetividade, clareza, simplicidade e relevância propostos por Pasquali, com espaços para sugestões, inclusão/exclusão e modificação de itens. Todos os dados foram digitados no Microsoft Excel versão 2110. A análise estatística de concordância foi feita através do Content Validity Ratio (Razão de Validade de Conteúdo proposto por Lawshe). Foram considerados válidos os itens que obtiverem proporção de concordância mínimo de 0,737. Quanto à concordância, foi considerado um escore de 0,80. Após duas rodadas de avaliação pelos juízes especialistas, a versão final do checklist foi finalizada com um índice de validade de conteúdo de 0,948, possuindo 64 itens distribuídos em 31 na categoria “Procedimentos”, 23 em “Checagem” e 30 itens em “Anotação de Enfermagem”. Portanto, o checklist para comunicação efetiva entre os profissionais de enfermagem para segurança do paciente na Unidade Neonatal foi considerado válido pelos juízes especialistas e poderá contribuir na redução de incidentes e eventos adversos em um dos momentos mais importantes da transição de cuidados na assistência de enfermagem ao recém-nascido na Unidade Neonatal. 

  • MARILYSE DE OLIVEIRA MENESES
  • RELAÇÃO DA ADICÇÃO AO SMARTPHONE COM SINTOMAS DE ANSIEDADE, DEPRESSÃO, ESTRESSE, QUALIDADE DO SONO E RENDIMENTO ACADÊMICO EM GRADUANDOS DE ENFERMAGEM
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 17/12/2021
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  • INTRODUÇÃO: Os smartphones oferecem diversas funcionalidades ao toque da ponta dos dedos, mas o uso excessivo destes dispositivos eletrônicos pode gerar adicção ao smartphone e estar associada a outras variáveis como depressão, ansiedade, estresse, qualidade de sono e rendimento acadêmico que precisam ser investigadas entre graduandos de Enfermagem brasileiros. OBJETIVO: Verificar a relação da adicção ao smartphone com sintomas de ansiedade, depressão, estresse, qualidade do sono e rendimento acadêmico em graduandos de Enfermagem. MÉTODO: Estudo quantitativo, descritivo e correlacional, realizado nos campus da capital e do interior de duas Instituições de Ensino Superior (IES) (A e B) públicas do Piauí. A população foi composta por todos os graduandos de Enfermagem (n= 1145) das instituições de ensino superior A (n= 844) e B (n= 301). A amostra foi obtida por conveniência e constituída de 206 graduandos de Enfermagem que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter idade igual ou superior a 18 anos no momento da coleta de dados e possuir smartphone. E como critérios de exclusão: não preencher todos os itens dos instrumentos. Para coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário sociodemográfico, acadêmico, de hábitos de vida e padrões de uso de smartphone, Depression, Anxiety and Stress Scale-DASS-21; Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI); Smartphone Addiction Inventory (SPAI), via Google forms, disponibilizado por meio de redes sociais (Instagram, Whatsapp e Email) e Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). Após a coleta, os dados obtidos foram codificados para elaboração de dicionário e realizada dupla digitação em planilhas do Excel. Em seguida, os dados foram avaliados para detecção de possíveis erros e quando detectados foram corrigidos e exportados para o software Statistical Package for social Sciences (SPSS) versão 22.0 e analisados. Estatísticas descritivas e inferenciais, ao nível de significância de 5% foram utilizadas. RESULTADOS: A prevalência global da adicção ao smartphone foi de 129 (62,6%). Os estudantes apresentaram sintomas moderados a extremamente graves de depressão 64,6, ansiedade 64,5% e estresse 63,1%, Na classificação da qualidade do sono, 162 (78,6%) foram classificadas como maus dormidores. O índice de rendimento acadêmico variou entre 6,0 e 9,7.Na análise bivariada, a adicção ao smartphone se relacionou com duração de uso do smartphone em um dia típico (p=0,004), sintomas de depressão (p<0,001), ansiedade (p<0,001), estresse (p<0,001) e pontuação global da qualidade do sono (p<0,001) e. (Tabela 10). Após a análise multivariada permaneceram no modelo final as variáveis sintomas de depressão (p<0,005) e ansiedade (p<0,005). CONCLUSÃO: A adicção ao smartphone se relacionou com sintomas de depressão (p<0,005) e ansiedade (p<0,005). Esta descoberta fornecerá informações adicionais sobre os problemas de saúde relacionados a adicção ao smartphone e construção de políticas públicas de prevenção desse problema e dos fatores de risco relacionados.

  • LARISSA ALVES DE ARAÚJO LIMA
  • RELAÇÃO ENTRE CONSUMO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS E SINTOMAS DEPRESSIVOS
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 16/12/2021
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  • Introdução: O alcoolismo e a depressão são graves problemas de saúde pública, visto a alta prevalência de ambos e os malefícios que provocam à pessoa, família e coletividade. Encontram-se entre os transtornos psiquiátricos mais comuns e, que quando associados apresentam maior gravidade e pior prognóstico. Em 2010, a Organização Mundial de Saúde divulgou a meta de reduzir o consumo nocivo de álcool em 10% até 2025, por meio da adoção de propostas para alterações em dez áreas de atuação política, dentre elas: Facilitar o acesso à triagem, intervenções breves e tratamento para os transtornos por consumo de substâncias como parte do sistema nacional de saúde, incluindo uma capacitação dos profissionais da saúde. Objetivo: analisar o consumo de álcool e sua relação com sintomas depressivos em adultos assistidos na Atenção primária à saúde. Método: Trata-se de um estudo analítico de delineamento transversal realizada em 11 Unidades Básicas de Saúde de Teresina, Piauí. A amostra foi composta por 389 participantes em idade adulta, 20 a 59 anos. Os dados foram coletados por meio de questionário sociodemográfico para identificar o perfil dos participantes, o Alcohol use desorders indetification teste como método de avaliação do consumo de álcool, Inventário de depressão de Beck para verificar a presença de sintomas depressivos e Escala de Desesperança de Beck. As análises descritivas e inferencial com o programa Statistical Package for Social Sciences versão 26.0. Resultados: O perfil apresenta maioria do sexo feminino, em idade adulta-jovem, com companheiro e filhos, cor parda, vivendo com até dois salários mínimos, sem emprego e com prática religiosa. Aproximadamente, 41% consumiram álcool nos últimos 12 meses, com 20,4% apresentando consumo que varia de risco até dependência e 28,6% consomem bebidas alcóolicas na forma “beber pesado episódico”. Os homens possuem 3,308 vezes mais chances de apresentar um consumo de bebidas alcóolicas de risco em relação às mulheres, a prática religiosa reduz em 5,73 vezes a chance de uma possível dependência em bebidas alcóolicas. Porém, sofrer discriminação aumenta em 5,34 vezes as chances de uma possível dependência e consumir outras substâncias aumenta em 3,19 vezes a chance de desenvolver um consumo de risco e em 9,37 vezes as chances de desenvolver uma dependência química. Encontrou-se associação significativa entre a forma de beber e os seguintes sintomas depressivos: sentir-se fracassado, perda do prazer; sentimento de culpa; sentir-se decepcionado consigo mesmo, sentimento de inferioridade, perda de interesse pelas pessoas, dificuldade na tomada de decisões, parecer pior que antes e insônia. Não foi encontrada correlação entre os escores das escalas utilizadas. Conclusão: A hipótese levantada nesta tese foi confirmada, visto que a presença dos sintomas depressivos leva ao desenvolvimento de padrões de consumo de álcool mais intensos. Com destaque para a presença de sintomas mínimos/leves que levam ao maior consumo. Diante desse desfecho, é primordial a implementação de ferramentas para rastreamento, detecção precoce do consumo de risco, bem como, identificar precocemente os sintomas depressivos mesmo que leves durante o atendimento aos usuários da APS. Sugere-se também, a obrigatoriedade do uso de instrumentos que possam identificar esses fatores, bem como um treinamento para os profissionais saberem com assistir e tratar esses pacientes. 

  • EMANOELLE FERNANDES SILVA
  • COVID-19 ENTRE PROFISSIONAIS DA SAÚDE: FATORES ASSOCIADOS À ATUAÇÃO NA ASSISTÊNCIA
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 16/12/2021
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  • A COVID-19, doença provocada por um coronavírus, tem alta transmissibilidade e pode desenvolver complicações graves. Fazem parte do grupo de risco para a infecção os profissionais da saúde devido a própria atividade laboral. Esta dissertação objetivou analisar os fatores associados a infecção pelo SARS-CoV-2 entre profissionais da saúde em relação a atuação na assistência, isolamento social e plano de contingência no estado do Piauí. Trata-se de um transversal analítico que adotou a técnica Snowball Sampling e o método de amostra não probabilística. Incluiu-se profissionais da saúde atuantes na assistência no estado no período da pandemia da COVID-19 há pelo menos três meses, da rede pública e/ou privada, idade mínima igual ou superior a 18 anos, independente do status sorológico para COVID-19. A coleta de dados foi realizada em ambiente virtual, com questionário validado quanto forma e conteúdo. Realizou-se análise descritiva simples, medidas de tendência central e o teste do Qui-quadrado ou Exato de Fisher. Esta pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa com número de parecer: 4.122.120. A amostra foi composta de 204 profissionais, percebe-se elevada prevalência da COVID-19 nessa população (88;43,1%), a regional de Teresina concentrou a maioria dos casos. Não houve associações significativas com as variáveis sociodemográficas. Enfermeiros foram os que mais tiveram COVID-19 (76;85,4%). Profissionais com atuação em postos e/ou enfermarias, tanto na rede pública e privada, foram os que mais testaram positivo (39;52,7%, p=0,148) e (13;48,1%, p=0,282), respectivamente. Possuir mais de um vínculo empregatício teve associação significativa com a variável dependente (p=0,032). Atuar na atenção básica pode representar um possível fator de proteção contra a COVID-19 (p=0,011). A condição de saúde mais frequente nos profissionais que tiveram diagnóstico para COVID-19 foi a obesidade (16; 18,2%, p=0,007). Verificou-se participação em aglomerações com mais de dez pessoas tanto externo (101;49,5%, p=0,408) como interno (107;52,5%, p=0,366) ao ambiente de trabalho. Compartilhar sala de descanso com outros profissionais, sem o uso da máscara, por mais de 15 min foi associado como fator de risco para a doença (p=0,015). Assim como realizar swab nasal/oral 40 (45,5%, p=0,048) e aspiração de tubo endotraqueal 23 (26,1%, p=0,041). Em relação aos Equipamentos de Proteção Individual, a ausência de óculos de segurança ou óculos muito grandes esteve associado como possível fator de exposição (p=0,029). Evidenciou-se que a azitromicina (70;79,5%) e ivermectina (64;72,7%) foram as medicações usadas com mais frequência para o tratamento. A prevalência de complicações relacionadas a COVID-19 também foi elevada (22;10,8%), sendo arritmias a mais relatada (11;12,5%), internação hospitalar foi associada com complicações da doença (p=0,003). Concluiu-se que os fatores associados a infecção pelo SARS-CoV-2 estiveram relacionados a própria atividade assistencial sendo associados a procedimentos, local de atuação e adoção das medidas de segurança. Os profissionais estiveram envolvidos em comportamentos de risco como a participação em aglomerações e uso de profilaxia contra a COVID-19. Houve alta adesão a vacina e ao uso dos EPI de forma geral como fatores de proteção. Ressalta-se que o estado estruturou e seguiu, dentro das condições de cada município, o Plano de Contingência do Estado. 

  • RÔMULO VELOSO NUNES
  • PRÁTICAS SEXUAIS E PREDISPOSIÇÃO AO USO DA PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV POR HOMENS DE 50 ANOS E MAIS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 15/12/2021
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  • Introdução: A disseminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV) representa um problema de saúde pública que ataca desproporcionalmente algumas populações específicas, como os homens que fazem sexo com outros homens, representando 49% das novas infecções pelo vírus na Europa Ocidental, Central e na América do Norte. Objetivo Geral: Analisar as práticas sexuais e a predisposição ao uso da profilaxia pré-exposição (PrEP) em homens com idade igual ou superior a 50 anos que fazem sexo com homem. Objetivos Específicos: Identificar as características sociodemográficas da amostra do estudo, predizer como as variáveis independentes explicam o alto índice HIRI(risco de contaminação pelo HIV), determinar as variáveis associadas à predisposição ao uso da PrEP nos participantes do estudo. Método: Realizou-se estudo analítico, transversal, envolvendo 718 HSH a partir de 50 anos de idade. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2020 a fevereiro de 2021, com a aplicação deum formulário online.A análise descritiva incluiu frequências absolutas e relativas. Para explicar as variáveis dependentes, índice de contaminação (Alto/Baixo) e predisposição ao uso de PrEP (sim/não) foram realizadas análises bivariadas e multivariadasutilizando-se a Odds Ratio bruta (ORb) e ajustada (ORa). A significância estatísitica foi fixada em 5%. Resultados: O alto índice HIRI foi verificado em 38,71% da amostra, enquanto a predisposição ao uso de PrEP em 58,07%. A escolaridade, o conhecimento sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), gozar fora, sexo grupal, adoção de posição sexual passiva e versátil, prática de fisting, bareback e o chemsex, foram variáveis significativas para o aumento das chances de contaminação pelo HIV. As variáveis associadas ao aumento da predisposição ao uso da PrEP foram a faixa etária, o sexo com penetração, o conhecimento da PEP, o alto índice HIRI e o diagnóstico de sífilis. Conclusão: O alto índice HIRI foi verificado em parcela significativa da amostra, enquanto pouco mais da metade se mostrou predisposta a usar a PrEP, evidenciando-se por um lado, que determinados comportamentos sexuais, com ênfase para o chemsex, aumentam o índice HIRI. E por outro, que aqueles HSH que já conhecem a têm as chances de predisposição ao uso da PrEP aumentadas, o que sinaliza que ações de educação em saúde, com o uso de técnicas e estratégias que alcancem os HSH, especialmente com 50 anos ou mais, são primordiais para a elevação das taxas de predisposição.  

  • CAMYLLA LAYANNY SOARES LIMA
  • SENTIMENTOS E EMOÇÕES DE TRABALHADORES DE ENFERMAGEM FRENTE À PANDEMIA POR COVID-19
  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 14/12/2021
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  • Introdução: A preocupação com a saúde mental da população se intensifica durante uma crise social. A pandemia da COVID-19 pode ser descrita como uma dessas crises, a qual tem se caracterizado como um dos maiores problemas de saúde pública internacional das últimas décadas. Porém com o desdobramento da pandemia observou-se que a COVID-19 vai muito além dos sintomas clássicos como tosse, febre e mialgia. Estudos passaram a identificar a presença de sentimentos negativos, sintomas de insegurança, depressão, ansiedade e estresse frente à pandemia na população geral e, em particular, nos profissionais da saúde. Objetivo: Compreender os sentimentos e emoções dos trabalhadores de enfermagem que atuam no Centro de Atendimento para Enfrentamento à COVID-19. Referencial temático: Entende-se por emoção uma interpretação dos estímulos externos e os sentimentos como respostas da interpretação orgânica das emoções, onde as emoções e os sentimentos possuem uma relação com o comportamento humano, podendo ser vistos como desencadeador motivacional no indivíduo ou como gatilhos de sofrimento psíquico. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo. A produção de dados foi embasada através de um questionário semiestruturado com 14 profissionais de enfermagem. Na análise dos dados das entrevistas, utilizou-se da Classificação Hierárquica Descente (CHD) do software IRAMUTEQ®. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob o parecer de número 4.416.170, e obteve parecer favorável sobre da instituição coparticipante. Resultados: Foram identificadas 291 Unidades de Contexto Elementar classificadas em 233 segmentos de texto que representam 81.10% do corpus. Os resultados apresentam-se em seis classes: Classe 1- A emoção “nojo” no contexto da pandemia por COVID-19– nesta classe os trabalhadores de Enfermagem apontam o nojo como uma emoção negativa, principalmente nas suas relações sociais. Na Classe 4- O impacto negativo da pandemia por COVID-19 nas relações sociais dos trabalhadores de enfermagem frente a pandemia-aonde percebeu-se a influência das emoções principalmente nas relações conjugais. Na Classe 5-O preconceito e o isolamento social- nessa classe os profissionais viam o isolamento como reflexo do preconceito da população. Na Classe 3- Influência das emoções e sentimentos no cuidar em Enfermagem no contexto da pandemiaobservou-se a ambivalência das emoções na assistência de Enfermagem. Na Classe 2- Apoio emocional e as relações interpessoais entre a equipe de enfermagem no processo de cuidar no contexto da pandemia-observou-se a importância do apoio interprofissional e por fim na Classe 6- Sofrimento psíquico de trabalhadores de enfermagem da linha de frente- viu-se o sofrimento dos profissionais como fruto do processo de trabalho. Conclusão: Compreenderam-se as emoções e sentimentos de profissionais de enfermagem da linha de frente, no atendimento a pacientes com suspeita de COVID-19 como resultantes do processo de trabalho, do sofrimento psíquico e das estratégias de enfrentamento desses profissionais frente à pandemia por COVID19. Espera-se que esse estudo possa auxiliar a gestão pública a desenvolver políticas de atenção à saúde emocional dos trabalhadores de Enfermagem. 

  • JACIANE SANTOS MARQUES
  • PERSONALIDADE E RISCO CARDIOVASCULAR EM PESSOAS COM DIABETES TIPO 2 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: uma revisão sistemática
  • Orientador : FERNANDO LOPES E SILVA JUNIOR
  • Data: 06/12/2021
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  • Introdução: O Diabetes Mellitus é uma das doenças crônicas mais complexas do ponto de vista psicológico, pois os aspectos psicológicos, incluindo o tipo de personalidade pode influenciar em um pior prognóstico da doença fomentando o surgimento de complicações. Assim, as doenças cardiovasculares representam uma importante complicação macrovascular e principal causa de morte no DM. Objetivo: Analisar as evidências científicas sobre a associação entre a personalidade e risco cardiovascular em pessoas com Diabetes tipo 2 na Atenção Primária. Metodologia: Trata- se de uma Revisão sistemática da literatura com protocolo registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (CRD42020207429) e elaborada de acordo com a ferramenta Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses, de modo a responder à pergunta de pesquisa: existe associação entre a personalidade e os fatores de risco cardiovascular em pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 na Atenção Primária à Saúde? A estratégia de busca utilizou os componentes do PICo, com levantamento de evidências científicas nas bases MEDLINE (via PubMed), Web of Science, Scopus, LILACS, Embase e PsycINFO com os descritores: Diabetes Mellitus, Type 2; Personality; Cardiovascular System; Risk Factors e Primary Health Care. Além de uma pesquisa adicional na lista de referências dos estudos selecionados. Foram incluídos estudos primários observacionais conduzidos com a população adulta (≥18 anos) de ambos os sexos que possuem Diabetes tipo 2 que investiguem a associação entre os traços de personalidade e os fatores de risco cardiovascular no contexto da Atenção Primária em português, inglês e espanhol e sem restrição quanto a data de publicação. Os dados foram extraídos de forma padronizada e a qualidade do risco de viés dos estudos avaliada pela escala Newcastle-Ottawa. Todas as etapas foram realizadas por dois revisores de forma independente. Resultados: Foram incluídos sete estudos, publicados entre 1998 e 2019, sendo a maioria originários dos Estados Unidos com predominância de estudos transversais. O tamanho da amostra variou de 95 a 15029 participantes, sendo maioria composta pelo sexo feminino e idade variando entre 8,67 e 69,8 anos. Com relação ao suporte financeiro, apenas um estudo não recebeu esse tipo de apoio para a condução da pesquisa. Todos os estudos analisados foram de revistas internacionais, indexadas e com revisão por pares. Quanto a qualidade metodológica, os estudos transversais apresentaram baixa qualidade, caracterizando alto risco de viés. Os resultados apontaram que os traços de personalidade em pessoas que vivem com diabetes tipo 2 está relacionado a sofrimento emocional, pior percepção de saúde, sintomas depressivos, menos apoio social, e que pessoas que têm a personalidade tipo D têm a tendência a ter um estilo de vida negativo. Além disso, verificou- se que pessoas com boa saúde cardiovascular são afetadas por fatores de risco psicossociais. Conclusão: Os traços de personalidade impactam na adesão a comportamentos de saúde, os quais influenciam no desenvolvimento de complicações cardiovasculares, sendo um tema que merece maiores investigações, a fim de acrescer as análises dessas relações, bem como qualificar o atendimento a esta população de acordo com as necessidades de saúde.

  • MAYARA MACÊDO MELO
  • SINTOMAS ATÍPICOS DA INFECÇÃO PELO SARS-COV-2 ENTRE PESSOAS COM COVID-19 EM UMA CAPITAL DO NORDESTE DO BRASIL
  • Orientador : DANIELA REIS JOAQUIM DE FREITAS
  • Data: 24/11/2021
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  • Introdução: A infecção pelo vírus SARS-CoV-2 que ocasiona a Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) se disseminou velozmente pelo mundo, configurando um cenário pandêmico, sendo atualmente um grave problema de saúde pública que intriga e desafia pesquisadores. O primeiro caso da COVID-19 confirmado no Brasil foi registrado no dia 26 de fevereiro de 2020, e no estado do Piauí foi registrado o primeiro caso suspeito no mesmo mês, sendo notificado o primeiro caso da doença confirmado em março do mesmo ano. A história natural da doença vem sendo escrita com o tempo, com a realização de estudos e observações clínicas sendo paulatinamente apontadas, de modo que em meados de dezembro de 2019 os sinais e sintomas clássicos da infecção por SARS-CoV-2 eram temperatura corporal igual ou superior a 37,8 ºC, tosse, dor muscular e dispneia. Outros sintomas nesta ocasião eram tratados como atípicos. Objetivo: Analisar os sintomas atípicos da COVID-19 apresentados por pacientes atendidos em um hospital de referência do estado do Piauí. Método: estudo transversal, de caráter documental com abordagem exploratória descritiva. Realizado no município de Teresina com amostra de 708 prontuários de pacientes assistidos em um hospital de referência no combate à COVID-19 no estado do Piauí, no período de fevereiro de 2002 a fevereiro de 2021. Destes, 303 foram analisados e apenas 100 tiveram suas informações encontradas no sistema SIVEPGripe. Para análise estatística, utilizou-se software Statistical Package for the Social Sciences, versão 22.0. Foi realizado análise univariada e bivariada. Resultados: Com dados da pesquisa pode-se inferir que a maioria dos pacientes internada por COVID-19 no hospital estudado são do sexo masculino (60,8%) sendo estes idosos (58,5%) e prevalência da cor parda (70%), ), com escolaridade do ensino Fundamental 1º ciclo com 10.8% (n=28), entretanto, esta variável apresentou alto percentual ignorado com 62,3% (n=162), o que sugere a subnotificação do dado. Pode-se também observar que maioria dos pacientes atendidos são oriundos do interuor do estado 65,4% (n=170), e os demais tinham como procedência Teresina. No que concerne a ocupação desses indivíduos, não eram trabalhadores da saúde e 46,7% (n=121). Entretanto a literatura aponta que os sintomas mais comumente referidos são: febre, tosse seca, cansaço, infecção pulmonar e dificuldade respiratória, porém, alguns indivíduos que manifestaram a doença também podem apresentar coriza, cefaleia, diarreia, congestão nasal e dor de garganta; as bronquiectasias, consolidação lobar, escavação pulmonar e nódulos centrolobulares são considerados sintomas atípicos apresentados em pessoa acometidas pela COVID-19. Conclusão: A prevalência de sintomas atípicos caracterizou-se com maior evidência com mialgia e cefaleia, que atualmente já são considerados sintomas clássicos da doença, entretanto este achado é reflexo da desatualização da ficha de notificação para a doença. Palavras-chave: COVID-19. Sintomas Clínicos. Sintomas Atípicos.

  • KEROLAYNE LAIZ BARBOSA DE MORAIS ARRAIS
  • CONSTRUÇÃO DE UM PROTOCOLO DE BOAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NO CUIDADO DE FERIDAS ONCOLÓGICAS
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 13/08/2021
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  • Introdução: Os cuidados direcionados às lesões oncológicas são específicos e diferentes daqueles recomendados para feridas de outras etiologias. Frente a isto, a relação das boas práticas de enfermagem e o uso de guias de prática clínica se fazem necessários por possibilitarem melhores impactos na qualidade de vida dos pacientes. Método: Trata-se de um estudo metodológico, desenvolvido em quatro etapas. Na primeira, referente a fase preparatória, ocorreu a priorização e seleção do foco do protocolo com formação do grupo elaborador e identificação de conflito de interesse. Na segunda ocorreu a formulação do guia de prática clínica, com a definição de alcances e objetivos, formulação de perguntas, identificação e graduação dos resultados, socialização dos alcances e objetivos com listas de perguntas e resultados do protocolo. Na terceira, realizou-se o desenvolvimento do protocolo, na qual houve a busca de guias e materiais sobre a temática na literatura cinzenta baseados em evidências e a avaliação da qualidade destes materiais com consequente construção do conjunto de evidências. Para o mapeamento do conjunto de evidências cientificas foi realizado uma Scoping review baseados no método de Joana Briggs Institute . Na quarta etapa os indicadoresdo protocolo foram definidos e houve a redação do protocoloO presente estudo obteve a aprovação do comitê de ética (847.126). Resultados: O protocolo intitulou-se “Protocolo de Boas Praticas de Enfermagem no cuidado de pacientes com Feridas Oncológicas”, composto por 62 paginas, palhetas de cores nos tons de azul, preto, branco, amarelo e laranja. A totalidade de ilustrações foi de 10 figuras e 12 quadros e o seu conteúdo se dividiu em seis capitulos seguindo uma ordem cronológica. O protocolo apresenta de inicio uma breve apresentação, seguida da explicitação da finalidade, justificativa, abrangência, importância dos conteudos discutidos, suasconsequências, objetivos e as vantagens de sua aplicabilidade. O primeiro capitulo retrata as feridas oncológicas , na tentativa de aproximar ainda mais o leitor sobre o tema, bem como dar bases solidas para o entendimento e construção do seu conhecimento. O segundo capitulo que aborda a SAE para pacientes oncológicos, visando colaborar no oferecimentos de cuidados integrais e de qualidade a estes pacientes , já que engloba todas as fases do atendimento. O capitulo três referente a avalição do paciente com ferida oncológicas de forma suscinta e objetiva identificas as recomendações e intervenções a serem realizadas nesta etapa, a fim de que a assistência seja eficiente e ágil. O capitulo seguinte que aborda a avaliação da ferida, retrata de forma especifica as informações essenciais para uma correta avaliação bem como os critérios de curativos para estas lesões. O capitulo cinco faz referências aos cuidados básicos que devem ser efetuados com feridas tumorais, dispostos em um quadro no qual a sua justificativa de uso e recomendações a serem aplicadas são abordados. O ultimo capitulo faz menção aos cuidados especificos para feridas oncológica, os quais estão correlacionados com os principais sinais e sintomas, sejam eles fisicos ou psicossociais, dispostos em quadros contendo seu manejo clinico com recomendações e intervenções. Este protocolo foi criado tendo como base o mais elevado nivel de evidência e recomendação segundo a classificação de OXFORD. Conclui-se que este protocolo é um instrumento necessário a prática clinica tendo em vista a severidade da estatistica negativa sobre a qualidade de vida dos paciente com feridas tumorais e os desafios encontrados pelos proprofissionais durante o cuidado prestado, o qual encontra-se permedado por dúvidas e passivel de erros.

  • RAIANA SOARES DE SOUSA SILVA
  • ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE CONTEÚDO EDUCATIVO SOBRE REANIMAÇÃO NEONATAL PARA AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 19/07/2021
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  • Introdução: A redução da mortalidade infantil é um dos objetivos do milênio e isso chama atenção para a realização de pesquisas que subsidiem intervenções capazes de contornar o problema. Dessa forma, há a necessidade de aprimorar o conhecimento dos enfermeiros que atuam em sala de parto quanto a reanimação neonatal. Em vista disso, entende-se ser de grande relevância a elaboração e avaliação de um ambiente virtual de aprendizagem sobre essa temática. Visto isso, questionou-se: O ambiente virtual de aprendizagem sobre reanimação neonatal é considerado válido para ser utilizado com enfermeiros que atuam em sala de parto? Objetivos: Avaliar um ambiente virtual de aprendizagem sobre reanimação neonatal para enfermeiros que atuam em sala de parto. Metodologia: Estudo de desenvolvimento metodológico que foi desenvolvido em 4 fases: análise, design, desenvolvimento e avaliação. A análise foi realizada com a identificação das necessidades de aprendizagem, por meio de uma revisão integrativa da literatura e definidos os objetivos educacionais. No design foi definido os conteúdos e os elementos utilizados. Na fase do desenvolvimento foram desenvolvidos os conteúdos pelas pesquisadoras e o ambiente virtual de aprendizagem ainda será desenvolvido pelo profissional de informática. A avaliação do conteúdo foi realizada por 09 juízes especialistas. Para coleta dos dados utilizou-se o Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional em Saúde. Esse estudo foi aprovado pelo Comité de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o Parecer 4.021.113 e foi realizado atendendo os aspectos éticos da resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A partir dos achados da revisão integrativa da literatura foram elencadas as necessidades dos enfermeiros sobre reanimação neonatal em sala de parto. O conteúdo foi categorizado e organizado em Módulos e Unidades. No Módulo 1 as médias de IVC dos critérios do IVCES variaram de 95% (objetivos) a 100% (relevância). Quanto aos objetivos, o menor índice referiu-se à adequação ao processo de ensino-aprendizagem, com 75%. Na seção de estrutura e apresentação, o item referente às informações necessárias obteve IVC abaixo do recomendado (75%). Todos os itens da seção relevância apresentaram IVC máximo (100%). Considerando-se a totalidade de critérios do instrumento, o IVC final foi de 97,2%. No Módulo 2, os valores médios de IVC atingiram valores máximos nos três domínios: objetivos, estrutura e apresentação, e relevância, atingindo o IVC final de 100%. Conclusão: O conteúdo do ambiente virtual de aprendizagem sobre reanimação neonatal para enfermeiros que atuam em sala de parto foi considerado válido.

  • IVANA MAYRA DA SILVA LIRA
  • FORÇA DE TRABALHO DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA EM CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
  • Data: 11/06/2021
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  • Introdução: A inserção da enfermagem obstétrica diretamente na cena do processo do parto e nascimento tem um importante engajamento para a realização de uma assistência à saúde materna e neonatal eficaz. Para que seja possível realizar intervenções em todo processo de atenção obstétrica, é necessário conhecer como esta é e por quem é realizada. Esta reavaliação dos cuidados em obstetrícia e dos seus respectivos serviços é de extrema importância para o progresso na redução das taxas de mortalidade materna e infantil. Objetivo: Analisar a força de trabalho em Enfermagem Obstétrica nos serviços de saúde materna e neonatal em uma capital do nordeste brasileiro em relação à sua disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade. Método: estudo descritivo, com corte transversal. Foi desenvolvido no período de junho a agosto de 2020 em maternidades, instituições de formação de enfermeiros obstetras e em entidades profissionais da enfermagem obstétrica em uma capital do nordeste brasileiro. Utilizou-se o questionário SoWMY no formato Google docs para a realização do estudo, em que os atores selecionados para preenchimento do instrumento foram cinco enfermeiros responsáveis técnicos, três coordenadores do curso de especialização em enfermagem obstétrica e dois presidentes das entidades profissionais da enfermagem obstétrica no município em estudo. Realizado análise descritiva dos dados. Submetido ao CEP/UFPI com o parecer: 4.249.478. Resultados: Profissionais da enfermagem obstétrica ainda estão em um quantitativo inferior quando comparados aos profissionais da enfermagem generalista nas maternidades em estudo. Os Enfermeiros obstetras atuam realizando cuidados com parturientes no trabalho de parto, assistem o parto normal de gestante de baixo risco, gerem urgências obstétricas até a chegada do médico obstetra e relizam cuidados iniciais com recém nascidos. A formação desses profissionais se da por meio de cursos de especializações e pela residência em enfermagem obstétrica na qual ambas possuem suas especificidades de carga horária prática, e número mínimo de partos.. Os orgãos regulamentadores nessa capital, tanto uma associação, quanto o conselho regional são responsável por zelar pela qualidade dos serviços da Enfermagem, pelo respeito ao Código de Ética e cumprimento da Lei do Exercício Profissional. Conclusão: A força de trabalho da enfermagem obstétrica em uma capital do nordeste brasileiro encontra-se em crescimento, mostrando assim, resultados crescentes em relação a uma assistência menos intervencionista, mais humanizada e respaldada em evidências científicas.

  • JOELMA MARIA COSTA
  • TRANSTORNO MENTAL COMUM EM PESSOAS ACOMETIDAS POR HANSENÍASE EM CONTEXTO DE ALTA ENDEMICIDADE NO NORDESTE DO BRASIL
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 03/06/2021
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  • INTRODUÇÃO: os transtornos mentais comuns (TMC) constituem um conjunto de sintomas difusos, inespecíficos, não psicóticos. As evidências demonstram que o tema vem sendo estudado, entretanto existem lacunas de conhecimento relacionadas ao TMC na hanseníase e os fatores que o influenciam. OBJETIVO: analisar o transtorno mental comum (TMC) em pessoas acometidas por hanseníase e sua relação com fatores sociodemográficos, clínicos, limitação de atividade e participação social. MÉTODO: trata-se de um estudo transversal, analítico, realizado em Floriano-PI. A coleta de dados ocorreu entre 2015 e 2016, foram avaliadas 217 pessoas por meio da aplicação de instrumentos que avaliam o TMC: o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), avaliação neurológica simplificada (ANS), escala para limitação de atividade Screening of Activity Limitation and Safety (SALSA), escala de restrição à Participação Social e questões sobre aspectos sociodemográficos e clínicos. Para digitação e qualificação da base de dados, utilizou-se o programa Epi-Info™, versão 7.1.3., e para as análises estatísticas, o SPSS, versão 26. Os dados sociodemográficos, assistenciais, de apoio e clínico foram analisados por meio de técnicas descritivas (medidas de tendência central e variabilidade). Para as análises bivariadas, utilizou-se o teste Exato de Fisher e no modelo multivariado, a regressão logística, para produção das “odds ratio” (OR Ajustadas), com nível de significância de 0,05 e intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: na amostra, houve predomínio de mulheres, cor parda, religiosos, casados, que trabalhavam, com baixa renda, sem acesso ao benefício do Bolsa Família, que tiveram alta por cura, paucibacilares, forma indeterminada, não apresentaram episódios reacionais. Em relação à assistência, receberam apoio de familiares e amigos, tempo de diagnóstico menor que três meses e referiram boa qualidade de vida após o diagnóstico. O transtorno mental comum ocorreu em 36,4% da amostra, com prevalência de 61,3% do sintoma “sentir-se nervoso, tenso ou preocupado” no domínio humor depressivo ansioso. Ser do sexo masculino reduziu em 44,1% as chances de ter TMC (OR=0,559; IC 95%= 0,319-0,98) e ter tempo de diagnóstico maior que seis meses aumentou em 2,6 vezes as chances de ter TMC, quando comparado ao tempo inferior a três meses (OR=2,636, IC95%= 1,080-6,433). Exercer atividade religiosa configurou fator de proteção para grau de incapacidade física (GIF), enquanto os pacientes que procuram o serviço após concluírem o tratamento apresentaram cinco vezes mais chances de ter desenvolvido incapacidade. Ter uma boa qualidade de vida configurou fator de proteção para limitação de atividade e restrição à participação social. Pacientes com hipertensão e depressão, que mudaram de ocupação devido à hanseníase e receberam ajuda apresentaram mais chances de limitação de atividade. CONCLUSÃO: constatou-se que os transtornos mentais comuns afetam especialmente as mulheres com maior tempo para o diagnóstico da hanseníase. Mas, não se pode deixar de investigar os vários aspectos associados à doença como GIF e sua incapacidade, participação e limitação que interferem na qualidade de vida dessas pessoas.

  • ELIZAMA DOS SANTOS COSTA
  • ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DE EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO EM SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE DO PIAUÍ
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 20/04/2021
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  • INTRODUÇÃO: As vacinas estão entre as principais conquistas da humanidade, e estima-se reduzir entre dois a três milhões de mortes a cada ano. O número crescente de indivíduos vacinados demonstra que eventos adversos e reações indesejáveis acontecem. Contudo, é necessário esclarecer que a pessoa não imunizada se coloca sob maior risco de adoecer, além de contribuir para a diminuição da cobertura vacinal e, por conseguinte, favorecer a persistência da cadeia de transmissão das doenças. OBJETIVOS: O objetivo geral foi analisar os fatores associados aos Eventos Adversos Pós-Vacinação(EAPV) notificados nos serviços de saúde pública do Piauí. Objetivos específicos: Caracterizar a população do estudo quanto à idade, sexo, raça e procedência; Identificar os tipos de manifestações mais frequentes (locais ou sistêmicas); Estimar a ocorrência de manifestação sistêmica, por vacina administrada, por dosee por faixa etária; Analisar as condutas profissionais frente aos EAPV;Identificar possíveis associações entre a ocorrência de manifestação sistêmica (sim/ não) e o imunobiológico administrado, por grupo etário, sexo, via e local de aplicação. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, com coleta retrospectiva, a partir da base de informações composta por dados secundários, provenientes do Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós-Vacinação - SIEAPV, do Programa Estadual de Imunização do Piauí/Brasil. A coleta de dados ocorreuno mês de setembro de 2020 e a população do estudo consistiu nouniverso de casos de EAPV (n=571), notificados no período de julho de 2014 a setembro de 2020.Para as análises foi utilizado o programa SAS® University Edition.A caracterização da população do estudo bem como a distribuição e caracterização dos EAPV foi feita por meio de frequências absolutas e percentuais. O teste de Qui-quadrado foi utilizado para identificar os fatores associados à ocorrência dos eventos. Em seguida, aqueles eventos com associação estatística ao nível de p<0,05 foram submetidos à regressão logística com o uso de Odds Ratio e os seus respectivos intervalos de confiança (95%). RESULTADOS: Predominou o sexo feminino (60,3%), menores de um ano (57,3%), de raça/cor parda (48,8%) e procedente do interior do estado (61,1%). Os eventos adversos notificados, foram sistêmicos e leves, na sua maioria (75.5%), evoluindo para cura(100%),sem sequelas ou maiores danos aos pacientes (100%). Dentre as manifestações locais, as mais frequentes foram calor, dor, edema, eritema ou rubor (32,1%) e abscesso quente (5,2%), e dentre as sistêmicas sobressaíram a febre (15%), dispneia e cianose (12,6%), náuseas e vômitos (10,5%), seguidas de choro persistente (7,9%).Em relação às condutas frente aos EAPV, observou-se que a manutenção do esquema vacinal foi a mais adotada. Os participantes com faixa etária entre 0-9 anos tiveram chances 2,08 vezes maior de ocorrência de manifestação sistêmica (OR=2.08), comparados ao grupo etário 20-59. Os de pele branca/parda tiveram as chances de ter eventos sistêmicos aumentados em 81%, quando comparados aos demais (OR=1,81). Além disso, aplicações de vacinas no músculo deltoide reduziram em 69% as chances de ocorrência de manifestação sistêmica (OR=0.31), quando comparadas as aplicações no músculo vasto lateral da coxa. CONCLUSÃO: Os benefícios de receber vacinas e prevenir doenças superam os riscos de possíveis eventos adversos, pois, na sua maioria são benignos e fugazes. Desse modo, o processo contínuo e sistemático de monitoramento dos EAPV constitui o principal instrumento de controle da segurança das vacinas, e, nesta perspectiva,intervenções na organização e na atividade prática dos serviços de saúde para notificação dos EAPV, em nível estadual e municipal.

  • JOELMA LACERDA DE SOUSA
  • OCORRÊNCIA DE INFECÇÕES ENTRE PACIENTES EM ASSISTÊNCIA DOMICILIAR: SUBSÍDIOS PARA A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 23/03/2021
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  • Introdução: modelos de assistência a saúde envolvendo a internação em domicílio é uma realidade viável no Brasil e no mundo. Duas das vantagens apontadas desse modelo de assistência é reduzir o risco para infecções por cepas multidrogas resistentes e o custo para os sistemas de saúde. A diversidade de condições socioeconômicas-sanitárias e as dificuldades de monitoramento dos agravos vivenciados nos domicílios incita uma investigação epidemiológica para conhecer as possíveis ameaças infecciosas que o modelo de internação domiciliar possa oferecer. Objetivo: avaliar a ocorrência de infecção relacionada a assistência à saúde e principais fatores associados em pacientes assistidos pelas Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar e, assim contribuir com o processo de vigilância epidemiológica e segurança do paciente.. Método: estudo observacional/ seccional, retrospectivo realizado no município de Teresina com uma amostra censitária de 130 prontuários de pacientes assistidos em domicílio com dados relativos ao recorte temporal de abril de 2016 a julho de 2020. A coleta das informações envolveu aplicação de instrumento construído e validado em face e conteúdo para esta pesquisa e ocorreu de agosto a setembro de 2020. Para análise estatística utilizou-se software Statistical Package for the Social Sciences, versão 22.0. Foi realizado análise univariada, por meio de distribuição de freqüências. Para investigar evidências de associações utilizou-se o Teste Exato de Fisher e o Teste U-de Mann Whitney para análise de comparação. Foi realizada regressão logística de Poisson para verificar razões de chance. O nível de significância adotado para as análises foi de 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí. Resultados: O estudo evidenciou um público com a maioria de idosos (≥ 60 anos), do sexo masculino (53,1%), (53,1%), cor parda (65,8%), sem cônjuge (61,1%), entre1-9 anos de estudo (47,2%), com cuidador do sexo feminino (83,2%). A taxa de ocorrência estimada de infecções foi de 46,2%, sendo as topografias mais frequentes: sistema respiratório (47,2%), urinário (32,4%), tegumentar (8,1%) e gastrointestinal (6,8%). As variáveis associadas foram o sexo do cuidador (OR= 6,611; IC95%- 1,826-23,933), uso de traqueostomia (OR=4,335;IC95%- 1,045-17,977), grau de dependência (OR= 3,892;IC95%- 1,123- 12,483), tempo de uso de dispositivo invasivo para alimentação (OR=15,044; IC95%- 2,759-82,033). Outras variáveis analisadas foram a reincidência infecciosa com 37,3% e reinternações hospitalares por infecções 33,3%. A análise comparativa evidenciou que o tempo de assistência domiciliar e o uso de traqueostomia foram decisivos na ocorrência de infecção. Conclusão: a taxa de ocorrência de infecções foi alta e foram encontradas associações com sexo do cuidador e o perfil clínico dos pacientes. O serviço de assitência domiciliar precisa se articular melhor dentro da rede de saúde, reduzindo o longo tempo de espera dos pacientes por procedimentos realizados em outros serviços. Reintera-se ainda a necessidade de protocolos que orientem as práticas dos profissionais de saúde sobre prevenção, controle e manejo das infecções na assistência domiciliar e um olhar especial dos profissionais de saúde para com o cuidador.

  • ROUSLANNY KELLY CIPRIANO DE OLIVEIRA
  • TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO DO PROTOCOLO DE ADECUACIÓN DE URGÊNCIAS HOSPITALARIAS PARA O BRASIL
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 19/03/2021
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  • Introdução: Na pespectiva de assegurar a implementação de instrumentos que viabilizem a classificação de pacientes urgentes e não urgentes é imperioso utilizar ferramentas de medidas avaliativas que possibilitem a identificação prévia dos problemas de saúde pelos profissionais da urgência, especialmente, os médicos e enfermeiros. Dessa forma, em 1999 foi criado e validado o instrumento internacional espanhol capaz de mensurar esta avaliação de forma eficaz intitulado Protocolo de Adequacion de Urgencias Hospitalarias com o propósito de classificar pacientes urgentes ou aqueles casos passíveis de serem resolvidos na atenção primária. Objetivo: Traduzir e adaptar culturalmente o Protocolo de Adecuación de Urgências Hospitalarias para o português do Brasil. Método: Estudo metodológico, no qual foram cumpridas as seguintes etapas: tradução inicial do espanhol para o português do Brasil com dois tradutores proficientes e bilingues, síntese das traduções, retrotradução para a língua de origem, comitê de experts totalizando ao final cinco experts que analisaram as equivalências semântica, idiomática, conceitual e cultural e sugeriram alterações em alguns itens, pré-teste que possibilitou a análise de consistência do instrumento e aprovação do autor principal para a versão final. Foi realizada amostra com 30 profissionais de saúde entre médicos e enfermeiros que trabalham em hospital de alta complexidade no estado do Piauí. Para o processo de tradução e adaptação cultural, obteve-se prévia autorização do autor da versão original do instrumento.O estudo se encontra de acordo com as recomendações da Resolução Nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob protocolo nº 4.218.774. Resultados: No primeiro passo, o protocolo original foi adequado para o português do Brasil, com participação de dois tradutores independentes (T1 e T2), Em seguida, foi produzida a versão síntese das traduções (T12). A síntese foi enviada para retrotradução em que os dois profissionais desconheciam o objetivo do estudo, originando duas versões na língua espanhola (RT1 e RT2). O comitê de experts foi composto por cinco experts, cujo proprósito era análise das equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual das versões outrora colhidas (T1, T2, T12, RT1 e RT2) além do instrumento original, a versão préfinal em português, obtida mediante consenso entre os experts. O pré-teste foi realizado com 30 profissionais de saúde entre médicos e enfermeiros, que também responderam a questionários sociodemográficos e de experiência profissional na urgência. Para conferir as equivalências pelo comitê de experts foi empregado o IVC que variou de 0,40 a 1,0. A consistência interna segundo o coeficiente alfa de Cronbach, Equivalência Semântica=0,815, Equivalência Idiomática=0,924, Equivalência Experencial=0,682, Equivalência Conceitual=0,712. Destaca-se o resultado da equivalência Experencial <0,70. Apresentaram respectivamente valores aceitáveis na maioria dos juízes, com exceção da equivalência experencial. Na análise dos dados sobre validação de face no pré-teste utilizou-se o coeficiente de concordância de Kendall W para validação de face e mostrou confiabilidade boa W: valores de 0,14 a 0,58. Acima de 0,30 para maioria dos itens. Conclusão: O processo de tradução e adaptação do protocolo para o contexto do Brasil originou um instrumento aplicável a nossa realidade. Todas as etapas recomendadas pelo referencial metodológico foram seguidas, bem como as equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual obtidas pelo comitê de experts em relação à versão original portuguesa, o que permitiu vislumbrar a credibilidade e consistência deste estudo. 

  • SAMYA RAQUEL SOARES DIAS
  • CARGA DE TRABALHO ASSOCIADA A OCORRÊNCIA DE SITUAÇÕES CRÍTICAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 04/03/2021
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  • Objetivo: avaliar a carga de trabalho de enfermagem associada à ocorrência de situações críticas em uma unidade de terapia intensiva. Método: o estudo foi realizado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital de alta complexidade no estado do Piauí. A população do estudo foi composta por pacientes internados na UTI durante o período de coleta de dados, foi alcançada a amostra de 71 pacientes. Foram incluídos pacientes internados na UTI, maiores de 18 anos. Como critérios de exclusão, foram adotados pacientes que evoluírem com alta/transferência ou óbito em menos de 24h de UTI. Para operacionalização da coleta foram utilizados os instrumentos: formulário próprio contendo características sociodemográficas e clínicas, instrumento de situações críticas no cuidado de enfermagem Critical Nursing Situation Index (CNSI) e o índice Nursing Activites Score (NAS). Resultados: a maioria foi do sexo feminino (63,4%), com idades entre 53 e 73 anos (52,1%). A avaliação do NAS, tempo de trabalho de enfermagem, evidenciou que no item de atividades básicas os maiores escores foram: tempo médio de dedicação à monitorização e controles (62%), investigação laboratorial presente na maioria dos investigados (98,6%), assim como medicação (95,8%). A carga de trabalho médio dos trabalhadores de enfermagem na UTI foi 65,9% das 24 horas trabalhadas. O maior índice de situações críticas encontradas (desvios de protocolos de UTI) foi a dimensão de Monitorização cardíaca, ritmo e circulação. A média de desvios encontrados foi de 41,8%. O escore total evidenciou 21,7% de situações críticas. A ocorrência de situações críticas de enfermagem foi correlacionada moderadamente com a administração de fluidos (p=0,645) e medicamentos em pacientes internados em UTIs (p=0,553). Conclusões: a carga de trabalho de enfermagem refletida por meio do escore NAS apresentou-se elevada, exigindo alta demanda de cuidados dos profissionais de enfermagem. O CNSI apontou uma moderada quantidade de situações críticas (desvios de protocolos).

  • LIDYANE RODRIGUES OLIVEIRA SANTOS
  • ANÁLISE DAS TRANSFUSÕES DE SANGUE EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO: SUBSÍDIOS PARA A PRÁTICA TRANSFUSIONALSEGURA
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 26/02/2021
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  • Introdução: O sangue é o órgão mais transfundido no mundo, com mais de 100 milhões de unidades de concentrados de hemácias (CH) a cada ano, representa custo aproximado de US$ 3 bilhões (média de US$ 225 por CH). Além dos onerosos custos, têm potenciais riscos de complicações agudas e transmissão de infecções. Evidências internacionais e a Organização Mundial da Saúde incentivam criação de protocolos de gerenciamento e conservação de sangue que reduzam transfusões excessivas e desnecessárias, visto a disponibilidade, segurança e autossuficiência serem desafios que países enfrentam para responder ameaças conhecidas e emergentes para saúde pública. Análise dos fatores e auditoria da prática transfusional favorecem o uso racional e tornam-se primeiros pilares para implantação de protocolos internacionais, haja vista serem critérios para mensuração da qualidade hospitalar e segurança do paciente. Objetivo: Analisar os fatores associados à transfusão de sangue em hospital de uma capital do nordeste brasileiro Métodos: Estudo analítico de abordagem quantitativa realizado por meio de Sistema de gestão de estudos Modular Research System–Study Management System (Mrs-SMS) com 1038 prontuários de 2015 a 2018, após randomização pelo sistema, 61 requisições foram auditadas. Foi utilizado modelo de análise de regressão logística multivariada para analise dos possíveis fatores de risco associados à transfusão sanguínea. Teste t de Student e exato de Fisher foram usados na análise das variáveis e para correlações a análise de Spearman. Resultados: a análise mostrou que 38,2% das requisições estavam inadequadas quanto aos parâmetros, valores de hemoglobina e hematócrito sofrem alterações com a idade hb (-125 p<001) ht(1,00 p<001), sexo masculino (-0,468, p<0011 OR:0,626) pacientes cirúrgicos ortopédicos (-,881 p<049) e com doenças cardiovasculares (p<000) são mais propensos a serem transfundidos. A auditoria apontou conduta liberal no gatilho de transfusão, 10mg/dl de hemoglobina e 27 de hematócrito, com média de 318 ml transfundidos e ausência significativa de dados no preenchimento das requisições. Idade, sexo masculino e fraturas foram maiores preditores de risco para utilização de sangue. Conclusão: Uma porcentagem significativa de transfusões de hemoderivados são discordantes das recomendações das diretrizes, o que aponta necessidade de análise mais acurada e individualizada para realização da transfusão sanguínea. Auditoria, softwares para predizer risco e treinamentos para gerenciamento desta pratica tornará o processo mais seguro e reduzirá transfusões desnecessárias. 

  • MARCELO VICTOR FREITAS NASCIMENTO
  • CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE VÍDEO EDUCATIVO SOBRE CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO NO DOMICÍLIO
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 12/02/2021
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  •  Introdução: O nascimento do recém-nascido(RN) antes de 37 semanas é considerado um problema de saúde pública mundial, pois é tido como um dos principais fatores de risco para morbidade e mortalidade neonatal. Diante dessa problemática, é necessário colaborar para aprimorar a qualidade de vida de familiares de prematuros, como também, fomentar o desenvolvimento, validação e avaliação de materiais educativas produzidos por enfermeiros para essa clientela. Objetivo: Desenvolver e validar o conteúdo de uma tecnologia educacional do tipo vídeo educativo, acerca dos cuidados ao recém-nascido pré-termo (RNPT) realizados por cuidadores no domicilio Métodologia: Estudo metodológico, desenvolvido em 3 etapas com aprovação de um Comitê de Ética em Pesquisa (nº de protocolo 3.890), com base na proposta de Kindem e Musburger (2005), com adaptações para estudo de validação. A primeira etapa, de pré-produção, foi realizado a elaboração do roteiro do storyboard do vídeo educativo, com base na identificação de cuidados e necessidades dos cuidadores de recém-nascidos pré-termo no domicílio por meio de uma revisão de escopo e estratificadas através da estruturas conceituais do referencial teórico de enfermagem de Roper, Logan e Tierney. A segunda etapa, que corresponde a produção, ocorreu a construção e validação do conteúdo do storyboard do vídeo “O cuidado do prematuro” construído a partir dos doze princípios da Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia. A validação do conteúdo ocorreu por 14 juízes especialistas recrutados por meio de critérios pré-estabelecidos (via formulários Google). Para coleta dos dados, utilizou-se o Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional em Saúde(IVES). A terceira etapa, correspondeu a pós-produção, que consistiu na implementação, desenvolvimento de imagens e animações. Os dados foram analisados pelo Índice de Validação de Conteúdo (IVC). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (parecer nº 4.035.639 ). Resultados: O conteúdo do vídeo foi construído com base na Teoria de Roper, Longan e Tierney e a partir dos princípios da Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia, composto por animação digital e narração em áudio, possuiu dez minutos e contemplou os polos temáticos das necessidades de cuidadores de recém-nascidos pré-termo. Participaram da validação, 14 juízes, a média de idade dos juízes foi de 32,8 (±4,5) anos, variando de 28 a 45 anos. Predominou o sexo feminino 10 (71,4%), que atuava somente na docência 7 (50,0%) ou também na assistência 6 (42,9%). O tempo de formação foi de, em média, 9,4 (±4,3) anos, variando de 4 a 20 anos. Todos possuíam experiência na áre de pediatria e/ou validação de tecnologias. Os itens avaliados pelos juízes especialistas obtiveram IVC global de 0,9 de forma que o vídeo foi considerado válido quanto aos objetivos, estrutura/apresentação e relevância. Conclusão: O vídeo educativo “O cuidado do prematuro” é valido quanto ao conteúdo por juízes especialistas, com Índice de Validação de Conteúdo que mostrou valores igual ou superior a 80%.

  • JANAINA MARIA DOS SANTOS FRANCISCO DE PAULA
  • EMPATIA E FADIGA POR COMPAIXÃO EM TRABALHADORES DE SAÚDE MENTAL DE UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 09/02/2021
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  • Introdução: no cotidiano do trabalho dos Centros de Atenção Psicossociais, o afetivo, a mobilização da inteligência e a subjetividade, correspondem ao trabalho efetivo e coletivo exigindo o “uso exacerbado de si” em detrimento do outro, Nas relações e mediações esse exercício da subjetividade pode ser fonte de prazer ou sofrimento afetando a saúde mental dos trabalhadores conforme os pressupostos da Psicodinâmica do Trabalho. Objetivos: o estudo teve como objetivo geral avaliar a percepção do Impacto e Satisfação do Trabalho, Fadiga por Compaixão e Empatia junto aos profissionais de saúde mental de um município do nordeste brasileiro e como específicos: identificar a percepção do impacto do serviço dos profissionais de saúde mental; medir a fadiga por ccompaixão, a qualidade de vida profissional e a satisfação por compaixão dos profissionais de saúde mental; identificar o grau de satisfação da equipe de trabalho em relação aos serviços oferecidos e às condições de trabalho nas instituições; mensurar a empatia individual dos profissionais de saúde mental; verificar a relação entre a empatia e a fadiga por compaixão dos profissionais de saúde mental. Metodologia: estudo transversal de natureza quantitativa, analítico, observacional, com amostragem por conveniência realizado com 26 trabalhadores de saúde mental que atuavam no Centro de Atenção Psicossocial II e Centro de Atenção Psicossocial III de um município do nordeste brasileiro, com as escalas autoaplicáveis IMPACTO BR, SATIS BR, PROQoL BR (versão IV) e EMRI. Os dados foram analisados com o apoio do software SPSS versão 22.0. Para caracterização dos participantes foram realizadas estatísticas descritivas; nas correlações entre as variáveis quantitativas, utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman e Pearson, nas análises adotou-se o nível de significância de 0,05, sendo considerados estatisticamente significantes, os resultados dos testes que apresentaram p≤ 0,05. A coleta de dados ocorreu no período de julho de 2020. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, com o parecer n°.4.062.784. Resultados: houve predominância de indivíduos com média de idade de 35,58 anos, do sexo feminino, casados ou vivendo com companheiros (57,7%), possuíam a pós-graduação 50,0%; e outras profissões e (34,6% ) atuação na área da Saúde Mental entre 1 a 6 anos. A satisfação da equipe em relação às próprias condições do trabalho, apresentou média de 6,47(±1,09), a Satisfação por Compaixão teve média de 51,31(±3,53), a Fadiga por Compaixão teve média de 17,92 (±6,70), nas dimensões da Empatia o escore com maior média foi o de Angústia Pessoal, com 29,24 (±2,99), Consideração Empática obteve média de 26,4 (±3,43), mediana de 27,00, Tomada de Perspectiva obteve média de 20,52(±4,66); Fantasia teve média de 19,72(±4,53). Conclusão: o trabalho em saúde mental revelou-se desgastante em razão da satisfação em cuidar, o que exige estratégias defensivas para a minimização do dos riscos de transtorno mental relacionado ao trabalho. 

  • ANA PAULA CARDOSO COSTA
  • NÍVEIS DE ANSIEDADE E SUA RELAÇÃO COM RISCO DE SUICÍDIO EM ADULTOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 18/01/2021
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  • Introdução: atenção à saúde mental manifesta-se como questão emergente e desafiadora. Dentre as doenças mentais, o transtorno de ansiedade é apontado como preocupante. O Brasil é o país com maior taxa mundial de indivíduos comesse agravo. A presença de agravo mental é apontada como um dos mais importantes fatores de risco para suicídio. Objetivo: avaliar níveis de ansiedade e sua relação com risco de suicídio em adultos assistidos na atenção primária à saúde do município de Teresina-Piauí. Material e método: estudo analítico e transversal, realizado com dados do macroprojeto “Impacto de intervenções para uso de drogas, sintomas depressivos, ansiosos e comportamento suicida na população adulta de Teresina-PI”. A coleta de dados ocorreu entre abril e julho de 2019, por meio de questionário para caracterização sociodemográfica, econômica, de condições de saúde e hábitos de vida, Inventário de Ansiedade de Beck e Nurses Global Assessment of Suicide Risk. Para análise estatística, utilizou-se software Statistical Package for the Social Sciences, versão 22.0. Foram realizadas análises estatísticas descritiva e inferencial, por meio dos testes exato de Fisher, regressão logística multinomial, Kruskal-Wallis, Post-hoc de Dunn, e coeficiente de correlação de Spearman. O nível de significância adotado para as análises foi de 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, Parecer nº 4.088.909. Resultados: 68,3% da amostra encontra-se com nível de ansiedade mínimo,18,4% nível leve, 9,2% nível moderado, e 4,1% apresentaram nível grave. Quanto ao padrão de risco de suicídio, 80,8% da amostra apresentou risco baixo, 10,0% risco intermediário, 4,1% risco elevado, e 5,1% risco muito elevado. Houve associação estatística significante entre os níveis de ansiedade e as variáveis: sexo (p=0,02), evento estressor (p<0,001), ter problemas no sono (p<0,001), realizar tratamento psicológico/psiquiátrico (p<0,001) e tratamento alternativo (p=0,005), praticar atividade física (p<0,001), ter sofrido violência (p<0,001) e discriminação (p<0,001). O risco de suicídio apresentou associação estatística significante com estado civil (p=0,003), evento estressor (p<0,001), ter problemas com o sono (p<0,001), uso de substâncias lícitas/ilícitas (p=0,04), realizar tratamento psicológico/psiquiátrico (p<0,001), ter sofrido violência (p<0,001) e ter sofrido discriminação (p<0,001). Houve associação entre os níveis de ansiedade e as classificações de risco de suicídio. O escore de ansiedade apresentou correlação positiva moderada com o escore de risco de suicídio (p=0,000 e r=0,522). Conclusão: os achados demonstram que a ansiedade, quando em níveis elevados, pode potencializar as chances de risco de suicídio. Frente a esses dados, reitera-se a necessidade de cuidado em saúde mental na APS. É necessária abordagem sensível e abrangente, na busca de minimizar os efeitos prejudiciais destes fatores, que podem resultar, inclusive, na autorresponsabilidade pelo fim da vida.

2020
Descrição
  • MARIANA LUSTOSA DE CARVALHO
  • VULNERABILIDADE FÍSICA EM IDOSOS HIPERTENSOS DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 22/12/2020
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  • Introdução: O envelhecimento populacional é um dos fenômenos mais notáveis da contemporaneidade e aponta repercussões e consequências relevantes para a sociedade e para os sistemas de saúde. No âmbito da saúde, o desenvolvimento de vulnerabilidade de natureza física tem seu risco aumentado com o envelhecimento, em decorrência do desgaste biológico característico da senescência. Objetivo: Analisar a prevalência e os fatores associados à vulnerabilidade física em idosos hipertensos de um Centro de Convivência. Métodos: Trata-se de um estudo do tipo analítico, de delineamento transversal, que utilizou os dados do projeto intitulado “Risco para Síndrome Locomotora em Idosos e fatores associados”. A coleta foi realizada em um Centro de Convivência de idosos no período de abril a agosto de 2018, por meio do Mini-Exame do Estado Mental, Formulário de caracterização sociodemográfica e clínica e o Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável- VES13. A amostra final totalizou em 142 idosos. Foram realizadas estatísticas descritivas e para verificar associação entre as variáveis qualitativas foi utilizado o teste qui-quadrado (²). Para as quantitativas, utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, com parecer nº 2.654.133. Resultados: A prevalência de vulnerabilidade física em idosos hipertensos desse estudo foi de 30,3%. A maioria por idosos eram do sexo feminino (86,6%), de cor parda (60,6%), casados (44,4%), que moram com até 2 pessoas (42,9%), escolaridade ensino fundamental incompleto(38,0%), 93,0% possuem renda e a aposentadoria é a principal fonte para 70,4%. Quanto às condições clínicas, 9,9% relataram etilismo, 0,7% tabagismo, 85,9% a presença de outras patologias, 99,3% a prática de atividade física, sendo a mais comum ginástica (62,0%) 38% informaram episódio de queda no último ano e 12,7% hospitalização. Quanto à vulnerabilidade física, observou-se uma maior proporção em idosos do sexo masculino, de cor amarela, divorciados, que moram com até 2 pessoas, que não sabem ler/escrever, com escolaridade fundamental incompleta. Observou-se ainda maior proporção de vulneráveis entre os que não referiram etilismo, entre os que possuem hábito tabágico, outras patologias, que praticam atividade física ate 3 vezes na semana, episodio de queda no último ano, hospitalização e nos que utilizam recurso de apoio para andar e enxergar. Quanto a distribuição da vulnerabilidade física de idosos hipertensos segundo a idade, autopercepção da saúde, limitação física e incapacidades, 65,1% a consideram regular ou ruim e todos os itens relacionados às limitações físicas e incapacidades obtiveram maiores percentuais nos idosos vulneráveis em comparação aos não vulneráveis. Não se observou associação estatisticamente significativa entre as variáveis. Conclusão: Obtivemos dados relevantes a respeito da vulnerabilidade e das características mais prevalentes dentre essa população e os desfechos obtidos refletem recursos relevantes conforme contribuem para a reflexão a respeito desse tema nos espaços de promoção à saúde, sobretudo nos centros de convivência. 

  • HILLDA DANDARA CARVALHO SANTOS LEITE
  • PREDITORES AMBIENTAIS PARA A OMISSÃO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 18/12/2020
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  • Introdução: O ambiente de trabalho da equipe de enfermagem nos hospitais geralmente é caracterizado como imprevisível, propício a interrupções e erros na assistência de enfermagem. Devido a isso, os cuidados quando omitidos, ocasionam maior ocorrência de infecções e quedas, pneumonia, aumento do tempo de internação, atraso na alta, aumento da dor, desconforto e desnutrição. Objetivo: Avaliar os preditores do ambiente organizacional para a omissão dos cuidados de enfermagem no contexto hospitalar. Método: Estudo transversal analítico, realizado em unidades de internação e unidades de terapia intensiva de um hospital universitário de Teresina, Piauí, Brasil. A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2019 a fevereiro de 2020 e a amostra foi constituída por 220 participantes, sendo 72 enfermeiros assistenciais e 148 técnicos de enfermagem. Foram utilizados dois instrumentos validados para a coleta de dados Misscare-Brasil e Pratice Environment Scale - Versão Brasileira. A análise dos dados foi realizada com base nos princípios da estatística descritiva e inferencial. Na análise bivariada aplicaram-se os testes Qui quadrado de Pearson e t de Student. As correlações foram feitas por meio do coeficiente de correlação de Pearson. Este estudo atendeu as exigências da Resolução 466/12 e obteve aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob Parecer 3.563.800. Resultados: Na amostra verificou-se predomínio do sexo feminino (85,1%), idade média de 38,5±7,7 anos, com especialização na área de enfermagem (35,9%), maior número de profissionais de enfermagem na unidade de internação (78,6%), trabalhando no turno diurno/ vespertino (56,4%), com enfermeiros realizando maior número de horas extras 11,8±22,4, maior número de pacientes por turno 10,8±4,1 e técnicos perceberam menor adequação de profissionais (49,3%). Os enfermeiros e técnicos de enfermagem consideraram características desfavoráveis nos domínios: adequação da equipe e de recursos (57,7%) e prática profissional na dimensão referente à participação dos enfermeiros na discussão dos assuntos hospitalares (52,7%). Enfermeiros e técnicos concordam que o cuidado de prioridade mais alta omitido foi aspiração das vias aéreas (25,0%); o de prioridade intermediária, deambulação 3 vezes por dia (70,0%) e o de prioridade mais baixa, sentar o paciente (59,9%). Entre as principais razões para a omissão dos cuidados destacaram-se as dimensões recursos laborais e materiais. Conclusão: O hospital universitário foi considerado, de forma geral, ambiente favorável a prática dos cuidados de enfermagem. Na avaliação geral, detectou-se que os fundamentos de enfermagem voltados para a qualidade do cuidado é um forte preditor ambiental, quanto mais presente, menor a omissão dos cuidados. Evidenciou-se a importância da reestruturação do modelo assistêncial vingente no hospital, intensificação dos programas de garantia de qualidade, acompanhamento de recém contratados e realização de reuniões com os gestores para mensuração dos fatores ambientais que interferem a qualidade dos cuidados. 

  • LUIS FERNANDO PENAGOS CUBILLOS
  • CUIDADO FAMILIAR A PESSOAS IDOSAS DEPENDENTES NO DOMICILIO: estudo comparativo Brasil/Colombia
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 18/12/2020
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  • Introdução: O envelhecimento populacional é uma realidade mundial em constante aumento, com prevalência nos países em desenvolvimento como Brasil e Colômbia. Como consequência disso, existe um crescimento paralelo da quantidade de pessoas idosas com dependência, cenário que convergiu na expansão da figura do cuidador familiar e sua normatização legal. Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico, clínico e situação de cuidado das pessoas idosas dependentes e seus cuidadores no Brasil e na Colômbia. Método: pesquisa comparativa de natureza qualitativa de tipo exploratório descritivo. A fundamentação metodológica foi baseada o orientação de Bereday com as seguintes fases: descrição, interpretação, justaposição e comparação. Foi aplicado um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada cujo análise foi realizado pelo marco teórico compreensivo e crítico Hermenêutica-Dialética. Acolheram-se os princípios éticos nacionais e internacionais para o desenvolvimento da pesquisa. Resultados: foram entrevistados 250 participantes, no Brasil 52 pessoas idosas com dependência e 70 cuidadores familiares; na Colômbia 56 pessoas idosas com dependência e 72 cuidadores familiares. Houve predominância no sexo feminino dos dois países tanto nas pessoas idosas (68,5%) como nos cuidadores (83,8%). A partir dos códigos identificados nas falas das pessoas idosas, construiu-se seis categorias, as quais são: Sou um fardo, Quero ser autónomo, Já não sou quem era antes, Cumpri minha missão, Estou bem com Deus e Minha função na família. Da mesmo forma, dos discursos dos cuidadores familiares construiu-se as seguintes categorias: Como me tornei cuidador, O peso do cuidado sobre mim, Mudanças na nossa vida; Tenho um suporte, Tenho ajuda de Deus e Meus desafios como cuidador. Considerações finais: Os resultados da presente dissertação disponibilizam novos caminhos à pesquisa em pessoas idosas dependentes e os cuidadores familiares, necessidade de políticas efetivas de atenção às pessoas idosas dependentes e aos seus cuidadores tanto na realidade brasileira, quanto na Colômbia. 

  • IONARA HOLANDA DE MOURA
  • STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTE À METICILINA ENTRE ENFERMEIROS: interfaces com adesão às precauções padrão
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 16/12/2020
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  • Introdução: Nos últimos anos, os profissionais de saúde de todo o mundo têm enfrentado o sério desafio do surgimento e disseminação de Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina (MRSA), patógeno nosocomial que causa morbidade e mortalidade graves em todo o mundo, reduz as alternativas terapêuticas e eleva os custos assistenciais. Objetivo: Avaliar a colonização por Staphylococcus aureus resistente à meticilina em profissionais de enfermagem e sua adesão às precauções padrão. Método: Estudo transversal analítico, realizado no período de março de 2019 a dezembro de 2020, em um hospital estadual público localizado na cidade de Picos, no Estado do Piauí. A população do estudo foi todos enfermeiros atuantes na unidade hospitalar (81); com aplicação de amostragem censitária. As variáveis do estudo compreenderam dados socioeconômicos, clínicos, profissionais e adesão às precauções padrão, além de informações sobre a colonização por MRSA; sendo que a coleta de dados aconteceu no próprio ambiente laboral e a análise da amostra de secreção, em laboratório terceirizado. A análise de dados envolveu estatística descritiva e inferencial, com execução através do software IBM SPSS. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, obtendo aprovação através do CAAE Nº 20506119.6.0000.5214 e cumpriu as diretrizes da Resolução 466/2012 e complementares do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Participaram deste estudo 70 enfermeiros, dos quais 2,9% apresentaram Staphylococcus aureus resistente à meticilina no vestíbulo nasal e a adesão às precauções padrão foi classificada como intermediária (3,61 ± 0,35), aferindo o escore global do instrumento aplicado. A presença de MRSA entre os enfermeiros não foi associada estatisticamente com a adesão às PP. Conclusão: Torna-se importante que mais investigações sobre a temática sejam conduzidas, tendo em vista a necessidade de identificar a colonização por MRSA entre profissionais de saúde e adotar as devidas medidas de controle das infecções. No âmbito da gestão das instituições de saúde, programas de vigilância ativa são uma importante estratégia para detecção de casos assintomáticos e contribuição no rompimento da cadeia de transmissão das IRAS.

  • DIELLISON LAYSON DOS SANTOS LIMA
  • USO DE ÁLCOOL E/OU OUTRAS DROGAS, TRANSTORNO MENTAL COMUM E VIOLÊNCIA ENTRE A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 16/12/2020
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  • Introdução: A sociedade é formada por diferentes segmentos populacionais, dentre os quais, existem a população em situação de rua. Esse grupo social é formado por todo ser humano sem lugar destinado a moradia, e que acaba pernoitando pelos logradouros, prédios abandonados e albergues, ou outros ambientes considerados impróprios para residir. São diversas as causas que contribuem para o aumento dessa população: pobreza, miséria, desemprego, dependência de substâncias psicoativas, conflitos familiares, existência de doença mental e dentre outras situações. Objetivo: Avaliar as relações entre o consumo de álcool e/ou outras drogas com transtorno mental comum e violência em pessoas que vivem em situação de rua no município de Teresina-PI. Metodologia: Estudo observacional do tipo transversal – analítico, com uma abordagem quantitativa, desenvolvido na cidade de Teresina, Piauí, Brasil, no período de outubro/2019 a março/2020. A amostra foi composta por 127 moradores em situação de rua. O formulário de coletas consistiu em informações sociodemográfica e econômica, condições de vida e condições de violência autorreferidas; e de dois instrumentos: Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test – ASSIST e Self-Reporting Questionnaire - SRQ-20, para avaliação do consumo de álcool e outras drogas e avaliação do Transtorno Mental Comum (TMC). Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0, sendo realizada análise inferencial e exploratória-descritiva. Resultados: O segmento populacional na cidade estudada é formado predominantemente pelo sexo masculino 108 (85%), com a média de idade de 39,2 anos, solteiros 75 (59,1%), da raça/cor parda 77 (60,6%), com ensino fundamental 74 (58,2%), sem renda 49 (38,6%) e com filhos 69 (54,3%). Naturalidade teresinense 53 (41,7%), com média de 1 ano e 7 meses em situação de rua, sendo o conflito familiar 71 (39,4%) a causa básica para viverem nessas condições. As drogas mais usadas são: Álcool 121 (95,2%), Tabaco 111 (87,4%), Maconha 94 (74%) e Cocaína/ Crack 74 (58,3). A prevalência de sofrimento mental foi de 63% (80). E em relação à violência, destacou-se a psicológica 81 (36,3%) e a física 73 (32,7%), e quase metade da amostra já havia praticado atos de comportamento suicida 60 (47,6%). Houve associações estatisticamente significativas entre o sofrimento mental e o uso de tabaco (p=0,05), cocaína/crack (p=0,006), violência sexual (p=0,02) e autodirigida (p=0,02). Uso de álcool e a violência física (p=0,04), e patrimonial (p=0,005); tabaco – outros tipos de violência (p=0,01) e Maconha – violência psicológica (p=0,05), patrimonial (p=0,05), e outros tipos de violência (p=0,01). Entre as variáveis sociodemográfica, idade mostrou associação com o tabaco (p=0,05) e álcool (p<0,001) e a renda com alucinógenos (p=0,008) e opioides/opiáceos (p=0,05), bem como o sexo (p=0,04) e escolaridade (p=0,01) com sofrimento mental. Conclusão: O estudo evidenciou que existe uma relação entre o consumo de substâncias psicoativas e o aparecimento de transtornos mentais comuns, bem como a exposição em sofrer diferentes tipos de violência. Portanto, é necessária a elaboração de políticas que alcancem de fato as demandas desse segmento populacional. 

  • JARDEL NASCIMENTO DA CRUZ
  • VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO SOBRE COMPETÊNCIAS DE ENFERMEIROS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES NA ATENÇÃO DOMICILIAR
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 15/12/2020
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  • Introdução: A prevenção e controle de infecções no ambiente domiciliar levam a inúmeras investigações que são levantadas pelos pesquisadores. A formação em enfermagem deve contemplar a ampliação das competências, em especial dos enfermeiros, pois perfaz o cuidado contínuo e de qualidade aos pacientes. Objetivo: Validar um instrumento sobre as competências de enfermeiros para prevenção e controle de infecções na atenção domiciliar. Método: Trata-se de um estudo metodológico a luz da teoria psicométrica proposta por Pasquali, que percorreu três polos distintos; teórico, empírico e analítico. O instrumento foi avaliado quantitativamente por dois grupos de especialistas em duas etapas (rodadas) por meio da técnica Delphi e, qualitativamente, por meio da técnica brainstorming. Para cumprir o polo teórico, foram realizadas revisões da literatura. Para o polo empírico foi realizada a seleção dos dois primeiros juízes e na sequência, por meio da técnica snowboll (bola de neve), selecionou-se 15 juízes para participarem das análises quantitativa e qualitativa dos dados. Para a análise quantitativa dos dados utilizou-se os testes estatísticos Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e Coeficiente Kappa (K) processados pelo software Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 22.0. Resultados: evidenciou-se 13 estudos na etapa de revisão da literatura para atualização do instrumento. Na primeira rodada de avaliações entre os juízes houve concordância no que tange a validade de conteúdo e aparência, porém o IVC indicou a necessidade de qualificação do construto, assim, reestruturou-se o instrumento com base na avaliação dos peritos. Na segunda rodada de avaliação de juízes o conteúdo e aparência do instrumento atingiu os scores desejados de IVC maior ou igual a 0,80 e K, maior ou superior a 0,60. Conclusão: o construto foi validado em território nacional (Brasil) sob opiniões de experts para ser utilizado na atenção domiciliar e avaliação de conhecimentos e práticas na enfermagem, atingindo os scores necessários para a avaliação de competências. 

  • JOYCE SOARES E SILVA
  • VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO E DE CONSTRUCTO DA VERSÃO BRASILEIRA DO CUESTIONÁRIO PARA DETECCIÓN DEL SÍNDROME DEL EDIFÍCIO ENFERMO PARA TRABALHADORES DE SAÚDE
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 15/12/2020
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  • Introdução: A Enfermagem no contexto social brasileiro tem colaborado para a melhoria da saúde e produtividade do trabalhador. Ao notar a dimensão que envolve a saúde do trabalhador, observam-se duas variáveis que se sobressaem sobre as demais: acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. As doenças ocupacionais, em especial, apresentam nível de preocupação elevado ao passo que se percebe exposição do trabalhador a agentes biológicos, químicos, problemas ergonômicos, poluição auditiva, poluição do ar, estresse e adoecimento mental, dentre outros. Dessa forma, o adoecimento que um trabalhador apresenta decorrente do ambiente de trabalho, por vezes um grupo também apresenta, essa semelhança caracteriza a Síndrome do Edifício Doente. Objetivo: Realizar a validação de conteúdo e de constructo da versão brasileira do Cuestionário para Detección del Síndrome del Edifício Enfermo para Trabalhadores de Saúde do Brasil. Referencial temático: O referencial temático é dividido em quatro capítulos: Síndrome do Edifício Doente: características, fatores preditores e sintomatologia associada aos trabalhadores de saúde; Intervenções preventivas e terapêuticas da Síndrome do Edifício Doente nas instituições de saúde; Clima organizacional como preditor às organizações doentes; e, Cuestionário para Detección del Síndrome del Edifício Enfermo: origem, tradução e adaptação transcultural para o Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo metodológico e transversal que consiste na validação do Cuestionário para Detección del Síndrome del Edifício Enfermo para o Brasil, e aplicação deste para trabalhadores de saúde, realizado entre os meses de Setembro de 2019 a Julho de 2020.O questionário foi validado por meio de dois eixos: conteúdo e constructo por grupos contrastados. Realizado na cidade de Teresina, Piauí, Brasil, e contou com a participação online de 14 juízes especialistas na etapa de validação de conteúdo. No que se refere à validação de constructo do instrumento, foi realizado em um Hospital de Ensino com uma amostra de 54 participantes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob o parecer de número 4.563.795, e obteve parecer favorável sobre da instituição coparticipante. Resultados: A validação de conteúdo apresentou um índice de validade de conteúdo, gerado pela avaliação dos juízes, de 0,81. Índice Kappa de Fleiss apresentou concordância de 68,59%. Por meio da sugestão dos juízes e índice de validade de conteúdo houve exclusão de três itens do questionário original. Quanto à validação de constructo, houve análise por grupos contrastados envolvendo duas variáveis dependentes: tempo de trabalho no edifício e tempo de trabalho no setor, no qual percebeu-se associação significativa com variáveis independentes que se relacionavam ao adoecimento laboral de ordem coletiva. Conclusão: O questionário conseguiu ser validado quanto ao conteúdo e constructo, entretanto, ainda há necessidade de estudos que envolvam a averiguação dos scores e validade de face do instrumento. 

  • PEDRO SAMUEL LIMA PEREIRA
  • ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS À SÍFILIS CONGÊNITA
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 15/12/2020
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  • Introdução: A sífilis está entre as IST´s consideradas um problema de elevada magnitude mundialmente. É uma infecção causada pelo Treponema pallidum, pode evoluir de forma crônica e pode ter sequelas irreversíveis a longo prazo. É de notificação compulsória e sua forma congênita é responsável por altas taxas de morbidade e morbimortalidade. Objetivo: Analisar a ocorrência de sífilis congênita e fatores associados em mães com diagnóstico de sífilis na atenção primária. Método: Pesquisa analítica, com abordagem quantitativa realizado com 73 gestantes com diagnóstico de sífilis, em uma capital do nordeste do Brasil no período de maio de 2019 a junho de 2020. Foi aplicado um instrumento validado quanto à forma e conteúdo, contendo variáveis sociodemográficas, comportamentais, clínicas, de prénatal e parceria sexual e resultado da gestação. Inicialmente foi realizado levantamento e seleção das Unidades Básicas de Saúde, aplicabilidade do instrumento, de coleta de dados, durante a gestação e até 42 dias após o parto. Foram incluídas gestantes com o diagnóstico de sífilis em qualquer idade gestacional; cadastrada em uma ESF da zona urbana, com idade igual ou superior a 18 anos. Foram excluídas, após três tentativas, as participantes que não foram a consulta de pré-natal; as que tinham diagnóstico de transtorno mental e aquelas com diagnóstico de sífilis fosse após a primeira etapa da pesquisa. Os dados foram analisados no programa estatístico SAS versão 9.4 adotando-se α = 0,05 para significância estatística. Realizou-se frequências e percentuais, análise bivariada, tendo como variável dependente a ocorrência de sífilis congênita (sim/não), foi realizado o teste do qui-quadrado, ou teste de Fisher para casos nos quais o quiquadrado não fosse indicado e cálculo de Odds ratio. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob o número de parecer: 2.975.828. Resultados: Das 73 participantes, a maioria de 26-38 anos (n=39; 53.4%), menos de 12 anos de estudo (n=42; 57.5%), não brancas (n=69; 94.5%) e sem trabalho renumerado (n=56; 76.7%). Tiveram sua primeira relação sexual entre 13 e 15 anos (n=42; 57.5%), não usam álcool (n=62; 84.9%), realizaram teste rápido de sífilis (n=41; 56.2%) e o pré-natal (n=65; 89.0%), o enfermeiro predominou na realização da consulta de pré-natal (n=38; 52.1%) e a maioria realizou entre 6 e 7 consultas (n=47; 64.4%). Não usaram preservativo na presente gravidez (n=42; 57.5%), a maioria foi diagnosticada com sífilis no primeiro trimestre de gestação (n=33; 45.2%), iniciaram o tratamento após o diagnóstico (n=62; 85.0%), foram orientadas sobre o tratamento de sífilis na UBS, quase metade das parcerias sexuais (n=31; 42.5%) testaram positivo para sífilis. A ocorrência de sífilis congênita foi de 30(41,1%). Conclusão: A prevalencia da sífilis congênita foi considerada alta, se deu predominantemente em filhos de mulheres mais empobrecidas, com baixa escolaridade e não brancas. O uso do álccol foi o fator associado a sífilis congenita (p=0.0056). Mostra ainda que a realidade da assistência ao pré natal, ainda está distante do atendimento ideal e urge intervenção. 

  • CECILIA NATIELLY DA SILVA GOMES
  • AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E DA COMPLETUDE VACINAL CONTRA HEPATITE B EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 14/12/2020
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  • Introdução: O vírus da hepatite tipo B (HBV) pode ocorrer por transmissão vertical, relações sexuais desprotegidas, procedimentos invasivos, compartilhamento de seringas, mais raramente por transfusão de sangue, além de outras formas como acidentes com materiais perfurocortantes, o que torna os profissionais de saúde vulneráveis devido ao maior risco de exposição a fluídos contendo vírus da Hepatite B. Objetivo: Avaliar o conhecimento e a completude vacinal contra hepatite B em profissionais de saúde da atenção primária. Método: Realizou-se um estudo transversal com profissionais de saúde da atenção primária, no município de Teresina, no Estado do Piauí no período de setembro de Agosto a setembro de 2020. A coleta de dados foi desenvolvida utilizando as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’S) através da pesquisa de levantamento com survey seguindo as etapas: levantamento e formação de banco de contatos com whatasapp, e- mail, aplicação de um formulário estruturado, e nova tentativa para obtenção de retorno do formulário de pesquisa. Foi realizada a análise de frequência estatística descritiva e utilizado os testes de qui-quadrado e Wilcoxon. Essa pesquisa atendeu todos os preceitos éticos da resolução 466/12. Resultados: Foram enviados questionários para 150 profissionais, obteve-se retorno de 42 questionários, com predomínio de pessoas do sexo feminino (86,8%), 52,2% tinham entre 26 e 55 anos, a maioria solteira (73,2%), 20 (50%) relatou terem especializaçao completa. 22 (55%) informam que não participam por motivos não justificado, 23 (57, 5%) referiram uso de alcool por pelo menos uma vez na semana 15 (37,5), com frequência de três a cinco vezes na semana, há pelo menos 20 anos 1 (2,5 %). Com relação à notificação do acidente 8 (20, 0%) informou que não notificou o acidente no ano de 2019, 8(20, 0%) que usava Equipamento de Proteção Indivivual (EPI), sendo eles luvas de procedimento, gorro, avental, máscara cirúrgica e protetor facial. Conclusão: Este estudo mostrou elevada prevalência da cobertura vacinal contra hepatite B em profissionais de saúde da atenção primária e conhecimento inadequado sobre hepatite B. Além disso, estes têm praticas de risco no que tange a acidentes com materiais perfuro cortantes, onde não se têm adesão de notificação quanto sofrem algum tipo de acidente. 

  • VANESSA CAMINHA AGUIAR LOPES
  • PODER PREDITIVO DOS VALORES ORGANIZACIONAIS SOBRE A OMISSÃO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 14/12/2020
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  • INTRODUÇÃO: Instituições hospitalares devem apresentar cultura organizacional que fortaleça a cultura de segurança do paciente e minimize erros, como a omissão dos cuidados de enfermagem. OBJETIVOS: Avaliar o poder preditivo dos valores organizacionais sobre a omissão dos cuidados de enfermagem em um hospital universitário. METODOLOGIA: Pesquisa multimétodos, desenvolvida em um hospital universitário do nordeste do Brasil, mediante dois subestudos, com coleta de dados no período de novembro/2019 a fevereiro/2020. O primeiro foi um desenho metodológico, no qual foram realizadas as análises teórica e empírica da Escala de Valores Organizacionais com base na Teoria de Valores Culturais de Schwartz no contexto do hospital universitário, com amostras de conveniência formadas por 15 enfermeiros e técnicos de enfermagem (análise semântica), nove especialistas em gestão hospitalar/administração em enfermagem (análise de juízes) e 263 enfermeiros e técnicos de enfermagem (análise fatorial). Os dados foram analisados por meio de Escalonamento Multidimensional e Análises Fatoriais. No segundo subestudo, foi conduzido um delineamento transversal analítico, com amostra de conveniência de 227 enfermeiros e técnicos de enfermagem. Foram utilizados o MISSCAREBrasil e a versão da escala de valores organizacionais obtida no primeiro subestudo. Foram realizadas análises bivariadas e regressão hierárquica. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: No primeiro subestudo, a análise semântica proporcionou alterações para termos mais próximos do contexto do público-alvo, que foram endossadas pelos especialistas. A análise fatorial confirmatória para os modelos de seis (nível cultural) e quatro (nível individual) fatores não demonstrou boas medidas de ajustes. Os dados da análise fatorial exploratória corroboraram com a teoria refinada de Schwartz, formando os fatores Crescimento e Autoproteção. No segundo subestudo, a amostra teve maioria do sexo feminino (81,9%) e alto nível de formação, com enfermeiros pós-graduados (94,9%) e técnicos de enfermagem graduados/pósgraduados (69,6%). A prevalência geral de omissão de cuidados foi de (44,9%). O cuidado mais omitido foi deambulação (70,9%). Na análise bivariada, setor/unidade (p<0,001) foi associado à omissão de cuidados. As correlações entre os valores organizacionais e a omissão de cuidados, isoladamente, foram fracas, com coeficientes variando de −0,138 (Cordialidade entre os colaboradores e Ser referência na área de atuação) a −0,228 (Autonomia dos colaboradores) no fator Crescimento. No fator Autoproteção, uma correlação foi verificada, com coeficiente 0,136 (Centralização das decisões). O modelo de regressão hierárquica mostrou que variáveis demográficas e ocupacionais explicaram 48,4% da variância da omissão de cuidados, aumentando 3,1% com a inclusão de variáveis de satisfação (p=0,061) e 2,3% com as razões de omissão (p=0,322). No quarto e último passo, os valores organizacionais proporcionaram um aumento significativo de 11,5% na explicação da variância (p<0,001). As variáveis preditoras no modelo final foram: unidade/setor, sexo, período de trabalho, turno, satisfação com o cargo e o fator Crescimento. CONCLUSÃO: A Escala de Valores Organizacionais para o hospital universitário apresentou estrutura fatorial que corrobora com o modelo refinado de valores de Schwartz, com medidas de consistência interna satisfatórias. Os valores organizacionais, em especial do fator Crescimento, predizem a omissão de cuidados de enfermagem. 

  • ERIKA MORGANNA NEVES DE OLIVEIRA
  • PERFIL DE RESISTÊNCIA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS NA CAVIDADE NASAL DE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 14/12/2020
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  • INTRODUÇÃO: A infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) é uma preocupação mundial, dada a sua presença mesmo em indivíduos saudáveis e não hospitalizados, como estudantes universitários. Os estudantes da área de saúde desenvolvem importante papel na epidemiologia e patogênese da infecção por S. aureus, pois podem estar expostos a pacientes e outros profissionais de saúde durante a sua rotação clínica. Dessa forma, esses alunos podem agir como fonte de disseminação tanto na comunidade quanto no ambiente hospitalar e ainda no carreamento das bactérias de um desses ambientes para o outro. OBJETIVO: Analisar o perfil de resistência de cepas de Staphylococcus aureus em estudantes da graduação em Medicina e Odontologia, com ênfase no processo de colonização. MATERIAL E MÉTODO: Realizou-se uma análise das evidências disponíveis na literatura sobre a prevalência da colonização por MRSA entre estudantes da área da saúde e em seguida a análise da ocorrência de cepas de Staphylococcus aureus resistentes ou não à meticilina, entre estudantes da graduação em Medicina e Odontologia. Para a revisão integrativa, A busca dos estudos primários foi realizada nas bases de informação: Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Web of Science, Scopus e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Os descritores utilizados foram aplicados de acordo com particularidades de cada base de dados e obtidos por consulta nos Descritores de Ciências em Saúde e Medical Subject Headings. A análise laboratorial/experimental tratou-se de estudo transversal de prevalência, realizado com 164 estudantes de odontologia e 229 estudantes de medicina. As amostras biológicas da cavidade nasal foram coletadas em 2019, utilizando-se swabs estéreis, posteriormente submetidos a testes confirmatórios de Gram, de catalase e coagulase. Os Staphylococcus aureus isolados tiveram seus perfis de sensibilidade determinados por meio da técnica de difusão de disco. RESULTADOS: A revisão foi composta por 27 estudos. Na análise das amostras as pesquisas encontraram prevalências variando de 0,0% a 15,3% de infecção nos estudantes. A segunda fase da pesquisa apontou prevalência de S. aureus e de MRSA de 21,2% e 10,9, respectivamente. Na investigação da correlação estatística entre colonização por MRSA e outras variáveis independentes, os blocos gênero (p= 0,01), uso de antibiótico no momento (p= 0,03), período atual (p= 0,02) e carga horária nos serviços de saúde (p= 0,04) apresentaram-se estatisticamente significante. No que se refere às cepas multiresistentes, houve associação nos blocos curso e carga horária nos serviços de saúde CONCLUSÃO: Os indicadores da revisão integrativa e os achados da fase experimental da pesquisa, evidenciam que esforços devem ser feitos para implementar normas e rotinas destinadas a limitar a disseminação de cepas de MRSA entre estudantes. Sugere-se, portanto que a educação e a discussão sobre as medidas de controle de infecção nos cursos de graduação da área de saúde são necessárias. 

  • IOLANDA GONÇALVES DE ALENCAR FIGUEIREDO
  • CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM PARA ENSINO DE SEGURANÇA DO PACIENTE NA TERAPIA MEDICAMENTOSA PARA GRADUANDOS DE ENFERMAGEM
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 11/12/2020
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  • Introdução: O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é uma Tecnologia da Informação e da Comunicação compreendida por sistemas que sintetizam a funcionalidade de software para comunicação, mediada por computador e métodos de entrega de material de cursos online, cujo espaço permite interatividade na práxis pedagógica. Objetivo: Construir e avaliar com juízes especialistas em enfermagem em segurança do paciente e informática um AVA para ensino de segurança do paciente na terapia medicamentosa para graduandos em enfermagem. Método: Estudo foi desenvolvido em três etapas: revisão integrativa da literatura, estudo metodológico para construção e, avaliação do AVA. A construção se deu em cinco fases: análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação sistematizada, conforme o Design Instrucional Contextualizado de Andreia Filatro (2015), e subsidiada pelo levantamento das necessidades de aprendizado junto aos graduandos de enfermagem sobre segurança do paciente na terapia medicamentosa. Na terceira etapa foi realizada a avaliação pedagógica e de usabilidade do AVA por juízes enfermeiros, através do instrumento o Learning Object Review Instrument (LORI) e por juízes em Informática, a partir do instrumento contendo as 10 heurísticas de Nielsen, entre os meses de junho e julho de 2020. A Validade do Conteúdo baseou-se nas classificações de cada item feito pelos juízes, e essas classificações foram utilizadas para calcular o percentual de concordância dos mesmos. Resultado: Denominou-se AVA-SPTEME o ambiente virtual construído, disponível na internet com hospedagem na plataforma moodle cloud, modo básico, no qual se encontra duas unidades de ensino: Segurança do paciente e Segurança na Terapia medicamentosa, elaboradas com materiais e mídias diversas: vídeos, histórias em quadrinhos, infográficos, caça-palavras, quis, fórum, chats e sala de videoconferência. Foi avaliado por 12 juízes em enfermagem com média total do percentual de concordância de 91,7%. Com exceção da variável “Acessibilidade”, todas as demais obtiveram percentual de concordância acima de 80%, com destaque para as variáveis “qualidade do conteúdo”, “Alinhamento dos objetivos de aprendizagem”, “Feedback e Adaptação”, “motivação” e Conformidade com os Padrões que obtiveram um percentual de 100%. O percentual de concordância dos juízes em informática foi de 90% e a maioria inclinou para as categorias de “erro não importante” e “erro simples” nas heurísticas avaliadas. As recomendações sugeridas pelos juízes foram, em parte, atendidas. Conclusão: O AVA SPTEME foi validado e avaliado positivamente pelos juízes especialistas, os quais consideraram uma tecnologia educacional favorável ao ensino de segurança do paciente na terapia medicamentosa para graduando de enfermagem.

  • ANA LÍVIA CASTELO BRANCO DE OLIVEIRA
  • SÍNDROME DO EDIFÍCIO DOENTE PARA TRABALHADORES DE SAÚDE: um modelo teórico
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 08/12/2020
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  • Introdução: a sociedade contemporânea vem enfrentando fenômenos em saúde de difícil manejo, logo, estudos teórico-práticos para o desvelamento de conceitos em saúde merecem ser melhor explorados pela comunidade científica. Destaca-se, a Síndrome do Edifício Doente, um complexo de sintomas comuns ao adoecimento em grupo de trabalhadores em um mesmo edifício, proposto inicialmente pela Organização Mundial de Saúde. Contudo surgem novas demandas de compreensão, mediante as constantes transformações da sociedade em padrões culturais e mesmo de adoecimento do trabalhador. Nesta perspectiva, a construção de teorias de médio alcance aponta como alternativa para a exploração de fenômenos em saúde de interesse da população. Assim, defende-se que é uma necessidade premente a proposição de teorias e modelos que permitam investigar e desenvolver uma especificidade da interação estabelecida por trabalhadores da saúde em contexto de adoecimento. Objetivo: desenvolver um modelo teórico explicativo sobre a Síndrome do Edifício Doente (SED), no contexto de trabalhadores de saúde hospitalares brasileiros. Metodologia: estudo do tipo teórico à luz do interacionismo simbólico. A abordagem metodológica escolhida foi a pesquisa qualitativa sob orientação dos conceitos da Teoria Fundamentada nos Dados. A coleta de dados aconteceu entre julho e agosto de 2020 mediada por plataforma digital, por meio da gravação e transcrição de falas a partir de vídeos consentidos pelos participantes, perfazendo 18 horas no total. Utilizou a amostragem teórica formada no decorrer do estudo, em bola de neve, resultando em 11 participantes de diferentes categorias e setores, dentro da equipe multiprofissional de saúde do hospital estadual, local de pesquisa. Os participantes foram selecionados, considerando o tempo de trabalho superior a 6 meses e apo concordarem com os termos da pesquisa. Este estudo possui consentimento do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí e do Hospital local de estudo, parecer n. 3.993.900. Resultados: cada entrevista resultou em um memorando individual, em seguida as falas foram transcritas e submetidas a codificações sucessivas do tipo aberta e axial, por vezes retroativas, resultando em hipóteses e diagramas individuais. Ao final realizou-se a codificação integradora dos dados, o que deu origem a apenas um diagrama autoexplicativo e a aos pressupostos básicos do modelo teórico. Emergiu então a categoria central e suas subjacências. O interacionismo simbólico foi o fio condutor da explicação das categorias e conceitos encontrados, facilitando a busca pela compreensão do fenômeno Síndrome do Edifício Doente. A pesquisa aconteceu em um momento de pandemia por Covid-19, sendo evidenciado exacerbação do adoecimento coletivo do trabalhador de saúde, contudo, os elementos norteadores do adoecimento estão há muito tempo presentes no contexto hospitalar sendo alvo de críticas reflexivas dos participantes deste estudo. Conclusão: O modelo teórico explicativo sobre a Síndrome do Edifício Doente adequa-se ao contexto de trabalhadores de saúde hospitalares brasileiros, considerando os elementos saúde e adoecimento a partir de conceitos apreendidos no ambiente de trabalho, bem como condicionantes de saúde prévios e relacionados ofício.

  • ANA BEATRIZ MENDES RODRIGUES
  • PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE INFECÇÕES COMUNITÁRIAS EM CRIANÇAS NO BRASIL
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 25/11/2020
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  • Introdução: No Brasil, estatisticamente as crianças correspondem a 17,1% da população de 207 milhões de pessoas. Nesse sentido, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) foi instituída para orientar e qualificar as ações e serviços de saúde no território nacional visando a efetivação de medidas que garantam o pleno desenvolvimento na infância considerando as vulnerabilidades e riscos para o adoecimento. Assim, ressalta-se que as infecções comunitárias são agravos clínicos que acometem à saúde das crianças e estão associadas à altas taxas de morbimortalidade despertando o interesse de pesquisadores no desenvolvimento de investigações científicas que possibilitem a identificação de microorganismos, fatores associados e estratégias de controle. Objetivo: analisar a literatura científica sobre as infecções comunitárias em crianças no contexto brasileiro. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, que utilizou as estratégias propostas por Whittemore e Knafl para aprimorar o rigor do estudo. A questão norteadora do estudo foi elaborada a partir da estratégia PICo que resultou em: “Qual a produção científica sobre infecções comunitárias em crianças no contexto brasileiro?”. A busca de dados ocorreu de janeiro a março de 2020, nas bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Web of Science, Scopus, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature e Base de Dados de Enfermagem. Para busca nas bases de dados, utilizou-se descritores controlados e não controlados cruzados entre si pelos operadores OR e/ou AND. A avaliação de dados dos estudos foi realizada por meio da extração de dados a partir de um instrumento com informações-chaves e por meio da utilização da estratégia proposta por Beyea. Para a análise dos dados utilizou-se as fases de redução de dados, exibição de dados, comparação de dados, desenho e verificação da conclusão propostas por Whittemore e Knafl. A apresentação dos dados foi a partir de tabelas, gráficos e categorias considerando o objeto e objetivos do estudo. Resultados: Do universo de 372 estudos encontrados, 61 fizeram parte da amostra que compôs a revisão. A maioria estavam em inglês e o ano com maior número de publicações foi 2016. A maioria (90,16%) dos estudos estavam indexados em revistas da área de saúde. Ganharam destaque os periódicos: Journal of medical virology, PloS neglected tropical diseases e BMC Pediatrics. Quanto ao nível de evidência, predominou os estudos de nível IV (87,1%). As evidências científicas apontaram que o controle das infecções comunitárias em crianças no contexto brasileiro perpassam por ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem principalmente as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Assim, os estudos foram agrupados e, posteriormente, discutidos a partir categorias: 1. A prevenção para o controle das infecções comunitárias em crianças; 2. O diagnóstico para o controle das infecções comunitárias em crianças; 3. O tratamento para o controle das infecções comunitárias em crianças. Conclusão: As evidências científicas sobre as infecções comunitárias em crianças no contexto brasileiro envolvem principalmente as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento dos agravos. Nos três contextos, as infecções respiratórias foram destaque, com ênfase nas pneumonias adquiridas na comunidade. Além disso, destaca-se que a produção científica sobre a problemática tem sido heterogênea e que, portanto, tem considerado as especificidades de cada região do país.

  • CYNTHIA ROBERTA DIAS TORRES SILVA
  • INTERVENÇÃO EDUCATIVA E MOTIVACIONAL PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE DE IDOSOS EM RISCO DE FRAGILIDADE
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 13/11/2020
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  • Introdução: O estilo de vida determina a heterogeneidade do envelhecimento. E as práticas educativas em saúde associadas a recursos motivacionais são fundamentais no processo de adaptação a mudanças psicofisiológicas e adoção e manutenção de comportamentos saudáveis em idosos. Objetivo: Avaliar a eficácia de uma intervenção educativa e motivacional na promoção da saúde de idosos em risco de fragilidade. Método: Estudo multimétodos, composto por pesquisa metodológica e Ensaio Clínico Randomizado (ECR) na Atenção Primária à Saúde de Teresina, Piauí, Brasil. No estudo metodológico, ocorreu construção de vídeo educativo “Prosa de um recém idoso” sobre fragilidade em idosos. O vídeo foi validado por 22 juízes especialistas e avaliado por 22 idosos. Os dados foram analisados pelo Índice de Validação de Conteúdo (IVC) e teste binomial. O ECR teve amostra de 108 idosos, divididos em dois grupos distintos, distribuídos randomicamente. O Grupo Intervenção (GI) (n=55) participou de intervenção educativa e motivacional, subsidiada pelo vídeo educativo e por entrevista motivacional breve; e Grupo Controle (GC) (n=53) recebeu orientações verbais de rotina nos serviços de atenção primária a saúde. Os desfechos avaliados foram a capacidade de autocuidado, autopercepção de saúde, senso de autoeficácia e prontidão para mudança de comportamento, por meio de questionário semi-estruturado e pela Escala para Avaliar a Capacidade de Autocuidado (EACAC). A coleta de dados ocorreu no domicílio e nas unidades básicas de saúde, em dois momentos: pré-teste e aplicação da intervenção e pós-teste, após 30 dias, tendo como referencial teórico-metodológico o Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender. Os testes estatísticos foram realizados com nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. Foram utilizados os softwares R versão 3.5.1 e o Statistical Package for the Social Sciences versão 21.0. O estudo seguiu a regulamentação do Conselho Nacional de Saúde, através da Resolução 466/12 e os resultados cadastrados no Registro Brasileiro de Ensaios Clínico. Resultados: A versão final do vídeo é composta por 11 minutos e 25 segundos e aborda as recomendações para idosos em risco de fragilização e hábitos promotores da saúde. Foi verificada concordância superior a 90% em todos os itens avaliados pelos juízes e pelo públicoalvo. No ECR, os grupos mostraram-se homogêneos na linha de base quanto às variáveis sociodemográficas, econômicas e clínicas (p>0,05). Na comparação intergrupo, verificam-se efetividade clínica quanto a capacidade de autocuidado, autopercepção de saúde e prontidão para mudança de comportamento. Na análise intragrupo, o GI apresentou aumento da capacidade de autocuidado (p<0,001) e do senso de autoeficácia (p<0,001), melhoria da autopercepção de saúde (p=0,001) e evolução para fase de ação motivacional (p=0,001), com diferenças estatisticamente significativas. E o GC apresentou melhoria significativa apenas no senso de autoeficácia (p<0,001). Conclusão: A intervenção educativa e motivacional para promoção da saúde de idosos em risco de fragilidade apresentou eficácia clínica superior as orientações verbais de rotina, ocasionando diferença na capacidade de autocuidado, autopercepção de saúde, prontidão para mudança de comportamento e senso de autoeficácia. 

  • RAQUEL VILANOVA ARAÚJO
  • O EFEITO DA MEDITAÇÃO NO NÍVEL DE DISTRESS E ANSIEDADE DE MULHERES COM NEOPLASIA MAMÁRIA: ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO
  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 27/10/2020
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  • A Meditação, é uma das Práticas Integrativas e Complementares - PICs que vem sendo usada na oncologia com a finalidade de ajudar no enfrentamento da doença e no gerenciamento das emoções como distress e ansiedade, comuns em pacientes oncológicos, em especial nas mulheres com câncer de mama que precisam lidar com sentimentos difíceis de serem administrados, como o estigma social, preconceito, vergonha e medo da morte. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da meditação no nível de distress e ansiedade de mulheres com neoplasia mamária. Trata-se de um estudo experimental, do tipo Ensaio Clínico Controlado Randomizado (ECR), com Grupo Intervenção (GI) - Meditação e o Grupo Controle (GC)-Atividades Educativas. O estudo foi desenvolvido seguindo as recomendações do Consolidated Standards of Reposting Trial (CONSORT) para Intervenções não-farmacológicas e realizado na Unidade de alta complexidade em oncologia (Unacon) do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí entre fevereiro a dezembro de 2019, com 50 mulheres (GI=25 e GC=25) e seguimento de quatro semanas. O distress foi avaliado com Termômetro de distress e a ansiedade com a escala Hospitalar de ansiedade, no início e final do seguimento. A pressão arterial sistólica e diastólica, frequência cardíaca e oximetria de pulso, foram mensuradas ao início e termino de cada intervenção. Para avaliar a melhoria dos níveis de distress e ansiedade foi utilizado o teste t pareado e o teste de Wilcoxon. A avaliação dos desfechos, foi utilizado análise de covariância e regressão múltipla. Verificou-se homogeneidade nos grupos em relação as variáveis quantitativa “idade”, e as variáveis qualitativas “procedência, raça, estado civil, escolaridade, ocupação, renda familiar. A média de idade das participantes foi de 47 (40,8-56) anos. A maioria das participantes era branca Md 36(72%), com companheiro Md 27 (54,0%), alta escolaridade Md 38(76,0%), ocupação remunerada Md 32 (64,0%), renda mensal de até um (SM) Md 33 (66,0%), católicas Md 36 (72,0%), não praticavam atividade física,38 (76,0) 20 (80,0)(GI), estavam com sobrepeso 18 (72,0) (GC) 22 (44,0) 12 (48,0)(GI) e 10 (40,0) (GC), não realizaram cirurgia na mama 43 (86,0) 22(88,0) (GI) e 21(84,0) (GC). fizeram quimioterapia 48(96,0) 23(92,0) (GI) e 25(110) (GC), não tinham metástase 43(86,0) 21(84,0)(GI) e 22(88,0)(GC) e estavam em tratamento neoadjuvante 37(74,0) 18(72,0) (GI) e 19(76,0) (GC), (52%) tiveram estadiamento inicial do câncer de mama (IA e IIB) e (48%) estadiamento avançado (IIIA e IV). Verificou-se melhora estatisticamente significativa (p=0,002) do nível de Distress e ansiedade no (GI) pós-intervenção e dos sintomas relacionados. Verificouse significância estatística forte (P<0,001) na redução dos valores da (PAS), (PAD), (FC) e (SPO2) na última intervenção do (GI). No (GC). Observou-se efeito da Meditação Rajayoga na redução do nível de Distress e ansiedade de mulheres com câncer de mama durante o tratamento quimioterápico. 

  • PHELLYPE KAYYAÃ DA LUZ
  • HISTÓRIA EM QUADRINHOS PARA ADOLESCENTES SOBRE SUPORTE BÁSICO DE VIDA: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 26/10/2020
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  • Introdução: A parada cardiorrespiratória extra hospitalar é a emegência mais grave e de pior prognóstico. Entretanto, o ensino e treinamento do suporte básico de vida para leigos, inclusive o adolescente, proporcionou a redução da mortalidade por este agravo. Ao buscar intervenções educacionais para aumentar o conhecimento de leigos sobre SBV, em especial o adolescente, surgiu o seguinte questionamento: uma história em quadrinhos sobre suporte básico de vida para adolescentes é válida, segundo juízes, quanto ao conteúdo educacional em saúde? Objetivo: Construir e validar uma História em Quadrinhos para adolescentes sobre suporte básico de vida. Método: Trata-se de estudo multimétodo realizado em duas etapas: préprodução e produção da história em quadrinhos. Na primeira, realizou-se revisão integrativa da literatura e identificação das necessidades de aprendizagem. Ne segunda etapa, por meio de estudo metodológico, foi construído e validado o conteúdo educacional do storyboard sob a égide dos pressupostos da Teoria da Aprendizagem com Significância e produzida a HQ. Para validação, 23 juízes julgaram a HQ mediante o Instrumento de Validação de Conteúdo Educacional em Saúde. Os juízes foram classificados pela plataforma lattes quanto aos critérios de expertise de Benner, Tanner e Chesla. Para validar o conteúdo da HQ, utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo e o teste binomial para verifica se a proporção de concordância foi, estatisticamente, igual ou superior ao ponto de corte estabelecido 0,80. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o parecer de número: 3.697.960. Resultados: A revisão integrativa da literatura não identificou tecnologia do tipo história em quadrinhos para ensino do suporte básico de vida ao adolescente. No entanto, evidenciou quatro modalidades de tecnologias desenvolvidas quais sejam, cursos web/on-line, aplicativos, realidade virtual e o vídeo. O levantamento das necessidades de aprendizagem evidenciou a necessidade de aprendizagem (por parte do público-alvo) sobre conteúdos referentes aos três primeiros elos de atendimento a uma parada cardíaca extra hospitalar. Na parte introdutória da história, fez-se uma breve contextualização sobre os personagens da história. Na complicação e solução, estruturou-se o conteúdo educacional de modo a contemplar o reconhecimento de uma parada cardíaca/acionamento do serviço médico de emergência, reanimação cardiopulmonar imediata de alta qualidade e rápida desfibrilação (conteúdo este referente aos três primeiros elos de uma parada cardíaca extra-hospitalar). Na validação, dezessete (17) dos dezoito (18 itens) do instrumento de validação do conteúdo educacional em saúde receberam I-CVI máximo. O item que recebeu menor aprovação referia-se à adequação do material ao processo de ensino e aprendizado, ainda assim, este item obteve ICV-I de 0,95. Conclusão: A HQ é válida quanto ao conteúdo educacional para juízes em suporte básico de vida. 

  • RUTH CARDOSO ROCHA
  • FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM E A SEGURANÇA DO PACIENTE
  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 06/10/2020
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  • Introdução: Nas últimas décadas, as questões associadas à segurança do paciente tornaram-se um dos assuntos prioritários na área da saúde. Assim, é recomendado pela Organização Mundial de Saúde que as instituições de ensino priorizem o processo de formação dos envolvidos na assistência na perspectiva da promoção da segurança do paciente, especificamente, dos técnicos de enfermagem, por sua representatividade e importância para o cuidado seguro. Objetivo: Analisar a formação de técnicos de enfermagem para a segurança do paciente. Método: Abordagem multimétodos, conduzida em três etapas. A Etapa 1, composta pela análise documental balizada pelo projeto pedagógico, matriz curricular, ementários e planos de disciplinas dos cursos técnicos de enfermagem de uma instituição pública de ensino do Piauí. Foram denominados de Curso A, B e C. Na Etapa 2 correspondente ao estudo qualitativo, realizou-se entrevista semiestruturada com 24 docentes a fim de compreender como eles desenvolviam o ensino da segurança do paciente. Foi realizada análise temática na perspectiva de Minayo e a interpretação dos resultados à luz do Guia Curricular de Segurança do Paciente e dos conceitos do teórico Paulo Freire. Na Etapa 3 efetuou-se estudo quantitativo do tipo survey, com 84 discentes para identificação dos conteúdos relacionados à segurança do paciente na formação, utilizando-se instrumento validado. Para análise dos dados realizou-se estatística descritiva e analítica. A coleta de dados ocorreu entre junho de 2018 a dezembro de 2019, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Na Etapa 1, os documentos foram analisados, constatando-se a inexistência do termo “segurança do paciente” nos projetos dos três cursos. A segurança do paciente não foi abordada de forma explícita, na amplitude e profundidade devidas, revelando um currículo fragmentado. Os itens “Prevenção e controle da infecção” e “Melhora na segurança da medicação” foram os mais identificados nos três cursos. Na Etapa 2, referente ao estudo qualitativo, emergiram três categorias: Compreensão dos docentes acerca do tema Segurança do Paciente na formação do técnico de enfermagem; Aplicação do tema Segurança do Paciente na formação do técnico de enfermagem; Projeções dos docentes quanto ao ensino da Segurança do Paciente na formação do técnico de enfermagem. Na Etapa 3, referente ao estudo quantitativo, dos 46 termos rastreadores, no Curso A 36(78,3%) foram identificados no contexto teórico prático e 10(21,7%) no teórico. No Curso B, 19 (41,3%) foram predominantes no ensino teórico prático, 26 (56,5%) no ensino teórico e 1(2,2%) desconhecido. No Curso C, 25 (54,3%) termos rastreadores foram identificados no ensino teórico prático, 20 (43,5%) no ensino teórico e 1(2,2%) desconhecido. O teste de Kruskal-Wallis mostrou que há efeito do local do curso realizado sobre o número de termos rastreadores no contexto teórico prático e teórico. Conclusão: A formação do discente técnico de enfermagem demonstrou não contemplar, integralmente, em seu processo ensino aprendizagem, questões de segurança do paciente. Portanto, esse aspecto configura-se ainda como um desafio para instituições de ensino de curso técnico em enfermagem que devem atentar-se a essa questão a fim de formar profissionais aptos a proporcionar uma assistência com segurança. 

  • ROGÉRIO DA CUNHA ALVES
  • COLONIZAÇÃO BACTERIANA NO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR DE CRIANÇAS ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 25/09/2020
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  • Introdução: A microbiota humana é formada por um conjunto de microrganismos (bactérias, fungos e vírus) que vivem em interação com o hospedeiro sem que lhe cause danos à saúde. Nesse ecossistema diversificado, há várias interações do tipo microbiota-microbiota e microbiota-hospedeiro, as quais favorecem a homeostasia e o equilíbrio para manutenção da saúde humana. Uma alteração desse equilíbrio causa desde infecções locais (amigdalite) até complicações sistêmicas (choque bacteriológico). Objetivo: Determinar a colonização bacteriana no trato respiratório superior de crianças atendidas na estratégia saúde da família. Método: estudo observacional de corte transversal, no qual foram coletados 40 swabs de nasofaringe de crianças no dia da consulta médica ou de enfermagem numa Unidade Básica de Saúde da região norte de Teresina-PI. Resultados: verificou-se a presença maior de crianças do sexo masculino (55%); com uma prevalência maior de crianças entre 1 a 5 anos (57,5%); quanto à escolaridade, 70% das crianças que ainda não frequentava a escola. Foi observada uma prevalência de 17,5% de crianças colonizadas por Staphylococcus aureus e de 10% de colonização por Staphylococcus epidermidis. Metade das crianças que tiveram febre nos últimos 2 dias e 20% das que apresentavam coriza nasal ou congestão nasal ou tosse seca estavam com colonização da nasofaringe por Staphylococcus aureus. Em relação à idade das crianças que apresentaram colonização por Staphylococcus aureus, a prevalência em menores de 3 anos foi de 13,3% e em maiores de 3 anos foi de 30% (OR 2,78; IC 0,50 – 15,4). Quando a analise levou em consideração o sexo, houve uma maior prevalência no sexo feminino com 22,2% quando comparada ao sexo masculino com 13,6% (OR 1,81; IC 0,34 – 9,40); a prevalência em crianças asmáticas foi de 50% (OR 0,18; IC 0,01 – 3,42). Evidenciou-se que o não uso de antimicrobianos apresentou uma associação de risco para a presença de S. aureus na nasofaringe das crianças participantes do estudo (OR 1,23; IC 1,05 – 1,44). Porém, em um universo de 40 crianças, apenas duas destas foi evidenciado a presença de doenças crônicas. Por fim, Todos os Staphylococcus aureus coletados na região nasofaringe das crianças atendidas apresentaram resistência à ampicilina e à penicilina G; 28,5% dos Staphylococcus aureus apresentaram resistência à clindimicina, eritromicina e ao trimetoprim / sufametoxazol. todos os S. aureus presentes nos swabs nasofaríngeos foram resistentes a ampicilina e a penicilina G. Conclusão: Houve uma alta taxa de resistência microbiana aos antibióticos de primeira escolha no tratamento das infecções estafilocócica de vias aéreas superiores no ambiente comunitário. Embora no estudo o uso prévio de antibiótico tenha evidenciado uma associação com a não colonização de S. aureus na nasofaringe de crianças, há um uso irracional de antimicrobianos no ambiente comunitário, principalmente por automedicação.

  • ANOUCHEKA JULIEN
  • ANÁLISE DAS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE HEPATITE B NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 23/09/2020
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  • Objetivo: Analisar a produção científica internacional sobre hepatite B na atenção primária. Método: Trata-se de uma pesquisa bibliométrica, realizada na ISI Web of Knowledge/Web of Sciencetm, no recorte temporal entre os anos 1992 e 2020, utilizando-se os descritores: " Hepatitis B;Knowledge;Health Personnel; Primary Health Care", efetuada a partir da exportação destes dados para o software de análise bibliométrica HistCiteTM. Resultados: Foram identificados 1808 registros de publicações, em 705 periódicos distintos, escritos por 9617 autores que possuem vínculos com 3085 instituições, localizados em 128 países. Ao longo dos anos o número de publicações manteve-se ascendente, com leves oscilações em alguns períodos. A partir do ano de 2010, percebe-se um crescimento constante nas pesquisa, atingindo um pico em 2018, com 170 publicações, e em seguida apresentou perfil descendente em relação a quantidade de publicações por ano, com maior número de citações em revistas específicas. Conclusão: Foram identificados dois picos de publicações registradas na Web of Science sobre hepatite B, o primeiro em 2010 com 65 publicações e o segundo em 2018 com 170 publicações. Conclusão: Há necessidade de construção de redes de conhecimento mais fortalecidas na área, que possibilitem mais estudos capazes de contribuir para melhorar o enfrentamento da hepatite B na atenção primária no mundo.

  • BRENDA KELLY DA SILVA MONTE
  • COMPARAÇÃO DA REALIZAÇÃO DO CURATIVO COM BOTA DE UNNA POR ALUNOS QUE PARTICIPARAM DE SIMULAÇÃO CLÍNICA E AULA EXPOSITIVA
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 17/09/2020
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  • O processo formativo em enfermagem tem encontrado nos princípios das boas práticas de enfermagem o embasamento para direcionar sua atuação. A preocupação cada vez mais crescente com a redução nas falhas e eventos adversos evitáveis exige dos profissionais competências que favoreçam a eficácia de procedimentos técnicos. Exemplo de metodologia de ensino ativa baseada em competências é a Simulação Clínica, que configura uma técnica de ensino que antecipa situações reais para um cenário controlado. É frequente acontecer de profissionais de enfermagem recém-formados chegarem à assistência sem ter tido contato com procedimentos básicos, como é o caso de alguns curativos de feridas complexas, a exemplo, as úlceras vasculogênicas, o que se torna um risco à segurança do paciente, vista a complexidade dessas lesões. Dessa forma, o objetivo do estudo é comparar o uso da simulação clínica com a aula expositiva como estratégias de ensino aprendizagem da prática do curativo de úlcera venosa com Bota de Unna. Trata-se de um estudo quase experimental com delineamento interparticipantes antes e depois realizado de março a dezembro de 2019 em um Laboratório de Simulação de Práticas Clínicas em Enfermagem e Saúde localizado em uma Universidade Pública no Nordeste do Brasil. A amostra foi composta por 22 estudantes do quarto período de graduação em enfermagem. A coleta de dados ocorreu mediante a observação dos curativos realizados pelos estudantes. Estes foram submetidos a aula teórica e demonstrativa de úlceras venosas e aplicação de Bota de Unna. O Grupo Experimental participou ainda de Simulação Clínica. Foi realizada a comparação dos dois grupos em dois momentos: O Grupo Controle avaliado após a aula teórica e 30 dias após e o Grupo Experimental após aula teórica e após simulação clínica. Foi utilizado para verificar a realização do curativo o check list Índice de Positividade na realização do curativo dividido em etapas: Preparação, Execução e Organização. Foi utilizada a Escala do design da simulação para verificar a percepção do Grupo Experimental sobre a simulação. A escala do tipo Likert é dividida em duas subescalas: a primeira sobre o design da simulação e a segunda sobre a importância do item para o participante. As subescalas apontam cinco fatores que avaliam: 1) Os objetivos e informações; 2) O apoio; 3) A resolução de problemas; 4) O feedback e reflexão; 5) O realismo. Os dados foram transcritos utilizando o aplicativo Microsoft Excel e exportados e analisados no software estatístico livre R, versão 3.2.0. Realizou-se análise descritiva e ainda foram aplicados os testes t de student, ANOVA e Teste de Tukey para a análise estatística inferencial, considerando intervalo de confiança de 95% e nível de significância de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob CAAE 03745418.5.0000.5214. Comparando os momentos pré e pós, o grupo experimental obteve maiores médias na positividade de realização do procedimento nas fases de preparo e execução do curativo, sendo essa diferença estatisticamente significativa na fase de execução (p=0,044). Em relação ao momento pós-intervenção, em todos os domínios pode-se observar que o grupo experimental obteve maiores médias na positividade de realização do procedimento com diferenças significativas. Houve redução do tempo global de realização do curativo nos dois grupos, sendo estatisticamente significante no grupo experimental (p).Verificou-se que as dimensões de feedback/reflexão e realismo apresentaram maior nível de concordância que na dimensão de apoio em relação ao design da simulação. 

  • ANA RAQUEL BATISTA DE CARVALHO
  • COLONIZAÇÃO NASOFARÍNGEA POR STAPHYLOCOCCUS AUREUS EM ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 15/09/2020
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  • INTRODUÇÃO: O Staphylococcus aureus é um microrganismo gram positivo, considerado o principal agente etiológico de infecções nosocomiais e comunitárias, dada a sua presença mesmo em indivíduos saudáveis e não hospitalizados, como estudantes universitários. Os estudantes da área de saúde desenvolvem importante papel na epidemiologia e patogênese da infecção por S. aureus, pois podem estar expostos a pacientes e outros profissionais de saúde durante a sua rotação clínica. Dessa forma, esses alunos podem agir como fonte de disseminação tanto na comunidade quanto no ambiente hospitalar e ainda no carreamento das bactérias de um desses ambientes para o outro. OBJETIVO: Investigar a colonização por de Staphylococcus aureus na nasofaringea em estudantes da área da saúde.. MATERIAL E MÉTODO: Realizou-se uma análise das evidências disponíveis na literatura sobre a prevalência da colonização por Staphylococcus aureus entre estudantes da área da saúde e em seguida a análise da ocorrência de cepas de Staphylococcus aureus, entre estudantes da graduação em Medicina e Odontologia. Para a revisão bibliométrica, A busca dos estudos primários foi realizada nas bases de informação: Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Web of Science, Scopus e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Os descritores utilizados foram aplicados de acordo com particularidades de cada base de dados e obtidos por consulta nos Descritores de Ciências em Saúde e Medical Subject Headings. A análise laboratorial/experimental tratou-se de estudo transversal de prevalência, realizado com 164 estudantes de odontologia e 229 estudantes de medicina. As amostras biológicas da cavidade nasal foram coletadas em 2019, utilizando-se swabs estéreis, posteriormente submetidos a testes confirmatórios de Gram, de catalase e coagulase. Os Staphylococcus aureus isolados tiveram seus perfis de sensibilidade determinados por meio da técnica de difusão de disco. RESULTADOS: A revisão foi composta por 30 estudos. Na análise das amostras as pesquisas encontraram prevalências variando de 0,0% a 15,3% de infecção nos estudantes. Os Staphylococcus aureus isolados tiveram seu perfil de sensibilidade determinados por meio da técnica de difusão de disco. Para o curso de odontologia, a prevalência de S. aureus foi de 24,6%. Com relação ao perfil de resistência, 42,5% das cepas de S. aureus foram consideradas para a Penicilina. Observou-se multirresistência em 42,5% dos estudantes colonizados pelo S. aureus. Para a graduação em medicina, 18,3% dos estudantes estavam colonizados com S.aureus. Todos os isolados de S.aureus foram analisados quanto ao teste de resistência antimicrobiana. CONCLUSÃO: A prevalência de colonização de MRSA em estudantes da área da saúde apontada na revisão integrativa variou de 0,0 a 15, 3%. Na fase experimental, maiores taxas de transporte nasal de MRSA foram determinadas para estudantes do sexo feminino, de períodos intermediários, que relataram uso de antibiótico no período da entrevista e com carga horária nos serviços de saúde maior que 40 horas.

     

     

  • GUILHERME GUARINO DE MOURA SÁ
  • EFETIVIDADE DE VÍDEO EDUCATIVO E ORIENTAÇÕES VERBAIS DE ENFERMAGEM NA PERCEPÇÃO DE IDOSOS SOBRE OS RISCOS DE QUEDA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 21/08/2020
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  • Introdução: As quedas constituem importante causa de morbimortalidade em idosos, cuja prevenção perpassa pelo protagonismo de perceber a exposição aos riscos de cair. Nesse cenário, as orientações verbais de enfermagem e tecnologias educacionais, como o vídeo, possibilitam multiplicação de informações e podem contribuir em intervenções educativas sobre riscos de queda. Objetivo: Avaliar a efetividade do uso de vídeo educativo e de orientações verbais de enfermagem na percepção de idosos sobre os riscos de queda. Método: Estudo multimétodos, composto por pesquisa metodológica e Ensaio Clínico Randomizado (ECR) realizados na área de abrangência da Atenção Primária à Saúde de Bom Jesus, Piauí, Brasil. No estudo metodológico, ocorreu construção e validação de vídeo educativo para idosos sobre riscos de queda, a partir das fases de pré-produção, produção e pós-produção. A validação ocorreu por meio da avaliação de 22 juízes e 22 idosos. Os dados foram analisados pelo Índice de Validação de Conteúdo (IVC) e teste binomial. O ECR teve amostra de 138 idosos, alocados de forma randômica, com taxa de 1:1, em Grupo Intervenção (GI) (n=69), que assistiu ao vídeo educativo, e Grupo Controle (GC) (n=69), que recebeu orientações verbais de enfermagem. A coleta de dados ocorreu em dois momentos: 1º – pré-teste e aplicação das intervenções; 2º – pós-teste (após 30 dias). Para caracterização dos idosos utilizouse estatística descritiva. A homogeneidade entre os grupos foi verificada pelos testes t de Student para amostras independentes, U de Mann-Whitney, Qui-quadrado para proporção e exato de Fischer. Para comparar a percepção dos riscos de queda, intragrupo, utilizaram-se os testes t de Student para amostras dependentes e McNemar. Na comparação intergrupo empregaram-se os testes t de Student para amostras independentes, Qui-quadrado para proporção e exato de Fisher. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (parecer nº 3.334.943) e cadastrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (RBR-8nfggd). Resultados: O vídeo foi construído a partir dos princípios da Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia, composto por animação digital e narração em áudio, possuiu dez minutos e cinco segundos e contemplou riscos biológicos, socioeconômicos, comportamentais e ambientais para quedas e cuidados para evitá-los. Os itens avaliados obtiveram IVC superior a 0,8, de forma que o vídeo foi considerado válido. No ECR, os grupos mostraram-se homogêneos na linha de base (p>0,05). Na análise intragrupo, os dois grupos tiveram aumento da percepção dos riscos de queda, entre o pré e pós-teste, com diferenças estatisticamente significativas (GI=0,001; GC<0,001). Na análise intergrupo, mostraram-se com médias semelhantes no pré-teste (p=0,559), enquanto no pós-teste a média do GC foi estatisticamente superior à do GI (p=0,013). Conclusão: Conclui-se que o uso do vídeo educativo e orientações verbais de enfermagem promoveram aumento da percepção de idosos sobre riscos de queda. No entanto, a orientação verbal foi a estratégia educativa mais efetiva para elevar a percepção dos idosos.

  • ANA KARINE DA COSTA MONTEIRO
  • DESENVOLVIMENTO, VALIDAÇÃO E AVALIAÇÃO DE INTERVENÇÃO EM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM PARA PESSOAS COM COLOSTOMIA E CUIDADORES
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 22/06/2020
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  • Introdução: O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é uma das tecnologias cada vez mais frequentes no ensino, na pesquisa e assistência de enfermagem, além do ensino de pacientes, podendo envolvê-los nos próprios cuidados hospitalares, diminuir readmissões, melhorar a qualidade de vida e promover autocuidado. Isto pode ser importante para pessoas com colostomia, uma vez que experienciam complexidade de mudanças com o processo de estomização, e cuidadores que enfrentam modificações advindas da prestação do cuidado. No Brasil, até o momento, não há estudos sobre intervenção em AVA para pessoas com colostomia e cuidadores, portanto, pesquisas desta natureza são necessárias. Objetivo: Desenvolver, validar e avaliar intervenção em Ambiente Virtual de Aprendizagem para pessoas com colostomia e cuidadores. Método: Estudo realizado em três fases: revisão sistemática da literatura, estudo metodológico para o desenvolvimento e validação do AVA e descritivo e transversal para avaliação do AVA pelas pessoas com colostomia e cuidadores. A revisão sistemática da literatura foi cadastrada no International Prospective Register of Systematic Reviews. O desenvolvimento do AVA seguiu as etapas adaptadas de Chee et al., (2014), validado quantos aos aspectos pedagógicos por peritos em Enfermagem, por meio do instrumento Learning Object Revew Instrument; e por peritos em Informática, quanto à usabilidade, por meio do Guia para Análise do Design de Interface. A avaliação do AVA ocorreu de setembro de 2019 a fevereiro de 2020 e incluíram todas as pessoas com colostomia residentes em Teresina e cadastradas no Centro Ambulatorial do Piauí, que avaliaram a usabilidade do AVA, por meio da Escala de Usabilidade do Sistema (SUS) e do questionário previamente validado e adaptado. Na fase 2, procederam-se a estatísticas, cuja concordância dos peritos foi definida por meio do Percentual de Concordância (PC) e do teste binomial. Na fase 3, realizaram-se estatísticas descritivas, quantitativas e medidas de variância. Na análise univariada, aplicaram-se o teste Qui-quadrado, teste Exato de Fisher ou Correlação de Spearman; e na análise multivariada, adotou-se a regressão logística múltipla. Resultados: Após revisão sistemática, desenvolveu-se o Colostomia virtual, constituído por cinco módulos e vídeos, fóruns, quiz, podcast e o box “Saiba Mais”. O AVA foi validado por 21 peritos de Enfermagem e cinco de Informática, sendo a média total do PC de 93,5% e 90, 7%, respectivamente. As recomendações dos peritos foram atendidas quase em totalidade. A avaliação do AVA foi constituída por 52 participantes, sendo 20 pessoas com colostomia e 32 cuidadores. Todos os participantes tinham acesso à internet e 85,0% das pessoas com colostomia e 84,4% dos cuidadores acessaram pelo celular. A média de escore da Escala SUS foi 69,8. Os participantes avaliaram o Colostomia Virtual como excelente (65,4%), linguagem considerada compreensível (53,8%), visual adequado (51,9%), útil (84,6) e navegação nem fácil e nem difícil pelas pessoas com colostomia (35%) e fácil para os cuidadores (37,5%). Conclusão: O Colostomia Virtual foi validado e avaliado positivamente pelos participantes, considerado recurso confiável para suporte e fornecimento de de orientações às pessoas com colostomia e cuidadores.

  • PAULA LIMA DA SILVA
  • FATORES ASSOCIADOS À PERDA DO SEGUIMENTO DE GESTANTES EXPOSTAS À SÍFILIS
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 14/05/2020
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  • Estima-se a ocorrência de mais de um milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) por dia, mundialmente. Em relação a sífilis, trata-se de um grave problema de saúde pública, considerando prevalências elevadas e de difícil controle e persistência em diversas populações. O estudo teve como objetivo analisar os fatores associados à perda do seguimento clínico em gestantes expostas à sífilis. Pesquisa analítica, abordagem quantitativa realizada no município de Teresina – PI, no período de maio a dezembro de 2019, com 73 gestantes com diagnóstico de sífilis. Foi utilizado um formulário, validado quanto a face e conteúdo, com variáveis sociodemográficas, comportamento sexual, características clínicas, adesão ao tratamento da gestante e parceria sexual. Primeiramente foi realizado um levantamento e seleção das Unidades Básicas de Saúde; aplicabilidade do instrumento de coleta de dados em relação as variáveis de interesse e o desfecho da gestação, até 42 dias pós-parto. Os dados foram processados pelo programa SPSS, versão 25.0. Foram utilizados os testes exato de Fisher e teste de qui-quadrado de Pearson para testar associação entre a perda de seguimento com as variáveis relativas a características sociodemográficas, comportamentais, clínicas e sífilis na gestação. O nível de significância estabelecido foi de 0,05 e nível de confiança de 95% em todos os testes. As variáveis que obtiveram valor de p menor que 0,05 nos testes bivariados foram utilizadas no modelo de regressão logística múltiplo, para obtenção da força, Odds Ratio (OR) para explicar a perda de seguimento. Do total de 73 gestantes com diagnóstico de sífilis, a idade média foi de 27 anos e desvio padrão de 6,3 anos. A perda de seguimento ocorreu em 48(65,7%) participantes. Desse total 22(45,8%) tinham de 21 a 30 anos, 43(58,9%) menos de 12 anos de estudo, 69(94,5%) se autodeclaram de cor não branca com perda de seguimento de 44(91,7%), renda percapta foi menos de um salário mínimo em 61(93,9%) das participantes com perda de seguimento em 39(95,1%) e 56(76,7%) sem trabalho remunerado (valor de p = 0,248). A perda do seguimento apresentou associação significativa com as variáveis ter companheiro afetivo (p=0,012), diagnóstico feito no primeiro trimestre de gestação (p=0,041), inicio do tratamento no momento do diagnóstico (p=0,023) e pré-natal realizado por dois profissionais, médico(a) e enfermeiro(a) (p=0,039). Desse modo, o estudo mostrou baixa prevalência da sífilis em gestantes adultas jovens e empobrecidas com elevado desfecho desfavorável. A análise dos fatores associados a perda do seguimento em gestantes identificou que ter um companheiro afetivo, iniciar o tratamento no momento do diagnóstico e no primeiro trimestre tem significância estatística em relação a redução da perda do seguimento. Recomenda-se o planejamento de estratégias para alcance do manejo da sífilis de qualidade, capacitação profissional contínua, com foco na melhoria do tratamento do parceiro, rastreamento de casos de sífilis gestacional ainda no primeiro trimestre e possibilidades de discussão da temática com profissionais da área da saúde para com vista a eliminação da transmissão vertical. 

  • MÁRCIA DAIANE FERREIRA DA SILVA VIEIRA
  • REDUÇÃO DO ESTRESSE LABORAL EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
  • Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
  • Data: 08/05/2020
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  • Introdução: O estresse ocupacional coloca em risco a saúde dos profissionais e tem como consequência o baixo desempenho, alta rotatividade, absenteísmo e violência no local de trabalho. Intervenções foram desenvolvidas com a finalidade de reduzir os sintomas de depressão, ansiedade e estresse para melhorar o bem-estar geral. E apesar da literatura mostrar resultados significativos na diminuição do estresse, ainda há poucos estudos que analisem a eficácia da intervenção a longo prazo. Objetivo: analisar os níveis de estresse entre profissionais na enfermagem no ambiente de trabalho. Método: Trata-se de um estudo transversal, observacional, analítico. População foi composta por Enfermeiros e técnicos de enfermagem de um hospital universitário. A amostra final foi composta por 30 profissionais de enfermagem, na qual 15 profissionais compuseram o grupo da intervenção (GI) e 15 foram selecionados por amostragem aleatória simples para compor o grupo controle (GC). Os participantes foram informados dos procedimentos do estudo e realizaram leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na coleta de dados foram aplicados: formulário de caracterização do perfil sociodemográfico e laboral e a Escala de Estresse no Trabalho (EET). A intervenção consistiu em um programa, com foco no trabalhador, estruturado em quatro sessões, com periodicidade quinzenal e duração de dois meses. As informações coletadas para o estudo foram digitadas por dupla entrada em planilhas Excel e posteriormente processamento pelo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS - versão 20.0). Foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk para teste de normalidade das variáveis numéricas. No tocante as comparações entre os grupos foram utilizados o teste t de Student para amostras independentes para os dados paramétricos e o teste U de Mann-Whitney para dos dados não paramétricos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o número do parecer: 3.189.631. Resultados: A amostra dos grupos foi composta 20 enfermeiros e 10 técnicos de enfermagem, predominantemente mulheres, com a média de 35,06±5,71U.A. (grupo controle) e 37,1±5,2U.A. (grupo intervenção). Quanto ao número de vínculos no grupo controle 67,7% possuíam dois empregos bem como 86,7% do grupo intervenção. Por meio do teste U de Mann-Whitney pode-se comparar o nível de estresse entre os grupos, no qual observou-se diferença estatística do nível de estresse entre o grupo controle (3,34±0,71 U.A.); grupo intervenção (2,52 ±0,59 U.A.), p=0,002, sugerindo que a intervenção contribuiu para a redução dos níveis de estresse no ambiente de trabalho. Conclusão: Comparando o nível de estresse geral entres os grupos controle e intervenção constata-se que a intervenção diminuiu significativamente o nível de estresse nos profissionais, foi possível ainda identificar os estressores dos profissionais por meio da Escala de Estresse em Profissionais. 

  • NICOLE MARIA BRANDIM DE MESQUITA ALENCAR
  • CARGA DE TRABALHO E ESTRESSE OCUPACIONAL EM DOCENTES DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 08/05/2020
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  • Introdução: As novas tecnologias e os avanços na área da informação trouxeram para o ambiente de trabalho, transformações, incluindo a atividade educacional e o trabalho docente. Tais transformações afirmam a necessidade de atualização e modernização do ensino, uma vez que a excessiva carga de trabalho e inúmeras atividades pode desencadear a exaustão física e mental do trabalhador. Com isso, o problema de pesquisa consiste em: Qual a prevalência do estresse ocupacional e sua relação com a carga de trabalho em docentes de pós-graduação stricto sensu de uma universidade pública? Objetivo: Analisar a carga de trabalho e a ocorrência de estresse ocupacional em docentes de pós-graduação stricto sensu de uma universidade pública. Método: Trata-se de um estudo com delineamento analítico e transversal, desenvolvido com 90 docentes de pós-graduação stricto sensu de uma Universidade Pública do estado do Piauí. A coleta de dados ocorreu entre os meses de fevereiro a outubro de 2019, por meio da aplicação de um questionário próprio elaborado pela pesquisadora e dois instrumentos: Questionário da Carga de Trabalho Docente de Nível Superior (CATRA - DNS) e Escala de Estresse no Trabalho (EET). Para a análise dados, utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences – SPSS, versão 22.0. Foram realizadas estatísticas descritivas, tais como medidas de tendência central e medidas de dispersão. O teste de Kolmogorov-Smirnov, o teste não paramétrico de Mann-Whitney, o teste de Kruskal-Wallis e o coeficiente de correlação de Spearman foram utilizados neste estudo. Para verificar a associação entre as variáveis bivariadas qualitativas, utilizou-se o teste qui quadrado (x²) e exato de Fischer. Resultados: Os dados revelam que a amostra foi constituída majoritariamente pelo sexo masculino com 55,6%, destacando-se a prevalência de adultos de meia idade, entre 40 e 60 anos. Declararam-se casados ou em união estável 67,8% dos participantes e 62,2% relataram possuir filhos com faixa etária média de 2 anos. Quanto ao tempo de formação expresso em anos houve uma média de 18,7 anos. 65,6% dos participantes relataram um tempo atuação ≥ 5 anos na pós-graduação. A maioria dos entrevistados 94,4% trabalha no regime de dedicação exclusiva (DE) 40 horas e 91,1% não possuem outra atividade remunerada. A renda mensal esteve na média de treze salários mínimos. A maioria dos docentes, 75,6%, atuou em cargos administrativos nos últimos cinco anos. Quanto às condições de saúde autorreferidas, 72,2% dos docentes relataram praticar atividade física; 77,8% realizam exames de saúde periodicamente e 20,0% tem se automedicado para superar condições adversas no trabalho. Quanto à carga de trabalho, 87,7% da amostra estudada obtiveram uma classificação de moderada a alta. Quanto ao estresse, 25,6% dos docentes apresentaram nível de estresse considerado. As variáveis sexo e atuação em cargos administrativos nos últimos 5 anos associaram-se significativamente à classificação do nível da carga de trabalho docente, (p=0,044 e p<0,001, respectivamente). Evidenciou-se que o risco de apresentar um nível de carga de trabalho docente moderado é 4,295 maior no sexo masculino e que o risco de apresentar uma carga de trabalho docente considerada alta é 1,985 maior no sexo masculino. Conclusão: Há presença de níveis significativos de carga de trabalho no corpo docente, porém não associada ao estresse ocupacional na amostra estudada.

  • BRUNA SABRINA DE ALMEIDA SOUSA
  • HISTÓRIA DE VIDA DE DOCENTES DO CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 06/05/2020
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  • Introdução: O docente de curso técnico de enfermagem, como mediador do processo de construção do aprendizado, tem o compromisso para com os discentes de fomentar conhecimentos teóricos, habilidades técnicas. Sabe-se que que a trajetória de cada indivíduo como sujeito social é construída a partir de vivências, fases, sentimentos distintos, crenças e valores. À vista disso, é importante refletir sobre a história de vida desses docentes do curso técnico de enfermagem, para compreender a complexidade do seu papel de educador, os obstáculos rotineiros e a trajetória profissional. Objetivos: Descrever, analisar e discutir a história de vida de docentes do curso técnico de enfermagem. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho sócio-histórico, utilizando-se da História Oral de Vida como referencial teórico. Realizou-se entrevistas com nove enfermeiros docentes do curso técnico em enfermagem de um de um colégio técnico vinculado a uma universidade federal que se localiza na capital de um estado da região nordeste do Brasil. Para a produção dos dados procedeu-se com as fases de transcrição, textualização e transcriação; em seguida, os dados foram analisados à luz da “Coletânea de Narrativas” proposta por Paul Thompson. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob Parecer nº 2.927.504. Resultados: A memória está associada a momentos e impressões pessoais, então se acredita que cada história relatada possui lembranças, concepções e sentimentos distintos. Emergiram quatro categorias temáticas a partir dos relatos dos participantes: A formação do enfermeiro professor, Atuação profissional, Docência: a aptidão do enfermeiro para educar, e Relação entre professor, aluno e ensino em um contexto social. Ao relembrar e relatar suas histórias de vida, os docentes tiveram a oportunidade de repensar sobre suas experiências, opiniões, formação e sua prática pedagógica, pois suas vivências pessoais e profissionais desencadearam uma reflexão perante o campo de atuação no qual estão inseridos. Considerações finais: Os docentes são preparados, possuem pós-graduações, experiência na área do ensino e alguns deles começaram a lecionar no ensino técnico ainda durante a graduação. A escolha pela docência surgiu por vocação e por inspiração em outros professores. No entanto, a falta de reconhecimento, de valorização e a sobrecarga de trabalho do setor assistencial também estimularam a busca pelo magistério. os docentes se deparam com o desinteresse e resistência dos alunos, situação que lhes causa desânimo e dificulta o processo de ensino-aprendizagem. O maior obstáculo encontrado se refere às dificuldades sociais dos alunos, porém os professores tem um olhar holístico e buscam compreendê-los e apoiá-los tanto com recursos físicos disponíveis na escola, quanto com apoio emocional e dedicação.

  • AUGUSTO CEZAR ANTUNES DE ARAUJO FILHO
  • AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE OFERTADA A CRIANÇAS MENORES DE UM ANO DO MUNICÍPIO DE TERESINA-PI
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 22/04/2020
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  • Atenção Primária à Saúde apresenta impactos positivos nos indicadores e na saúde da população, configurando-se como importante aliada para a saúde da criança, pois propicia melhorias na redução da morbimortalidade infantil. Neste sentido, considera-se fundamental sua avaliação a fim de buscar elucidar pontos que ainda necessitam de melhorias. Objetivou-se avaliar a Atenção Primária à Saúde ofertada a crianças menores de um ano no município de Teresina-PI, por meio da aplicação do instrumento Primary Care Assessment Tool (PCATool), versão criança, aos cuidadores de crianças menores de um ano. Trata-se de estudo avaliativo, descritivo, de delineamento transversal e abordagem quantitativa. Foi realizado nas Unidades Básicas de Saúde da zona urbana de Teresina-PI. A amostra foi composta por 383 cuidadores de crianças menores de um ano. Foram aplicados dois instrumentos: o formulário com dados sociodemográficos dos cuidadores e com dados sociodemográficos e de saúde das crianças; e Primary Care Assessment Tool, versão criança. A coleta de dados ocorreu no período entre os meses de dezembro de 2018 e abril de 2019, através de entrevista, por meio da aplicação dos instrumentos supracitados. Realizou-se a análise descritiva, e a força de associação entre as variáveis foi analisada através dos testes de Kruskal-Wallis com post-hoc de Dunn, para comparação das medianas, o teste qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher, e na análise multivariada foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta dos erros-padrão. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Fundação Municipal de Saúde e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob parecer nº. 3.000.761. As mães constituem a maioria dos cuidadores (93,2%), as quais viviam com companheiros (79,4%). A maior parte dos cuidadores possuía idade entre 25 e 40 anos (54,6%), ensino médio como grau de escolaridade (62,9%), de raça parda (67,1%), exercia atividades domésticas (63,4%) e tinha renda familiar de até um salário mínimo (62,1%). Predominaram crianças do sexo feminino (50,4%), da faixa etária entre zero e três meses (39,4%) e de raça parda (62,4%), que nasceram com normopeso (80,7%) e a termo (68,1%). Quanto aos aspectos de saúde das crianças, 95,8% haviam sido amamentadas, 87,2% estavam com a situação vacinal atualizada e 89,3% não haviam sido hospitalizadas. A maioria das mães, 97,7%, realizaram pré-natal, das quais 76,5% compareceram a mais de seis consultas. A avaliação da Atenção Primária à Saúde de crianças menores de um ano de Teresina-PI evidenciou altos escores médios essencial e geral. Entretanto, embora na cidade de Teresina-PI exista cobertura de 100% da ESF, torna-se importante destacar que o componente acessibilidade, do atributo acesso de primeiro contato, e o componente serviços prestados, do atributo integralidade, bem como os atributos derivados, orientação familiar e orientação comunitária, receberam escores médios abaixo do ponte de corte.

  • NALMA ALEXANDRA ROCHA DE CARVALHO
  • TECNOLOGIA EDUCATIVA DO TIPO CARTILHA PARA AUTOEFICÁCIA MATERNA NO CUIDADO DO RECÉM-NASCIDO PREMATURO: ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 06/03/2020
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  • Introdução: Ao se considerar as taxas atuais de morbimortalidade de prematuros, especialmente aqueles de muito baixo peso, torna-se prudente desenvolver ações que envolvam o apoio, a orientação e a instrumentalização dos pais ou acompanhantes para os cuidados cotidianos com o prematuro no ambiente domiciliar. Essas ações deverão acontecer desde a admissão na UTI e serem reforçadas durante toda internação hospitalar, levando em consideração as individualidades e capacidade de compreensão de cada família, a fim de fortalecer o enfrentamento na alta hospitalar. Objetivo: Validar uma tecnologia educativa do tipo cartilha construída para a promoção da autoeficácia materna no cuidado do recém-nascido prematuro pós-alta hospitalar no contexto piauiense. Método: Estudo com desenvolvimento metodológico, no qual foi elaborado e validado uma tecnologia educativa do tipo cartilha destinada às mães de prematuro no cuidado de seus filhos no domicílio. O processo de construção e validação da cartilha obedeceu às seguintes fases: 1) elaboração do projeto de desenvolvimento e submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP); 2) levantamento bibliográfico; 3) diagnóstico situacional (Brainstorming); 4) elaboração do material educativo e 5) qualificação ou validação do material por especialistas no assunto. Essa tecnologia foi validada por 12 juízes de conteúdo, sendo cinco docentes e sete assistenciais. Para validação do material foi utilizado um instrumento que avaliou cada página da cartilha individualmente quanto a clareza da linguagem, pertinência prática e relevância teórica, além disso foi utilizado o instrumento Suitability Assesment of Materials (SAM). Este estudo teve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa, com parecer nº. 2.883.281. Resultados: A cartilha, intitulada: “O que você precisa saber sobre o cuidado do prematuro em casa” foi elaborada utilizando-se linguagem simples e direta, com ilustrações que retratavam a realidade da população e layout que pudesse favorecer na compreensão das informações contidas no material, sendo dividida em seis tópicos (1. Higiene; 2. Alimentação; 3. Crescimento e desenvolvimento; 4. Cuidados diários; 5. Cuidados especiais/intercorrências e 6. Consultas e vacinas). Após a construção, a cartilha foi validada por 12 especialistas no assunto, intitulados juízes de conteúdo, que validaram o material utilizando dois instrumentos. Na análise da consistência interna do primeiro instrumento todos os itens foram avaliados significativamente, com Alfa de Cronbach: 0,980. Já na análise da consistência interna do instrumento de Validação SAM, com base em itens padronizados, obteve coeficiente de alpha de Cronbach alto: 0,819. No SAM ainda foi calculado a análise percentual dos escores (dividindo a pontuação total das respostas do SAM pela pontuação total possível para esse material). A pontuação média para a cartilha foi de 65,54%, esses achados evidenciaram que o material educacional final foi classificado como “adequado", de acordo com a classificação do instrumento. Conclusão: Foi elaborada uma tecnologia educativa do tipo cartilha baseada em revisão de literatura integrativa e diagnóstico situacional com o público alvo. Ela foi considerada válida por juízes docentes e assistenciais em ambos os instrumentos utilizados. De acordo com análise, essa cartilha tem resultados consistentes para a autoeficácia materna no cuidado do recém-nascido prematuro. Acredita-se que essa tecnologia pode ser usada como instrumento educativo para mães de prematuro no cuidado domiciliar, minimizando reinternações e consequentemente os índices de mortalidade nesse público.

  • LAYNARA MARIA DAS GRAÇAS ALVES LOBO
  • FATORES ASSOCIADOS A ADIÇÃO DE SMARTPHONE EM UNIVERSITÁRIOS DE ENFERMAGEM
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 05/03/2020
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  • Introdução: A adição de smartphone ou nomofobia é um transtorno da sociedade moderna que compromete a saúde. Objetivo: analisar os fatores associados a adição de smartphone em universitários de Enfermagem. Método: Estudo descritivo, correlacional e quantitativo, realizado em duas Universidades públicas do Piauí, no período de abril a junho de 2019. A amostra foi obtida por conveniência e constituída por 298 universitários de Enfermagem e para coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: caracterização sociodemográfica, Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT), Pittsburg Sleep Quality Index (PSQI) e a escala Smartphone Addiction Inventory (SPAI). Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas, teste Qui quadrado e Exato de Fisher que verificaram associação entre as variáveis independentes com adição de smartphone e teste de Mann Whitney que comparou a classificação do PSQI global e subcategorias com adição de smartphone. O nível de significância adotado foi 0,05. Resultado: A maioria dos universitários de Enfermagem era do sexo feminino 239 (80,2%) e tinha idade média de 22 anos. Cento e sessenta e cinco (55,4%) se autodeclararam pardos, 236 (79,2%) apenas estudavam e 11 (37,2%) tinham um a dois salários mínimos como renda familiar. Em relação ao estado civil 277 (93,0%) eram solteiros e 168 (56,4%) moravam com os pais. Duzentos e dois (67,8%) não praticavam atividade física e 269 (90,3%) nunca fumaram ou estavam fumando a um período menor que um mês. A prevalência global da adição de smartphone entre os universitários de Enfermagem foi de 142 (47,7%). O consumo de álcool, a pontuação global da qualidade do sono, qualidade subjetiva do sono, latência do sono, uso de medicamentos e disfunção durante o dia apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação a adição de smartphone. Conclusão: Concluiu-se que há necessidade de construir intervenções educativas para uso racional do smartphone dentro e fora das Universidades e desenvolver políticas públicas de promoção da saúde e prevenção da adição de smartphone e comorbidades relacionadas.

  • GLÍCIA CARDOSO NASCIMENTO
  • ANALISE MICROBIOLOGICA DE DISPOSITIVO INVASIVO EM PACIENTES CRITICOS
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 28/02/2020
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  • Introdução: As infecções são a principal e mais importante causa de morbimortalidade entre os pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A intubação orotraqueal é comum no cuidado de pacientes graves e está frequentemente associada a complicações. Procurando contribuir com um cuidado mais seguro ao paciente crítico este estudo tem como objeto determinação da frequência da espécie e o perfil de sensibilidade dos microrganismos em tubos orotraqueais de pacientes críticos de hospitais públicos de referência da região Nordeste. Objetivo: Realizar análise microbiológica de tubos orotraqueais utilizados por pacientes críticos e relacionar os resultados com dados clínicos. Materiais e Métodos: Foram selecionados 40 pacientes aleatórios internados na unidade de terapia intensiva em ventilação mecânica por mais de três dias. O período do estudo foi de um seis meses. O swabestério depois de friccionado no lúmen interno do tubo orotraquealfoi cultivada 24 horas e a cultura desse foi realizada após a incubação. Também foi testada a sensibilidade de isolados bacterianos desse esfregaço a antibióticos comumente usados. Todos os dados foram registrados e inseridos no Microsoft Excel (Microsoft Corporation). Todas as entradas foram verificadas duas vezes quanto a possíveis erros. As variáveis categóricas foram resumidas em porcentagens. Resultados: Um total de 40 indivíduos foram incluídos no estudo. vinte pacientes foram excluídos do estudo. A colonização bacteriana estava presente em 20 pacientes. Três organismos colonizadores mais comuns isolados foram Bacilos Gram-Negativos não fermentativos, incluindo Pseudomonasaeruginosa, Acinetobacterbaumanniie Klebsiellapneumoniae. Essas bactérias encontradas, 14(70%)dos gram negativos não fermentadores, incluindo 7,14% Acinetobacter e 64,29% de Pseudomonas, eram sensíveis ao cefalosporina de 2ª, 3ª e 4ª geração, Imipenem e tigeciclina. Entre os pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica, a pneumonia por Acinetobacter foi o isolado mais comum. Conclusão: Os organismos mais comumente isolados foram gram negativos, incluindo Acinetobacterbaumannii, Pseudomonasaeruginosa e Klebsiellapneumoniae. A maioria dos organismos isolados era sensível aos antibióticos cefalosporinas e Imipenem.

  • JULYANNE DOS SANTOS NOLETO
  • FRAGILIDADE EM IDOSOS ACIDENTADOS NO TRÂNSITO ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM URGÊNCIA
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 27/02/2020
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  • Introdução: A fragilidade representa síndrome com múltiplas causas, caracterizada pela diminuição da força, resistência e redução da função fisiológica. Relevante problemática de saúde pública em particular entre os idosos, uma vez que está diretamente associada a maior risco de queda, hospitalização, incapacidade funcional, institucionalização e óbito. Diante do exposto é necessário salientar que os problemas de saúde e óbitos desse grupo etário, além de estarem frequentemente relacionados às doenças crônico-degenerativas e as síndromes, os agravos por causas externas merecem destaque, principalmente as quedas e os acidentes de trânsito. Objetivo: Avaliar a fragilidade em idosos atendidos por acidente de trânsito em um hospital de referência em urgência. Método: Estudo observacional, analítico e transversal realizado em hospital de urgência, referência no atendimento ao trauma, situado em Teresina (PI). A população do estudo constituiu-se por 234 idosos que sofreram acidente de trânsito e foram atendidos nesse hospital no período da coleta de dados (setembro de 2018 a setembro de 2019). A amostragem foi não probabilística, em sequência. Adotou-se como instrumentos na coleta de dados o Mini Exame do Estado Mental, formulário para a caracterização dos participantes e a Escala de Fragilidade Edmonton. Foi realizada a análise descritiva e inferencial, aplicaram-se Teste Qui-quadrado, Teste Exato de Fisher e Regressão Logística. Em todas as análises, adotou-se o nível de significância de p<0,05. Este estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com o parecer 2.817.389. Resultados: Verificou-se que entre os idosos atendidos por acidente de trânsito, a prevalência da fragilidade correspondeu 35,9%, enquanto 35,5% eram aparentemente vulneráveis e 28,6% não apresentavam fragilidade. Os fatores associados à fragilidade foram: sexo (p=0,038), cor da pele (p=0,039), estado civil (p=0,002), escolaridade (p=0,039), fonte de renda pensão (p=0,022), renda individual (p=0,018), renda familiar (p=0,006), composição familiar (p=0,032), não possui doença de base (p=0,019), hospitalização no último ano (p=<0,001), uso de medicamento no último mês (p=0,018), número de medicamentos (p=0,002), automedicação (p=0,025), outras dores (p=0,014), número de doenças (p=0,006), diabetes (p=0,005), catarata (p=0,007), depressão (p=0,016), uso de antidiabético (p=0,022) e antimicrobiano (p=0,038). Na regressão, as variáveis hospitalização no último ano (p=<0,001; OR: 4,536; IC: 2,173-9,468), renda individual até um salário mínimo (p=0,007; OR: 2,633, IC: 1,298-5,341) e automedicação (p=0,027; OR: 2,011; IC: 1,083-3,737) apresentaram mais chances para a condição de fragilidade. E, ser casado/união estável (p=0,002; OR: 0,182; IC: 0,063-0,524) e não possuir catarata (p=0,022; OR: 0,339; IC: 0,134-0,855) consistiram em fatores de proteção para a fragilidade. Conclusão: Evidenciou-se presença e vulnerabilidade em percentual significativo de fragilidade em idosos acidentados no trânsito. Desse modo, torna-se imprescindível o rastreamento precoce dessa síndrome para posterior planejamento de ações de saúde que visem prevenir ou minimizar incapacidades na saúde dos idosos. Ademais, a pesquisa propiciou o conhecimento acerca dos fatores de risco associados à fragilidade, o que permite identificar as condições passíveis de intervenção e, por conseguinte evitar desfechos clínicos adversos nesta população.

  • DINARA RAQUEL ARAUJO SILVA
  • MATURIDADE DA GESTÃO EM SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE SEGUNDO O MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PÚBLICA
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 19/02/2020
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  • INTRODUÇÃO:Maturidade da gestão refere-se ao desempenho geral da organização diante das atividades administrativas desenvolvidas e os resultados obtidos. O serviço público de saúde exibe múltiplas composições organizacionais, cercadas por um ambiente de transformações rápidas, diante da complexidade do setor o planejamento e a avaliação das ações é primordial. OBJETIVO: Avaliar a maturidade da gestão em serviços públicos de saúde segundo o Modelo de Excelência em Gestão Pública. MATERIAL E MÉTODOS: Delineamento transversal analítico, realizado com gestores municipais de saúde do território Entre Rios e Cocais do estado do Piauí, de janeiro a outubro de 2019, nas reuniões da Comissão Intergestora Regional, com coleta de dados por meio de questionário de caracterização da rede de saúde do município, perfil dos gestores e do Instrumento de Diagnóstico da Maturidade em Serviços Públicos, criado pelo Ministério do Planejamento. Participaram da pesquisa 28 gestores que estavam no cargo em período superior a seis meses. Os dados foram processados no IBM® SPSS® e foram calculadas estatísticas uni e bivariadas. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa obtendo parecer favorável com o número: 2.817.519. RESULTADOS:Profissionais de enfermagem representaram 53,5% da amostra de gestores municipais. O escore global de maturidade de gestão dos municípios apresentou média de 38,28 (±16,58) pontos, variando de 18,35 a 73,90 pontos, portanto a maioria estava no nível inicial a intermediário de maturidade da gestão. Municípios com número maior de habitantes, maior número de profissionais da saúde, que possuíam nível de atenção de média complexidade, com Plano Municipal de Saúde atualizado tiveram escore global de maturidade significativamente maior (p<0,05), bem como quando os gestores possuíam especialização na área de gestão em saúde e experiência anterior em cargo de gestão (p<0,05).As dimensões com menor desempenho foram “Resultados” e “Governança”, refletindo as dificuldades do planejamento em saúde e a necessidade de capacitação dos gestores para maior compreensão dos mecanismos de liderança CONCLUSÃO:O nível de maturidade da gestão municipal de saúde nos municípios, sofreu influência das características locais e do perfil dos gestores. Houve aderência entre as características do modelo de excelência em gestão e os processos gerenciais realizados nos municípios.

  • MARIA DO CARMO SANTOS FERREIRA
  • CONHECIMENTO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E USUÁRIOS ACERCA DO SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 17/02/2020
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  • A identificação do paciente é uma estratégia crucial para segurança do paciente, considerando-se que visa oferecer o tratamento correto para o paciente certo. A realização da mesma garante o início do cuidado seguro e uma assistência de qualidade com a finalidade de reduzir danos desnecessários ao usuário. O trabalho teve como objetivo descrever o conhecimento de profissionais e usuários acerca do sistema de identificação do paciente. Trata-se de um estudo observacional, descritivo, transversal desenvolvido em um Hospital Universitário do Nordeste. A população envolvida foi de usuários e profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e farmacêuticos). Além disso, foram avaliadas as notificações relacionadas a identificação do paciente, no Sistema de Notificação do referido serviço, o VIGIHOSP. A amostra de usuários foi de 340, de profissionais 213 e de notificações 504. Foram utilizados três formulários para coleta de dados durante o período de novembro/2018 a julho/2019. Para análise dos dados quantitativos utilizou-se a estatística descritiva e para as questões abertas a análise de conteúdo. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob o parecer nº 3.143.243. O perfil dos pacientes foi de 53,5% do sexo feminino e 50,9% na faixa etária igual ou acima de 60 anos e a média de internação foi de 14 dias. Durante a observação 90,6% utilizavam a pulseira, 94,8% delas estavam adequadas e todas as pulseiras avaliadas tinham pelo menos dois identificadores. Em relação, ao conhecimento dos pacientes quanto a pulseira de identificação 92,1% relataram que não receberam nenhuma orientação sobre o propósito dela e 56,2% disseram que os profissionais não conferem os dados da pulseira antes de realizar algum cuidado. Entre os profissionais, 76,1% eram do sexo feminino e 98,6% estavam na faixa etária de 25 a 59 anos e uma média de 5 anos de tempo de serviço na instituição. Observou-se que 74,3% reconheceram que o serviço possui um protocolo de identificação. Dentre os problemas que eles mais citaram em relação a reação de usuários e profissionais ao uso da pulseira de identificação estão o desconforto com a pulseira, qualidade do material e que atrapalha em alguns procedimentos, como punção de acesso. Na visão dos profissionais em relação ao processo de identificação do paciente no serviço, três pontos foram elencados: qualidade do material, falhas no processo e cultura/ educação. No que se refere as notificações, 499 foram classificadas como incidentes sem danos e os maiores notificadores foram os estudantes. Em resposta aos objetivos deste trabalho a discussão foi subdividida em: Perfil dos envolvidos no cuidado; Conhecimento dos usuários sobre a sua identificação no serviço de saúde; Falhas no processo de identificação; Estratégias dos profissionais de saúde para a identificação correta dos pacientes, analisamos as conformidades com o protocolo de identificação; e Notificações: lacunas e melhorias. Concluiu-se que para melhorar o processo, o serviço deve investir mais na educação continuada multiprofissional, sensibilizar profissionais e pacientes mediante as consequências da utilização incorreta da pulseira de identificação e na disseminação da cultura justa.

  • LORENA UCHÔA PORTELA VELOSO
  • VALIDAÇÃO DO ÍNDICE NURSES GLOBAL ASSESSMENT RISK SUICIDE PARA A POPULAÇÃO ADULTA ATENDIDA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 14/02/2020
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  • INTRODUÇÃO: O comportamento suicida é um fenômeno de etiologia multifatorial, e inclui em seu continuum a ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio em si. A prevenção ao suicidio é hoje uma das principais estratégias para auxiliar a população sobre o tema e na identificação de possíveis suicidários. Entre as ações a serem desenvolvidas, destaca-se a avaliação do risco de suicídio em serviços de atenção primária. OBJETIVO: Realizar validação do índice Nurse Global Assessment Risk Suicide para a população adulta brasileira atendida nos serviços de atenção primária à saúde. MATERIAL E MÉTODO: Estudo metodológico de adaptação e validação do instrumento Nurse Global Assessment Risk Suicide, desenvolvido em duas fases, nas Unidades Básicas de Saúde no município de Teresina. Para adaptação cultural, foi formado comitê de nove especialistas, das áreas de suicidiologia, saúde mental na atenção básica e estudos metodológicos. Foram realizadas avaliações qualitativas (pertinência das sugestões/alterações) e quantitativas (calculo do índice de validade de conteúdo). Na fase de verificação de propriedades psicométricas, foi utilizada amostra de 391 indivíduos, em que se analisou a confiabilidade, responsividade e validade do instrumento. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science, versão 20.0 com o cálculo: alpha de Cronbach; Teste t pareado; Regressão linear; Teste t de Student; Análise fatorial com rotação ortogonal Varimax. Para todas as análises realizadas, foi adotado o nível de significância de 0,05. RESULTADOS: Na etapa de validação de conteúdo, manteve-se a quantidade de itens (15) da versão original com a associação de itens semelhantes, inclusão de preditivas (história de violências interpessoais e história de preconceito), inclusão de termos aos itens, além de aumento na pontuação do item relacionado à ideação/intenção suicida. Todos os itens da versão final alcançaram índice de validade de conteúdo igual ou superior a 0,78. Na etapa de validação psicométrica, o índice apresentou alpha de Cronbach geral de 0,73, forte associação linear positiva significativa (R=0,855; p <0,001) com as medidas referências para avaliação do risco de suicídio e sensível ao apontar a diferença entre os grupos de pessoas com/sem sintomatologia ansiosa e depressiva (p=0,000). Pela análise fatorial, as 15 variáveis preditivas foram explicadas em 49,73% em quatro fatores comuns. CONCLUSÃO: O instrumento mostrou-se confiável, responsivo e válido em termos de critério e construto, o que permite a recomendação como instrumento para a mensuração do risco de comportamento suicida em adultos atendidos em serviços de atenção primária à saúde, em termos de rastreio inicial e avaliação de seguimento/adequabilidade de ações em um protocolo de atenção, ao favorecer intervenções de Enfermagem mais seguras e consentâneas às necessidades de cada indivíduo.

  • ALINE RAQUEL DE SOUSA IBIAPINA
  • INTERVENÇÃO EM PACIENTES COM SINTOMAS DE ANSIEDADE: TÉCNICA DE RELAXAMENTO MUSCULAR DE JACOBSON
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 13/02/2020
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  • INTRODUÇÃO: Sintomas de ansiedade causam ruptura no funcionamento normal das atividades desenvolvidas pelos indivíduos. As técnicas de intervenção visam prevenir doenças e promover a saúde. Entre elas, destaca-se a terapia de relaxamento muscular progressivo de Jacobson. OBJETIVO: Avaliar a aplicação da técnica de relaxamento muscular progressivo de Jacobson na população adulta com sintomas de ansiedade assistidas na Atenção Primária à Saúde do município de Teresina-Piauí. MATERIAL E MÉTODO: Ensaio clínico não randomizado (quase experimental), desenvolvido com 391 usuários com sintomas de ansiedade (mínimo, leve, moderado e grave). Foram aplicados os instrumentos: Inventário de Ansiedade de Beck e questionário para dados sociodemográficos, condições de saúde e hábitos de vida. 108 participantes apresentaram sintomas leves e moderados e foram convidados para compor o grupo experimental (41) e grupo controle (67). Os dados foram coletados de março a agosto de 2019. O grupo experimental recebeu a técnica de relaxamento muscular progressivo de Jacobson e o grupo controle palestras. Em ambos os grupos o Inventário de Ansiedade de Beck foi aplicado em dois momentos (pré-teste/pós-teste). Para análise estatística, utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science versão 22.0 e estatísticas descritivas (medidas de tendência central) e inferenciais (Teste Quadrado de Pearson, Exato de Fisher, Mann-Whitney e Wilcoxon). RESULTADOS: A prevalência de sintomas de ansiedade foi observada em toda a amostra, sendo 68,1% nível mínimo, 18,4% leve, 9,2% moderado e 4,3% grave. Dos 108 participantes dos grupos (experimental e controle) a predominância foi do sexo feminino (83,3%), faixa etária de 20|-|39 anos, casadas (50,0%), com filhos (81,5%), cor parda (48,1%), média de 10 anos de estudo, renda mensal de até 2 salários mínimos (83,3%), sem emprego formal (60,2%), e religião (88%). Quanto às condições de saúde e hábitos de vida, frequentam os serviços de saúde uma vez ao mês (39,8%), presença de hipertensão (44,2%) e diabetes mellitus (14,0%), eventos estressores recentes (66,7%), problemas com sono (62%), consumo de substâncias ilícitas e/ou licitas (26,9%), tratamento psiquiátrico (27,8%), tratamento alternativo (6,5%), prática de atividade física (40,7%) e histórico de violência (32,4%). No primeiro momento os grupos apresentaram homogeneidade em relação as características (p= 0,707) e aos escores dos níveis de ansiedade (p-valor: 0,463). No segundo momento mostraram heterogeneidade e independência relacionado as características (p= 0,001) e aos escores (p= 0,001). A aplicação do teste Wilcoxon mostrou que com a aplicação da técnica houve melhoria dos sintomas ansiosos do grupo experimental (p= 0,001), com maior efetividade nos participantes com sintomas leves (p= 0,010), sexo feminino, adulto jovem, histórico de situação estressora recente e problemas com sono (p<0,001). CONCLUSÃO: A técnica de relaxamento muscular progressivo de Jacobson se mostrou efetiva em relação à melhoria dos sintomas ansiosos quando aplicada a pessoas com sintoma de ansiedade leve e moderada. Recomenda-se a adoção dessa estratégia interventiva como medida de prevenção e promoção da saúde em usuários com sintomas de ansiedade leve e moderado.

  • CLARA ANANDA PIMENTEL DE SOUSA SANTOS
  • NÍVEIS DE IDEAÇÃO SUICIDA ASSOCIADOS AO USO DE ÁLCOOL
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 13/02/2020
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  • Introdução: Ideação suicida é um termo referido a pensamentos e planos suicidários e considerado importante indicador para o risco de suicídio. Dentre os fatores de risco para o surgimento da ideação suicida encontra-se o uso de álcool. Objetivo: Analisar a associação entre ideação suicida e uso de álcool em população adulta atendida na atenção primária à saúde de Teresina/Piauí. Método: Estudo observacional, analítico e transversal, realizado com 380 adultos em 11 Unidades Básicas de Saúde segundo a territorialização dos NASF. A coleta de dados ocorreu entre junho e setembro de 2019, com aplicação de três instrumentos: questionário sociodemográficas, Escala de Ideação Suicida de Beck e Alcohol Use Desorders Identification Test. Para análise estatística, utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science, versão 20.0 e análises descritiva e inferencial com nível de significância de 0,05. O estudo obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (Parecer n°. 2.404.139). Resultados: A prevalência de ideação suicida na amostra foi 17,9%. Dentre estes 39,7% apresentam ideação suicida clinicamente significante. O de uso de álcool teve prevalência de 41,1%, com 69,9% em binge. O padrão de uso de álcool mostrou 15,3% em uso de risco, 2,1% nocivo, 3,2% possível dependência e 79,5% abstinência ou baixo risco. A prevalência de uso de álcool por pessoas com ideação suicida foi de 42,6% e com ideação suicida clinicamente significante de 44,4%. Em indivíduos com provável dependência observou-se um aumento na prevalência de ideação suicida e ideação suicida clinicamente significante, 33,3% e 16,7%, respectivamente. A ideação suicida foi predominante entre mulheres (82,8%), com idade entre 30 e 39 anos (51,7%), com companheiro/convívio no mesmo lar (48,3%). Não ter companheiro apresentou 1,4 vezes mais chances de presença de ideação suicida e histórico de discriminação 1,9 mais chances. A ideação suicida clinicamente significante esteve ligada em maioria também nas mulheres em idades menores, entre 20 e 29 anos (58,3%) e sem companheiro (50,0%). O sexo feminino apresentou três vezes mais chances de presença de ideação suicida clinicamente significativa, sem companheiro, com casamento anterior quatro vezes mais e sem companheiro 2,9 vezes mais chances. Ter tido evento estressor aumenta as chances de ideação suicida clinicamente significante em 3,1 vezes e problemas com sono em 2,9 vezes. Histórico de discriminação apresentou 3,7 mais chances de presença de ideação suicida clinicamente significativa. Conclusão: O uso de álcool exerceu influência para presença de ideação suicida na amostra. Os resultados obtidos podem fornecer subsídios para o planejamento de ações políticas e programas direcionados a essas problemáticas.

2019
Descrição
  • DANIELLE MACHADO OLIVEIRA
  • SOFRIMENTO MENTAL E COMPORTAMENTO SUICIDA EM PÓS-GRADUANDOS STRICTO SENSU: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 16/12/2019
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  • Introdução: Apesar dos diversos benefícios que a pesquisa traz para o desenvolvimento do País, é importante destacar que a pós-graduação é uma realidade complexa, principalmente para os estudantes, os quais são expostos a diversos estressores que podem contribuir para o surgimento de sofrimento mental e comportamento suicida nessa população. Assim, tem-se como questão de pesquisa: qual a prevalência de sofrimento mental, comportamento suicida e fatores associados em pós-graduandos stricto sensu? Objetivos: avaliar a presença de sofrimento mental, comportamento suicida e fatores associados em pós-graduandos stricto sensu. Metodologia: trata-se de estudo analítico e transversal, desenvolvido com 227 estudantes de pós-graduação de uma universidade pública do estado do Piauí. A coleta de dados ocorreu entre os meses de fevereiro e agosto de 2019, por meio da aplicação de dois instrumentos: Self Report Questionnaire (SRQ-20), Beck Scale for Suicide Ideation (BSI) e um questionário próprio elaborado pelas pesquisadoras. Para a análise estatística, utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0. Para comparar as variáveis categóricas, utilizou-se o teste qui quadrado (x²) e o teste exato de Fischer. O teste de Kolmogorov-Smirnov, o teste não paramétrico de Mann-Whitney, o teste de Kruskal-Wallis e o coeficiente de correlação de Spearman também foram utilizados neste estudo. Resultados: os dados revelaram que a população se constituiu, em sua maioria, de mulheres (63%), jovens (90,7%), do Centro de Ciências da Saúde (26,4%), solteiras, divorciadas ou separadas (74%), sem filhos (80,5%), com renda familiar ≥5 salários mínimos (43,9%) e que seguiam a religião católica (77,3%). A maioria cursava o mestrado (74,4%), recebia bolsa de estudo (61,7%), estava no segundo ano (89,4%) e não exercia outra ocupação além da pós-graduação (55,8%). Quanto à presença de sofrimento mental, essa foi encontrada em 46,7% da amostra deste estudo e associou-se significativamente ao sexo, faixa etária, ser aluno bolsista, o nível da pós-graduação, ter apresentado pensamento suicida em algum momento da vida, relacionamento familiar insatisfatório, não receber apoio dos amigos, dificuldade de se relacionar com as pessoas, sentir-se estressado com frequência, não conseguir conciliar estudos com lazer, insatisfação com o tema da pesquisa e o relacionamento com os colegas. Dados referentes ao comportamento suicida revelaram que 1,8% relataram pensamento suicida atual, 32,2% apresentaram pensamentos suicidas ao longo da vida, 19,4% fizeram planos de dar fim à própria vida e 6,8% já haviam tentado suicídio. A prevalência de ideação suicida na semana anterior rastreada pela BSI foi de 6,6%; destes, 5,73% apresentaram ideação suicida moderada a grave. Evidenciou-se que houve associação com o sexo, faixa etária, o tipo de religião, diagnóstico de transtorno mental em algum momento da vida, realização de tratamento, histórico familiar de suicídio/tentativa, relacionamento familiar, presença de estresse, dificuldade de se relacionar com as pessoas, ter vivenciado alguma situação de humilhação cometida pelo orientador, relacionamento com os colegas e sentir-se em um ambiente competitivo. Conclusão: Os resultados encontrados chamam a atenção para os níveis elevados de sofrimento mental e comportamento suicida nos estudantes de pós-graduação. Destaca-se a necessidade de implementação de ações e políticas direcionadas para promoção da saúde mental e prevenção dos agravos psíquicos voltados para a população universitária, especialmente para discentes dos programas de pós-graduação.

  • JEFFERSON ABRAÃO CAETANO LIRA
  • AVALIAÇÃO DO RASTREAMENTO E DA MONITORIZAÇÃO DE PESSOAS COM PÉ DIABÉTICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 13/12/2019
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  • Introdução: O pé diabético consiste em infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos associadas às anormalidades neurológicas e à doença vascular periférica, sendo o rastreamento o levantamento dos fatores de risco e a monitorização o seguimento da assistência. Objetivo: Avaliar o rastreamento e a monitorização de pessoas com pé diabético na Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo observacional, analítico e transversal realizado em Teresina, no âmbito da Atenção Primária à Saúde, com 322 pacientes com Diabetes Mellitus (DM) cadastrados no Programa Hiperdia da regional Centro-Norte. A coleta de dados ocorreu nos meses de fevereiro a agosto de 2019. Os dados foram tabulados no Microsoft Excel 2013 e processados no SPSS versão 22.0, mediante estatísticas descritiva e inferencial. Na análise bivariada, utilizaram-se os testes estatísticos Mann-Whitney, Kruskall-Wallis e Qui quadrado de Pearson. A força de associação entre as variáveis categóricas foi aferida pelo Odds Ratio (OR) com Intervalos de Confiança (IC) de 95%. Na análise multivariada, empregou-se a regressão logística binária. Consideraram-se significativos os valores de p<0,05. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer n° 2.817.426. Resultados: A maioria dos participantes era idoso jovem (53,4%), sexo feminino (70,2%), pardo (70,2%), com companheiro (62,4%) e renda de um salário mínimo (64%). A maior parte era aposentado (33,2%) e com ensino fundamental incompleto (44,4%). Prevaleceram o DM tipo 2 (94,4%), uso de hipoglicemiantes orais (86%), controle glicêmico inadequado (51,9%), dislipidemia (66,1%) e hipertensão arterial (72%). Em relação aos sinais e sintomas da neuropatia diabética, 49,4% relataram dormência nas pernas e/ou pés, 42,9% dor em queimação, 59% câimbras, 34,5% fraqueza e 66,1% pele seca. O pé direito apresentou mais anormalidade (68,9%), sendo a pele seca e/ou calosidades as complicações mais comuns (57,1%) e 1,9% tinham úlcera. No pé esquerdo, 42,9% apresentaram ausência na percepção de vibração ao diapasão de 128 Hz. Já no direito 8,1% tiveram ausência de sensibilidade protetora plantar ao monofilamento de 10 g. Além disso, 86,3% não tinham sido submetidos ao exame clínico dos pés, 59% apresentaram neuropatia diabética, 3,1% pé diabético, 69,6% risco de pé diabético e 57,8% não receberam qualquer tipo de monitorização. No modelo multivariado, a situação conjugal com companheiro (p=0,007; ORa:0,47; IC:0,27-0,81) e a menor quantidade de complicações nos pés (p<0,001; ORa:0,63; IC:0,51-0,77) foram fatores de proteção para o desenvolvimento do pé diabético e a não realização do rastreamento se mostrou fator de risco (p=0,046; ORa:2,10; IC:1,01-4,39). O controle glicêmico inadequado (p<0,001; ORa:3,02; IC:1,74-5,25), a indisposição para cuidar dos pés (p=0,014; ORa:2,90; IC:1,24-6,79) e a não realização do autoexame dos pés com frequência (p=0,040; ORa:2,11; IC:1,03-4,32) aumentaram as chances para o risco de pé diabético. Conclusão: Os aspectos sociodemográficos, clínicos e o autocuidado interferem no risco de pé diabético. Apesar da maioria dos pacientes com DM apresentar risco de pé diabético, a maior parte não era submetida ao rastreamento e à monitorização. Ademais, o não rastreamento foi fator de risco para o pé diabético, destacando a importância dessa prática na assistência de enfermagem às pessoas com DM.

  • RUTIELLE FERREIRA SILVA
  • RASTREAMENTO DA SARCOPENIA EM IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: saberes e práticas do enfermeiro
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 11/12/2019
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  • Introdução: Delimitou-se como objeto de estudo: “os saberes e práticas do enfermeiro da atenção primária no rastreamento da sarcopenia em idosos”, considerando que este distúrbio muscular esquelético caracteriza-se por uma redução progressiva da força e da massa muscular, e tem incidência crescente na população idosa, além de associa-se ao aumento do risco de quedas, fraturas, redução da qualidade de vida, aumento da mortalidade e do tempo de internação em idosos. A prática de rastreio na atenção primária possibilitará a implementação de ações multidisciplinares que promovam a saúde da pessoa idosa, bem como, medidas terapêuticas nutricionais e atividades físicas capazes de provocar o fortalecimento da musculatura. Objetivos: Descrever os saberes do enfermeiro da atenção primária sobre o rastreamento da sarcopenia em idosos; Discutir os saberes e as práticas do enfermeiro da atenção primária no rastreio da sarcopenia em idosos, identificando as possibilidades e dificuldades enfrentadas por este profissional na ação de cuidar de pessoas idosas; e Analisar as demandas e necessidades do enfermeiro da atenção primária para instrumentalizar a ação de rastreamento da sarcopenia em idosos, tendo como base, os conceitos freirianos de aprendizado e conscientização. Referencial Teórico e Temático: O estudo se valeu dos conceitos e das bases teóricas de Paulo Freire para iluminar as discussões sobre os saberes e práticas do enfermeiro na assistência ao idoso na atenção primária. No desenvolvimento da investigação produziu-se uma revisão integrativa acerca da problemática do rastreio da sarcopenia. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, exploratória e descritiva, realizada com 24 enfermeiros da Estratégia Saúde da Família do Município de Timon - MA. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, por meio do parecer nº 2.883.274. Os dados foram coletados no período de maio a julho de 2019, por meio de entrevistas semiestruturadas, as quais foram gravadas e posteriormente transcritas, permitindo a formulação de três categorias temáticas. Resultados: A maioria (n=21) dos participantes era do sexo feminino, com idade entre 23 e 44 anos. Quanto a qualificação profissional, 18 participantes cursaram pós-graduação lato sensu, principalmente em Saúde da Família e Saúde Pública, porém, 23 destes não tiveram capacitação em geriatria e/ou gerontologia. As três categorias temáticas foram denominadas: Saberes e práticas do enfermeiro da atenção primária sobre a sarcopenia em idosos; Possibilidades e dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro no rastreio da sarcopenia em idosos na atenção primária; e Demandas e necessidades do enfermeiro da atenção primária para instrumentalizar a ação de rastreio da sarcopenia em idosos. Considerais finais: Os achados deste estudo evidenciaram que os saberes e práticas dos enfermeiros da atenção primária referentes ao rastreio da sarcopenia em idosos, mostraram-se insipientes e frágeis, apontando a imperativa necessidade de capacitação da equipe de saúde, em especial, o enfermeiro para a efetivação desta prática na atenção primária e a implementação de um plano de cuidados promocionais e preventivos deste agravo na população idosa, o que resultará numa melhoria da qualidade de vida deste grupo etário.

  • YNDIARA KASSIA DA CUNHA SOARES
  • EFEITOS DO USO DE APLICATIVO MÓVEL NO CONHECIMENTO SOBRE HIV/AIDS ENTRE UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 02/12/2019
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  • Introdução: Os universitários, predominantes jovens, estão inclusos na população prioritária para o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) devido altas taxas de infecção e vulnerabilidade. Observa-se conhecimento deficiente sobre o HIV/Aids entre os universitários, o que pode implicar no aumento da vulnerabilidade. Frente a isso, com o intuito de apoiar a prevenção do HIV/Aids tem sido empregado tecnologias de saúde móvel (mHealth), sobretudo através de Smartphones, que são utilizados predominantemente pelos jovens, demonstrando ser uma ferramenta de grande potencial para implementar ações de prevenção entre esse público. Objetivo: Avaliar os efeitos do uso de aplicativo móvel no conhecimento sobre HIV/Aids entre universitários da área da saúde. Método: Trata-se de estudo de intervenção, randomizado, do tipo antes e depois, realizado com 196 universitários da área da saúde da Universidade Federal do Piaui. Os cursos de graduação incluídos foram: enfermagem, farmácia, odontologia e medicina. A coleta de dados ocorreu nos meses de agosto a dezembro de 2018. Utilizaram-se questionários para identificação das características sociodemográficas e comportamentais dos participantes e para avaliação global do conhecimento sobre o HIV, o qual foi categorizado em três níveis ordenados de conhecimento: alto, médio e baixo. Após essa etapa procedeu-se a implementação do aplicativo móvel denominado educ@aids. A seguir, os universitários responderam o questionário pós-intervenção para identificar o efeito da intervenção em relação ao conhecimento sobre o HIV. Os dados foram digitados e analisados com o uso do software SPSS versão 20.0. Os percentis 75 e 25 foram considerados como pontos de corte para o agrupamento da variável nas três categorias de conhecimento: Alto (>75), Médio (75-25) e Baixo (<25). Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples e para comparação do conhecimento antes a após intervenção foi utilizado o Teste de McNemar, ao nível de 0,05 de significância, o qual foi recategorizado em médio e alto conhecimento. Resultados: Predominou universitários do sexo feminino (53,6%), idade média de 21,4 anos, solteiro (92,9%), pardos (62,2%), renda familiar de 3-4 salários mínimos, idade média de inicio sexual aos 17 anos, acesso à internet por mais de 5 horas por dia (55,6%), uso de preservativo (78,7%). Identificaram-se equívocos em relação a transmissão, medicação e prevenção do HIV, sendo essas questões modificadas através do uso da intervenção, apresentando significância estatística (p<0,05). Verificou-se que 63,8% dos investigados possuíam médio nível de conhecimento e após a intervenção passou a prevalecer alto conhecimento sobre HIV (72,4%). Conclusão: O uso do educ@aids aumentou o conhecimento sobre HIV/Aids entre os universitários da saúde, ratificando o potencial das tecnologias móveis no contexto da saúde. Entende-se que o acompanhamento do conhecimento dos alunos sobre o HIV/Aids, com o uso de novas tecnologias educativas poderá ter o potencial de minimizar as suas vulnerabilidades em relação à infecção.

  • AYLA MARIA CALIXTO DE CARVALHO
  • FATORES ASSOCIADOS À ADESÃO DE ADOLESCENTES À VACINA CONTRA PAPILOMAVÍRUS HUMANO
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 18/09/2019
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  • Introdução: No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais frequente entre mulheres, com alta mortalidade, o principal agente etiológico é o Papilomavírus Humano (HPV) e com o objetivo de reduzir esse tipo de câncer, foi implantado a vacina HPV quadrivalente. Objetivo Geral: Avaliar a influência dos fatores sociodemográficos, econômicos e do conhecimento sobre o HPV e sua prevenção na aceitação da vacina HPV quadrivalente entre os adolescentes de 15 anos, em Teresina. Objetivos Específicos: Descrever as características dos adolescentes relacionados aos aspectos sociodemográficos, econômicos e comportamentais; Levantar a situação vacinal contra HPV; Verificar qual o conhecimento dos adolescentes sobre o HPV e a necessidade de se vacinar; Identificar os motivos associados a vacinação contra HPV; Correlacionar a adesão a vacina com os motivos associados a vacinação HPV. Método: Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido por meio de inquérito escolar. Foram sorteadas 3 escolas públicas e 3 privadas, para cada área geográfica, perfazendo o total de 24 escolas. Para a coleta de dados utilizou-se uma escala para medir o nível de conhecimento sobre o HPV, que compreende 25 itens de avaliação, apresentado em 4 sub escalas. Além da escala, os adolescentes foram questionados quanto a vacinação ou não contra HPV e a respeito de seus dados sociodemográficos (idade, sexo, raça/cor), econômicos, de orientação e vida sexual. A situação vacinal foi avaliada a partir da informação verbal ou conferência do cartão de vacina do adolescente. Na análise, foi construído um modelo multivariado de regressão logística para investigar fatores associados ao status de vacinação contra HPV, com as variáveis sociodemográficas, econômicos, tomada de decisão, habilidades, sentimentos e conhecimento sobre a vacina contra HPV. Resultados: A população do estudo constituiu-se de 624 adolescentes, na faixa etária de 15 anos, cursando o primeiro ano do ensino médio, 75,6% estudam em escola pública; 60,6% são do sexo feminino; em relação a cor 55,4% são pardos e 22,1% são brancos. Quanto à existência de bens materiais, 26,4% possui telefone fixo, 90,5% tem celular, 90,9% possui internet em casa, os familiares de 57,9% possuem carro e de 46,5% tem moto e 98,2% residem em casa com banheiro interno. Em relação a situação vacinal, 75,5% informaram que tomaram a vacina contra HPV. Os fatores mais associados ao status de vacinação dos adolescentes em toda a amostra, foi ser do sexo feminino e os pais terem se envolvido na decisão de tomar a vacina. Conclusão: Os adolescentes do estudo, apresentam boa condição econômica, parte deles com iniciação sexual de forma precoce, antes dos 15 anos de idade e com diversidade de orientação sexual. O conhecimento em relação a vacina contra HPV, expresso na variável ‘os homens não pegam HPV’, favoreceu a adesão a vacinação, acredita-se que o conhecimento sobre o HPV e sua relação com câncer de colo de útero e demais tipos de lesões e cânceres, podem contribuir no interesse em obter a vacina contra o HPV. A cobertura vacinal encontrada nesse estudo, com as adolescentes foi de 94,4% e, entre os adolescentes do sexo masculino foi de 46,3%. Os dados obtidos na pesquisa, não corresponde a encontrada atualmente, que registra baixa cobertura, portanto é necessário repensar as estratégias de oferta da vacina para esse público.

  • ANNA LARISSA DE CASTRO REGO
  • EFETIVIDADE DE CHECKLIST NA VISITA MULTIPROFISSIONAL PARA SEGURANÇA DO PACIENTE CRÍTICO: ESTUDO QUASE EXPERIMENTAL
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 22/08/2019
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  • Os pacientes críticos estão sujeitos a uma maior quantidade de eventos adversos devido a gravidade de seu estado de saúde e frequência de intervenções invasivas repetidas por profissionais diferentes. Além que o processo de troca de informação entre a equipe multidisciplinar sofre interferências por barreiras que prejudicam o cuidado seguro. No entanto, rounds a beira leito realizados por intensivistas podem melhorar os desfechos. Assim, o objeto deste estudo foi A efetividade do checklist para visita multiprofissional. Dessa forma, objetivou-se Analisar a efetividade de checklist na visita multiprofissional para melhoria dos indicadores de Segurança do Paciente crítico. Trata-se de um estudo quase experimental. O campo de estudo foi composto por uma UTI de um hospital universitário no estado do Piauí, Brasil. Este estudo contemplou 91 profissionais e 233 pacientes internados na UTI entre os meses de julho a dezembro de 2018. A coleta de dados ocorreu mediante o preenchimento das listas de verificações durante as visitas multiprofissionais, do questionário intitulado Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais, questionário sobre opinião do uso do checklist pelos profissionais e coleta pela pesquisadora dos dados clínicos dos pacientes. Os dados foram analisados com auxílio do Software Hospital Survey Excel Tool 1.8 por meio de análise estatística descritiva e software Statistical Package for the Social Sciences com análise descritiva e ainda aplicado o teste de Qui-Quadrado e t de Student, respectivamente. Para todos os testes estatísticos aplicados o nível de significância foi de 5%. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com certificado de apresentação para apreciação ética número 95774418.7.0000.5214. A partir das análises quanto aos profissionais, a maioria avaliou a cultura de segurança como regular e que não relatou nenhuma notificação nos últimos 12 meses. Caracterizou-se como dimensões de cultura de segurança fortes expectativas e ações do gestor/ promoção da segurança do paciente pela gestão, e como dimensões frágeis ou com oportunidade de melhoria, suporte e gerenciamento para segurança do paciente, percepções gerais da segurança do paciente, frequência de eventos relatados, trabalho em equipe entre as unidades, transferências e passagem e plantão e resposta não punitiva ao erro. No que diz respeito ao preenchimento dos checklists, os planos terapêuticos não obtiveram 50% de preenchimento, o que sugere pouco registro por parte dos profissionais. Sobre a opinião do uso do checklist, os profissionais afirmaram que a visita aumentou a compreensão sobre o quadro clínico apresentado pelo paciente e contribuiu de forma positiva na comunicação e para aumentar segurança do paciente na UTI. Porém, que as visitas guiadas pelo checklist despendiam de um temo prolongado e que muitos não preencheram efetivamente os campos destinados, sendo sugerido alteração da dinâmica adotada. Quanto aos pacientes, não foi evidenciado diferença estatística entre as características clínicas com o grupo comparação e o grupo intervenção. E houve diminuição da incidência de indicadores que podem sugerir o aumento de medidas profiláticas, no entanto, não houve redução da taxa de mortalidade e tempo médio internação.

  • MARIA ADELAIDE DUARTE CLAUDINO
  • CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO COM IDOSOS
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 29/05/2019
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  • O aumento na proporção e longevidade da população idosa associado as limitações próprias do envelhecimento e a crescente inserção desse segmento no cenário do trânsito tem levado a um número maior de idosos vítimas de acidentes de transportes, tornando a questão um problema de saúde pública mundial. Por ser um evento previsível e evitável, é necessário buscar estratégias para prevenção e assim, manter a segurança nas vias, preservando a vida dessa parcela vulnerável, mas significativa da sociedade. Objetivo: Descrever o processo de construção e avaliação de uma cartilha educativa para prevenção de acidentes de trânsito com idosos. Método: Trata-se de um estudo metodológico iniciado em dezembro de 2017 e que foram utilizadas as seguintes etapas: diagnóstico situacional, por meio de grupos focais realizados com 24 idosos das unidades básicas de saúde dos bairros Promorar, Parque Piauí e Saci no município de Teresina- Piauí; revisão integrativa; elaboração da cartilha e as etapas de avaliação do material por juízes especialistas e pelo público-alvo. Para a coleta de dados foram utilizados o Mini Exame do Estado Mental, instrumento de avaliação de aparência adaptado do Suitability Assessment of Materials, Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo em Saúde e formulários de caracterização sociodemográfico, clínico e para condução dos grupos focais. No processamento de dados dos grupos focais foi utilizado o software Iramuteq, obtendo-se a análise por meio da Classificação Hierárquica Descendente. O estudo atendeu as exigências da Resolução 466/12 e o parecer favorável à sua realização foi emitido pelo Comitê de ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados e Discussão: No diagnóstico situacional, desenvolvido nos grupos focais com idosos, extraiu-se informações acerca dos conhecimentos e opiniões sobre os acidentes de trânsito, com elaboração das categorias: fiscalização e punição às infrações de trânsito, o envelhecimento e o trânsito, estratégias de prevenção no trânsito na percepção dos idosos e medidas de segurança para pedestres idosos. A etapa de revisão integrativa resultou em uma amostra de 20 artigos que responderam à questão do estudo. Após isso, realizou-se a elaboração da cartilha a partir das informações levantadas anteriormente e consultado um designer para confecção das ilustrações. Para a etapa de avaliação do conteúdo e aparência foram selecionados 22 juízes, conforme critérios pré-estabelecidos, que avaliaram a cartilha como adequada com Coeficiente de Validade de Conteúdo total de 0,92, constatando-se um excelente nível de concordância entre as respostas e pelo de Kappa, com grau de concordância de valores entre medianos a excelentes, de 0,52 a 0,83. Quanto a aparência do material a partir do escore do Suitability Assessment of Materials, todos os 22 idosos participantes avaliaram a cartilha com índices de 86 a 100%, ou seja, o material foi considerado excelente por eles. Conclusão: A construção e avaliação da cartilha educativa “Segurança dos idosos no trânsito: a vida em primeiro lugar!” passou por um rigoroso processo de desenvolvimento do material e avaliação. Entretanto, mesmo com os resultados positivos das avaliações, a cartilha sofreu modificações, ajustes e acréscimos diante das sugestões e contribuições, a fim de torná-la mais eficaz no seu propósito, de forma que passou de 24 para 28 páginas em sua versão final. Acredita-se que o uso deste material pelos idosos proporcionará um ir e vir com segurança e qualidade, tendo em vista que se constitui em uma tecnologia ilustrada, capaz de facilitar a aquisição de conhecimentos por parte destes, memorização dos riscos e ações de prevenção relacionados aos acidentes de trânsito.

  • ALINE BEATRIZ ROCHA PAULA
  • TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO STUDENT NURSE STRESS INDEX PARA O BRASIL
  • Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
  • Data: 26/04/2019
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  • A epidemiologia dos transtornos mentais tem chamado atenção nos últimos anos. Dentre eles, o estresse vem se destacando entre enfermeiros e estudantes. Portanto, a avaliação dos fatores estressores, mais especificamente nesta população, é de suma importância para o entendimento e enfrentamento do problema. Com isso, este estudo teve como objetivo, traduzir e adaptar transculturalmente o Student Nurse Stress Index para a realidade brasileira. Trata-se de estudo metodológico de tradução e adaptação transcultural com base em referencial teórico específico e, que possui as seguintes etapas: tradução e síntese das traduções, retrotradução e síntese das retrotraduções, revisão pelo comitê de especialistas, pré-teste e revisão final. O instrumento foi desenvolvido por Jones e Johnston em 1999, no Reino Unido, e conta com 22 itens organizados numa escala do tipo likert. Foram utilizadas duas amostras: uma de especialistas (3) e outra de estudantes de enfermagem (40). Os dados foram coletados a partir de instrumentos próprios e/ou adaptados (questionário socioeconômico, de avaliação e traduções) e foi utilizado o software Statiscal Package for Social Sciences para análise descritiva e o cálculo dos coeficientes Kappa e alpha de Cronbach. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com parecer número 2.640.836. Considerando a amostra de estudantes que participaram do estudo, pode-se perceber que a maioria deles era do sexo feminino (90%), solteiros (87,5%), desempregados (80%), estuda em média 11 horas por semana e dorme 6 horas por dia; e, avaliaram como muito boa a face e o conteúdo do instrumento concordando substancialmente (kappa 0,74 e p-valor igual a 0). A amostra de juízes obteve uma concordância regular em suas avaliações e, o instrumento traduzido (SNSI-Brasil) demonstrou uma boa consistência interna (0,80). Sendo assim, concluiu-se que o SNSI-Brasil é válido quanto a face e conteúdo e possui uma boa consistência interna podendo ser comparado as suas outras versões utilizadas em outros países. Contudo, vale salientar que ainda se faz necessário um estudo de validação do instrumento.

  • FRANCISCA FABIANA FERNANDES LIMA
  • TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO HOSPITAL NURSES QUALITY OF WORK LIFE QUESTIONNAIRE PARA O BRASIL
  • Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
  • Data: 24/04/2019
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  • A qualidade de vida do enfermeiro hospitalar abrange aspectos físicos, psicológicos e sociais. Portanto, sua avaliação deve ser multidimensional para melhoria das condições de trabalho. Nesse sentido, objetivou-se traduzir e adaptar transculturalmente o instrumento Hospital Nurses Quality of Work Life Questionnaire (HNQWLQ) para o português do Brasil. Trata-se de um estudo metodológico desenvolvido com base no referencial teórico de Beaton et al (2007), que abrangeu tradução, síntese das traduções, retrotradução, revisão por um comitê de experts, realização de pré-teste e revisão final. O instrumento foi criado na China, em 2016, para avaliação da qualidade de vida de enfermeiros que trabalhavam em âmbito hospitalar. Essa pesquisa foi desenvolvida em um hospital público localizado no município de Teresina-Piauí, instituição referência para a região nordeste e que possui um elevado quantitativo de enfermeiros. A amostra foi composta por dois grupos de participantes, o primeiro formado por 5 experts, conforme recomenda Nielsen (1993). Esse grupo foi composto por uma doutora em ciências que trabalha com a temática tradução e adaptação de instrumentos de medidas, três doutores em ciências com atuação na área de saúde do trabalhador, e uma doutora em ciências que possui expertise na temática qualidade de vida. O segundo grupo, para realização do pré-teste, foi formado por 30 enfermeiros que prestam serviços assistenciais no âmbito hospitalar, sendo a amostra selecionada por conveniência. Os critérios de inclusão para os experts foram baseados em Fehring (1994) e para os enfermeiros foi estar em exercício profissional por período mínimo de 6 meses. A coleta de dados foi realizada por meio das traduções, retrotraduções e aplicação do pré-teste. A análise qualitativa de equivalência semântica, idiomática, conceitual e cultural foi desenvolvida, bem como a análise quantitativa dos dados com o Statistical Package for the Social Sciences versão 22.0. O estudo respeitou todos os preceitos éticos contidos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, e possui parecer 2.570.003. O processo de tradução e adaptação transcultural seguiu rigorosamente todas as etapas preconizadas por Beaton e colaboradores, sendo a tradução realizada por dois brasileiros e as retrotraduçoes por uma irlandesa e um canadense. A análise das equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual foi desenvolvida pelo grupo de experts para obtenção da harmonização e naturalização ao idioma português brasileiro. Cabe ressaltar que, a maioria das modificações foram realizadas na seção de dados sociodemográficos. De acordo com o cálculo do coeficiente Kappa de Fleiss a concordância entre os experts foi classificada como leve. Os enfermeiros que participaram do pré-teste eram predominantemente do sexo feminino, com faixa etária compreendida entre menos de 26 a 50 anos. Na realização do pré-teste, houve resistência dos enfermeiros para participação, devido a extensão do questionário, no entanto após consentimento positivo consideraram o instrumento como bom e de fácil compreensão. Desse modo, o instrumento traduzido e adaptado manteve suas propriedades psicométricas originais, apresentou boa concordância entre as equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual entre os experts, e é compreensível ao público para o qual foi adaptado. Portanto, está adequado para avaliação da qualidade de vida de enfermeiros hospitalares do Brasil.

  • MARCELO PRADO SANTIAGO
  • NARRATIVAS DE MULHERES SOBRE O USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO PERÍODO GRAVÍDICO-PUERPERAL
  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 17/04/2019
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  • O relacionamento e o interesse humano no meio ambiente, e especialmente vegetais, remonta a milhares de anos. A gravidez é um período em que a mãe está disposta a usar qualquer meio para garantir uma boa gravidez, incluindo o uso de plantas medicinais, às vezes indistintas. Esta pesquisa tem como objetivo descrever o conhecimento que as mulheres detêm a cerca da promoção da saúde com o uso de plantas medicinais e analisar a forma de uso de plantas medicinais/fitoterápicos por mulher e suas implicações para os cuidados básicos de saúde durante o período gravídico-puerperal. É um estudo de abordagem qualitativa, tipo exploratório descritivo, utilizando o método narrativa de vida, de Daniel Bertaux. Teve como participantes da pesquisa foram 12 puérperas internadas em um maternidade pública de referência da cidade de Teresina-PI. Utilizou-se a entrevista como técnica de produção de dados, por meio de um formulário para obtenção de informações sociodemográficas, culturais e gineco-obstétricas e da pergunta norteadora "Fale-me a respeito de sua vida que tenha relação com o usos de plantas medicinais na gravidez, parto e puerpéio". Os resultados compreenderam a caracterização das participantes e as narrativas de vida das mulheres sobre as formas de uso das plantas medicinais e fitoterápicos no período gravídico-puerperal, emergindo assim quatro categorias temáticas: uso das plantas medicinais e fitoterápicos no período gravídico-puerperal, indicação empírica sobre a utilização de plantas medicinais/fitoterápicos; emoções e sentimentos de mulheres a cerca do uso de plantas medicinais no período gravídico-puerperal; plantas medicinais usadas como meio abortivo por mulheres. A principal forma de uso de plantas medicinais relatada por meio de "chá", utilizando para os mais diversos fins (calmante, indutor da contração uterina, analgésico, anti-inflamatório, profilático contra infecções, ansiolítico, depurativo sanguíneo, abortivo). As indicações empíricas, realizados por familiares, principalmente mães e avós, foram predominantes neste estudo. Os sentimentos de confiança e medo na utilização das plantas medicinais foram os mais relatados, assim como o arrependimento na realização da interrupção da gravidez, por meio do uso de plantas medicinais. Esse estudo possibilita a caracterização do panorama das participantes em relação à forma de como as plantas medicinais foram e são utilizadas no período gravídico-puerperal. Característica que auxilia a fomentar o planejamento de ações que devem ser elaboradas para definir melhor critério e a melhor forma de uso das plantas medicinais na gravidez, uma vez que esta ação possui benefícios e malefícios, e ficou caracterizado que nem todas as mulheres possuem o conhecimento necessário para identificar a melhor forma de utilizar plantas medicinais na gestação.

      

     

  • INGRID MOURA DE ABREU
  • GERENCIAMENTO DE RISCOS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE: AÇÕES DO ENFERMEIRO
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 10/04/2019
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  • A deficiência na segurança do paciente causa aumento do risco da ocorrência de erros e eventos adversos. Para que o paciente receba uma assistência de excelência com uma exposição ao mínimo de riscos à sua saúde é imprescindível a implementação do gerenciamento de riscos. Neste sentido, este estudo tem como objetivos discutir o conhecimento dos enfermeiros sobre Gerenciamento de Riscos e Segurança do paciente, conhecer os riscos para a segurança do paciente mais frequentes, discutir a atuação reativa e proativa dos enfermeiros diante dos riscos para a segurança do paciente, elaborar coletivamente, um Plano de Ações de enfermagem voltado para o gerenciamento do risco prioritário identificado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada no referencial metodológico da pesquisa Convergente-Assistencial, desenvolvido nos postos de internação de um hospital acreditado, na cidade de Teresina-PI. Para a construção dos dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e grupo focal, participaram deste estudo 22 enfermeiros. A análise qualitativa dos dados obtidos foi realizada pelo software IRAMUTEQ, para a análise do texto definiu-se o método da Classificação Hierárquica Descendente, para a análise de conteúdo utilizou-se a técnica de análise temática ou categorial de Minayo. O projeto do presente estudo foi encaminhado para apreciação no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, aprovado com parecer: 2.404.180 e CAAE: 79588917.0.0000.5214. Dos relatos analisados pela técnica de conteúdo de Minayo emergiram três categorias: Segurança do paciente e gerenciamento de riscos na perspectiva de enfermeiros, Gerenciamento de riscos: Um olhar para a atuação reativa, Atitudes e vivências: Consolidando um gerenciamento de riscos proativo. Os resultados revelaram que os profissionais possuem conhecimento sobre a essência do significado e aplicabilidade dos temas, refletindo o avanço que se obteve nos últimos anos. Como riscos mais frequentes destacam-se o risco de queda, risco de lesão por pressão, risco de erro de medicação e risco de extravasamento de quimioterapia, este último identificado como prioritário pelos participantes. No tocante a atuação reativa frente aos erros, nota-se uma fase de transição, em que os profissionais entendem a importância do estabelecimento de uma cultura de aprendizagem, mas a cultura punitiva e cultura de culpa ainda se mostra presente. Essa fase de transição também é percebida nos discursos associados à cultura de segurança, presente nas atitudes de avaliação de riscos e utilização de protocolos para manutenção da segurança do paciente. Os grupos focais resultaram na construção coletiva da proposta do Plano de Ações de enfermagem voltado para o gerenciamento do risco de extravasamento de quimioterapia. Dessa forma, considerou-se que mesmo com a evolução que os profissionais e instituições de saúde têm passado com relação a segurança do paciente e cuidado seguro, ainda é necessário abolir algumas características culturais que impedem esse progresso, como a cultura punitiva e abordagem não sistêmica dos erros, associando isso a prática de educação permanente é possível alcançar melhorias significativas na qualidade da assistência prestada. Espera-se que o diálogo entre profissionais e a troca de experiências auxiliem no planejamento dos cuidados, tornando possível sugerir planos de cuidados assistenciais com foco na segurança e qualidade.

  • NATHALIA KELLY DE SOUSA ANDRADE
  • OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM PARA INTERPRETAÇÃO DE GASES SANGUÍNEOS ARTERIAIS PELA ENFERMAGEM
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 22/03/2019
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  • Introdução: a revolução tecnológica teve disseminação rápida na sociedade, por meio das tecnologias de informação e comunicação, as quais permitem a propagação de informações de forma ágil e horizontal, reduzindo barreiras espaciais. A informática tem sido aliada do ensino de qualidade, no qual se inserem os objetos virtuais de aprendizagem para facilitar o processo de ensino-aprendizagem. A necessidade de assistência segura impõe que o enfermeiro atualize os conhecimentos para interpretação de gases sanguíneos arteriais, pois a amostra da gasometria arterial revela alterações respiratórias e metabólicas do paciente. Objetivo: avaliar um objeto virtual de aprendizagem para interpretação de gases sanguíneos arteriais pela Enfermagem entre enfermeiros atuantes nas áreas de clínica médica e ou terapia intensiva. Método: estudo metodológico de abordagem quantitativa, realizado no período de julho a novembro de 2018, após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa que seguiu o Design Instrucional Contextualizado constituído por cinco etapas: análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação. A qualidade do objeto virtual foi avaliada por oito enfermeiros que atuavam nas áreas de clínica médica e ou terapia intensiva, por meio do Learning Object Review Instrument. Resultados: desenvolveu-se o objeto virtual para interpretação de gases sanguíneos arteriais pela Enfermagem, que foi hospedado no Ambiente Virtual de Aprendizagem do Canvas. O conteúdo digital é composto por seis Unidades: introdutória, componentes da gasometria arterial e valores de normalidade, desequilíbrios acidobásicos, compensação dos desequilíbrios acidobásicos, interpretação do exame de gasometria arterial por meio do método de Romanski, resolução de casos clínicos e avaliação do objeto virtual. Evidenciou-se que dos itens avaliados, a qualidade do conteúdo e alinhamento dos objetivos de aprendizagem receberam melhores avaliações, com escores 4 e 5. Os itens feedback e adaptação, design de apresentação e acessibilidade receberam avaliações inferiores a 3 (bom), entretanto, a maioria das respostas estava atribuída a escore igual ou acima de 3. Os enfermeiros tiveram alta porcentagem de concordância com relação a qualidade do objeto virtual, exceto para acessibilidade. Conclusão: o objeto virtual de aprendizagem para interpretação de gases sanguíneos arteriais pela Enfermagem foi considerado válido pelos enfermeiros atuantes nas áreas de clínica médica e ou terapia intensiva, no que diz respeito a qualidade. Em estudo futuro pretende-se realizar a validação técnica do objeto virtual com pessoas da área de Informática e implementá-lo com alunos de Enfermagem e enfermeiros que trabalham em ambientes de cuidados críticos de saúde.

  • ANA PAULA MOUSINHO TAVARES
  • ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E VALIDAÇÃO DO HEALTH PROFESSIONAL EDUCATION IN PATIENT SAFETY SURVEY PARA O CONTEXTO BRASILEIRO
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 22/03/2019
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  • INTRODUÇÃO: pesquisas que avaliem quantitativamente, por meio de instrumentos de medidas, o ensino sobre segurança do paciente, constituem uma lacuna na produção científica brasileira. Portanto, há uma premência de adaptar e validar instrumentos capazes de mensurar o conhecimento e as competências em segurança do paciente. OBJETIVO: adaptar transculturalmente e validar para o português do Brasil o Health Professional Education in Patient Safety Survey. METODOLOGIA: estudo metodológico de adaptação transcultural e validação do instrumento Health Professional Education in Patient Safety Survey. A adaptação transcultural consiste em cinco etapas: 1- tradução inicial; 2- síntese das traduções; 3- retrotradução (backtranslation); 4- análise das equivalências; 5- Pré-teste. Nesse estudo, a etapa 5 referente ao pré-teste foi combinada à etapa 1 do processo de validação por se tratar de mesma amostra. A validação de conteúdo foi finalizada com a análise de conteúdo feita pela comissão de especialistas. A amostra foi constituída por três grupos, o primeiro com seis enfermeiros que formaram a comissão de especialistas I, o segundo com seis enfermeiros que compuseram a comissão de especialistas II, e o terceiro formado por 34 estudantes de enfermagem que participaram da etapa de validação. Os dados foram analisados pelo programa Statistical package for social Science; para o cálculo da extensão de concordância entre os especialistas da validação, foi calculado o coeficiente de validade de conteúdo, e o valor médio do Kappa de Cohen para análise das equivalências. A pesquisa atendeu as normatizações éticas nacionais e obteve aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. RESULTADOS: A tradução incial foi realizada por dois tradutores indenpendentes (T1 e T2), em seguida, foi confeccionada a versão síntese das traduções (T12). Na terceira etapa, a síntese das traduções foi submetida a retrotradução, gerando duas versões m inglês (RT1 e RT2). A comissão de especialistas analisou as equivalências semântica, idiomática, experimental e conceitual das versões (T1, T2, T12, RT1 e RT2) e a versão original do instrumento. A versão pré-final foi submetida a pré-teste realizado com os estudantes de enfermagem, os quais sugeriram alterações. Por fim, esta versão foi submetida à validação de conteúdo originando a versão final. CONCLUSÃO: a versão brasileira foi traduzida, adaptada e validada em seu conteúdo, considera-se o tratamento das propriedades psicométricas do instrumento, como confiabilidade e validade, para afirmar que o instrumento adaptado reflete medidas confiáveis e reais sobre o construto alvo.

  • KHELYANE MESQUITA DE CARVALHO
  • EFEITOS DE INTERVENÇÕES EDUCATIVAS NA QUALIDADE DE SONO DE IDOSOS: ESTUDO RANDOMIZADO CONTROLADO
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 27/02/2019
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  • Objetivo: Comparar a efetividade de intervenção educativa mediada por cartilha com orientações de enfermagem durante visita domiciliar na melhora de parâmetros da qualidade de sono de idosos. Método: Tratou-se de estudo multimétodo, realizado a partir de pesquisa metodológica (na qual foi construída e validada cartilha educativa) e de ensaio randomizado controlado, no qual ocorreu comparação entre intervenções educativas, em dois grupos distintos, distribuídos randomicamente, a partir do software R. No grupo 1 (62 idosos) as intervenções foram mediadas por cartilha educativa e no grupo 2 (64 idosos) por orientações de enfermagem. Ambas as intervenções foram realizadas durante visita domiciliar. Os testes estatísticos foram realizados com nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. A construção da cartilha educativa considerou o compilado de duas revisões integrativas sobre uso de terapia não farmacológica para sono e os tipos de intervenções educativas exitosas para idosos. Além de utilizar o modelo teórico de crença em saúde e resultados obtidos em três grupos focais. As diretrizes éticas preconizadas pela Resolução 466/12 foram respeitadas e os resultados desta investigação encontram-se submetidos para apreciação no Registro Brasileiro de Ensaios Clínico (ReBEC). Resultados: A cartilha foi considerada válida quanto ao conteúdo e aparência ambos com I-CVI igual a 1 e as sugestões de juízes e público alvo, para pequenos ajustes, foram consideradas. No tocante ao experimento, a população foi composta por 126 idosos com qualidade de sono prejudicada, de ambos os sexos, assistidos pela ESF do município de Bom Jesus-PI. A significância estatística no grupo submetido às orientações de enfermagem mediada por cartilha foi confirmada na melhora de seis parâmetros dos 10 analisados (p>0,001). O grupo submetido às orientações verbais de enfermagem também apresentou melhora significativa em seis dos 10 parâmetros analisados (p>0,001). Os grupos se mostraram semelhantes e apenas os parâmetros minutos para dormir e preocupação foram estatisticamente diferente nos dois grupos. A semelhança dos grupos se deveu a parâmetros tais como PSQI, EPWORT, qualidade do sono (em boa, ruim ou distúrbio do sono), dificuldade para dormir em até 30 minutos, eficiência do sono, autoclassificação do sono, acordar no meio da noite e despertar noturno para ir ao banheiro. Conclusão: A intervenção educativa mediada por cartilha e orientações de enfermagem melhoram parâmetros da qualidade de sono de idosos.

  • ÍTALO ARÃO PEREIRA RIBEIRO
  • CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS POR TRABALHADORES DE SAÚDE
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 27/02/2019
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  • Introdução: o trabalho é compreendido como uma atividade imprescindível para a vida do indivíduo. Assim, as condições e aspectos que permeiam a sua funcionalidade e o seu ambiente, afetam diretamente os indivíduos envolvidos nesse meio, o que, por sua vez, podem ocasionar diversos problemas de origem física, mental, psíquica e social, dando margem para esses trabalhadores buscarem no consumo de substâncias psicoativas, uma solução rápida e de alívio para os transtornos acarretados pelo trabalho. Objetivo: avaliar o uso de substâncias psicoativas por trabalhadores de saúde de um serviço hospitalar. Método: estudo analítico-observacional, transversal realizado em uma instituição de saúde, de alta complexidade e referência no atendimento às urgências do estado do Piauí, realizado no período de março/2017 a outubro de 2018. A amostra foi constituída por 289 trabalhadores de saúde, de diferentes categorias profissionais, efetivos e que se encontravam há mais de um ano em atividade laboral na referida instituição. Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário para caracterização sociodemográfica, ocupacional, de saúde autorreferida e de consumo de substâncias psicoativas, elaborado pelos próprios pesquisadores, além dos instrumentos: Teste de Identificação de Problemas Relacionados ao Uso de Álcool (AUDIT) e o Teste de Triagem do Envolvimento com Álcool, Cigarro e outras Substâncias (ASSIST). Utilizou-se o Software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0, para a realização da análise estatística descritiva e os testes de Kolmogorov-Smirnov, Qui Quadrado de Person, U de Mann-Whitney e o WALD para análise inferencial dos dados. O estudo atendeu as exigências da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e o parecer favorável à sua realização foi emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: entre os 289 participantes predominaram trabalhadores do sexo feminino178 (61,6%), com faixa etária média de 35,4 anos, casados 127 (43,9%), religião católica 214 (74,0%), com escolaridade de nível técnico 131 (45,3%) e categoria profissional de Técnico em Enfermagem 144 (49,8%). Quanto aos aspectos ocupacionais, observou-se que o grau de exigência para a rotina de trabalho foi considerado alto por 165 (57,09%) e o grau da carga de trabalho foi alto para 145 (50,2%). Quanto aos tipos de exigências do trabalho: físico - alto para 128 (44,3%), mental - alto para 203 (70,2%) e emocional - alto para 168 (58,1%). Em relação ao grau de satisfação com o trabalho, prevaleceu o moderado 143 (49,5%). No que se refere às condições de saúde autorreferidas, a maioria dos participantes negaram a existência de qualquer doença crônica 239 (82,7%), quanto ao estado de saúde atual 130 (45,0%) a classificaram como bom, enquanto que 180 (62,3%) dos participantes consideraram o estado de saúde, antes do trabalho, como muito bom, sendo o cansaço mental 119 (41,2%), cansaço físico 112 (38,8%), o estresse 110 (38,1%) e a ansiedade 96 (33,2%), os principais agravos de saúde mais citados, relacionados ao trabalho. No que tange o consumo de SPAs, verificou-se a prevalência do consumo de álcool 170 (41,40%), seguido do tabaco 77 (18,70%). Entre as substâncias de uso hospitalar e de prescrição médica, observou-se a prevalência dos hipnóticos/ sedativos 50 (12,20%), antidepressivos 47 (11,40%), e em seguida, os opiáceos 30 (7,30%). Conclusão: constatou-se que o consumo de SPAs é uma realidade presente na rotina dos trabalhadores de saúde, sendo mais prevalente entre as categorias médica, enfermagem e técnico em enfermagem, evidenciando o álcool e o tabaco como as principais substâncias mais consumidas.

  • NAYANA SANTOS ARÊA SOARES
  • POLÍTICA DE REDUÇÃO DE DANOS: conhecimentos, concepções e práticas dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 26/02/2019
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  • Introdução: A Política de Redução de Danos (PRD) surge como proposta desafiadora para as políticas públicas de saúde, especificamente por promover um delineamento de atenção direcionada aos usuários de substâncias psicoativas. A dicotomia entre as ações de liberdade e o paradigma da abstinência dificulta a consolidação de estratégias de saúde que sejam efetivamente direcionadas à necessidade individual do usuário, com o intuito de minimizar riscos e agravos à saúde. Objetivo: Analisar os conhecimentos, concepções e práticas dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) em relação à Política de Redução de Danos. Metodologia: Constituiu-se de um delineamento qualitativo, desenvolvido com vinte e quatro profissionais da Estratégia de Saúde da Família do município de Teresina, Piauí. A coleta foi realizada durante os meses de janeiro a abril de 2018 com uso da entrevista semiestruturada, seguida pela análise dos dados processados através do programa de software IRAMUTEQ, por meio da Análise de similitude e pelo método da Classificação Hierárquica Descendente. Resultados: Emergiram dois segmentos, cada um composto por duas classes: Segmento 01: Política de Redução de danos como estratégia de cuidados na Estratégia de Saúde da Família; e Segmento 02: Conhecimento sobre a Política de Redução de Danos. No primeiro, evidenciamos, na Classe 3, algumas ações de redução de danos desenvolvidas no cotidiano dos profissionais da ESF, enquanto que, na Classe 4, foi possível compreendermos a existência de possíveis articulações entre a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). No segundo segmento, houve a representatividade, na Classe 1, da concepção dos profissionais da ESF sobre a PRD, e a Classe 2 descreve o conhecimento dos profissionais sobre esta política. Conclusão: Os profissionais de saúde da ESF reconhecem a PRD como promissora, no momento em que admitem a necessidade de assistirem cada usuário em suas singularidades. Contudo, o cotidiano de suas práticas revela que são tímidas as ações efetivamente desenvolvidas e que ainda existe um enorme caminho a ser trilhado.

  • GISELLE MARY IBIAPINA BRITO
  • PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO HIV EM PESSOAS QUE VIVEM EM SITUAÇÃO DE RUA
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 19/02/2019
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  • Este estudo tem como objetivo estimar a prevalência da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em pessoas que vivem em situação de rua, em Teresina-Piauí. Trata-se de um estudo descritivo-transversal realizado no Centro de Referência para a população em situação de rua (Centro Pop). Os dados foram coletados no período de setembro de 2017 a setembro de 2018, por meio de um formulário estruturado, validado quanto à forma e ao conteúdo. Foi realizado o aconselhamento pré-teste e, em seguida, teste rápido para detecção do HIV. Os casos reagentes foram encaminhados, para o Serviço de Assistência Especializado. Os dados foram digitados no Microsoft Office Excel for Windows 2013 e exportados para o Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.00. As diferenças entre as proporções foram verificadas mediante aplicações dos testes Qui-quadrado de Pearson com correção ao nível de significância 5% (<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí. Participaram do estudo 204 pessoas em situação de rua, e a prevalência do HIV foi 3,9%. Do total, teve predomínio do sexo masculino (87,3%), com idade que variou de 20 a 70 anos, com média de 37,01 anos, 24,5% estão em situação de rua entre 1 a 5 anos, 89,7% declararam ser heterossexuais, 68,1 % tiveram a primeira relação sexual entre 13 a 18 anos. Em relação ao consumo de drogas, 64,7% já consumiram Crack e 33,3% ainda usam, 62,7% já fizeram o uso da cocaína, e 16,7% ainda a utilizam. Pessoas que vivem em situação de rua apresentam comportamento de risco elevado quando vivenciam circunstâncias que os expõem frequentemente ao HIV. Uma prevalência de 3,9% para o HIV foi considerada elevada quando comparada com outras populações. Recomendam-se ações educativas para ampliar o conhecimento das pessoas em situação de rua, principalmente, relacionado às medidas de prevenção do HIV e redução do consumo de drogas, com vistas à diminuição das práticas de risco para a infecção pelo vírus HIV.

  • LORRAINIE DE ALMEIDA GONÇALVES
  • RASTREIO DO CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS EM GESTANTES ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DO PIAUÍ
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 15/02/2019
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  • Introdução: O consumo de bebida alcoólica é fator de risco para o surgimento de problemas de saúde, consequências familiares, sociais e laborais. Ressalta-se um crescimento preocupante do padrão de consumo no universo feminino. Nesse universo, atenção especial deve ser dada às gestantes, visto que o uso de álcool durante a gravidez pode atingir o feto e produzir graves consequências para o desenvolvimento da criança, muitas delas com sequelas que invadem a vida adulta. Objetivo: realizar o rastreio do consumo de bebida alcoólica entre gestantes atendidas na atenção primária do Piauí. Metodologia: estudo transversal, descritivo, realizado mediante utilização do banco de dados, parte do macroprojeto intitulado “Violência, consumo de álcool e drogas no universo feminino: prevalências, fatores de risco e consequências à saúde mental. Os dados do banco de interesse desse estudo foram coletados de agosto de 2015 a março de 2016, por meio da aplicação do Alcohol Use Desorders Identification Test (AUDIT) e de um questionário estruturado e multidimensional contendo perguntas relacionadas aos aspectos socioeconômicos e às condições de saúde. Foram analisados dados de 75 mulheres que informaram estarem grávidas durante a coleta. Utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0 e foram realizadas estatísticas descritivas, como medidas de tendência central (frequência simples, média, moda, mediana, intervalo mínimo e máximo). O desenvolvimento do estudo ocorreu em conformidade com as exigências das diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, regidas pelas Resoluções n.º 466/2012 e n.º 510/2016. Resultados: A amostra caracterizou-se, predominantemente, por gestantes na faixa etária de 20 a 29 anos, não brancas, católicas, com companheiro, com oito anos ou mais de estudo e renda menor ou igual a dois salários mínimos. A maioria sem gestação anterior, sem morbidade e sem planejamento da gestação. A prevalência do consumo de álcool, a partir do AUDIT, foi de 40,0% para as gestantes, com padrão de consumo mensal. Conclusão: o rastreamento do consumo de bebidas alcoólicas entre gestantes na atenção primária deve ser utilizado para observar aspectos da saúde materno-infantil e para priorizar ações de educação em saúde. Faz-se necessário a formulação e o fortalecimento de estratégias e políticas públicas que abordem tais problemáticas no contexto de uma assistência integral e humanizada à saúde das mulheres.

  • VANESSA MOURA CARVALHO DE OLIVEIRA
  • ADESÃO E AVALIAÇÃO DA SOROCONVERSÃO À VACINA CONTRA HEPATITE B EM PESSOAS QUE VIVEM EM SITUAÇÃO DE RUA
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 06/02/2019
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  • Introdução: A hepatite B é um problema de saúde pública no mundo, considerando possibilidades de complicações hepáticas e prevalências elevadas com diferenças regionais. A forma mais eficaz de prevenção é através da vacinação contra essa infecção. Pesquisas mostram que a completude vacinal de três doses contra hepatite B tem sido difícil em populações de maior vulnerabilidade. Objetivo: avaliar a adesão e soroconversão à vacina contra hepatite B utilizando o esquema vacinal acelerado em pessoas que vivem em situação de rua. Método: Inicialmente realizou-se um estudo transversal para estimar a prevalência dos marcadores sorológicos da hepatite B. A seguir, foi realizada uma intervenção da vacina contra hepatite B nos participantes suscetíveis. O estudo foi realizado no Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro POP) no período de setembro de 2017 a setembro de 2018. O recrutamento dos participantes foi realizado por meio da amostragem não probabilística por conveniência. A coleta de dados foi desenvolvida seguindo as etapas: aplicação de um formulário, testagem rápida para detecção de hepatite B, coleta de 5ml de sangue periférico para pesquisa dos marcadores sorológicos HBsAg, Anti-HBc e Anti-HBs e vacinação contra hepatite B seguindo o regime de esquema acelerado de 0, 7 e 21 dias e realização do exame para detecção do marcador sorológico anti-HBs após 30 dias da terceira dose. Foi realizada a análise de frequência estatística descritiva e utilizado o teste de qui-quadrado e Wilconxon para testar a significância de diferenças entre proporções. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFPI com número de parecer 1.755.893. Resultados: foram entrevistadas 205 pessoas que vivem em situação de rua. Predominou o sexo masculino (86,8%), 52,2% tinham entre 31 e 49 anos, o estado civil da maioria foi solteiro (73,2%), cerca de 68,8% relataram possuir mais de 12 anos de estudo. Com relação ao comportamento sexual, 89,8% informaram ser heterossexuais, a maioria (68,3%) relatou idade de 13 a 18 anos na primeira relação sexual, a prática sexual vaginal foi a mais referida (64,5%). O consumo de álcool foi informado por 62,4% dos entrevistados. Do total de participantes, 138 (67,3%) realizaram exame para detecção de marcadores sorológicos da hepatite B e foram vacinados com a primeira dose de vacina para evitar as perdas. A prevalência geral da hepatite B foi de 39,9%. Após análise dos exames sorológicos, 84(60,8%) estavam elegíveis para a administração da segunda dose de vacina contra hepatite B. Desses, 38(27,5%) receberam a segunda dose de vacina e 8(5,8%) completaram o esquema vacinal. Foi realizado o exame para detecção do marcador sorológico Anti-HBs em 6 (75%) participantes sendo 5 (83,3%) com resultado reagente. O participante que não imunizou tinha 43 anos com relato de consumo de álcool e outras drogas há mais de quinze anos. A média geométrica dos títulos após a completude do esquema vacinal foi de 32,08. Conclusão: a adesão ao esquema vacinal acelerado contra hepatite B foi considerada baixa quando comparada com outros estudos. Recomenda-se investimento em estratégias de vacinação contra hepatite B e melhoria do acesso aos serviços de saúde e rede de apoio para ampliar oportunidades de vacinação para essa população. Sugere-se a realização de outros estudos tendo como base a vulnerabilidade programática a que estão expostos.

2018
Descrição
  • TEREZA CRISTINA ARAÚJO DA SILVA
  • SÍNDROME LOCOMOTORA EM IDOSOS E FATORES ASSOCIADOS
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 27/12/2018
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  • A síndrome locomotora consiste em uma condição clínica caracterizada por uma redução das funções de mobilidade em virtude dedisfunção em órgãos locomotores. Esta tem se mostrado fortemente associada aos principais distúrbios musculoesqueleticos prevalentes na população idosa; impactando significativamente na capacidade funcional do idoso, pondo-o em risco potencial de tornar-se dependende de cuidados de terceiros. Diante da relevância da temática em questão, a presente pesquisa objetivou avaliar a prevalência da Síndrome Locomotora (SLo) em idosos de um núcleo de atenção ao idoso e os fatores associados. Trata-se de um estudo do tipo transversal, com amostragem do tipo não-probabilística, por conveniência. A amostra foi composta por 204 idosos. A coleta de dados ocorreu no período de março à novembro de 2018, e se deu por meio da aplicação de um formulário para caracterização sociodemografica, clinica e de ocorrencia de quedas; da escala geriatrica da função locomotora de 25 itens (GLFS-25-P) e do índice de vulnerabilidade clínico-funcional de 20 itens (IVCF-20).Os dados foram analisados por meio do pacote Stata® versão 12, sendo realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais.O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí e atendeu os termos preconizados da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Dos participantes 85,8% eram do sexo feminino, com idade média de 70,4 anos; 34,3% referiram ter o ensino fundamental incompleto; 60,7% se auto declararam da cor pardae 93,6% possuiam uma fonte de renda. Quanto as características de estilo de vida88,7% referiram não consumir bebida alcóolica; 98% não fumar e todos os participantes prativacavam atividade fisica regularmente, na frequencia de 4 vezes e mais na semana.A hipertensão arterial sistêmica e doenças musculoesqueleticas, representadas pela osteoporose e artrose, foram autoreferidas, respectivamente, por 64,7% e 65,6% dos participantes. Quanto a ocorrência de quedas no último ano, 64,7% relataram não terem tido nenhum epsidódio de queda. No que concerne ao grau de vulnerabilidade clínico funcional,62,7% e 27,9% dos idosos  foram classificados, respectivamente, como baixo e moderado risco. A prevalência da SLo entre os idosos participantes foi de 37,2%. Em relação ao risco, 29% foi classificado em nível de risco I para a SLo. A prevalência da SLo apresentou uma associação estatisticamente significativativa com a coexistência de mais de uma patologia de base; com as doenças: Hipertensão arterial sistêmica, osteoporose, artrose e obesidade; com o o histórico de hospitalização no último anos; uso de algum apoio ou recurso para auxiliar a andar ou enxergar melhor; e ao grau de vulnerabilidade clíncio-funcional. Com o estudo identificou-se um baixa prevalência da SLo entre os idosos de um núcleo de promoção da terceira idade; e um percentual, não tão significativo, de idosos em nível de risco 1. No que concerne ao instrumento utilizado para rastreamento e diagnóstico da SLo, a Escala geriátrica da função locomotora de 25 itens (GLFS-25-P), se mostrou de fácil e rápida aplicação, e de fácil compreensão pelo idoso; sendo uma ferramenta útil e importante a ser considerada na avaliação global da pessoa idosa; podendo facilmente ser aplicada por qualquer profissional da saúde, inclusive pelo o enfermeiro; desde que estes tenha conhecimento da SLo quanto a sua etiologia, manifestações clínicas, rastreamento, diagnóstico e tratamento.O que remete a necessidade de que essa condição de saúde seja mais investigada e discutida em ambito nacional, a fim de se mobilizar profissionais, gestores e a própria comunidade quanto a sua relevância.

  • KARINNA ALVES AMORIM DE SOUSA
  • CONSTRUÇÃO, VALIDAÇÃO E EFEITO DE APLICATIVO MÓVEL NO CONHECIMENTO SOBRE HIV ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 21/12/2018
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  • O Brasil é o país mais afetado pela epidemia da Aids na América Latina, com um terço dos casos, apresentando maior crescimento entre jovens e adolescentes. Entre as populações prioritárias estão os estudantes universitários, que são predominantemente jovens. A população juvenil possui grande interesse em utilizar aplicativos móveis (apps), pois tem a possibilidade de conectar e acessar grande volume de dados e informações com mobilidade, flexibilidade e interação. A construção do conhecimento tem sido influenciada pelo uso da tecnologia, uma vez que esta exerce grande fascínio, sobretudo entre os jovens. Esta pesquisa tem como objetivo: desenvolver aplicativo móvel e analisar seu efeito no conhecimento de estudantes universitários sobre o HIV. Trata-se de estudo com dois subestudos: um metodológico e um de intervenção, randomizado, do tipo antes-depois. A coleta de dados será realizada no período de março a agosto de 2018, com uma amostra estratificada de 409 estudantes dos diferentes Centros de ensino da Universidade Federal do Piauí, nas seguintes etapas: 1 – Análise: levantamento das necessidades de informações sobre o HIV por meio de enquete; Randomização dos cursos e turmas para seleção dos estudantes; Aplicação do questionário “pré-intervenção” para avaliar conhecimento sobre o HIV; 2 – Design e desenvolvimento: construção e validação do aplicativo Educ@ids; 3 – Implementação: divulgação e orientações para o uso do aplicativo Educ@aids pelos estudantes universitários que compõem a amostra; 4 – Avaliação: levantamento da opinião dos participantes sobre o uso do aplicativo; aplicação do instrumento pós-intervenção para avaliar efeito do aplicativo no conhecimento sobre o HIV. A avaliação global do conhecimento sobre o HIV será definida com escores categorizados em três níveis ordenados de conhecimento: alto, médio e baixo. Será realizada uma análise descritiva das variáveis explicativas por meio de distribuição de frequência das variáveis categóricas e medidas de tendência central das variáveis contínuas. Os valores dos percentis 75 e 25 serão considerados como pontos de corte para o agrupamento da variável nas três categorias de conhecimento: Alto (>75), Médio (75-25) e Baixo (<25). Com o objetivo de avaliar se houve melhoria no conhecimento dos alunos sobre HIV após intervenção educativa, serão realizadas análises bivariadas e multivariadas. A comparação será realizada por meio do Teste de McNemar, ao nível de 0,05 de significância entre duas proporções com as amostras pareadas, quando será analisada a proporção de estudantes que melhoraram o conhecimento.

  • JONAS ALVES CARDOSO
  • LIMITAÇÃO DE ATIVIDADE FUNCIONAL E PARTICIPAÇÃO SOCIAL EM HANSENÍASE: FATORES ASSOCIADOS EM ÁREA HIPERENDÊMICA DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 21/12/2018
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  • INTRODUÇÃO: A hanseníase é considerada uma doença prioritária no âmbito da saúde pública no Brasil e em vários outros países. Milhares de pessoas são acometidaspela hanseníase no mundo e muitas sofrem com o estigma e o preconceito associados às incapacidades físicas e deficiências provocadas pela doença.OBJETIVO: Analisar a limitação de atividade, consciência de risco, o grau de restrição à participação social e fatores associados em pessoas acometidas pela hanseníase.MÉTODO: Estudo transversal, analítico, o qual buscou abordar toda a população diagnosticada com hanseníase residente no município de Floriano-PI e incluídas no SINAN, no período de 2001 a 2014. Foram avaliadas 228 pessoas. Para digitação e qualificação da base de dados foi usado o programa Epi-Info™, versão 7.1.3., e para as análises estatísticas, o SPSS, versão 20.0. Foram realizadas análises univariadas e para as bivariadas foi utilizado o teste Qui-quadrado. As variáveis que na análise bivariada apresentaram valor de p<0,20 foram submetidas à regressão logística. RESULTADOS: Houve predominância de pessoas do sexo feminino, faixa etária economicamente ativa, preta/parda, de religião católica, casadas, com ensino fundamental, renda entre um a dois salários mínimos, com moradia própria e que não recebiam ajuda de familiares e/ou amigos e nem de programas sociais. Foi observado maior proporção de paucibacilares (57,89%), forma clínica indeterminada (41,23%), com grau 1 de incapacidade física (60,09%). A maioria das pessoas não possuía limitação de atividade funcional(53,51%), a consciência de risco teve prevalência do escore zero (58,77%). Com relação a restrição à participação social, a expressiva maioria não apresentou restrição (81,5%).A limitação da atividadefoi associada a faixa etária de 20 a 29 anos e 60 anos ou mais; situação conjugal separado; ocupação aposentado e ter grau 1 ou grau 2 de incapacidade física; Apresentaram-se como fator de proteção: não possuir diabetes; a ausência de diagnóstico de depressão; a ausência de incapacidade de longa duração; qualidade de vida após hanseníase boa e muito boa; não receber ajuda.Verificou-se associação significativa entre a limitação de atividade funcional e consciência de risco, assim como entre limitação de atividade e participação social. Conclusão: Existe contexto de desigualdade social instalado e padrão clínico característico com a fase inicial da doença, sendo que alguns destes fatores pontuados estão associados a limitação de atividade e restrição a participação social relacionados a hanseníase. 

  • FRANCISCA ALINE AMARAL DA SILVA
  • LUTAS SIMBÓLICAS DE DOCENTES E DISCENTES PARA CRIAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM
  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 20/12/2018
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  • Introdução: Entre os anos de 2002 e 2008 discentes e docentes desenvolveram lutas simbólicas para criação e inserção do Curso de Bacharelado em Enfermagem no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual do Piauí. O resultado dessas lutas promoveu a aquisição de capital simbólico aos agentes sociais e consequente reconhecimento do curso. Objetivos: Os objetivos do trabalho são: descrever os antecedentes históricos da criação dos cursos de enfermagem do CCS da UESPI, compreender as estratégias de luta para a transferência dos alunos dos municípios-polos para Teresina e seu processo de formação e analisar as lutas simbólicas dos discentes e docentes para a inserção do curso de Enfermagem no CCS da UESPI. Método: Trata-se de uma pesquisa sócio-histórico, com base nos conceitos de poder simbólico, violência simbólica, campo, habitus e capital do sociólogo Pierre Bourdieu. A produção dos dados foi embasada na história oral temática segundo Meihy e tiveram duração média de 45 minutos. Foram realizadas dezessete entrevistas com: cinco coordenadores do curso de enfermagem, seis egressos, dois diretores do Centro de Ciências da Saúde e quatro docentes. Os documentos utilizados foram atas de reunião de Conselho de Centro, memorandos, ofícios, leis e decretos que tratavam sobre o curso de enfermagem e fontes iconográficas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o número de parecer 2.139.940. Resultados: Os resultados foram agrupados em três capítulos: Antecedentes históricos para criação do curso de Enfermagem no Centro de Ciências da Saúde; Estratégias e mobilizações dos docentes para conclusão do curso em Teresina e Lutas simbólicas para inserção da primeira turma de Enfermagem no campus de Teresina da Universidade Estadual do Piauí – 2008 a 2012. Os achados apontam que a Universidade Estadual passou por um processo desordenado de expansão com oferta de Cursos de Bacharelado em Enfermagem em vários municípios de forma desordenada. Desse modo, os discentes e docentes elaboraram estratégias de lutas com intuito da transferência dos alunos para campi estruturados. No entanto as condições precárias do curso de enfermagem causaram descontentamento e os agentes sociais empreenderam novas lutas. Como resultado foi possível o reconhecimento do Curso de Bacharelado em Enfermagem e a oferta de vagas no ano de 2008 para a cidade de Teresina. A partir do ingresso da primeira turma outras estratégias foram elaboradas para a efetiva inserção do curso. Conclusão: O Curso de Bacharelado em Enfermagem na cidade de Teresina foi criado em 2008 e lutas simbólicas foram travadas por seus agentes sociais para seu reconhecimento no ambiente acadêmico e na sociedade piauiense, que resultou em ganho de capital pelos integrantes do curso de enfermagem.

  • CLAUDIA DANIELLA AVELINO VASCONCELOS BENICIO
  • AVALIAÇÃO DO IMPACTO DE BLOG NA AUTOCONFIANÇA DE PACIENTES E CUIDADORES PRATICANTES DO CATETERISMO INTERMITENTE LIMPO
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 18/12/2018
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  • Introdução: A internet possibilitou inovação nas áreas da Educação e Saúde, facilitando o acesso a conteúdos pouco explorados, como o Cateterismo Intermitente Limpo, cujo desconhecimento repercute negativamente na vida das pessoas comprometendo o seu bem-estar em vários aspectos. Objetivo: Avaliar o impacto deblog sobre o Cateterismo Intermitente Limpo na autoconfiança de pacientes e cuidadores. Materiais e métodos: Trata-se deestudo multimétodos, constituído portrês subestudos. O primeiro, transversal e analítico, intitulado Pacientes e cuidadores praticantes do Cateterismo Intermitente Limpo e suas necessidades; o segundo: Construção e Validação em aparência, conteúdo e ergonomia de blog acerca dos cuidados de enfermagem no Cateterismo Intermitente Limpo e, o último: quase experimental,comparandoa autoconfiança dos participantes antes e após a implementação do blog.A pesquisa foi realizada em estabelecimento de saúde pública, localizado em Teresina.A amostra foi constituída por 41 pacientes e 16 cuidadores,homens e mulheres, com idade a partir de 18 anos. Os dados foramprocessados pelosSoftwares livres “R” versão 3.5.1 e PSPP versão 1.1.0. As variáveis quantitativas foram avaliadas por meio de estatística descritiva e as qualitativas usando proporção, com intervalos de confiança de 95%.Aplicaram-seo teste binomial para verificar a concordância entre os juízes (≥ 85%), e o teste de proporções para estimar a autoconfiança entre os participantes. Na análise inferencial, não paramétrica, utilizaram-se ostestesde Fischer e Qui-quadradrona avaliação das dificuldades apresentadas na prática do CIL pelos participantes e o de McNemar, ao nível de 0,05 de significância entre duas proporções com as amostras pareadas, avaliandose os participantes melhoraram ou não a autoconfiança após a apresentação do blog.Resultados: Após identificação das necessidades dos participantes quanto à prática do CIL, desenvolveu-se o blog PortalCIL cujo menu compõe seis abas: ‘PortalCIL’;‘Contato Direto e Opinião’; ‘Links Úteis e Referências’; ‘Equipe’; ‘Ferramentas’e ‘Auto-avaliação e Perguntas Frequentes’. O blog foi validado por 08 juízes em Enfermagem, quanto ao conteúdo; e por 05 juízes em Informática, quanto à aparência e ergonomia. As recomendações dos juízes foram atendidas quase em sua totalidade. Em seguida o blog foi apresentado aos participantes para avaliação e comparação da autoconfiança, antes e depois. Os participantes avaliaram o blog satisfatoriamente - avaliação global 95,1% (p-valor 0,951). Houve impacto positivo na autoconfiança dos participantes quanto à prática do CIL, de forma global (22,2%) e por item avaliado da Escala de autoconfiança (28,4%). Os itens mais impactantes positivamente foramos que questionam sobre a ‘escolha de usar ou não o lubrificante no momento de introduzir o cateter na bexiga’ (66,7%); seguidos da ‘capacidade de realizar o CIL’; ‘escolher o material a ser utilizado durante o CIL’ e ‘lavar as mãos antes do procedimento’ (50,0%). Não houve impacto negativo na autoconfiança dos participantes após a apresentação do blog.Conclusão: A adoção de tecnologia – blog  como estratégia educacional na assistência à saúde, demonstrou resultados positivos quanto à prática do cateterismo intermitente limpo por pacientes e cuidadores, visto que impactou na melhoria da autoconfiança dos participantes quanto à aspectos importantes inrerentes à prática do CIL.

  • PRISCILA MARTINS MENDES
  • CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 17/12/2018
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  • O sistema de saúde vem se tornando mais complexo, necessitando de ações que promovam o cuidado seguro. Para tanto, é necessário o estabelecimento de uma cultura de segurança dentro do ambiente de saúde. É mais comum ouvir falar de segurança do paciente nos ambientes hospitalares do que na atenção primária à saúde (APS). A APS presta assistência a um quantitativo expressivo da população, com demandas dentro e fora da Unidade Básica de Saúde (UBS). O objetivo deste estudo foi avaliar a cultura de segurança do paciente na atenção primária à saúde na perspectiva dos profissionais da equipe multiprofissional e das áreas de apoio. Trata-se de um estudo transversal desenvolvido nas UBS da zona urbana de uma capital do Nordeste. A população foi constituída por profissionais efetivos do município inseridos na equipe multiprofissional (profissionais da saúde) e nas áreas de apoio (administrador, gerente e diretor administrativo) com amostra estratificada (por zonas), totalizando 332 participantes. Os dados foram coletados em três zonas territoriais da capital (zona norte/centro, leste/sudeste e sul). Os dados foram coletados entre os meses de novembro de 2017 a fevereiro de 2018. Para análise utilizou a estatística descritiva e analítica. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob o parecer de nº 2.216.556 e CAAE 72543317.8.0000.5214. O perfil dos profissionais demonstra que a idade variou entre 22 e 71 anos, com média e desvio padrão de 43,1±9,9 anos e intervalo de confiança de 95% de 41,9-44,2 anos. Quanto a variável sexo, há predominância de mulheres com percentual de 80,4%. Com relação ao grau de instrução, 31,6% dos participantes possuem pós-graduação. O Cargo mais frequente (52,4%) foi “outro pessoal clínico” que envolve diversas categorias, seguido dos técnicos de enfermagem (27,1%) e dos enfermeiros (15,1%). Na categoria outro pessoal clínico, os agentes comunitários de saúde (ACS) se destacaram com 66,9%. No que pertence ao tempo de trabalho na profissão, as três zonas apresentaram com maior frequência de 16 a 20 anos (23,2%) seguido de 11 a 15 anos (22,3%). Quanto ao conhecimento dos participantes sobre segurança do paciente, nas três zonas, 65,4% dos participantes nunca fizeram curso de segurança do paciente. Quanto ao significado de segurança do paciente, 53,9% dos participantes responderam corretamente o conceito da temática. Em contrapartida, 33,1% responderam que segurança do paciente é correspondente ao conceito de dano instituído pela Organização Mundial de Saúde. Quanto as dimensões, as áreas fortalecidas foram “trabalho em equipe”, “seguimento da assistência ao paciente”, “aprendizagem organizacional” e “percepção geral sobre segurança do paciente e qualidade”. Como áreas de melhoria, as dimensões que apresentaram fragilidades foram “pressão no trabalho e ritmo” e “apoio dos gestores na segurança do paciente”.

  • ALINY DE OLIVEIRA PEDROSA
  • SOBRECARGA DE CUIDADORES INFORMAIS DE PACIENTES ONCOLÓGICOS EM TRATAMENTO RADIOTERÁPICO
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 17/12/2018
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  • Introdução: Os cuidadores informais geralmente são parentes, parceiros ou amigos próximos que têm um relacionamento pessoal significativo com o paciente, fornecem assistência, mas a maioria não está preparada para a mudança de rotina e para assumir cuidados específicos. Objetivo: Avaliar a sobrecarga entre cuidadores informais de pacientes oncológicos em tratamento radioterápico. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico, desenvolvido com 209 cuidadores informais e pacientes oncológicos em tratamento radioterápico. A coleta de dados foi realizada no setor de Radioterapia em um hospital de referência para tratamento oncológico em Teresina, no período de janeiro a maio de 2018, por meio da aplicação do Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI), do Formulário para caracterização sociodemográfica dos cuidadores informais e aspectos relacionados ao cuidado e do Formulário para caracterização demográfica, clínica e terapêutica dos pacientes. As análises foram realizadas por meio de estatísticas descritiva e inferencial, com a aplicação dos testes ANOVA, Teste t de Student, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e o Coeficiente de Correlação de Spearman. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, com o parecer nº 2.379.697. Resultados: Predominaram cuidadores do sexo feminino 165 (78,95%) com idade média de 39,7 anos, 114 (54,55%) casados, 98 (46,89%) com ensino médio completo, 133 (63,64%) pardos, 105 (50,24%) desempregados, 121 (57,89) com renda de 1 a 2 salários mínimos, 84 (40,19%) procedentes de Teresina Piauí e 148 (70,81%) católicos. Em relação ao tempo destinado ao cuidado, 129 (61,72%) cuidam por tempo superior a 12 horas por dia, 86 (41,15%) dos cuidadores são os filhos, exercendo essa função há mais de seis meses 62 (44,02%). A média de idade dos pacientes foi de 58,5 anos, com predomínio do sexo feminino 128 (61,24%). Quanto à localização do câncer, foi frequente a região cabeça e pescoço 46 (22,01%), com diagnóstico a mais de seis meses 94 (44,98%), realizando radioterapia e quimioterapia concomitantes 80 (38,28%). A média total de sobrecarga foi de 74,63, com destaque para o domínio “Implicações na vida pessoal”. Observou-se associação significativa do escore total de sobrecarga com as variáveis relacionadas à caracterização dos cuidadores e dos pacientes. Conclusão: Cuidar de pacientes com câncer em tratamento radioterápico gera moderada sobrecarga física, emocional e social. Faz-se necessário que a Enfermagem promova intervenções que incluam o cuidador junto ao paciente no plano terapêutico da equipe multiprofissional.

  • DANIEL DE MACÊDO ROCHA
  • IMPACTO DA RADIODERMATITE NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES ONCOLÓGICOS
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 17/12/2018
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  • Introdução: A avaliação da qualidade de vida em pessoas com radiodermatite pode fornecer um perfil global das condições funcionais, psicossociais e da percepção da vida, visando avaliar os resultados terapêuticos na perspectiva do paciente e planejar o processo de reabilitação e a avaliação de cuidados. Objetivo: Avaliar o impacto da radiodermatite na qualidade de vida de pacientes oncológicos. Método: Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e prospectivo realizado em uma instituição de referência para tratamento oncológico de Teresina. A amostra foi constituída por 196 pacientes com idade igual ou superior a 18 anos e prescrição mínima de 12 sessões radioterápicas. Para coleta de dados, realizada entre janeiro a julho de 2018, foram utilizados formulários para caracterização sociodemográfica, clínica e terapêutica e para avaliação da radiodermatite e instrumento de qualidade de vida European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire-Core30. A análise dos dados foi realizada com base nos princípios da estatística descritiva e inferencial. Este estudo atendeu as exigências da Resolução 466/12 e o parecer favorável à sua realização foi emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Predominaram pacientes do sexo feminino 126(64,29%), com idade média de 55,37±13,49 anos, casados 125(63,78%), aposentados 78(39,80%), procedentes do interior do Piauí 89(45,41%) e com histórico familiar da doença 112(57,14%). O local mais acometido pelo câncer foi a mama 52(26,53%) e 70(35,71%) participantes realizaram quimioterapia concomitante. A radiodermatite apresentou maior incidência na região inguinal 73(33,24%) e mama 54(27,55%), grau I 115(58,67%), com tecido de epitelização 118(60,20%) e sem exsudato 144(73,47%). Quanto aos métodos terapêuticos, destacou-se a aplicação tópica da compressa com camomila 189(96,43%) e do creme de aloe vera 182(92,90%). A mensuração da qualidade de vida antes e após a radiodermatite mostrou a presença de diferenças significativas (p<0,001) nas escalas saúde global, funcional, sintomas e dificuldade financeira, bem como nos domínios função física, desempenho de papeis, função emocional, cognitiva, social, fadiga, náusea e vômito, dor, insônia e falta de apetite, evidenciando nos pacientes com a lesão pior qualidade de vida, redução da capacidade funcional, intensificação dos sintomas físicos e das dificuldades financeiras. Conclusão: Evidenciou-se que a radiodermatite impacta negativamente na qualidade de vida das pessoas acometidas. Estudos dessa natureza tornam-se imprescindíveis para formulação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências.

  • NADYELLE ELIAS SANTOS ALENCAR
  • QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE E O RENDIMENTO ACADÊMICO DE ADOLESCENTES
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 14/12/2018
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  • O adolescente, por características próprias da fase, está exposto a riscos capazes de interferir na sua Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) e limitar suas perspectivas futuras. Nesse sentido, além de comprometer a saúde, estudos recentes elucidam que a QVRS pode influenciar ou até mesmo definir as características escolares dos adolescentes. Desse modo, objetiva-se relacionar a QVRS com o Rendimento Acadêmico (RA) de adolescentes no contexto de variáveis sociodemográficas, atributos familiares, hábitos, comportamentos e questões de saúde. Trata-se de um estudo transversal correlacional realizado em dois Campus de um Instituto Federal de Ensino. Participaram da pesquisa, 289 adolescentes. Foram excluídos os alunos que, no período da coleta dos dados, tiveram a matricula cancelada ou trancada, foram transferidos, jubilados ou evadiram da escola. A coleta dos dados ocorreu entre os meses de maio a agosto de 2018 e envolveu a utilização de três instrumentos: KIDSCREEN-52; Instrumento para caracterização do participante e; Formulário para registro dos dados escolares. Os dados foram tabulados em planilha eletrônica Microsoft Office Excel e analisados no programa IBM Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0. Para caracterização da população foi feito um estudo descritivo analítico da amostra. Foi realizado teste de normalidade no grupo de variáveis numéricas por meio do teste Kolmogorov-Smirnov, comprovando-se um padrão de distribuição assimétrico ou não-normal. A comparação entre as médias foi realizada por meio do teste U de Mann-Whitney, para amostras independentes com duas categorias. Para verificar associações, no grupo de variáveis categóricas, foi usado o teste Qui-quadrado de Pearson. A análise da relação entre as variáveis numéricas foi estabelecida pela correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de α = 0,05. O estudo foi submetido à apreciação e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (parecer nº 2.445.803). A análise do perfil dos participantes revelou média de idade de 15,8 anos (DP±0,9), sendo 173 do sexo feminino e 116 do sexo masculino. Em relação à composição familiar, 54,7% possuem estrutura familiar do tipo nuclear (pai e mãe) e o renda familiar foi de até 2 salários mínimos para 71,3% dos adolescentes. A boa QVRS esteve associada às seguintes variáveis: idade superior a 15 anos (p-valor: 0,028), sexo masculino (p-valor<0,001), residir próximo a escola (p-valor: 0,049), apresentar raros episódios de cefaleia (p-valor<0,001), praticar atividade física (p-valor<0,001), possuir alimentação saudável (p-valor:0,017), estar satisfeito com o peso (p-valor<0,001), e com o sono (p-valor<0,001). No que diz respeito às variáveis escolares, observou-se Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) médio de 7,68. Foram identificadas correlações do IRA com duas dimensões da QV: autonomia e tempo livre (correlação negativa) e ambiente escolar (correlação positiva). O estudo traz contribuições importantes para a saúde escolar no que tange à necessidade de discutir e estimular o equilíbrio entre as características escolares e as dimensões da qualidade de vida de adolescentes. Ademais, reforça a necessidade de medidas interventivas que possam identificar desvios na qualidade de vida e propor mudanças.

  • MÁRCIA GABRIELA COSTA RIBEIRO
  • SEGUIMENTO DO RECÉM-NASCIDO PREMATURO POR ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 13/12/2018
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  • Os recém-nascidos prematuros, devido à imaturidade dos seus órgãos, apresentam dificuldades no seu desenvolvimento desde o nascimento até os primeiros anos de vida. As vulnerabilidades e riscos aos quais estão expostos exigem cuidados específicos mesmo após a alta hospitalar. Uma vez no ambiente domiciliar, serão os enfermeiros da estratégia de saúde da família, juntamente com os demais membros da equipe, que darão continuidade ao seu atendimento, seja pela prevenção dos riscos associados à prematuridade ou pela promoção da saúde dessas crianças. Desse modo, objetivou-se: analisar as estratégias utilizadas pelos enfermeiros da atenção básica para assistirem o recém-nascido prematuro na sua área de abrangência; descrever as ações que caracterizam a dinâmica assistencial de enfermagem realizada com recém-nascidos prematuros no domicilio; discutir quais dificuldades e facilidades enfrentadas pelos enfermeiros no cuidado domiciliar ao RNPT na atenção básica e elaborar um guia de orientações para o atendimento de prematuros em domicílio para enfermeiros da atenção básica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseado no referencial metodológico da pesquisa convergente assistencial, que teve como participantes treze enfermeiros que trabalham na atenção básica. A produção de dados ocorreu de fevereiro a setembro de 2018, em duas etapas: entrevistas individuais execução de grupos focais. Os discursos foram analisados pela técnica de conteúdo de Bardin. Os resultados encontrados evidenciam que a participação de agentes comunitários de saúde e a comunicação direta com a família são estratégias adotas para promover o cuidado ao prematuro. A falta de contrarreferencia das maternidades e de embasamentos teóricos para assistir as demandas especifica desse público foram apontadas como dificuldades na assistência ao pré-termo em domicilio. Percebe-se que, no tocante as visitas domiciliares, não há um planejamento específico para o prematuro, as condutas adotadas são comuns a todos os recém-nascidos. Porém, a assistência ao aleitamento materno recebe um olhar diferenciado por parte dos enfermeiros.

  • GIOVANNA DE OLIVEIRA LIBÓRIO DOURADO
  • QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS ACOMETIDAS POR HANSENÍASE EM UMA ÁREA ENDÊMICA DO NORDESTE BRASILEIRO: AVALIAÇÃO LONGITUDINAL
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 26/11/2018
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  • Intodução: A hanseníase é uma doença negligenciada permeada por discriminação e estigmatização, que ocasiona danos dermatoneurológicos que podem provocar incapacidades físicas. As consequências do adoecimento ultrapassam os aspectos físicos, ocasionando consequências à saúde mental, relacionamentos interpessoais e atividades diárias, interferindo na qualidade de vida (QV). Objetivo: analisar a evolução temporal da qualidade de vida de pessoas acometidas por hanseníase e sua relação com fatores sociodemográficos, clínicos, capacidade funcional e limitação de atividades. Material e métodos: pesquisa observacional, analítica, de delineamento longitudinal realizada no município de Floriano (PI). Para avaliação da qualidade de vida foram utilizados os instrumentos Dermatology Life Quality Index - DLQI, e o Short-Form Health Survey-SF-12. Para avaliação da capacidade funcional o WHO Disability Assessment - WHODAS 2.0, para a limitação de atividades a Screening of Activity Limitation and Safety Awareness-SALSA e um instrumento contendo questões sobre os aspectos sociodemográficos, clínicos e avaliação neurológica simplificada-ANS. A primeira etapa ocorreu em 2015 e 2016, foram avaliadas 256 pessoas. Para a segunda etapa em 2018 buscou-se a reavaliação dos participantes, e incluídos 189 participantes, de forma que a amostra foi pareada para construção dos resultados do estudo. Resultados: a amostra pareada foi constituída por mulheres (51,9%), pardos (48,1%). Entre as duas avaliações verificou-se aumento na parcela dos idosos, na quantidade de aposentados e mudança na renda. Nos dois momentos não houve mudança quanto a categoria mais prevalente com relação a escolaridade, estado civil e religião. Quanto as variáveis clínicas predominaram a forma indeterminada, multibacilar. Houve melhora entre os que relatavam depressão, hipertensão e outras comorbidades e ocorreu piora no caso das diabetes, reações hansênicas e grau de incapacidade física. Ao analisar a evolução da limitação de atividades e capacidade funcional revela melhoria. O resultado do DLQI evidenciou que nos dois momentos do estudo prevaleceram aqueles com pequeno efeito na vida. A avaliação da QV com o uso do SF-12 mostrou melhora nos domínios “capacidade funcional”, “aspectos físicos”, “dor”, “vitalidade” e “coeficiente de saúde física” e piora dos domínios “estado geral de saúde”, “aspectos sociais”, “aspectos emocionais”, “saúde mental” e “coeficiente de saúde mental”. Conclusão: A perspectiva longitudinal evidenciou os aspectos envolvidos na manutenção da QV como: sociais, funcionalidade, atividades, saúde física e mental e, a relação entre características sociodemográficas, clínicas, capacidade funcional, limitação de atividades e o seu impacto na QV. O contexto no qual os participantes do estudo estão envolvidos os expõe a maiores vulnerabilidades. Encerrar a poliquimioterapia não representa um indicador absoluto de melhoria na saúde, pois mesmo após a alta, a hanseníase pode provocar impacto na vida das pessoas, mediante o desenvolvimento de incapacidades, ou agravamento de condições de saúde, ocorrência de reações hansênicas, aspectos que interferem na QV.

  • ELIZABETH SOARES OLIVEIRA DE HOLANDA MONTEIRO
  • PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA FORMAÇÃO DO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 09/10/2018
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  • Introdução: O processo de ensino-aprendizagem tradicional ainda se constitui em uma realidade na formação técnica de nível médio em enfermagem, o qual é denominado de ensino bancário, em que o discente figura como fiel depositário de conhecimento, desprovido de uma consciência crítica e com prática dissociada do contexto social vivenciado pelo educando. Objetivos: Realizar uma intervenção na prática pedagógica docente para utilização de metodologias inovadoras no curso técnico em enfermagem; realizar um diagnóstico das práticas pedagógicas docentes na formação do técnico em enfermagem;discutir com os docentes do curso técnico em enfermagem a utilização de métodos inovadores no processo de ensino,com a finalidade de (re)significação das práticas pedagógicas docentes;e, analisar os resultados do processo de intervenção nas práticas pedagógicas docentes no curso técnico em enfermagem.Metodologia: Estudo de natureza qualitativa com utilização da estratégia da pesquisa-ação, realizada no Estado do Piauí, Brasil, com 22educadores. Os dados foram produzidos entre julho e agosto de 2017da seguinte forma: um diagnóstico prévio, três seminários com os participantes com atividades motivacionais e desenvolvimento de atividades pedagógicas para aplicação das metodologias ativas e,por fim, uma reunião interna dos resultados. A coleta aconteceu após autorização pelo Comitê de Ética e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido por cada participante, no período de julho e agosto de 2017. Para cada seminário foi realizada uma ata com anotação de todo o seminário, além de registros fotográficos e gravação do processo.Tanto as respostas individuais nos instrumentos, como os depoimentos nos grupos construídos, e ainda a participação no coletivo,foram utilizados para serem mapeados e agrupados, de acordo com o significado convergente, a partir dos quais se prosseguiu para a categorização ou classificação dos achados que, conforme Minayo (2007),consiste em agregar vários depoimentos em classes ou categorias. Após a formulação das categorias temáticas, seguiu-se para a análise e discussão dos dados, relacionando os achados com o marco temático e teórico construídos neste estudo. As categorias formuladas foram as seguintes: 1 –Conhecimento dos educadores acerca das metodologias inovadoras para ensinar em cursos técnicos profissionalizantes de técnico em enfermagem; 2 – O educador no processo de ensinar e aprender; e, 3–Limitações e potencialidades para o aprender significativo.Resultados: As metodologias inovadoras são de conhecimento dos educadores na escola pesquisada, mas existe predominância da educação tradicional na condução do aprendizado. Educadores defendem que assuntos difíceis devem ser ministrados em aula expositiva e os fáceis em seminários, teatros ou outra metodologia mais adequada.Os educadores reconhecem que,ao selecionar uma temática, deve-se considerar as necessidades do educando, apesar de não ser essa condução adotada pele maioria deles. Os educadores que trabalham,atualmente,na escola pesquisada informam não ter licenciatura, e sim bacharelado, o que dificulta a utilização de metodologias inovadoras em sala de aula, mas estão procurando melhorar essa prática. Levantam como necessário para atuar em sala de aula: prática docente, conhecimento didático, atualização pedagógica e educador como mediador no processo de ensino-aprendizagem;ainda,mencionam como limitadores do processo de ensinar e aprender,além da pouca prática docente e a interação educador/educando,os currículos engessados e o sistema de avaliação numérico, com predomínio da técnica pela técnica. Considerações finais: No estudo foi constatado que os educadores precisam receber formação permanente para que possam desenvolver melhor a utilização das metodologias inovadoras na sua prática pedagógica. Foi confirmado que muitos dos educadores que contribuíram com essa produção já utilizam,em suas aulas,estratégias metodológicas, mas o predomínio é da pedagogia tradicional, transmissiva.Assim, para que as metodologias inovadoras possam ser ainda mais eficazes é importante à escola investir em ações planejadas e interdisciplinares. As instituições formadoras necessitam instrumentalizar o educador, uma vez que muitos profissionais de saúde que atuam em salas de aulas não têm formação em licenciatura, e tão pouco estudaram nas academias com profundidade a disciplina de didática. Isso permitirá, então, um agir com os educandos sabendo o que se deseja na condução do processo de aprendizagem para a formação de um educando mais crítico e reflexivo e uma educação significativa.

  • DAVID BERNAR OLIVEIRA GUIMARÃES
  • CUIDADOS DE ENFERMAGEM OMITIDOS EM INSTITUIÇÕES HOSPITALARES
  • Orientador : FERNANDA VALERIA SILVA DANTAS AVELINO
  • Data: 27/09/2018
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  • Os cuidados de enfermagem são definidos como omitidos quando qualquer aspecto do cuidado necessário ao paciente é omitido ou adiado, podendo ocasionar desfechos inadequados, tendo impacto negativo em sua saúde e na qualidade da assistência. Tem-se como objetivo analisar os cuidados de enfermagem omitidos e suas razões em instituições hospitalares. Estudo de delineamento quantitativo e transversal, realizado em duas instituições hospitalares públicas de grande porte em uma capital nordestina. A coleta ocorreu de março a junho de 2017 no hospital 1 e setembro a dezembro de 2017 no hospital 2. A população foi composta por enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam na área assistencial, com cálculo amostral por meio de uma população finita que resultou em 347 participantes. Foi aplicado o instrumento MISSCARE, constituído em três partes, sendo no primeiro momento caracterização profissional e laboral, no segundo são apresentados os cuidados de enfermagem omitidos e em terceiro as razões dessas omissões. Os dados foram processados no programa Statistical Package for the Social Science, versão 22.0, para a análise bivariada foi utilizado as medidas associativas de significância, por meio dos testes Qui-quadrado (x²), Exato de Fisher e Kruskall Wallis. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com número CAAE 65415817.7.0000.5214 e número de parecer 1.962.234, como também Instituição Coparticipante com número CAAE 65415817.3001.15613 e número de parecer 2081966. Em relação a caracterização houve um predomínio do sexo feminino, com cargo de técnica de enfermagem, com média de idade de 38,6 anos, nível educacional mais elevado o ensino médio, trabalhando nos setores de terapia intensiva, clínica médica e clínica ortopédica, no período de trabalho diurno com 30 horas semanais, com tempo de experiência no cargo e na unidade de 5 a 10 anos. Os cuidados de enfermagem mais omitidos na instituição 1 foram: deambulação 106 (62,7%%), sentar o paciente fora do leito 80 (47,3%), mudança de decúbito 66 (39,1%), participação em discussão de equipe multidisciplinar 65 (38,5%) e planejamento e ensino na alta hospitalar 44 (26%). No hospital 2 foram: deambulação 112 (62,9%), sentar o paciente fora do leito 94 (52,8%), planejamento de ensino da alta hospitalar 92 (51,7%) e higiene bucal 81 (45,5%). Tem-se como fatores para a omissão nas duas instituições que apresentaram maiores significância estatística: número inadequado de pessoal (<0,001), situação de urgência dos pacientes (0,002), passagem de plantão inadequada (0,001), materiais e equipamentos não estavam disponíveis (<0,001), materiais e equipamentos não funcionaram quando necessário (0,003) e número de profissionais de enfermagem que trabalham doentes (<0,001). Pode-se inferir que a não realização dos cuidados de enfermagem estão intrinsecamente ligadas as razões de caráter laboral, recursos materiais, comunicação, por dimensão ética e gerenciamento respectivamente. Os resultados desse estudo e dos demais assinalam que a omissão de cuidados é um fenômeno global e apontam para a importância de um modelo explicativo dos erros centrados no sistema, cujas deficiências são geradas pela combinação entre falhas ativas, dentre elas as omissões, e as condições latentes.

  • ARMANO LENNON GOMES DE SOUSA
  • EPISÓDIOS REACIONAIS EM PACIENTES ACOMETIDOS PELA HANSENÍASE EM MUNICÍPIO ENDÊMICO
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 27/09/2018
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  • INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que se manifesta principalmente por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos. Com a evolução da doença não tratada, surgem as lesões nos nervos, principalmente nos periféricos, que acabam acarretando incapacidades físicas e deformidades. Danos neurais podem ser acarretados pelos episódios reacionais que são responsáveis pela perda funcional de nervos periféricos e agravantes de incapacidades físicas. OBJETIVO: Avaliar a magnitude dos episódios reacionais e sua associação com comprometimento neural em pessoas atingidas pela hanseníase em um município piauiense com alta endemicidade. MÉTODO: Estudo transversal, analítico, desenvolvido no município de Picos, com 112 pacientes que desenvolveram episódio reacional de hanseníase no período de 2001 a 2014 e que realizaram tratamento no centro de referência do município. A coleta de dados aconteceu em duas etapas: Na primeira buscaram-se os casos de hanseníase notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação entre 2001 e 2014, no SINAN. Na segunda etapa, realizaram-se as entrevistas para levantamento dos dados sociodemográficos e clínicos e os exames físicos. Os dados foram analisados com o uso do Software Statistical Package for the Social Sciences - SPSS for Windows (versão 20.0). Realizaram-se análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples com distribuição de frequênciase medidas de posição, Na análise bivariada foram aplicados os testes Qui-quadrado, Kruskal-Wallis e razão de prevalência com significância estatística fixada em p ≤ 0,05. RESULTADOS: A maioria dos participantes foi composta por homens, os quais contribuíram com 68,66% das reações tipo 1 (68,66%), destes, 38 (71,70%) eram economicamente ativos, e 38 (56,72%) se autodeclararam pardos. A prevalência dos episódios reacionais do tipo 1 foi de 60% e do tipo 2, 35%. Mais de 70% dos pacientes diagnosticados apresentaram a forma clínica dimorfa, sendo em sua maioria multibacilares (91,96%). O Escore OMP foi avaliado e observou-se que dentre os homens, 45% apresentaram piora na segunda avaliação e entre as mulheres 43,3% pioraram, quando comparados os escores no diagnóstico e no momento da pesquisa. CONCLUSÃO: A piora no grau de incapacidade física e no escore OMP relacionados aos episódios reacionais, observados neste estudo, são fatores que afetam efetivamente a vida das pessoas acometidas por hanseníase, podendo levar à mudanças nos contextos social, financeiro e de saúde.

  • ODINÉA MARIA AMORIM BATISTA
  • FORMAÇÃO DE BIOFILME EM CATETERES URINÁRIOS: desafios e implicações
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 29/05/2018
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  • Introdução: A presença do cateter de Foley no trato urinário fornece condições ideais para o desenvolvimento de uma variedade de populações de biofilmes, resultando em Infecção associada ao uso deste dispositivo. A escolha do tipo e calibre do cateter urinário é muito importante, porém não há relatos na literatura da associação entre o calibre e a formação de biofilmes nas superfícies deste cateter. Objetivo: Investigar os aspectos microbiológicos e físico-químicos que integram a formação do biofilme em cateteres urinários de Foley. Material e método: Realizou-se primeiramente uma análise bibliométrica, exploratória, descritiva e em seguida a investigação observacional, laboratorial/experimental in vitro dos aspectos que permeiam a formação de biofilmes em cateteres urinários de Foley. Para a pesquisa bibliométrica, utilizou-se os descritores: “ “Biofilm*” AND “Urinary Catheter*” com recorte temporal entre os anos de 1945 e 2016. Na investigação in vitro a amostra constou de fragmentos de cateteres urinários de Foley; os micro-organismos utilizados neste experimento foram: cepas padrão de Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853); os dados foram submetidos a análise estatística descritiva (média, desvio padrão, valores mínimos e máximos, por meio do teste de Kruskall-Wallis e Student-Newman-Keuls, considerando-se nível de significância =5%. Resultados: Análise bibliométrica: revelou 329 artigos a respeito da formação de biofilme em cateter urinário entre os anos de 1985 a 2016, publicados em 167 periódicos, escritos por 1.262 autores ligados a 452 instituições localizadas em 50 países, com uma média de aproximadamente 26 referências por artigo. Investigação in vitro experimental/laboratorial: Quando avaliados os dois tipos de calibres dos cateteres de Foley de forma independente, constatou-se que ambos são formadores de biofilmes in vitro e que o tempo é uma variável importante que influencia na formação de biofilmes. Conclusão: As pesquisas internacionais reveladas na análise bibliométrica mostram uma produção científica diversificada sobre a formação e prevenção de biofilmes em cateteres urinários. Há um predomínio de pesquisas in vitro, seguidas de revisões de literatura. Os resultados deste estudo in vitro corroboram com a hipótese inicial da pesquisa sobre a influencia do tempo na formação do biofilme em cateter urinário de Foley.

  • SARAH NILKECE MESQUITA ARAÚJO NOGUEIRA BASTOS
  • APLICATIVO MÓVEL SOBRE ESTOMIAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO: desenvolvimento e efeito do uso na carga mental de trabalho de graduandos de enfermagem
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 25/05/2018
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  • Introdução: O Brasil possui aproximadamente 150 mil pessoas com estomias intestinais de eliminação, devido principalmente ao aumento do número de casos de câncer colorretal e causas externas, como violência, acidentes automobilísticos e acidentes por arma de fogo e arma branca. Diante desta problemática, é necessário reforçar o aprendizado do enfermeiro acerca das recomendações para o cuidado da pessoa no perioperatório das cirurgias geradoras de estomias intestinais de eliminação, a partir de metodologias ativas e tecnologias educacionais inovadoras. Objetivo: Avaliar o efeito do uso de aplicativo móvel e aula presencial sobre estomias intestinais de eliminação na carga mental de trabalho de graduandos de Enfermagem. Metodologia:Trata-se de pesquisa desenvolvida em duas etapas. Na primeira etapa, foi realizado estudo metodológico, para desenvolvimento e avaliação do aplicativo móvel sobre estomias intestinais de eliminação, no período de outubro de 2016 a março de 2018. Para isto, seguiram-se as fases do Design Instrucional Contextualizado: análise, com o levantamento das necessidades de aprendizagem sobre estomias intestinais de eliminação de 48 graduandos de Enfermagem, definição dos objetivos educacionais e dos conteúdos, design, desenvolvimento, implementação e avaliação do aplicativo. A qualidade do aplicativofoi avaliada por cinco juízes enfermeiros estomaterapeutas, por meio do Learning Object Review Instrument e a usabilidade por cinco juízes em Informática, por meio das 10 Heurísticas de Nielsen. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva para as variáveis sociodemográficas, proficiência digital básica, qualidade e usabilidade e os resultados apresentados em tabelas e gráficos. Na segunda etapa, foi realizado estudo experimental de grupo controle pós-teste, no período de outubro de 2016 a março de 2018. A amostra foi composta por 127 graduandos de Enfermagem, randomizados em Grupo Controle (N=58) que assistiu a aula presencial e Grupo Experimental (N=69) que usou o aplicativo móvel sobre estomias intestinais de eliminação. Após a aula presencial e uso do aplicativo móvel, os Grupos Controle e Experimental foram avaliados quanto à carga mental de trabalho, por meio da NASA Task Load Index. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva para as variáveis sociodemográficas, proficiência digital básica e carga mental de trabalho. Para comparação da carga mental de trabalho entre os Grupos Controle e Experimental, utilizou-se o Teste t. Para avaliar o relacionamento das variáveis independentes sobre a carga mental de trabalho utilizou-se o modelo de regressão linear.O nível de significância adotado foi α=0,05. O estudo foi desenvolvido após aprovação de um Comitê de Ética em Pesquisa (nº de protocolo1.777.909).Resultados: Após levantamento das necessidades de aprendizagem dos graduandos de enfermagem, desenvolveu-se o aplicativo Stomapp voltado para o ensino do cuidado ao paciente estomizado no perioperatório de cirurgias geradoras de estomias, em três módulos: pré-operatório, intra-operatório e pós-operatório. A tecnologia foi avaliada satisfatoriamente por juízes em estomaterapia, quanto à qualidade e juízes em informática, quanto à usabilidade. Após as correções sugeridas pelos juízes o aplicativo foi disponibilizado para avaliação da carga mental de trabalho dos graduandos do Grupo Experimental comparando com o Grupo Controle, submetido à aula tradicional. A carga mental de trabalho do Grupo Controle foi superior (55,6±16,8) a do Grupo Experimental (54,5±15,8), mas não foi observada diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p-Valor=0,69). As subescalas ―Desempenho‖ (GC 59,7±24,7; GE 68,1±19,8) e ―Demanda Mental‖ (GC 59,7±24,7; GE 63,6±23,4) foram as que mais contribuíram para a carga mental de trabalho durante a aula presencial e uso do aplicativo e a subescala ―Demanda Física‖ foi a que menos influenciou (GC 25,3±21,8; GE 28,9±19,7). Apenas a subescala ―Frustração‖ apresentou associação estatisticamente significativa no Grupo Controle e Grupo Experimental (p-valor 0,02). Conclusão:Usar o Stomapp e assistir a 7 aula presencial sobre estomias intestinais de eliminação teve o mesmo efeito na carga mental de graduandos de Enfermagem, sugerindo a necessidade de associar o método de ensino presencial ao método de ensino à distância para potencializar o aprendizado do graduando de Enfermagem sobre esta temática.

  • ANA SUZANE PEREIRA MARTINS
  • SABERES E PRÁTICAS DE MULHERES NA VIVÊNCIA DO PERÍODO PUERPERAL: contribuições para a enfermagem
  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 15/05/2018
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  • O puerpério constitui-se como um momento marcado por modificações nos aspectos fisiológicos e psicoemocionais da mulher. Neste momento, compreender os valores e significados atribuídos pelas puérperas constitui etapa importante para o cuidado na atenção à saúde materno-infantil. Esta pesquisa tem como objetivo geral compreender os saberes e práticas de puérperas no período pós-parto relacionados aos cuidados com a mãe e o recém-nascido. Estudo com abordagem qualitativa, tipo exploratório descritivo, utilizando o método Narrativa de Vida de Daniel Bertaux. As participantes da pesquisa foram 13 puérperas internadas em uma maternidade pública de referência da cidade de Teresina-PI. A técnica de produção dos dados utilizada foi a entrevista em profundidade, no período de agosto e setembro de 2017. O instrumento foi um formulário para obtenção de informações sóciodemográficas, culturais e gineco-obstétricas e da pergunta “Fale tudo o que a senhora sabe sobre o seu cuidado e com o recém-nascido no período pós-parto, e sobre a assistência de enfermagem prestada a senhora nesse período”. Os resultados compreenderam a caracterização das participantes, as narrativas de vida das mulheres sobre os cuidados puerperais e com o recém-nascido, e as contribuições para os profissionais de enfermagem, onde emergiram quatro categorias temáticas. Foram relatados os cuidados consigo no período puerperal, relacionados à alimentação, higiene, repouso e tranquilidade, garantindo um puerpério sadio e sem riscos à saúde da mulher e do recém-nascido; Cuidados com o recém-nascido sob o olhar da puérpera, por meio de ações voltadas para higiene corporal do recém-nascido, amamentação, vacinação e puericultura; Crenças e tabus das mulheres na vivência do período puerperal, onde foram relatados restrições e recomendações alimentares, assim como a importância do repouso para um bom resguardo; e Cuidados de enfermagem no puerpério e com o recém-nascido na ótica das puérperas, com as contribuições para a atuação da enfermagem, em especial do enfermeiro, para o cuidado com a puérpera e com o recém-nascido, voltadas aos aspectos psicoemocionais e biofisiológicos da puérpera e do recém-nascido. Espera-se que esta pesquisa possibilite refletir sobre os saberes e práticas das mulheres ao vivenciarem o período puerperal, onde acolher a cultura destas e entender sua construção sociocultural torna-se um instrumento para tomada de decisões, gerando uma percepção positiva da vivência desse processo e do atendimento recebido.

  • ROBERTA FORTES SANTIAGO
  • INTERVENÇÃO EDUCATIVA ONLINE PARA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA EM GESTANTES ADOLESCENTES
  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 03/05/2018
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  • A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, portanto atividades de educação em saúde assumem importância, pois podem ter efeito positivo na qualidade de vida, promover saúde e prevenir agravos. Diante desta problemática, este estudo teve como objetivo geral avaliar uma intervenção educativa online sobre pré-natal na melhoria da qualidade de vida em gestantes adolescentes. Trata-se de estudo desenvolvido após aprovação de um Comitê de Ética em Pesquisa (protocolo número 1.837.209) em duas etapas. A etapa 01 consistiu em estudo metodológico de construção e avaliação de objeto virtual de aprendizagem para intervenção educativa online, denominado GESTAQ, e a etapa 02 em estudo quase experimental, para avaliação da qualidade de vida em gestantes adolescentes antes e depois do GESTAQ e da satisfação quanto à sua usabilidade, nas equipes de Estratégia de Saúde da Família em Teresina, no período de outubro de 2017 a janeiro de 2017. Na etapa 1, para construção do GESTAQ, percorreu-se as seguintes fases: caracterização e identificação das necessidades de aprendizagem sobre pré-natal de 88 gestantes adolescentes, definição dos objetivos educacionais e dos conteúdos, design, desenvolvimento, implementação e avaliação. A qualidade do objeto virtual de aprendizagem sobre pré-natal foi avaliada por 05 juízes em Enfermagem em Saúde da Mulher, por meio do Learning Object Review Instrument e para avaliação ergonômica 05 juízes em Informática avaliaram a funcionalidade, usabilidade e eficiência, analisadas por estatística descritiva. Na etapa 02 participaram 35 gestantes adolescentes, fez-se estatística descritiva das características sociodemográficas, obstétricas e de usos das tecnologias de informação e comunicação. Na avaliação da QV antes e depois da GESTAQ, pelo Instrumento de Qualidade de Vida de Ferrans & Powers, foi realizado o teste t para os escores de distribuição normal e o teste Wilcoxon para os de distribuição não-paramétrica, o nível de significância adotado foi α=0,05. Foi possível afirmar que após a GESTAQ houve melhoria significativa da QV total (p<0,001) e nos domínios saúde/funcionamento (p<0,001), socioeconômico (p<0,001) e psicológico/espiritual (p<0,001). O domínio família foi o único que não teve associação significativa. A usabilidade da GESTAQ mensurada pelo System Usability Scale, recebeu avaliação de excelência, pelas gestantes adolescentes, com média de escore igual a 94,9 ± 10,2 (IC a 95% [91,4 – 98,4]). Os resultados obtidos com o desenvolvimento, implementação e satisfação do GESTAQ, somado ao seu efeito sobre a QV, permite que ele possa ser incorporado no processo de educação em saúde com gestantes adolescentes.

  • ERICA DE ALENCAR RODRIGUES
  • FATORES ASSOCIADOS AO DESEMPENHO DA VIGILÂNCIA DE CONTATOS DE HANSENÍASE EM ÁREAS HIPERENDÊMICAS NO ESTADO DO PIAUÍ
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 27/04/2018
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  • INTRODUÇÃO: O controle da hanseníase evoluiu nas últimas décadas, entretanto, a doença ainda persiste como importante problema de saúde pública, expresso pelo aparecimento de novos casos. A despeito da recomendação prioritária de avaliação dermatoneurológica qualificada de contatos com o intuito de interromper a transmissão e evitar diagnóstico tardio, estudos têm demonstrado que esta ação não tem sido realizada de forma sistemática e qualificada. OBJETIVO: Analisar os fatores associados ao desempenho da vigilância de contatos de casos de hanseníase residentes nos municípios de Floriano e Picos, Estado do Piauí. MÉTODO: Estudo transversal analítico no qual buscou-se abordar toda a população diagnosticada com hanseníase residente em ambos os municípios no período de 2001 a 2014 e incluídas no SINAN. Foram avaliados 619 casos-referência, dos quais 310 tiveram 670 contatos domiciliares avaliados e foram incluídos nesta pesquisa. Para analisar o desempenho das ações de vigilância dos contatos foi utilizado o Escore IntegraHans. Para digitação e qualificação da base de dados foi usado o programa Epi-Info™, versão 7.1.3., e para as análises estatísticas, o SPSS, versão 20.0. Foram realizadas análises univariadas e para as bivariadas foi utilizado o teste Qui-quadrado ou Exato de Fischer. As variáveis que na análise bivariada apresentaram valor de p<0,20 foram submetidas à regressão logística. RESULTADOS: Houve predominância de adultos do sexo feminino, negros ou pardos, com apenas ensino fundamental, renda individual e familiar de um a dois salários mínimos e residentes em zona urbana, havendo mais casados entres os CASOS-REFERÊNCIA (55,48%) e mais solteiros entre os contatos (49,85%). Foi observado maior número de Paucibacilares (54,19%), forma clínica Indeterminada (37,42%) e grau de incapacidade zero (76,13%) no diagnóstico dos casos-referência. Tanto a suspeição quanto o diagnóstico foram realizados na maioria das vezes em serviços de referência. A maioria dos contatos domiciliares (62,24%) não realizaram exame dermatoneurológico, 49,85% foram orientados sobre BCG, 47,16% vacinados, 34,18% orientados a chamar outros contatos para avaliação, apenas 16,12% receberam orientação para retornar à unidade de saúde para novas avaliações e o Escore IntegraHans foi classificado como ruim para 62,84% dos contatos. O caso referência ter ensino fundamental aumenta as chances do desempenho da vigilância ser regular e ser casado aumenta as chances de desempenho ótimo para vigilância. CONCLUSÃO: As condições sociais dos casos-referência apresentaram influência no desempenho da vigilância de contatos domiciliares. Isso reflete a importância de uma abordagem diferenciada para os casos de hanseníase, já que todo o plano terapêutico e vigilância epidemiológica dependem do entendimento das informações recebidas e autorização para abordagem familiar.

  • ARIANE GOMES DOS SANTOS
  • SUSPEIÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS NÃO PSICÓTICOS EM MULHERES E SUA RELAÇÃO COM A VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 26/04/2018
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  • INTRODUÇÃO: os transtornos mentais não psicóticos em mulheres e sua relação com os diferentes tipos de violência por parceiro íntimo merecem atenção especial da equipe de saúde e configuram-se como uma lacuna do conhecimento científico que este estudo buscará reduzir, tendo em vista que a literatura não apresenta dados robustos que envolvem essa relação. OBJETIVO: avaliar a suspeição de transtornos mentais não psicóticos em mulheres e sua relação com os tipos de violência por parceiro íntimo. MATERIAL EMÉTODO: estudo transversal analítico, com amostra de 369 mulheres, de 20 a 59 anos, de cinco municípios piauienses.O período de coleta dos dados ocorreu de agosto de 2015 a maio de 2016. As informações trabalhadas nesta tese resultaram da aplicação de três instrumentos: o formulário de caracterização sociodemográfica e de saúde, o Self Reporting Questionnaire e as Conflict Tactic Scales. A análise dos dados deu-sepor meio do software R, versão 3.4.1. Foram realizados teste Qui-Quadrado de Pearson, modelos de regressão logística binária eexpressos os valores de Odds Ratio com respectivos intervalos de confiança e a significância do Teste de Wald.RESULTADOS:a violência por parceiro íntimo aumentou em3,46 vezes as chances de mulheres terem suspeitas de transtornos mentais não psicóticos. As que relataram abuso físico sem sequelas, em grau severo, apresentaram 2,58 vezes mais chances de terem sintomas de humor depressivo ansioso. O abuso físico com sequelas, em grau menor, aumentou em 3,7 vezes a propensão ao desenvolvimento de sintomas de humor depressivo ansioso.A agressão psicológica, em grau menor, elevou em 2,07 vezes as chances de mulheres terem sintomas de decréscimo de energia vital. Essa propensão aumentou para 2,27 vezes quando a agressão psicológica foi em grau severo. O abuso físico sem sequelas, em menor grau, elevou a 2,23 vezes e no grau severo a 3,06 mais propensão de apresentarem sintomas de decréscimo de energia vital. Já o abuso físico com sequelas, em grau menor, aumentou 3,13 vezes as chances de mulheres possuírem sintomas de decréscimo de energia vital. A agressão psicológica, em grau menor, aumentou em 2,93 vezes as chances de mulheres terem pensamentos depressivos e em grau severo 3,11. A agressão física sem sequelas, menor, gerou 3,86 vezes mais propensão de mulheres desenvolverem pensamentos depressivos e 6,13 vezes quando o grau se tornou severo. Mulheres que sofreram coerção sexual, menor, apresentaram 2,47 vezes mais chances de terem pensamentos depressivos. A agressão física com sequelas,em graus menor e severo, aumentou em 5,92 e 7,3 vezes, respectivamente, as chances de desenvolverem pensamentos depressivos. CONCLUSÃO:Portanto, conclui-se que a suspeição de transtornos mentais não psicóticos em mulher e está relacionada com os diferentes tipos de violência por parceiro íntimo. Este estudo mostrou associações entre sintomas de humor depressivo-ansioso, decréscimo da energia vital, pensamentos depressivos e as violências psicológica, física e sexual (em graus menor e severo).

  • ANTONIA MAURYANE LOPES
  • GERENCIAQUALICROHN: elaboração e validação de instrumento de Enfermagem para Assistência a pacientes com Crohn
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 03/04/2018
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  • Objetivos: elaborar e validar um instrumento centrado no Gerenciamento de Caso de Enfermagem com foco na qualidade de vida para assistência ao paciente com Doença de Crohn, assim como medir a satisfação desses antes e após da aplicação do instrumento proposto. Métodos: estudo misto desenvolvido em dois momentos. O primeiro, caracterizou-se como metodológico, compreendido em etapas: 1- diagnóstico situacional da assistência a paciente com Doença de Crohn (estudo qualitativo); 2- revisão sistemática descritiva (Prisma statement) nas bases de dados: MEDLINE, LILACS IBECS, CINAHL, Web of Science; 3- elaboração dos itens: criação da miniteoria, formulação e validação clínica dos diagnósticos e atividades de Enfermagem. As 4ª e 5ª etapas foram respectivamente, validação de conteúdo com comitê de dozes juízes-especialistas, e de aparência, com cinco enfermeiros e 6- testabilidade do GerenciaQualiCrohn. Para estas etapas utilizou-se formulários com perguntas abertas; formação acadêmicas dos juízes, instrumentos avaliativos do GerenciaQualiCrohn e próprio. O segundo momento foi exploratório descritivo de natureza longitudinal com delineamento quase-experimental, com grupo único de 36 pacientes com Crohn. A coleta ocorreu de Maio de 2017 a Janeiro de 2018 com aplicação da SERVQUAL adaptada antes e após a intervenção (GerenciaQualiCrohn); formulário de caracterização sociodemográficas e GerenciaQualiCrohn e Inflamatomatory Bowel Disease Questionaire.Utilizou-se o software StatisticalPackage for the Social Science, versão 20.0. Utilizou-se estatísticas descritivas (medidas de tendência central) e inferenciais (teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis). Aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário do Piauí (1.847.126)Resultados: na avaliação acerca da assistência de enfermagem, até o momento,não há uma consulta de enfermagem específica para essa clientela. Os participantes reconhecem que há piora da qualidade de vida com os períodos de crise da doença.Tanto os enfermeiros quanto os pacientes sugerem consulta de enfermagem, acompanhamento e monitoramento por contato telefônico, ao passo que os enfermeiros mostram o desejo de implementação de um modelo assistencial, com instrumento em forma de fluxograma para consulta de enfermagem. Na etapa 2 os três artigos elegíveis tiveram nível de evidência de moderado a alto, são estudos de coorte em idioma inglês e espanhol realizados na Espanha, Dinamarca e Canadá. Evidenciaram o monitoramento por contato telefone como medida confiável, útil e positiva para assistência a paciente com Doença Inflamatória Intestinal. Na etapa 3 a dimensionalidade usada na miniteoria foi gerenciamento de caso como processo de colaboração, avaliar, planejar, facilitar os cuidados baseados nas necessidades de saúde da família e paciente. Na 4ª etapa foram formulados 22 diagnósticos de enfermagem e 62 atividades de enfermagem, em que foram validados clinicamente pelos enfermeiros assistenciais. Na 5ª etapa o índice de validade de conteúdo final do GerenciaQualiCrohn atingiu valores de 0,83 e alfa de cronbach >0,70, apresentando confiabilidade alta (α = 0,90). O coeficiente de validade de conteúdo total atingiu bons índices (CVCt>0,8) na validação de aparência. Na 6ª etapa, aplicação do GerenciaQualiCrohn teve em média 27,6±8,0/min e 47,2% obtive qualidade de vida regular na primeira aplicação do IBDQ com maior média nos sintomas intestinais e menor nos aspectos emocionais, encontrava-se ansiosos, com dor leve a moderada e com as necessidades humanas básicas psicossociais afetadas.Foram realizadas pelos duas consultas de enfermagem durante o seguimento para cada paciente intercaladas por contato telefônico.Houve diferença estatística nos valores da qualidade de vida quanto ao sexo (p <0.001). Não foram encontradas diferenças significativas nos valores médios de QV total entre idade, estado civil, anos de estudos, cor de pele, renda individual, aposentado ou não pela doença e tempo de tratamento. No grupo único com amostra (n=36), 58,3%são do sexo masculino e cor parda, idade média de 36 anos,52,8%, casados, 55,6 % são católicos, 61,1% residem na capital e 69,4% possui mais de 9 anos de estudos e convivem com um salário mínimo, 89% não são aposentado pela doença. A SERVQUAL utilizada nesta pesquisa atingiua=0,96. Nas subescalas expectativa antes da intervenção o domínio segurança apresentou a maior média 6,4±0,6, fato observado, na percepção, após aplicação do GerenciaQualiCrohn 6,36,3±1,1. Houve diferença estatisticamente significante (p=0,009)na satisfação dos usuários, em relação a dimensão empatia, quanto analisado antes e após a intervenção, não havendo valores significativos como entre os domínios, confiabilidade atendimento, segurança com os dados: sexo, faixa etária, anos de estudos e residência. Por outro lado, houve significância (p=0,05) na faixa etária de adultos entre 40-50 anos com o domínio confiabilidade. Na avaliação geral dos gaps os participantes apresentam satisfação com qualidade da assistência (0,2±0,9) nas dimensões:confiabilidade, atendimento e empatia, mas sentem-se insastifeitos quanto a segurança (-0,1±1,0).Conclusões: os pacientes e os enfermeiros vê a necessidade de uma consulta de enfermagem especifica, assim como implementação demonitorização por telefone como forma de cuidar. Os artigos encontrados possuem moderado a alto níveis de evidências cientificas evidenciando que a monitorização depaciente com DIIs por meio do contato telefone é positivo, assim como a presença do enfermeiro especialista em doença inflamatória intestinal na prática. A miniteoria construída está dentro dos ensinamentos de Pasquali et al (2010) e serviu de base para constructo do instrumento. Os Diagnósticos e as atividades de enfermagem estão inerentes para assistência de enfermagem a pacientes com doença de Crohn. O diagnóstico de enfermagem mais presente foi a ansiedade, e os mesmos estavam com suas necessidades humanas básicas psicossociais afetadas. O GerenciaQualiCrohn é um instrumento de rápido aplicação, não dispensando muito tempo para aplicação da consulta de enfermagem Os pacientes de Crohn assistido nível ambulatorial no hospital universitário do Piauí tiveram qualidade de vida regular a priori, com mudança para melhor durante o seguimento do trabalho, sendo os sintomas intestinais e aspectos emocionais mais prevalentes.Sentem-se satisfeitos com qualidade da assistência d enfermagem percebido quanto a confiabilidade, atendimento, empatia, e insatisfeito com segurança, após GerenciaQualiCrohn. 

  • PRISCILA DE OLIVEIRA SOARES ROCHA
  • FORMAÇÃO DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 28/03/2018
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  • INTRODUÇÃO: O uso da educação a distância evoluiu e é cada vez mais praticado por estudantes e instituições de ensino, sendo adotada inclusive da área da saúde. Entretanto, a profissionalização em enfermagem por meio dessa modalidade tem gerado dúvidas e é vista com estranheza pelos Conselhos Federal de Enfermagem e pelos próprios profissionais. OBJETIVO: Avaliar os cursos técnicos de enfermagem oferecidos pela rede e-Tec Brasil/UFPI, na modalidade à distância, na perspectiva dos educandos. MÉTODO: Estudo transversal analítico, cuja coleta de dados se deu entre os meses de outubro de 2016 a janeiro de 2017, nos polos presenciais que oferecem os cursos técnicos de enfermagem à distância. A população foi composta pelos estudantes do curso técnico de enfermagem da rede e-Tec Brasil/UFPI, com amostra censitária, constituída por 158 estudantes. Utilizou-se um instrumento validado para avaliar o nível de concordância dos alunos acerca de sua formação, cujas variáveis correspondiam ao corpo de tutores e coordenação, organização didáticopedagógica e instalações físicas. As respostas forma medidas escala Likert de cinco pontos, com respostas variando de discordo plenamente a concordo plenamente. As avaliações dos estudantes com valores inferiores a 80% foram classificadas como “menor nível” e as com medidas iguais ou superiores como de “maior nível”. Os dados foram processados no software SPSS® 21.0, realizadas estatísticas descritivas e inferenciais, com nível de significância de 5%. Respeitaram-se todos os preceitos éticos para a realização do estudo com parecer do comitê de ética da UFPI 1.665.320. RESULTADOS: Dos 158 estudantes houve predomínio daqueles com idade superior a 20 anos (55,1%), do sexo feminino (74,1%), solteiros (65,2%), sem filhos (70,9%), desempregados (63,9%), com renda familiar acima de 937,00 reais (53,2%), que residiam a uma distância inferior a 18 quilômetros do polo, estudam até oito horas semanais (39,2%), com bom domínio de informática anterior ao curso (44,3%), possuem computador residencial (70,9%) com acesso à internet (57%). Obtiveramse avaliações globais de menor nível para tutores à distância (74,0%), condições de polo (58,3%), suporte técnico (64,7%), tecnologias de informação e comunicação (73,9%). Os polos que apresentaram avaliações em menor nível foram os de Nossa Senhora de Nazaré (67,9%), Luís Correia (75,5%), Simplício Mendes (76,0%) e Brasileira (76,1%), e em maior nível os polos de São Raimundo Nonato (81,5%) e Alto Longá (83,4%). As características dos estudantes relacionadas a uma avaliação global em menor nível de concordância para a EaD, que apresentaram significância estatística foram residir até 18 km do polo presencial (p=0,046), possuir domínio de informática anterior ao curso de péssimo a regular (p<0,001) e não possuir computador residencial (p=0,027). Residir a uma distância acima de 18 km aumente e possuir domínio de informática anterior ao curso de péssimo a regula aumentam em 2,3 e 0,3 vezes as chances dos alunos avaliarem em menor nível de concordância a EaD em seus aspecto global, ademais, essas variáveis explicam 67,7% para essa avaliação. CONCLUSÃO: A educação a distância na profissionalização em enfermagem apresenta algumas dificuldades, principalmente referentes aos seus aspectos estruturas, e precisa ser profundamente analisada frente aos impactos que uma formação deficiente podem ocasionar à saúde da população que utilizará da assistência prestada por esses futuros profissionais.

  • BIANCA ANNE MENDES DE BRITO
  • SERIOUS GAME SOBRE O PROCESSO DE ENFERMAGEM À PACIENTES COM ILEOSTOMIA: elaboração e validação
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 22/03/2018
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  • Introdução: com o aumento das inovações tecnológicas, houve uma mudança no paradigma de formação de profissionais de Enfermagem, que incitaram professores dessa área a revisarem seus currículos e utilizarem metodologias de ensino ativas que mantenham os alunos mais atentos, motivados, envolvidos e participativos no processo de aprendizagem. Entre as alternativas de métodos ativos de aprendizagem tem-se o uso das tecnologias leves/ duras, como os jogos educativos. Os serious games são jogos educativos, que tem um objetivo desafiador, incorpora algum conceito de pontuação e confere ao usuário uma habilidade, conhecimento ou atitude que pode ser aplicada no mundo real. Objetivo: avaliar um serious game sobre o Processo de Enfermagem à pacientes com ileostomia como ferramenta de ensino aprendizagem. Método: trata-se de estudo de produção tecnológica, descritivo e quantitativo, que utilizou o modelo de desenvolvimento de Design Instrucional Contextualizado (DIC) desenvolvido em três fases: análise, design e desenvolvimento; implementação e verificação. A população do estudo foi constituída por 09 juízes na área de Enfermagem e 03 juízes na área de Informática. A pesquisa foi realizada no Departamento de Enfermagem de uma Universidade Federal do Nordeste do Brasil, no período de março de 2016 a fevereiro de 2018. Resultados: Desenvolveu-se o protótipo do serious games, intitulado “OstomyGame” sobre o Processo de Enfermagem à um paciente com ileostomia. Os 09 juízes da área de Enfermagem, atuantes nos assuntos de Estomaterapia, Sistematização da Assistência em Enfermagem e Tecnologia Educacional utilizaram o Leanirng Object Review Instrument para verificar a qualidade do jogo e os 03 juízes da área de Informática fizeram uso do Ergolist para verificar a ergonomia do mesmo. Discussão: como as novas tecnologias e plataformas de ensino virtuais emergem rapidamente, percebe-se que a utilização de serious game no ensino de Enfermagem é uma estratégia de ensino potencial e eficaz em diferentes contextos, seja ele referente à assistência de média, alta ou baixa complexidade. O OstomyGame foi avaliado como sendo de alta qualidade e com alta ergonomia. Conclusão: Quanto à verificação da qualidade, em sete dos oito itens avaliados, com exceção do item de utilização de interação, o OstomyGame apresentou alta qualidade. Em doze dos dezoito itens avaliados, com exceção dos itens de presteza, feedback, concisão, proteção contra erros, mensagem de erro e correção de erros o jogo apresentou alta ergonomia. Logo, o OstomyGame é uma estratégia motivadora, positiva e válida para o desenvolvimento de raciocínio clínico de enfermeiros e acadêmicos de Enfermagem. Além disso, a interface agradável garante envolvimento e participação dos alunos/aprendizes no processo de ensino-aprendizagem.

  • PRISCILLA CAVALCANTE LIMA
  • QUALIDADE DE VIDA DE RESIDENTES DE PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA DA ÁREA DA SAÚDE
  • Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
  • Data: 02/03/2018
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  • Os programas de residência têm como foco a formação por meio da prática assistencial, na qual os residentes são expostos a condições adversas que podem impactar negativamente na sua qualidade de vida. Estudo descritivo-analítico com delineamento transversal, que objetivou avaliar a qualidade de vida de residentes inseridos em programas de residência da área da saúde. Os participantes foram 149 residentes de programas de uma instituição de ensino superior pública na cidade de Teresina-PI, que responderam ao questionário composto por dados sociodemográficos, ocupacional, hábitos de vida e de saúde e o formulário WHOQOL-Bref, ambos autoaplicáveis. A coleta de dados ocorreu no período de maio a setembro de 2017. Os dados foram analisados por meio dos softwares: R x64 versão 3.4.0, LibreOffice Calc versão 5.3.3.2 e PSPP versão 3, sendo realizadas análises descritivas e inferenciais. Para comparar médias ou verificar as diferenças foram utilizados testes paramétricos (teste t, ANOVA e teste Turkey) e, quando a distribuição não foi normal os substitutos não paramétricos (Mann-Whitney e Kruskal Wallis). O nível de significância utilizado foi de 5% para todos os testes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí com o parecer n° 2.061.414. Dos participantes, 57,7% eram do sexo feminino, com idade média de 27,37 ± 3,35 anos; 69,8% eram solteiros; 83,2% sem filhos e 49% autodeclararam-se brancos. Foi identificado que 66,4% dos residentes estavam inseridos nos programas de residência médicas; 18,8% no multiprofissional, 10,7% em área profissional da saúde-Enfermagem Obstétrica e 4% no uniprofissional. Quanto ao tempo de formação, a média foi de 2,82 ± 1,95 anos. Estavam no primeiro ano de residência (43,6%). A qualidade de vida total apresentou escore de 3,39 ± 0,50, no domínio físico 3,51 ± 0,62, no psicológico 3,48 ± 0,62, no de relações sociais 3,55 ± 0,72 e no de meio ambiente 3,41 ± 0,48. A percepção da qualidade de vida apresentou escore de 3,30 ± 0,95 e satisfação com a saúde 3,38 ± 0,99. Na análise das facetas que compõem os domínios desatacou-se: no domínio físico, dor física (2,12 ± 0,96); tratamento médico (2,01 ± 1,06) e sono (2,68 ± 1,07); no domínio psicológico, aproveitar a vida (2,91± 0,82) e sentimentos negativos (2,64 ± 1,03) e no domínio meio ambiente, o ambiente físico (2,98 ± 0,90) e o lazer (2,58 ± 0,75). Houve associação significativa entre o sexo e a qualidade de vida total (p <0,01), a percepção da qualidade de vida (p <0,01), nos domínios: físico (0,005), psicológico (0,002) e meio ambiente (0,04) nos quais as mulheres apresentaram escores inferiores aos dos homens. Foi observada diferença significativa na qualidade de vida geral (p= 0,03) e no domínio psicológico (p= 0,038) em relação ao estado civil, no qual os residentes em união estável apresentaram menores escores. Foi identificada associação significativa em relação ao período da residência, pois os residentes do segundo ano obtiveram os menores escores nos domínios: físico (p=0,02) e psicológico (p=0,007). Os residentes inseridos nos programas de residências de especialidades médicas cirúrgicas obtiveram melhor média (3,79) de qualidade de vida, enquanto os pertencentes ao programa multiprofissional a menor média (3,25). A análise geral da qualidade de vida e todos os seus domínios apresentaram uma boa média. O sexo feminino apresentou pior qualidade de vida geral, na auto avaliação da percepção da qualidade de vida e nos domínios físico, psicológico e meio ambiente.

  • HERICA EMILIA FÉLIX DE CARVALHO
  • PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS NA ATENÇÃO BÁSICA
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 28/02/2018
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  • Antimicrobianos são substâncias que previnem a proliferação de agentes infecciosos com o intuito de evitar a disseminação de uma infecção. O estudo tem como objetivo avaliar as receitas com prescrição de antimicrobianos dispensados na atenção básica no município de Teresina-PI. Trata-se de um estudo transversal, analítico, desenvolvido no município de Teresina-PI, utilizando-se o banco de dados da central de distribuição de medicamentos essenciais da gerência farmacêutica, e as receitas com prescrição de antimicrobianos retidas nas unidades de saúde do município. Os dados foram processados no SPSS, versão 2.0 e calculadas estatísticas descritivas e inferenciais. Todos os preceitos éticos foram atendidos com parecer do CEP sob número nº 1.806.553. Foram analisadas 2.232 receitas com prescrição de antimicrobianos, o metronidazol (250 mg) foi o antimicrobiano mais prescrito, a forma farmacêutica ‘comprimido’ foi a mais utilizada, assim como a forma de administração ‘oral’. O tempo médio de tratamento foi de sete dias. Nas receitas prescritas por enfermeiros, verificou-se que esse profissional prescreve, em sua maioria, para clientes com infecção sexualmente transmissível. Com relação às recomendações da RDC, o nome do paciente estava ausente em nove das 2.232 receitas avaliadas e a idade foi informada somente em um terço das receitas. Todos os dados obrigatórios das receitas foram contemplados em, unicamente, uma receita. No tocante à comparação com as recomendações propostas pelo protocolo de enfermagem, constatou-se que menos da metade das receitas estavam em conformidade com as recomendações em cada característica avaliada. Destaca-se, também, um número considerável de receitas com ausência de informações sobre a concentração, a posologia e o tempo de tratamento. A partir dessa avaliação, pode-se inferir que que as receitas com prescrição de antimicrobianos dispensados na atenção básica do município em estudo não seguem à risca as recomendações da RDC nº 20/2011 e nem do protocolo de enfermagem instituído. Diante aos dados compilados acima, o não cumprimento das recomendações aqui analisadas, demostra uma falha no sistema de prestação de serviços de qualidade e segurança do paciente como um todo.

  • ANA DULCE AMORIM SANTOS SOARES
  • O CUIDADO DO ENFERMEIRO COM A PELE DE RECÉM-NASCIDOS HOSPITALIZADOS
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 27/02/2018
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  • A pele representa o maior órgão do corpo humano e exerce função de barreira protetora contra agentes patógenos externos. O recém-nascido hospitalizado, além de possuir diversas singularidades na pele que a tornam mais frágil, está exposto a fatores de risco para o desenvolvimento de lesões, como a realização de procedimentos invasivos, o uso de substâncias tópicas irritantes e de adesivos para fixação de sensores, cateteres e sondas. O enfermeiro como membro da equipe de saúde, deve estabelecer ações que minimizem riscos e propiciem a manutenção da integridade da pele dessa população. Assim, o estudo teve como objetivo: analisar o cuidado de enfermeiros à pele de recém-nascidos hospitalizados. Trata-se de um estudo qualitativo, baseado no referencial metodológico da Pesquisa Convergente-Assistencial. Os participantes consistiram em quatorze enfermeiros da UTIN de uma maternidade pública. A produção dos dados ocorreu de março a setembro de 2017, em duas etapas, sendo a primeira, por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado, e a segunda, com a execução de grupos focais. O estudo obteve parecer de aprovação (nº 1.848.098), do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Os discursos foram analisados pela técnica de conteúdo de Bardin e discutidos com base no referencial temático atual, sendo elaboradas duas categorias: conhecimento e cuidado do enfermeiro com a pele do recém-nascido hospitalizado na UTIN; dificuldades e possibilidades no cuidado com a pele do recém-nascido na UTIN. Os resultados apontam que os conhecimentos dos participantes sobre os cuidados com a pele do recém-nascido foram adquiridos na graduação e complementam-se por meio de atividades de educação permanente, participação em eventos científicos e a experiência na UTIN. A prática abrange cuidados com o manuseio mínimo e mudança de decúbito; fototerapia; higienização das mãos, prevenção e controle de infecção; utilização de adesivos, fixações, curativos e terapia endovenosa; banho e higiene; ostomias; e sistematização da assistência de enfermagem. As dificuldades relatadas foram a falta de padronização nos registros, notificação exígua de lesões, resistência de alguns membros da equipe quanto às práticas defasadas, disponibilidade reduzida de materiais e conhecimento limitado no cuidado a ostomias. Entre as possibilidades, destacaram-se a existência de educação permanente no serviço, a comunicação interprofissional e a autonomia do enfermeiro no cuidado com a pele do recém-nascido. A execução dos grupos focais permitiu a elaboração conjunta de uma proposta de protocolo de cuidados preventivos de lesões de pele em recém-nascidos hospitalizados. Dessa forma, o produto deste estudo consiste na proposta de protocolo, que abrange os cuidados elencados pelos participantes, o qual foi justificado pela pesquisadora, com base na literatura científica atual. Assim, o aperfeiçoamento constante dos conhecimentos científicos do enfermeiro, aliado à sistematização da assistência de enfermagem e à valorização da subjetividade humana, contribuem efetivamente para a prestação de um cuidado seguro, humanizado e integral ao neonato hospitalizado. O empenho profissional, a utilização de evidências científicas e o incentivo da instituição possibilitam o desenvolvimento de protocolos assistenciais em prol de melhorias no cuidado.

  • RUTH SUELLE BARROS FONSECA
  • BEM-ESTAR DE CUIDADORES INFORMAIS DE IDOSOS ACAMADOS NO DOMICÍLIO
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 23/02/2018
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  • Introdução: A literatura tem abordado a respeito da sobrecarga do cuidador, em especial de pessoas idosas no domicílio, e sua estafante e estressora atividade de cuidados. Face à gravidade da situação, o cuidador necessita ser alvo de orientação dos serviços de saúde e de intervenções que promovam seu bem-estar, visando adaptação às condições geradas pelo estado de saúde do idoso cuidado. Objetivo: Analisar o bem-estar de cuidadores informais de idosos acamados no domicílio. Metodologia: Estudo de método misto explanatório sequencial, desenvolvido com 208 cuidadores informais de idosos acamados no domicílio. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro a agosto de 2017, por meio da aplicação do Mini Exame do Estado Mental, de roteiro de caracterização do cuidador, do Questionário de Avaliação do Bem-Estar Global (BEG) e de um roteiro de entrevista com questões abertas sobre o bem-estar dos cuidadores informais. Na etapa quantitativa foram realizadas estatísticas descritivas (medidas de tendência central) e inferenciais (teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis; teste de correlação de Spearman). O nível de significância estatístico foi fixado em p≤0,05. Na etapa qualitativa, utilizou-se a técnica de análise temática. Resultados: Os escores totais de bem-estar situaram-se entre 136 e 272, com média de 215,4. Na análise bivariada observou-se diferença estatisticamente significativa do índice de bem-estar com a variável: anos de estudo do cuidador.   Verificou-se diferença estatisticamente significativa entre as médias gerais do BEG e as variáveis: estado civil do cuidador e parentesco com o idoso, assim como no fato do cuidador apresentar ou não comorbidades, sentir ou não dor, permanência ou não da dor após a realização dos cuidados, percepção de modificações no corpo e na saúde e consideração sobre a própria saúde. Formularam-se três categorias temáticas relacionadas a condição de bem-estar dos cuidadores: 1. O significado de bem-estar para os cuidadores de idosos acamados; 2. Comprometimento do bem-estar do cuidador decorrente dos cuidados contínuos ao idoso acamado; 3. Religiosidade e Espiritualidade: estratégias para melhoria do bem-estar de cuidadores de idosos acamados. Baseado nos resultados deste estudo houve apoio da fase qualitativa à quantitativa e complementaridade entre ambas. Conclusão: Enfatiza-se a importância do desenvolvimento de estratégias, em conjunto com o cuidador, que sejam capazes de produzir efeitos em médio e longo prazo em busca da sua qualidade de vida; e da qualificação dos profissionais de saúde, em especial do enfermeiro, a fim de que este compreenda, em todos os contextos, o processo que envolve cuidar de um idoso acamado, assim como os meios que possam favorecer a promoção da saúde do cuidador e do próprio idoso.

  • ALINE COSTA DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM FERIDAS CRÔNICAS
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 16/02/2018
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  • O estudo objetivou avaliar a qualidade de vida de pessoas com feridas crônicas. Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal, realizada com 102 pessoas atendidas em domicilio e 74 em um ambulatório de feridas complexas. Os dados foram coletados entre os meses de março a agosto de 2017, utilizando os seguintes instrumentos: questionário para avaliação mental, formulário sobre caracterização sociodemográfica e clínica, questionário para avaliação das atividades básicas diárias – índice de Katz, Cardiff Wound Impact Schedule – CWIS e Freiburg Life Quality Assessment–Wound – FLQA- Wk. As analises foram realizadas por meio dos testes ANOVA, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. No domicilio, destacaram se as seguintes características: sexo masculino (51%), idade de 60 anos ou mais (50%), com ensino fundamental (54,9%) e renda familiar de um a dois salários mínimos (62,8%). Realizando curativo diário (96%), com ferida única (66,7%), tempo de lesão acima de 12 meses (51%), predominando as úlceras vasculogênicas (31,4%) em membros inferiores (98%). No ambulatório foram: sexo masculino (52,7%), entre 41 a 59 anos (40,5%), com ensino fundamental (51,4%) e renda de familiar de um a dois salários mínimos (70,3%). Realizando curativos entre uma a duas vezes por semana (67,6%), com ferida única (83,8%) e duração de até 6 meses (45,9%), sendo frequente as úlceras vasculôgenicas (35,1%) em membros inferiores (87,8%). De acordo com índice de Katz, 82,5% e 93,1% dos participantes do domicilio e ambulatório se categorizaram como independentes. A QV avaliada pelo CWIS teve o domínio bem-estar como menores média de 43,9 e 33,2 em domicilio e ambulatório. No FLQA-Wk o domínio mais afetado no domicilio e ambulatorio foram vida diária com 3,8 e 3,0, respectivamente. Os fatores que apresentaram associações com a QV foram: sexo, escolaridade, faixa etária, situação conjugal, situação ocupacional, renda individual, lesão medular, anemia falciforme, uso de medicação, mobilidade, intervalo de troca de curativos, tempo de tipo da ferida, tamanho da ferida, tecido predominante, profundidade da lesão, quantidade e aspecto do exsudato, odor e intensidade da dor. Conclui-se que os fatores externos e internos influenciam na QV das pessoas com feridas crônicas, sendo necessário acompanhamento multiprofissional e integral direcionado a pessoa com ferida e sua família, baseada no contexto social em que essa pessoa está inserida.

  • POLYANA NORBERTA MENDES
  • SOBRECARGAS FÍSICA, EMOCIONAL E SOCIAL DOS CUIDADORES INFORMAIS DE IDOSOS ACAMADOS NO DOMICÍLIO
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 16/02/2018
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  • Introdução: A sobrecarga de cuidar de um idoso dependente é uma séria questão biopsicossocial devido ao aumento da expectativa de vida, da prevalência das doenças crônicas e incapacitantes e da necessidade de cuidados prolongados. Objetivo: analisar a sobrecarga e quais são os fatores relacionados entre cuidadores informais de idosos acamados em domicílio assistidos pela Estratégia Saúde da Família. Metodologia: Estudo do tipo analítico e de delineamento transversal, desenvolvido com 208 cuidadores informais. A coleta de dados ocorreu no período de fevereiro a julho de 2017, por meio da aplicação do roteiro de caracterização do idoso e do seu cuidador; do Índex de Katz e do Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI).Para análise utilizou-se o software StatisticalPackage for the Social Science, versão 20.0. Foram realizadas estatísticas descritivas (medidas de tendência central e dispersão, frequência absoluta e relativa) e inferenciais (teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis; teste de correlação de Spearman). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí (UFPI) com o parecer nº 1.971.805. Resultados: A média total da sobrecarga foi de 71,1 (±26,3). Destacou-se o domínio “Implicações na vida pessoa”. Na análise bivariada observou-se diferença estatisticamente significativa do escore total de sobrecarga e dos domínios que a compõe e as variáveis: sexo do idoso; possuir ou não um único cuidador; o uso de sonda enteral ou gastrostomia; oxigenação; uso de sonda vesical de demora e as dificuldades para falar, mastigar e engolir do idoso; estado civil do cuidador; grau de parentesco com o idoso; e em todas as variáveis clínicas do cuidador. O teste de correlação de Sperman apontou uma correlação positiva entre a sobrecarga e a idade do cuidador e entre a sobrecarga e as horas do dia dedicadas ao cuidado. Observou-se também uma correlação negativa e significativa com a idade do idoso. Conclusão: A sobrecarga foi maior para os que cuidavam de idosos mais jovens, do sexo masculino, e de idosos que fazem uso de dispositivos como sonda enteral ou gastrostomia, sonda vesical de demora e oxigenação. Assim como, para aqueles que assistem aos dependentes com dificuldades para falar, mastigar e engolir e os que eram o único cuidador. Maior também, para os cônjuges, os que apresentavam comorbidades, dores relacionadas à atividade desempenhada e para os que consideraram sua saúde regular. Aponta-se a necessidade de intervenções eficazes que garantam suporte ao binômio idoso/cuidador e minimizem o impacto dos fatores relacionados à sobrecarga do cuidador. Bem como, a qualificação profissional, em especial do Enfermeiro na atenção básica, para o desenvolvimento de um cuidado holístico e humanístico do núcleo família, com vista ao processo de envelhecimento ativo do cuidador.

  • LORENA SOUSA SOARES
  • AVALIAÇÃO DA RETIRADA NÃO ELETIVA DOS TUBOS OROGÁSTRICOS EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 15/02/2018
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  • O objetivo principal desta tese é avaliar a retirada não eletiva dos tubos orogástricos fixados na região malar dos RN prematuros. Trata-se de um estudo observacional, analítico, longitudinal, prospectivo e do tipo coorte concorrente, que foi realizado no setor de Neonatologia de um hospital público situado na cidade de Sobral, estado do Ceará. A população foi composta por recém-nascidos prematuros submetidos ao uso de tubo orogástrico do tipo policloreto de vinil, mais conhecido como PVC, fixados na região malar, internados no referido setor, local do estudo, no período de 1 de janeiro a 14 de abril de 2017, totalizando, assim, a amostra de 44 RN. Para a coleta dos dados foram utilizados os seguintes instrumentos: para dados do perfil sociodemográfico, gestacional e do parto das mães e dos recém-nascidos; para dados sobre tubo orogástrico e hemodinâmicos e Escala de Condição de Pele do Recém-nascido. Teve-se uma incidência de 15,9%, referente à retirada não eletiva dos tubos orogástricos fixados na região malar dos RN. Nas análises univariadas realizadas, nos RN que não foram acompanhados ao longo dos nove dias, retirados da amostra por algum critério de descontinuidade, sobre FR teve-se p-valor significativo (p= 0,004; p= 0,045), tanto no turno da manhã bem como no da tarde, assim, podendo a FR ser um fator de risco para a retirada não eletiva do tubo orogástrico. Na verificação da associação entre o aporte respiratório, a higiene oral, a alimentação por via oral mista e as principais alterações dermatológicas (secura, eritema e ruptura/lesão) e a retirada não eletiva dos tubos orogástricos, houve significância estatística em todas as variáveis independentes, em ambos os turnos. Além disso, a H1 foi recusada, pois a perda foi maior em RN com melhor estabilidade respiratória e hemodinâmica, sendo que o melhor indicador foi o aporte respiratório que teve p-valor significante (p=0,003) e relação linear com a variável dependente (β=0,416). Assim, pode-se indicar que a fixação na região malar (popularmente conhecida como do tipo cordinha) deve ser usada em RN mais graves e, como alternativa, a outra fixação comumente usada nos serviços, na região supralabial (do tipo “bigodinho”) deve ser usada em RN com maior estabilidade respiratória e hemodinâmica. Além disso, protocolos institucionais devem ser desenvolvidos com a descrição e detalhamento do manejo completo do tubo orogástrico.

  • CARLA DANIELLE ARAÚJO FEITOSA
  • AFASTAMENTOS POR DEPRESSÃO: um estudo com trabalhadores do Piauí
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 05/02/2018
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  • Introdução: o adoecimento mental entre trabalhadores tem se configurado como a terceira causa de afastamento do trabalho. A Organização Mundial da Saúde prevê que em 2020 a depressão seja a segunda causa de afastamentos laborais por doença no mundo. Objetivo: analisar a ocorrência de afastamentos das atividades laborais motivados pela depressão. Método: estudo transversal, analítico, com coleta retrospectiva, realizado na sede do Instituto Nacional do Seguro Social do município de Teresina – Piauí, com os dados de 2267 trabalhadores afastados por depressão no recorte temporal de 2010 a 2015. A coleta de dados ocorreu no período de março a maio de 2017, fez-se uso de formulário construído com base nas variáveis presentes no Sistema Único de Informações de Benefícios. Utilizou-se para as análises o software Statistical Package for the Social Science versão 20.0 e o software R versão 3.2.5. Foram realizadas análises descritivas (frequências, medidas de tendência central e de dispersão), bivariadas (teste qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher) e multivariadas (regressão logística). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o parecer nº 1.827.564. Resultados: entre os 2267 trabalhadores afastados, houve predomínio de indivíduos do sexo feminino (63,6%), com idade igual ou superior a 50 anos (44,2%), procedentes da capital do Piauí (47,9%), com renda variando de 1 a 2 salários mínimos (77,1%), com procedência de origem urbana (80,9%) e com único afastamento (80,9%). Os afastamentos únicos foram motivados por episódio depressivo leve (24,5%), e o benefício concedido para a expressiva maioria foi o auxílio-doença previdenciário (94,3%). Entre os trabalhadores que se afastaram mais de uma vez (19,1%), a principal causa foi o transtorno depressivo recorrente, episódio atual leve (21,9% para o primeiro afastamento, 27,6% para o segundo, 32,4% para o terceiro, 35,3% para o quarto); e quanto ao benefício também predominou o auxílio-doença previdenciário (95,2% para o primeiro afastamento, 68,2% para o segundo, 62,9% para o terceiro, 52,9% para o quarto e no quinto afastamento, 66,7%). Destaca-se que houve associação estatisticamente significante entre o tempo total de afastamento (<60 dias e ≥60 dias) com a faixa etária, a renda e a clientela; bem como com os subtipos de depressão: episódio depressivo leve; episódio depressivo grave com sintomas psicóticos; transtorno depressivo recorrente, episódio atual leve e transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave com sintomas psicóticos. Conclusão: Considera-se que a presente pesquisa pode ampliar o conhecimento acerca dos afastamentos sobre a depressão, bem como se acredita que os dados apresentados serão importantes para contribuir com a implementação de ações voltadas à saúde mental dos trabalhadores.

2017
Descrição
  • CAIQUE VELOSO
  • CONSUMO DE ÁLCOOL E TABACO POR MULHERES E A OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 21/12/2017
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  • Introdução: o consumo de álcool e tabaco caracteriza-se como uma situação complexa e com múltiplos determinantes que variam de acordo com a cultura, momento histórico e grupo social. Diante disso, ressalta-se a crescente preocupação quanto às mudanças nos padrões de consumo apresentados no universo feminino, visto que tais substâncias são responsáveis por inúmeras implicações negativas para a vida das mulheres, dentre as quais figura a exposição destas à violência por parceiro íntimo. Objetivo: analisar o consumo de álcool e tabaco por mulheres e a ocorrência de violência por parceiro íntimo contra a mulher. Materiais e método: estudo transversal, exploratório e analítico realizado com 369 mulheres na faixa de 20 a 59 anos de idade, atendidas em Unidades Básicas de Saúde dos municípios de Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus. A coleta de dados ocorreu no período de agosto de 2015 a março de 2016, mediante aplicação do Alcohol Use Desorders Identification Test (AUDIT), Non-Student Drugs Use Questionnaire (NSDUQ) e Revised Conflict Tactics Scales (CTS2). Utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0, para a realização da análise estatística descritiva, bivariada (teste qui-quadrado de Pearson) e multivariada (regressão logística binária). O desenvolvimento do estudo ocorreu em conformidade com as exigências das diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, regidas pelas Resoluções n.º 466/2012 e n.º 510/2016. Resultados: a prevalência do consumo de álcool e tabaco na amostra foi de 50,1% e 17,9%, respectivamente. Das mulheres entrevistadas, 64,0% foram vítimas de violência por parceiro íntimo: 61,5% de agressão psicológica (60,7% menor e 41,5% severa), 33,6% de abuso físico (32,0% menor e 16,0% severa) e 17,1% de coerção sexual (13,6% menor e 6,2% severa). Ademais, 16,0% relataram a ocorrência de injúrias (14,6% menor e 7,0% severa). O consumo de álcool e o consumo de tabaco pelas mulheres associaram-se estatisticamente à ocorrência de violência por parceiro íntimo contra a mulher, sendo que o consumo de álcool aumentou em 2,15 vezes a chance da mulher ser violentada pelo parceiro íntimo    (p = 0,001; IC 95% = 1,37-3,38), enquanto o consumo de tabaco aumentou tal chance em 2,04 vezes (p = 0,038; IC 95% = 1,04-4,00). Ao considerar a natureza da violência, constatou-se que tanto o consumo de álcool como o de tabaco mostrou-se associado às agressões psicológicas menores e severas, aos abusos físicos menores e severos e às injúrias menores e severas. Além disso, o consumo de álcool associou-se também à coerção sexual menor praticada pelo parceiro íntimo contra a mulher. Conclusão: além de identificar elevadas prevalências de violência por parceiro íntimo contra a mulher e de consumo de álcool e tabaco por mulheres, o presente estudo constatou que o consumo dessas substâncias no universo feminino apresenta-se como um fator de risco associado à ocorrência de violência por parceiro íntimo contra a mulher. Dessa forma, faz-se necessário a formulação e o fortalecimento de estratégias e políticas públicas que abordem tais problemáticas no contexto de uma assistência integral e humanizada à saúde das mulheres.

  • TATYANNE SILVA RODRIGUES
  • COMPORTAMENTO DE CONDUTORES DE MOTOCICLETAS ENVOLVIDOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITO
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 15/12/2017
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  • Altos índices de mortalidade por acidente de trânsitotêm ocorrido nas últimas décadas,verificando-se aumento considerável daquelesenvolvendo motocicletas, fato que pode ser justificado, pela facilidade de aquisição, baixo custo de manutenção e agilidade que esse tipo de veículo proporciona. Dentre os principais fatores que levam a ocorrência desses acidentes, o fator humano, é apontado como um dos principais, sendo importante, portanto, estudar o comportamento dos condutores no trânsito, para auxiliarna criação de políticas públicas adequadas ao enfrentamento desse agravo à saúde.  Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar o comportamento adotado por condutores de motocicletas que favorecem a ocorrência de acidentes de trânsito.Trata-se de um estudo transversal desenvolvido em um hospital de urgência, referência no atendimento a vítimas de trauma, na cidade de Teresina, capital do estado do Piauí. Participaram da pesquisa 360 condutores demotocicletas vítimas de acidentes de trânsito, que foram entrevistados para caracterização sociodemográfica e do acidente e aplicação da Escala do Comportamento no Trânsito para Motociclistas, no período de dezembro de 2016 a abril de 2017. Os dados foram codificados e analisados no software Statistical Package for Social Sciences - 21.0.Realizou-se estatísticas descritivas nos dados sociodemográficos e dos acidentes, a partir da distribuição de frequência e percentuais, medidas de posição e dispersão. Efetuou-se análise fatorial e de componentes principais para validação dos dados da escala. Para as variáveis quantitativas, foi aplicado o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, para verificar a aderência à distribuição normal, determinando-se que os dados não apresentavam distribuição normal.Assim, utilizou-se os testes estatísticos não-paramétricos: U de Mann Whitney e Kruskal Wallis, com nível de significância fixado em p ≤ 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer número 1.806.555. As características sociodemográficas dos 360 condutores de motocicletas, mostraram que a média de idade foi de 35,5 (dp: 12,5),sendo que 56,4% pertenciam às faixas etárias de 30 a 59 anos, 90% eram do sexo masculino, de cor parda (63,3%) e solteiros (44,2%). Em relação à escolaridade, 45% e 43,6 dos motociclistas possuíam ensino fundamental e médio completo/incompleto, respectivamente. Quanto a fonte de renda, 39,4% exerciam trabalhos autônomos e 25,6%, trabalhavam remunerados com carteira assinada, dos quais 62,2%, apresentavam renda individual de um a três salários mínimos.No que se refere ao uso da motocicleta, 61,1%, não possuíam CNH, 77,2% tinham motocicleta própria, com mais de 10 anos de condução (39,2%), seguido de 5-7 anos (21,9%). Em sua maioria, as motocicletas possuíam entre 125-150 cilindradas (76,1%). Os motociclistas não faziam uso de álcool no momento do acidente (75,6%) e 63,6% usavam equipamentos de proteção. O uso da motocicleta em 92,5% dos condutores, não foi de forma profissional, considerando que 97,6% dos entrevistados não eram motoboys e mototaxistas.Dentre os 13 fatores de risco e proteção identificados, os comportamentos mais recorrentes, de acordo com cada fator, foram: nível de atenção; domínio da motocicleta; erros no trânsito; e erros não previsíveis. Ao relacionar os comportamentos identificados com as características sociodemográficas, as condições para a condução da motocicleta e dia e horário de ocorrência dos acidentes de trânsito, observou-se que os motociclistas de <18 anos apresentam o pior comportamento quando comparado com os de 18 a 29 anos;de 30 a 59 anos e > 59 anos, não havendo diferenças significativas ente os comportamentose o sexo dos motociclistas. A cor branca e os analfabetos apresentaram melhores comportamentos para os fatores de risco, enquanto que os solteiros tiveram os piores comportamentos nesses fatores. Os motociclistas que possuíam carteira de habilitação ou em andamento,mostraram melhor comportamento, assim como, os que possuíam motocicletas própria. Quanto a suspeita do uso de álcool no momento do acidente, aqueles que informaram positivamente, apresentaram o pior comportamento para o fator erros por falta de prática na condução. Já, em relação ao uso de equipamentos de proteção no momento do acidente, os que utilizavam esses equipamentos apresentaram melhor comportamento em relação a alguns fatores, no entanto, também tinham o pior comportamento para os fatores de risco, assim como os motociclistas profissionais.Acorrelação entre os comportamentos dos motociclistas e as regiões corpóreas atingidas, mostrou que que não houve diferença significativa do acometimento de membros superiores, porém, houve significância para os tiveram lesões em membros inferiores, com os fatores de risco. Nesse contexto, o estudo poderá contribuir de forma expressiva para o planejamento e implementação de ações educativas no trânsito, visto que evidencia os comportamentos de riscos mais frequentes dos condutores de motocicletas, bem como, as principais características a eles associadas. Sugere-se ainda, a realização de estudos adicionais que avaliem estes comportamentos, com públicos maiores e nas mais diferentes realidades, para melhor aplicação e avaliação das intervençõesimplementadas.

  • MAGNO BATISTA LIMA
  • MODELO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM PRIMÁRIA: uma análise por MISSCARE-Brasil
  • Orientador : ELAINE CRISTINA CARVALHO MOURA
  • Data: 07/12/2017
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  • A Enfermagem Primária é um modelo para organização da assistência de enfermagem que facilita o desenvolvimento do papel do enfermeiro por meio da prestação de cuidados clinicamente competentes, maximizando os valores profissionais e favorecendo a qualidade do cuidado. O objetivo geral desse estudo foi predizer as relações existentes entre a implantação do modelo assistencial de enfermagem primária para o gerenciamento do cuidado ante a omissão de cuidados de enfermagem e as respectivas razões atribuídas por profissionais. Trata-se de estudo correlacional preditivo, desenvolvido após a implantação da Enfermagem Primária no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, no município de Teresina, Piauí, de Novembro de 2016 a Abril de 2017. A amostra da pesquisa constituiu-se de 39 enfermeiros e 57 técnicos em enfermagem, totalizando 96 profissionais, que preencheram o MISSCARE- Brasil, instrumento capaz de investigar cuidados de enfermagem omitidos e as suas respectivas razões. As análises de predição ocorreram a partir dos dados assistenciais gerados pelo instrumento aplicado em dois momentos de monitorização do processo de implantação do modelo: 4 e 7 meses. O nível de significância do estudo foi 5% (p<0,05). Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí (parecer nº 1.777.929) atendendo a resolução 466/2012. A idade média dos participantes foi de 34,9 anos, predominando o sexo feminino (88,5%); 50,0 % com pós-graduação mesmo com 59,4% de técnicos em enfermagem. Referiram está satisfeito ou muito satisfeito com o cargo (65,7%); com a unidade de lotação (80,2%) e com o desempenho da equipe (68,8%). Do total, no primeiro momento de avaliação, 55,2% relataram que em algum momento não participaram em discussão da equipe interdisciplinar sobre a assistência ao paciente, 53,1% não realizaram a deambulação três vezes por dia ou conforme prescrito e 52,1% não ofereceram as refeições para os pacientes que se alimentavam sozinhos. Comparando o primeiro e segundo momento de avaliação observou-se que em 78,5% do total de itens ocorreu redução na frequência dos cuidados omitidos, com redução de 67,8% dos itens da significância das razões para omissão do cuidado, minimizados por atos assistenciais previstos no modelo instituído. Em todas as dimensões investigadas pelo instrumento (comunicação, recursos matérias, recursos laborais, dimensão ética e gerenciamento) houveram reduções nos níveis das médias de omissão, que variaram de 1,2% a 4,2%. Verificou-se que a organização da assistência, por meio da enfermagem primária, favoreceu a eficiência e aumento da qualidade dos cuidados prestados. Conclui-se que as correlações existentes entre os atributos medidos pelo instrumento foram promissoras para avaliar a implantação do modelo assistencial de enfermagem primária, favorecendo a organização do serviço de enfermagem por meio do gerenciamento dos cuidados, tendo em vista significativa redução de omissões e razões nos períodos de avaliação medidos. Recomenda-se, no entanto, que outros estudos sejam realizados com pelo menos três períodos de monitoramento para melhor relação de elementos preditores existentes no modelo, seja ele a enfermagem primária ou outros modelos assistenciais.

  • MARIA AUGUSTA ROCHA BEZERRA
  • O VIVIDO DE MÃES CUJOS FILHOS MORRERAM EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTES DOMÉSTICOS NA INFÂNCIA
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 07/12/2017
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  • Introdução: Os acidentes estão entre as principais causas de morte em crianças e, em maioria, ocorrem no domicílio, desafiando os conceitos tradicionais de segurança na infância. A mortalidade infantil global em decorrência de acidentes está entre as poucas causas que não apresentam projeção para diminuição de casos. Como consequência desse alto índice de mortes em decorrência de acidentes domésticos na infância, têm-se os impactos na vivência materna que podem desencadear implicações importantes no cotidiano de mães. Objetivo: Desvelar o sentido de mães cujos filhos morreram em decorrência de acidentes domésticos na infância. Metodologia: Pesquisa de natureza qualitativa, fundamentada na fenomenologia existencial de Martin Heidegger, realizada no Estado do Piauí, Brasil, com 10 mães cujos filhos morreram em decorrência de acidentes domésticos na infância. Realizou-se uma entrevista fenomenológica entre maio e junho de 2017. Os procedimentos analíticos, através da analítica heideggeriana, envolveram a compreensão vaga e mediana e análise hermenêutica. Resultados: A análise compreensiva, no primeiro momento metódico, mostrou que as mães sabiam que a culpa pela morte dos filhos não era delas, pois destes cuidavam, e oscilaram em apontar e negar a existência de culpados. Tentaram salvar o filho através do cuidado fornecido no momento do acidente doméstico. Após constatação da morte da criança, sentiram sensação de vazio para, em seguida, entrarem em estado de desespero. Sentiram e ainda sentem sofrimento profundo pela morte do filho. Sentiram a falta da criança no passado, sentem no presente e já compreendem e antecipam que sentirão no futuro. Sentiram e sentem medo que traz inquietações e limitações para próprias vidas e de outros filhos. Tiveram a necessidade de ser fortes na tentativa de superar a perda e, para isso buscaram suporte em familiares e na espiritualidade para se fortalecer. Na hermenêutica, o ser-aí-mãe-cujo-filho-morreu-em-decorrência-de-acidente-doméstico-na-infância encontrou novos modos de ser mãe, que possibilitaram a continuidade da relação com o filho. Mostrou-se na impessoalidade, na impropriedade e na inautenticidade movida pela publicidade do cotidiano de ser mãe, cuja compreensão mediana revelou-se por meio do falatório. Diante da facticidade de ser-sem-o-filho, o ser-aí-mãe mostrou-se presa ao passado que, cronologicamente, é demarcado como antes da morte do filho. Ao negar a não culpa pela morte da criança, destacaram-se as funções maternas desempenhadas e mostraram-se ocupada e preocupada (de forma autêntica e inautêntica) quando significa a não culpa balizada no vigor-de-ter-sido uma boa mãe. Após a morte, se ocupa do filho nas cerimônias destinadas à homenagem aos mortos e se mostra no modo de uma preocupação reverencial. Desvela-se no modo de ser-para-a-morte cotidiano e impessoal, ao não aceitar que ela mesmo e o(s) filho(s) podem morrer. Nessa disposição, teme no modo do pavor. Diante de tantas mudanças e afetações, precisa ser forte para apoiar o marido, cuidar dos filhos e manter a rotina familiar. Para isso, oscila em cuidar e ser cuidada, e esse cuidado ocorre nos modos de uma preocupação que, por vezes, é autêntica e, em outras ocasiões, acontece na inautenticidade. Considerações finais: O desvelamento dos modos de ser das mães permitiu identificar, no contexto do processo de luto materno e nas perspectivas para promoção do cuidado, as necessidades de: ampliar a compreensão e os modos de acolhimento à dor da mãe enlutada e refletir sobre a culpa enquanto constituinte do enlutamento materno; acrescer as discussões acerca da morte, em especial no cerne da infância, de modo a diminuir os preconceitos e tabus que cercam esse tema; promover atenção multiprofissional e integral à mãe e família; e desenvolver intervenções, a fim de habilitá-las na prevenção de acidentes domésticos na infância para, assim, colaborar para reduzir o pavor relativo a esse prejudicial.

  • BRAULIO VIEIRA DE SOUSA BORGES
  • ADESÃO AO SEGUIMENTO CLÍNICO DE MULHERES PROFISSIONAIS DO SEXO COM SÍFILIS
  • Orientador : ROSILANE DE LIMA BRITO MAGALHAES
  • Data: 24/10/2017
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  • A sífilis é uma doença infecciosa, crônica e sistêmica; configura-se como um grave problema de saúde pública, com gravidade mais exponencial em populações vulneráveis, como Mulheres Profissionais do Sexo. O estudo teve como objetivo avaliar a adesão ao seguimento clínico de mulheres profissionais do sexo com sífilis. Pesquisa analítica, com abordagem quantitativa em que foi realizada uma coorte das mulheres com testagem reagente para sífilis. Realizada no município de Teresina – PI, no período de janeiro de 2016 a junho de 2017, com 358 mulheres profissionais do sexo, recrutadas pelo método Respondent Drive Sampling e acompanhamento de 27 casos detectados. Utilizou-se um formulário com variáveis referentes a questões sociodemográficas, comportamento sexual, adesão ao tratamento e exposição ao Treponema pallidum (Testagem rápida e VDRL). As participantes foram entrevistadas e submetidas a teste rápido para detecção de sífilis. Para os casos reagentes, foram coletadas amostras de sangue periférico para realização de VDRL quantitativo. Os dados foram processados pelo programa SPSS, versão 21.0. Para verificação da associação entre as variáveis qualitativas, foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson com correção ao nível de significância 5% (<0,05). Todos os preceitos éticos foram atendidos com parecer do CEP número 0425.0045.000-11. Das 358 mulheres investigadas, houve predomínio da faixa etária de 25 a 39 anos (62,3%), moradoras de Teresina (77,6%), sem companheiros (94,6%), brancas (46,0%), escolaridade <8 anos de estudos (68,2%), católicas (80,1%), com atuação em bares (50,8%). A prevalência da sífilis foi considerada elevada, 7,5%, com significância estatística em relação à cor da pele (IC 40,84-51,16; p ≤ 0,001). Das 27 mulheres profissionais do sexo com VDRL reagentes, a primeira titulação variou de 1/1 a 1/64 e todas foram encaminhadas para tratamento. Obteve-se 8 (29,6%) de comparecimento aos serviços de saúde e dessas, somente, 4(14,8%) obtiveram sucesso do tratamento dos casos detectados, bem como 10(37,0%) de perda do seguimento clínico, 9(33,3%) de não adesão ao seguimento clínico por parte das profissionais do sexo. Recomenda-se novos estudos de cunho epidemiológico para maior entendimento das condições de saúde dessa população, bem como ações de rastreamento, diagnóstico, tratamento e seguimento clínico dos casos de sífilis, a fim de reduzir a cadeia de transmissibilidade.

  • ANDREIA KARLA DE CARVALHO BARBOSA CAVALCANTE
  • AVALIAÇÃO DA CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM HOSPITAL DE ENSINO
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 10/07/2017
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  • Introdução: A cultura de segurança é o somatório de valores voltados para o compromisso de discutir e aprender com os erros a partir da identificação das ameaças latentes e incorporação de sistema não punitivo para o relato e análise dos erros. Objetivo: Avaliar a cultura de segurança do paciente entre os profissionais de saúde atuantes em um hospital de ensino. Método: Trata-se de um estudo transversal, analítico, realizado em um hospital geral, público, de grande porte, de Teresina, com amostra de 320 profissionais de diversas categorias. A coleta de dados ocorreu no período de julho a setembro de 2016, por meio do Hospital Survey on Patient Safety Culture, processado no software Statistical Package for the Social Sciences, versão 23.0, e calculadas estatísticas descritivas para as variáveis quantitativas, e frequências para as qualitativas. Os testes executados foram de Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis, com realização do pós-teste de Tukey e de Correlação de Spearman com as análises realizadas ao nível de significância de 5%. Para a análise da consistência interna, utilizou-se o coeficiente Alpha de Cronbach. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Na amostra predominou sexo feminino (80,6%), com idade média de idade de 45,5 anos, ensino médio (41,9%), técnicos ou auxiliares de enfermagem (58,4%), em exercício há 21 anos ou mais no hospital e na mesma unidade, com carga horária semanal de 20 a 39 horas (84,4%) tendo contato direto com o paciente (96,2%), com média de atuação na especialidade ou profissão de 17,2 anos. Apresenta ponto forte na dimensão Aprendizado Organizacional e, dimensões que necessitam de melhoria: Pessoal, Resposta não Punitiva aos Erros, Percepção Geral da Segurança do Paciente e Frequência de Eventos Relatados. Quanto ao Índice de Cultura de Segurança (ICS) as dimensões Pessoal e Resposta não Punitiva aos Erros obtiveram valores mais próximos da área de melhoria.  As dimensões foram agrupadas em três níveis, tendo maior média de ICS do paciente para o “âmbito das unidades”, com diferença estatisticamente significativa (p<0,001). A correlação da segurança do paciente e eventos relatados foi positiva com uma diferença estatisticamente significativa (p<0,001), entre as dimensões Percepção Geral da Segurança do Paciente, Frequência de Eventos Relatados, Grau de Segurança do Paciente e Número de Eventos Relatados nos Últimos 12 Meses. A consistência interna do questionário foi de 0,801, com boa confiabilidade. Os comentários dos profissionais de saúde quanto à cultura de segurança do paciente em relação aos erros ou relato de eventos no hospital, concentraram-se na categoria Dificuldades ou aspectos considerados como barreira ou dificultadores na segurança do paciente; evidenciando que há vários aspectos que favorecem o surgimento do erro e da subnotificação. Conclusão: Há um longo caminho a percorrer para que a cultura de segurança do paciente efetivamente se priorize e para isso, é necessária a consonância de objetivos entre formuladores de políticas, gestores e profissionais de saúde. O estudo evidenciou avanços ao mostrar a visão multidisciplinar sobre a cultura de segurança do paciente no hospital.

  • AMANDA DELMONDES DE BRITO FONTENELE FERNANDES
  • ADAPTAÇÃO CULTURAL E VALIDAÇÃO DE CONTEÚDODA “ESCALA DE ADAPTAÇÃO A OSTOMIA DE ELIMINAÇÃO (EAOE)” PARA USO NO BRASIL
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 08/06/2017
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  • A confecção de um estoma altera significativamente a relação entre a pessoa e seu mundo social, sendo necessário conhecimentos sobre o seu problema de saúde, com ensino individual para que as ações de adaptação/autocuidado tenham sucesso. Considerando a falta de um instrumento de avaliação de adaptação específico para pessoas estomizadas no Brasil, verificado após revisão de literatura de estudos sobre o tema em nosso meio, o objetivo deste estudo foi realizar a adaptação cultural da Escala de Adaptação a Ostomia de Eliminação (EAOE) para a língua portuguesa do Brasil. A EAOE foi construída e validada por Sousa, Santos e Graça (2015), em Portugal, e tem como finalidade avaliar a adaptação do paciente com estomia de eliminação. Após contato com a autora principal do instrumento original e obtenção de sua autorização para o desenvolvimento do processo de adaptação, o projeto também recebeu aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí-UFPI, protocolo nº 1.554.321. Constituiu-se de estudo do tipo metodológico, cujas etapas da adaptação cultural foram baseadas em Beaton et al. (2007). Foram elas: adequação para o português do Brasil; comitê de especialistas; e pré-teste com a população em estudo. Posteriormente, procedeu-se à validação de conteúdo, embasada em Pasquali et al. (2010),com comitê de juízes. A pesquisa cumpriu todas as recomendações da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Na primeira fase, a escala original foi adequada pela pesquisadora para o português brasileiro. Em seguida, as duas versões, original e adaptada, foram enviadas para sete especialistas avaliarem as equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual, obtendo-se, assim, uma nova versão, que foi submetida ao pré-teste com 30 estomizados de um centro integrado de saúde da capital do Piauí, que também responderam a questionários sociodemográficos e de formação. A versão oriunda dessas análises foi enviada para um comitê de três juízes para a realização da validação de conteúdo. O coeficiente de validade de conteúdo da escala atingiu valores de 0,9 para os critérios: clareza de linguagem, pertinência prática e relevância teórica, e, para a categoria “dimensão”, o kappa médio teve valor moderado (0,587). O processo de adaptação cultural da EAOE teve desempenho satisfatório, porém é necessário que sejam testadas as propriedades psicométricas dessa versão.

  • GIRLENE RIBEIRO DA COSTA
  • BEM-ESTAR E ALTERAÇÕES DE SAÚDE NA COMUNIDADE DOCENTE UNIVERSITÁRIA
  • Orientador : MARCIA TELES DE OLIVEIRA GOUVEIA
  • Data: 05/05/2017
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  • O bem-estar no trabalho é um sentimento agradável que se origina das situações vivenciadas na execução das tarefas. No ambiente universitário, os docentes estão suscetíveis às tensões geradas pela constante responsabilidade inerente ao processo de ensino-aprendizagem. O objetivo deste estudo foi analisar o bem-estar e as alterações de saúde apresentadas pela comunidade docente universitária. Trata-se de estudo transversal, descritivo com participação de 32 docentes do Departamento de Enfermagem de Universidade Pública, por amostragem não probabilística do tipo intencional, utilizados os instrumentos de: caracterização sócio demográfica e profissional; avaliação de alterações de saúde e seu tratamento e a Escala de Bem-Estar no Trabalho, para coleta de dados no período de outubro a dezembro de 2016. Os dados foram processados e categorizados, por dupla digitação em planilha do Excell e depois exportados e analisados no programa software Statistical Package for the Social Science versão 21.0. Realizou-se a análise descritiva das variáveis sócio demográficas, profissionais e as de alterações de saúde. Nas variáveis qualitativas obteve a descrição de frequências absolutas e relativas, nas variáveis quantitativas foi realizada a descritiva de posição através da média. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, sob protocolo nº 45417115.9.0000.5393. 93,8% dos participantes eram do sexo feminino, 78,1% casadas, idade média de 45,5 anos, referiram ter dois ou mais filhos (59,4%); carga horária de trabalho semanal de 40h (84,4%), renda por salário mínimo de 15,81, tempo no cargo/função 3-14 anos (62,5%); as alterações de saúde mais frequentes: cansaço físico e/ou mental (71,9%), estresse (46,9%), tensão (43,8%), falta de disposição para prática de exercícios (43,8%), irritação nos olhos, garganta e narina (43,8%), ansiedade (40,6%), insônia/dificuldade de conciliar o sono (40,6%). Ao analisar as variáveis do afeto positivo, os profissionais expressaram moderadamente o que sentiam nos últimos seis meses, prevalecendo: alegre (50,0%), contente (50,0%). Nas variáveis de afeto negativo prevaleceram com nem um pouco: deprimido (81,3%); nervoso (75,0%). E com um pouco: Irritado (50,0%); chateado (50,0%); preocupado (50,0%), a variável ansioso apresentou valor igualitário entre nenhum pouco e um pouco (34,4%). Na análise correspondente as realizações no trabalho concordaram totalmente: realizo o meu potencial (43,8%); desenvolvo habilidades que considero importantes (56,2%); realizo atividades que expressam minhas capacidades (50,0%). Nos seguintes itens afeto positivo α= 0,93 afeto negativo com α= 0,91; e realização/expressividade com α=0,89. A média para a amostra do afeto positivo foi de 3,17 (dp=1,06), em uma escala de 1 a 5. Para afeto negativo, foi encontrada a média de 1,68 (dp=0,79) e para o fator realização, a média foi de 4,19 (dp=0,78). Conclui-se que o grau de bem-estar dos docentes é moderado, entretanto merece destaque o aspecto referente aos afetos negativos, que podem estar presentes devido ao cansaço físico/ou mental, estresse e tensão. Indicando a necessidade dos docentes adotarem um estilo de vida mais saudável, pois a prevenção de doenças entre esses trabalhadores poderá impactar positivamente no bem-estar geral deles e no trabalho.

  • ANA LÍVIA CASTELO BRANCO DE OLIVEIRA
  • TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO CUESTIONARIO PARA DETECCIÓN DEL SÍNDROME DEL EDIFÍCIO ENFERMO PARA TRABALHADORES DE SAÚDE BRASILEIROS
  • Orientador : MARCIA ASTRES FERNANDES
  • Data: 18/04/2017
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  • A mensuração de fenômenos em Saúde possui implicação na detecção precoce de agravos. Neste sentido, a carência de instrumentos direcionados a Saúde do Trabalhador no Brasil dificulta o avanço científico e abre possibilidade de internacionalização por meio do uso de materiais estrangeiros de mensuração de fenômenos, visto que a mesma perspectiva pode ser estudada em diferentes complexos culturais. No contexto do adoecimento do trabalhador de saúde figuram os fatores ambientais e relacionamentos interprofissionais, os quais quando mal aplicados trazem malefícios a saúde física e emocional do trabalhador. O Cuestionario Para Detección del Síndrome del Edifício Enfermo emerge como importante instrumento de coleta das informações sobre as queixas levantadas pelos ocupantes de edifícios patógenos procurando a definição precisa destas, assim como a sua magnitude e distribuição. Logo, o objetivo deste estudo foi traduzir e adaptar transculturalmente o Cuestionario para Detección del Síndrome del Edifício Enfermo para o contexto de trabalhadores de saúde brasileiros. Realizou-se um estudo transversal e quantitativo, a partir do consentimento da autora do questionário original. O instrumento foi submetido as etapas de adaptação transcultural sendo 2 traduções iniciais independentes, 1 síntese das traduções, 2 retrotraduções independentes, comitê de especialistas e pré-teste realizado com 40 trabalhadores de saúde de um edifício referência hospitalar. Os trabalhadores foram convidados a responderem o questionário, além de formulário de coleta de dados elaborado pelas autoras. Após a modificação de itens e substituição de termos, foi obtida uma versão adaptada. Pode-se concluir que após a adaptação transcultural para o português do Brasil, o questionário em questão poderá ser utilizado na realidade dos trabalhadores de saúde brasileiros.

  • LAELSON ROCHELLE MILANÊS SOUSA
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO HIV/AIDS POR IDOSOS
  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 23/02/2017
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  • O estudo tem como objeto as Representações Sociais do HIV/Aids por idosos. A problemática tem mais de três décadas e continua sendo um importante objeto de investigação social. Sabe-se que seu perfil epidemiológico tem sofrido profundas transformações e o número de infectados, com mais de 50 anos de idade, aumentou de forma expressiva.Além disso, a adesão às terapias antirretrovirais proporcionou aumento da expectativa de vida aliadas ao envelhecimento populacional geral. A pesquisa teve como objetivos apreender as Representações Sociais elaboradas por idosos atendidos em Unidades Básicas de Saúde sobre o HIV/Aids e compreender como as Representações Sociais interferem na prevenção do HIV/Aids. Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Participaram da pesquisa 42 pessoas com idade a partir de 60 anos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde do município de Teresina-PI. A produção dos dados foi realizada por meio de entrevistas em profundidade em uma sala reservada da unidade de saúde no período de 25 de Maio a 10 de Agosto de 2016. Utilizou-se um instrumento semiestruturado dividido em duas partes: caracterização dos participantes e perguntas abertas sobre a temática. Os dados foram processados com suporte do software IRAMUTEC e analisados por meio da Classificação Hierárquica Descendente (CHD). A pesquisa teve aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí CAAE 53300416.0.0000.5214 e número do parecer 1.576.974. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram identificadas 424 Unidades de Contexto Elementar classificadas em 509 segmentos de texto que representam 83.30% do corpus. Os resultados apresentam-se em cinco classes, a saber: Classe 1 – HIV/Aids: um problema de jovens – nesta classe os idosos apontam os jovens como o grupo mais vulnerável ao HIV/Aids pela facilidade de serem influenciados por amigos. Os idosos se excluem dos riscos de adquirir o vírus, Classe 4 – Tratamento para uma melhor qualidade de vida de pessoas que vivem com o HIV/Aids – observa-se mudança na representação da Aids que passa a ser vista como uma doença crônica em decorrência da terapia antirretroviral, Classe 5 – Vulnerabilidade ao HIV/Aids de mulheres heterossexuais em união estável – os idosos atribuem o risco de contágio a mulheres em união estável e apontam os companheiros masculinos como responsáveis pela contaminação ancorando-se em elementos culturais brasileiros, como o patriarcalismo e a visão de que o homem é o único responsável pela prevenção do casal, vitimizando a figura feminina, Classe 2 – Rede de informações sobre HIV/Aids: Processo de criação e transformação das Representações Sociais – é possível observar a interação social entre idosos e como as informações sobre o HIV/Aids são compartilhadas. É notória a influencia da mídia televisiva no processo de criação, evolução e transformação das Representações Sociais do HIV/Aids, Classe 3 – Prevenção versus Estigma – Nesta classe observa-se a citação da camisinha como principal método preventivo associado a informações sobre as formas de transmissão do vírus, porém a prática sexual de homens que fazem sexo com homens é mencionada como fator determinante na transmissão do vírus.Conclui-se que as Representações Sociais elaboradas por idosos situam-se em classes de sentido que assimilam o HIV/Aids como um problema típico de jovens, também estendida às mulheres em relacionamento heterossexual; que ainda carrega o estigma da morte e atribuído à grupos de homossexuais, especialmente pelo reforço que a mídia exerce neste sentido; percebida especialmente como uma doença do outro. Por não adotarem uma cultura prevencionista, outras investigações são necessárias a fim de se identificar formas estratégicas para sensibilizar a população idosa sobre suas vulnerabilidades e diminuição do estigma.

  • ANA CAROLINA FLORIANO DE MOURA
  • Validade preditiva de escalas de avaliação de risco para lesão por pressão em pacientes críticos
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 22/02/2017
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  • As escalas de avaliação de risco têm sido utilizadas como instrumentos efetivos para prever o risco de lesão por pressão. Porém, estudos não indicam consenso sobre qual escala é mais eficaz em unidade de terapia intensiva. O trabalho teve como objetivo comparar a validade preditiva das escalas de Braden, Cubbin & Jackson e de Sunderland para desenvolvimento de lesões por pressão em pacientes críticos. Estudo longitudinal prospectivo, analítico, comparativo e metodológico, realizado em unidades de terapia intensiva de um hospital geral localizado no município de Teresina-PI, no período de agosto a novembro 2015. A amostra final foi composta por 35 pacientes críticos. Trata-se de um subproduto de macroprojeto com parecer consubstancial do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital São Marcos. Os dados foram coletados com aplicação de formulário de caracterização e das escalas. Para a análise inferencial, foi utilizado o Teste Qui-Quadrado de Pearson. Quando não atendidos os pressupostos deste teste, as variáveis foram dicotomizadas para realização do Teste Exato de Fisher. Na análise das propriedades preditivas, foram construídas tabelas de contingência, utilizando-se os escores médios da primeira e da última avaliação diária dos pacientes. Para tanto, foram considerados cutoffs orientados pelos autores e referenciados na literatura, assim como cutoffs estatísticos. Os dados de predição das escalas foram utilizados para construção de curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) e verificação da Area Under the Curve (AUC). Para a análise da consistência interna das escalas, utilizou-se o coeficiente alpha de Cronbach. Os pacientes apresentaram média de idade de 69,9 (±12,8) anos, sendo a maioria era do sexo feminino 22 (53,7%), de cor parda 16 (39,0%), residia na capital 22 (53,7%), eram casados ou mantinham união estável 26 (74,3%), com ensino fundamental completo ou maior 18 (51,4%), aposentados 23 (65,7%) e com renda familiar de até dois salários mínimos 20 (57,1%). Da totalidade de pacientes críticos, apenas 5 (14,30%) apresentavam história de lesão por pressão prévia. No intervalo de avaliação, foram 18 (51,4%) os pacientes que desenvolveram lesão por pressão. O tempo para aparecimento de lesão variou de dois a 28 dias, com média de 6,6 (±4,61), sendo que 19 (82,6%) feridas surgiram em até 10 dias. Localizaram-se principalmente na região sacral 15 (65,2%), seguido da região do calcâneo 3 (13%). Achados clínicos como: idade avançada, sexo masculino, cor parda, exposição à umidade e condições gerais da pele são relevantes para o desenvolvimento de LP e devem proporcionar reflexão na prática clínica, visando direcionar um cuidado baseado em resultado de pesquisa científica. A escala de Braden apresentou uma sensibilidade satisfatória em comparação com os outros instrumentos de medida, entretanto se esse dado for associado com outras propriedades observa-se que as escalas de Cubbin & Jackson e Sunderland apresentam um melhor comportamento quanto à validade preditiva; além do que a análise da curva ROC, demonstrou melhor valor global para escala de Cubbin & Jackson. A incidência de lesão por pressão foi de 51,43%. Os três instrumentos são úteis para prever o risco de desenvolvimento de LP, no entanto, a escala de Cubbin & Jackson mostrou-se com melhores propriedades preditivas globais. Embora muitos estudos relacionados às lesões por pressão tenham sido desenvolvidos nos últimos anos, estudos que abordem a perspectiva de prevenção são fundamentais com vistas a diminuir a incidência e prevalência do evento, já que se constitui no método mais eficiente de abordar essa problemática.

     

  • GUSTAVO DE MOURA LEÃO
  • FATORES ASSOCIADOS AO DESFECHO CLÍNICO DE IDOSOS INTERNADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 20/02/2017
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  • O envelhecimento populacional no Brasil e no mundo, assim como o aumento das internações de idosos em serviços hospitalares e, especificamente, em Unidades de Terapia Intensiva, tem mostrado a importância de identificar os fatores associados ao desfecho clínico das internações, nessa faixa etária, em tais unidades. Nesse sentido esta investigação objetivou analisar os fatores associados ao desfecho clínico de idosos internados em Unidades de Terapia Intensiva de hospitais de referência. Estudo observacional, transversal, retrospectivo, desenvolvido em duas instituições hospitalares uma pública e outra filantrópica do município de Teresina – Piauí, que incluiu indivíduos com 60 anos ou mais de idade, os quais internaram nas Unidades de Terapia Intensiva desses serviços no ano de 2014. A coleta de dados foi realizada entre junho e julho de 2016, utilizando-se formulário construído pelos pesquisadores e validado por três juízes. Para a análise dos dados utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences 20.0. Para as variáveis qualitativas usou-se a distribuição de frequências absolutas (n) e relativas (%) e nas quantitativas utilizou-se medidas de tendência central (média e mediana) e dispersão (desvio padrão);   os testes qui-quadrado de Pearson e Anova (One-way Anova), com nível de significância de 5 %, foram adotados para realizar a estatística inferencial. Participaram do estudo 238 idosos, cuja média de idade foi de 74,2 anos, sendo 51,6% homens, casados (55,8%), com ensino fundamental (46,2%), de cor parda (33,1%) e aposentados (63,8%). Verificou-se diferença importante no perfil clínico dos idosos internados nos dois serviços, mas no geral 49,5% eram procedentes de outras unidades do próprio hospital, observou-se 16% de reinternação, com duração média de 7,2 dias, as quais apresentaram como desfecho o óbito em 68,5% dos casos. O pós-operatório imediato foi responsável por 31,9% das internações. Dentre os fatores avaliados, a doença cerebrovascular foi a doença crônica não transmissível mais frequente (66%); a escala de coma de Glasgow teve avaliação grave na admissão, observou-se uso de ventilação mecânica e droga vasoativa durante a internação, o perfil glicêmico apontou hiperglicemia, sendo que todos os fatores investigados tiveram significância estatística com o desfecho óbito. Conclui-se que o envelhecimento saudável, com redução de fatores evitáveis como as doenças crônicas não transmissíveis e o controle das taxas fisiológicas podem levar a um melhor prognóstico caso o idoso venha a necessitar de cuidados intensivos.

  • OLIVIA DIAS DE ARAUJO
  • VULNERABILIDADES RELACIONADAS À HANSENÍASE ENTRE CONTATOS /COABITANTES E SUA INTERFACE COM A DETECÇÃO DE CASOS NOVOS
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 20/02/2017
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  • INTRODUÇÃO: A hanseníase ainda se configura como um relevante problema de saúde pública entre os países em desenvolvimento, inclusive o Brasil. Assistência integral com qualidade e diminuição do estigma e exclusão social à pessoa com hanseníase na Atenção Primária em Saúde é hoje uma estratégia para o enfrentamento da hanseníase. OBJETIVO: Analisar criticamente as dimensões de vulnerabilidade relacionadas à hanseníase entre contatos intradomiciliares, coabitantes sociais e coabitantes residentes de pessoas acometidas pela doença e sua interface com a detecção de casos novos. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, transversal, censitário, realizado com 341 contatos intradomiciliares, 109 coabitantes sociais e 66 coabitantes residentes. RESULTADOS: A maioria dos participantes (86,8%) residiam na zona urbana, sexo feminino (64,1%), idade entre 20 a 59 anos (48,2%), pardo/negro (78,6%), ensino fundamental (47,2%), solteiro/nunca foi casado (54,4%), estudante (33,1%), renda inferior a um salário mínimo. Dentre os 516 contatos/coabitantes avaliados 56 foram suspeitos de casos de hanseníase, confirmando-se 15 casos detectados (2,9%), sendo 2,8% entre os contatos intradomiciliares 3,0% entre os coabitantes residentes e 2,8% coabitantes sociais. Em relação à forma clínica dos casos detectados predominou a indeterminada (66,6%), com classificação operacional paucibacilar (80%) . O grau de incapacidade física grau I no diagnóstico estava presente na maioria dos casos detectados (53,3%) e grau 2 em 20%. No cruzamento dos componentes da vulnerabilidade individual com os casos detectados entre contatos intradomiciliares, observou-se associação estatisticamente significativa com autoavaliação da saúde (p=0,04), alterações dermatológicas, neurológicas e com espessamento de tronco nervoso (p=0,00), entre coabitantes residentes associou-se à ocupação (p=0,05), renda (p=0,04), alterações neurológicas (p=0,00) e espessamento de tronco nervoso (p=0,00) e entre coabitantes sociais foi estatisticamente significativo o uso de álcool (AUDIT) (p=0,02), alterações dermatológicas (p=0,03), alterações neurológicas (p=0,00) e espessamento de tronco nervoso (p=0,05). Na associação dos componentes da vulnerabilidade programática com os casos detectados entre os contatos intradomiciliares foi estatisticamente significante, os motivos que dificultaram a realização do exame dermatoneurológico (p=0,02). CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo evidenciam que os coabitantes residentes e os coabitantes sociais apresentam vulnerabilidades individual e social semelhantes aos contatos intradomiciliares, estes últimos também apresentam vulnerabilidade programática.

  • RUTH CARDOSO ROCHA
  • CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM CENTRO CIRÚRGICO:perspectiva da enfermagem
  • Data: 19/01/2017
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  • A segurança do paciente é um dos assuntos prioritários na área da saúde em âmbito mundial. Uma das estratégias para promover a segurança do paciente é a incorporação da cultura de segurança no ambiente de saúde, identificando os fatores que interferem para em seguida elaborar medidas mais seguras para cada contexto. Para tanto, o objetivo deste estudo foi analisar a cultura de segurança do paciente na perspectiva da equipe de enfermagem em centro cirúrgico (CC) através do instrumento Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC). Trata-se de um estudo quantitativo, com amostra censitária, totalizando 200 participantes. Os dados foram coletados em três CC, sendo o CC1(Municipal), CC2 (Federal) e o CC3(Estadual) de hospitais públicos de referência de Teresina, Piauí, Brasil, entre janeiro a agosto de 2016. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí. Para análise dos dados realizou-se estatística descritiva e analítica. A amostra caracterizou-se majoritariamente feminina (90,0%), com idade variando de 24 a 71 anos, com média de 39,52± 11,3, segundo grau completo no CC1 e CC3 e ensino superior completo no CC2. A maioria era formada por técnicos de enfermagem e grande parte das categorias mantinham contato direto com o paciente (98,0%). No CC1 e o CC2 predominou os profissionais que trabalhavam de 1 a 5 anos e no CC3 os profissionais com cerca de 21 anos ou mais. Houve diferença estatística significativa entre as variáveis laborais e sociodemográficas faixa etária, grau de instrução e cargo/função com os diferentes tipos de CC. Observou-se ainda diferença estatística significativa entre as respostas positivas ao HSOPSC e as variáveis sociodemográficas. Quanto às dimensões notou-se que o CC1 não apresentou nenhuma área fortalecida da segurança do paciente e a mais deficitária foi “Abertura para comunicação” (32,2%). O CC2 apresentou a dimensão “Aprendizado organizacional-melhoria contínua” (80,6%) e “Frequência de eventos comunicados” (76,2%) como áreas fortalecidas da cultura e como dimensão com menor percentual “Resposta não punitiva ao erro” (32,6%). Já o CC3 apresentou “Aprendizado organizacional – melhoria contínua” como área fortalecida e como área crítica “Resposta não punitiva ao erro” (33,5%). No CC1 prevaleceu a nota de segurança “regular”, já o CC2 e o CC3 julgaram a segurança do paciente como “muito boa”. Em relação ao número de eventos adversos relatados, a maioria dos participantes dos três CC, (80%) não relatou nenhum evento adverso nos últimos 12 meses. Foi realizada a análise da confiabilidade do instrumento, obtendo valores satisfatórios em seis dimensões. Notou-se que a maioria referiu ter realizado algum curso sobre segurança do paciente. A medida mais citada para melhorar a segurança do paciente foi “Cumprimento das metas internacionais de SP/ protocolos”. Pode-se concluir que para o desenvolvimento de uma cultura de segurança nos CC é necessário que as dimensões que obtiveram áreas fortalecidas ou não problemáticas sejam aprimoradas, enquanto que as que se configuraram como áreas fragilizadas ou pontos críticos sejam revistas e melhoradas através de estratégias para promoção da segurança do paciente.

2016
Descrição
  • ISABELA MARIA MAGALHÃES SALES
  • ALTA HOSPITALAR DO RECÉM-NASCIDO SUBMETIDO AO MÉTODO CANGURU: contribuições da enfermagem
  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 22/12/2016
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  • O recém-nascido pré-termo de baixo peso é uma realidade nos dias atuais, afetando todas as regiões brasileiras contribuindo para a mortalidade neonatal no Brasil, visto que 12,99% dessas crianças que nascem nessas condições, morrem antes de completar o primeiro ano de vida. Foram muitos os avanços políticos em saúde, como a atenção humanizada à criança, à mãe e à família que tornou possível a implementação do Método Canguru, que se inicia no pré-natal e se estende até após a alta hospitalar. Os objetivos desse estudo foi analisar as ações desenvolvidas pela equipe de enfermagem que contribuem para a alta hospitalar do recém-nascido submetido ao Método Canguru, descrever como os profissionais de enfermagem contribuem para viabilizar o cuidado domiciliar após a alta hospitalar do recém-nascido submetido ao Método Canguru e elaborar um folder explicativo direcionado a nortear pais e familiares para a continuidade dos cuidados dos recém-nascidos no domicílio após a alta hospitalar do Método Canguru. Tratou-se de um estudo qualitativo, baseado no referencial metodológico da Pesquisa Convergente-Assistencial (PCA), desenvolvido em uma marternidade de referência do Estado do Piauí, com a participação de 17 profissionais de enfermagem da UCINCa. Para coleta de dados, foi utilizado a entrevista semiestruturada no período de abril a julho de 2016. Ressalta-se que o estudo foi aprovado em primeiro de março de 2016 pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (Parecer nº 1.431.180) e cumpriu todos os preceitos éticos dispostos pela Resolução N° 466/12. A análise dos discursos contemplou os quatros processos recomendados pela PCA discutidos à luz do referencial sobre a temática, emergiram as categorias: A posição canguru como parte das ações benéficas para a alta hospitalar; O aleitamento materno como vínculo afetivo e nutricional; A higiene corporal e íntima do recém-nascido no Método Canguru; Orientações específicas sobre fototerapia pela enfermagem; e Alterações respiratórias como sinal de alerta; Realização de prescrições médicas e de enfermagem. Foi elaborado um folder que contemplou os cuidados elencados pelos profissionais de enfermagem durante a realização dos grupos focais, fundamentais para continuidade da assistência à saúde do bebê que nasceu prematuro e com baixo peso. A discussão oportunizou debates voltados para uma série de cuidados relevantes, que resultou na materialização do folder a seguir. O estudo revelou que para que sejam desenvolvidas ações que viabilizem a alta hospitalar do recém-nascido submetido ao MC, as profissionais de enfermagem necessitam de estratégias eficientes de cuidados e promoção a saúde. Assim contatou-se que a educação em saúde é uma ferramenta primordial durante o período de internação na unidade neonatal, cabendo a a equipe de enfermagem emponderar e capacitar os pais ou demais familiares para a responsabilidade do cuidado requerido pelo filho prematuro, por meio da promoção de autoconfiança e ensino.

  • GAUBELINE TEIXEIRA FEITOSA
  • NARRATIVAS DE MULHERES QUE VIVENCIARAM O PROCESSO PARTURITIVO EM UM CENTRO DE PARTO NORMAL
  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 21/12/2016
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  • Com a implantação do modelo tecnocrático na assistência obstétrica brasileira, o parto se transformou de um evento fisiológico para um acontecimento patológico e favorável para realização de intervenções muitas vezes desnecessárias. Nesse sentido a mulher perdeu sua autonomia e protagonismo no processo parturitivo, além de contribuir para que país atingisse elevadas taxas de cesariana e morbimortalidade materna e neonatal. Assim desde a década de 80, o país busca modificar essa realidade e instituir a humanização do parto. Desse modo estimula a inserção de enfermeiras obstetras no cenário do nascimento e criação de Centros de Parto Normal (CPNs). Os objetivos deste estudo foram compreender as narrativas de vida das mulheres que vivenciaram o processo parturitivo em um Centro de Parto Normal e discutir atuação da enfermeira obstetra durante o trabalho de parto e parto normal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utilizou o método Narrativa de Vida e foi desenvolvida no Centro de Parto Normal de uma maternidade de referência situada em Teresina – PI, com a participação de 20 puérperas. A técnica utilizada para a produção dos dados foi entrevista narrativa e análise foi realizada conforme o referencial metodológico de Bertaux. Foram elaboradas as seguintes categorias: A importância do acompanhante no processo parturitivo; Atuação da enfermeira obstetra e o uso de tecnologias não invasivas de cuidado; A vivência do parto no Centro de Parto Normal; A ressignificação do parto normal e o medo da cesariana. As participantes deste estudo relataram que a presença do acompanhante durante o processo parturitivo proporcionou segurança, tranquilidade, apoio emocional e físico, tornando a vivência do parto prazerosa. Destaca-se que as enfermeiras obstetras estimularam a participação ativa do acompanhante no decorrer do trabalho de parto e parto normal. Com relação as enfermeiras obstetras, as mulheres reconheceram a importância das mesmas, ao proporcionarem um cuidado delicado, carinhoso e centrado em suas necessidades. Afirmam a paciência destas profissionais em aguardar a evolução do parto, além do diálogo estabelecido, a realização de orientações e o uso de tecnologias não invasivas de cuidado que promoveram o relaxamento e o alívio da dor. Ao considerar a vivência do parto no Centro de Parto Normal, valorizaram a estrutura, privacidade, e conforto proporcionado por estes estabelecimentos. Realizaram comparações com partos anteriores ocorridos em outros locais, e esta vivência atual contribuiu para desfazer marcas que foram deixadas pelo recebimento de uma assistências desumanizadas em experiências passadas. Descrevem o medo da cesariana e que a dor do parto normal é intensa, porém suportável e momentânea. Assim, a partir das narrativas, concluiu-se que a vivência do parto no Centro de Parto foi uma experiência para mulheres, que este ambiente promove uma assistência humanizada e contribui para a revalorização do parto pela sociedade. E que a enfermeira obstetra é uma profissional qualificada, que presta um cuidado holístico e individualizado, como também proporciona autonomia e protagonismo das mulheres no decorrer do processo parturitivo.

  • ÁLLAMY DANILO MOURA E SILVA
  • NARRATIVAS DE VIDA DE MULHERES PORTADORAS DO CÂNCER DE MAMA: Interface entre vivências e o cuidar
  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 21/12/2016
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  • O câncer de mama se configura como um grave problema de saúde pública, tendo em vista a sua magnitude, índices de morbimortalidade e alterações psicoemocionais que repercutem negativamente na saúde da mulher que o vivencia. O tratamento se dá, principalmente, por meio de cirurgia (mastectomia), radioterapia e quimioterapia. Passar por esse processo significa ajustar-se à nova condição de vida, permeada por sequelas de âmbito físico e psicossocial, o que merece uma atenção integral. A enfermagem tem papel fundamental na prestação de cuidados às mulheres portadoras do câncer mamário, por atuar nos serviços clínicos, curativos e, principalmente, um cuidado holístico, vislumbrando a subjetividade do ser mulher. O estudo objetivou compreender as narrativas de vida de mulheres portadoras do câncer de mama. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa que utilizou o método narrativas de vida segundo Bertaux e a análise temática dos dados. A técnica empregada foi a entrevista em profundidade, realizada com onze mulheres portadoras do câncer mamário atendidas em um hospital filantrópico referência no atendimento em oncologia, no período de junho a julho de 2016, em Teresina, Piauí. Para conhecer o perfil das participantes buscamos os dados sociodemográficos, reprodutivos e de história familiar por meio de entrevista, seguido da questão norteadora do diálogo, que versava: “Fale-me a respeito de sua vida que tenha relação com o adoecimento pelo câncer de mama”. As falas foram gravadas em áudio e colocadas à análise na metodologia de Bertaux. As participantes tinham a faixa etária entre 33 a 68 anos, cinco eram casadas e sete eram procedentes do interior do estado do Piauí. Quanto a cor, quatro disseram ser pardas, três brancas e três pretas. Em relação à idade da menarca, compreenderam entre 10 e 14 anos. Quanto à menopausa, sete mulheres já haviam passado pela última menstruação, destas, a faixa etária compreendeu entre 49 e 55 anos. Oito mulheres eram multíparas, e três nunca haviam parido. Foram identificadas quatro categorias temáticas: Da alteração mamária ao diagnóstico; Influências socioculturais no tratamento; Enfrentamento do câncer de mama; Perspectivas futuras após o adoecimento. As categorias discutidas referem o sofrimento das mulheres ao serem diagnosticas, com sentimentos de medo, preocupação e incertezas, que em parte delas foram influenciados pelos estigmas, preconceitos e questões socioculturais. Para amenizar o sofrimento as mulheres se apoiaram na família e espiritualidade, até passarem a uma aceitação e vislumbrarem novos projetos de vida. Conclui-se que as narrativas de vida das mulheres mostraram sentimentos que se misturaram e que transcenderam ao sofrimento configurado pela doença em si, pela influência do estilo de vida, cultura, significados e fatos do histórico de vida que adentraram as dimensões do ser feminino e interferiram na autoestima, relações interpessoais e íntimas e, assim, no tratamento de modo geral. Considerar e atuar com os cuidados de enfermagem nesses aspectos de vida às mulheres com câncer de mama são essenciais para sua qualidade de vida.

  • INARA VIVIANE DE OLIVEIRA SENA
  • QUALIDADE DA ATENÇÃO À HANSENÍASE NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE EM MUNICÍPIO HIPERENDÊMICO NO NORDESTE BRASILEIRO
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 16/12/2016
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  • INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença crônica de evolução insidiosa, cuja magnitude e transcendência refletem o histórico de estigma sofrido pelas pessoas, como também evidenciam a dificuldade dos serviços de saúde em atingir o controle do agravo. A Organização Mundial de Saúde enfatiza que a qualidade dos serviços de hanseníase refere-se à oferta de atenção efetiva e segura que contribui para o avanço da universalidade da saúde, bem-estar e a satisfação dos usuários, com ênfase na promoção da detecção precoce por exames regulares, acessibilidade ao diagnóstico e à assistência. OBJETIVO: Avaliar a qualidade da atenção à hanseníase na rede pública de saúde em município hiperendêmico no Estado do Piauí. MÉTODO: Trata-se de pesquisa avaliativa desenvolvida com 177 profissionais e 23 unidades de saúde municipais. A coleta dos dados foi realizada de novembro de 2015 a julho de 2016, em três etapas: observação direta das unidades por meio de check-list entrevista com profissionais utilizando-se formulário e levantamento dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação- SINAN, referente ao ano de 2014. Os dados foram digitados no Epi Info versão 7.1.5.2 e analisados com a utilização do Stata versão 13.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples e na análise bivariada utilizou-se a Razão de Verossimilhança com nível de significância fixado em p≤0,05. RESULTADOS: a maioria dos profissionais 128 (72,32%) foi composta por Agentes Comunitário de Saúde, 135 (76,27%) pertencem ao sexo feminino e 150 (84,75%) são estatutários. Quanto às unidades, 2 (08,70%) não possuem acessibilidade, 11 (47,83%) dispõem de profissionais capacitados no manejo básico do agravo e nenhuma unidade possui protocolo para conduta das possíveis complicações. No tocante às ações voltadas para a hanseníase 93 (52,54%) profissionais referiram não realizar exame de contato na US ou domicílio, por não haver estrutura necessária nos serviços, e apenas 27(55,10%) preenchem a ficha de avaliação neurológica simplificada. Quanto à classificação da estrutura das unidades, 04 (17,40%) foram adequadas, 08 (34,78%) pouco adequadas e 11 (47,82%) inadequadas. Nenhuma unidade foi classificada como adequada na perspectiva do processo. Destaca-se que houve associação estatisticamente significante do percentual de avaliados no diagnóstico com o processo (p=0,015). CONCLUSÃO: Os resultados desta pesquisa proporcionaram evidências quanto a diversos fatores que podem interferir na qualidade da assistência ofertada. Destaca-se que a adequação da estrutura e do processo das unidades, para melhoria dos resultados faz-se necessária para o melhor atendimento ao agravo que ainda é negligenciado.

  • GUILHERME GUARINO DE MOURA SÁ
  • QUEDAS E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE IDOSOS INTERNADOS EM HOSPITAL DE URGÊNCIA: ESTUDO DE SEGUIMENTO
  • Orientador : ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 15/12/2016
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  • As quedas representam uma das principais causas de internação de idosos nos serviços de emergência, e tem como principal consequência o comprometimento da independência funcional. Estudo longitudinal, que objetivou avaliar a independência funcional de idosos vítimas de queda internados em serviço hospitalar de urgência da cidade de Teresina. Participaram da pesquisa 151 idosos, que foram entrevistados para caracterização demográfica, econômica e clínica e aplicação da Medida de Independência Funcional (MIF). A independência funcional foi avaliada antes da queda (recordatório), na internação hospitalar e 30 dias após a alta, no domicílio. Os dados foram analisados por meio do programa Statistical Package for the Social SciencesSPSS, sendo realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais. Foram utilizados coeficientes de alfa de Cronbach, correlações intraclasse, Spearman e Pearson, teste de Wilcoxon, testes T para amostras pareadas e para amostras independentes, teste U de Mann-Whitney, ANOVA e Kruskall-Wallis. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí com o parecer nº 1.409.901. Dos participantes, 81,5% eram do sexo feminino, com idade média de 75,1 anos e 64,9% idosos mais jovens; 73,5% não eram alfabetizados; 44,4% referiram ser casados/união estável e 41,1% viúvos; 78,1% moravam com duas ou mais pessoas; 87,8% eram aposentados e 86,8% viviam com mais de um salário mínimo. Foi encontrado déficit cognitivo em 26,5% dos idosos; 9,9% eram etilistas e 7,3% tabagista; 48,3% referiram ter duas a três doenças e 41,1% tomavam de dois a três medicamentos; 57,6% referiram automedicação; antes de cair, 60,3% dos idosos utilizavam algum recurso auxiliar para andar ou corrigir problemas visuais; apenas 19,2% praticavam exercício físico antes da queda e nenhum voltou a praticar 30 dias após a alta hospitalar. Do total, 68,2% referiram doenças do sistema cardiovascular e 57,6% ósteoarticulares. Dos participantes, 70,9% faziam uso de anti-hipertensivos e 51,0% de antiinflamatórios e imunossupressores. As principais lesões foram as fraturas da extremidade distal do rádio (25,8%), do colo do fêmur (23,2%) e as pertrocanterianas (19,2%). O tempo médio de permanência hospitalar foi de 7,46 dias e 97,3% dos idosos realizaram cirurgia com fixação interna. Quanto a independência funcional: ao comparar os valores da MIF antes da queda e no domicílio, houve importante diminuição do número de idosos independentes, que passou de 77,5% para 17,2%; neste seguimento os idosos não tiveram sua independência funcional totalmente reabilitada, sendo mais afetado o domínio motor, com diminuição, principalmente, das atividades de autocuidado e mobilidade. A regressão logística multinomial apresentou como fatores associados à independência funcional: número de medicamentos, idade, estado cognitivo, doenças que afetam o sistema nervoso central, fratura do fêmur e quadril, tempo de internação, tabagismo e ser aposentado. Conclui-se que os idosos eram independentes antes do acidente, desenvolveram maior dependência no hospital e permaneceram dependentes um mês após a alta, com maior impacto no domínio motor e dimensões de autocuidado e mobilidade. A independência esteve relacionada com aspectos demográficos e clínicos do idoso. São necessárias ações intersetoriais para prevenção de incapacidades no idoso, fundamentadas nos determinantes para promoção de um envelhecimento ativo, em que a pessoa idosa viva com autonomia e independência.

  • RAYLANE DA SILVA MACHADO
  • TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO DEATH ATTITUDE PROFILE REVISED (DAP-R) PARA USO NO BRASIL
  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 14/12/2016
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  • Nas últimas décadas houve incremento no número de estudos que investigam as atitudes perante a morte em profissionais da saúde e, em especial, os da enfermagem. Um dos instrumentos mais utilizados em pesquisas internacionais para mensurar com êxito as atitudes perante a morte é o designado Death Attitude Profile Revised (DAP-R) de autoria de Wong, Reker e Gesser (1994). Esse instrumento se diferencia por ser uma medida multidimensional que avalia um amplo conjunto de atitudes, sendo baseado na análise conceitual de aceitação da morte. O objetivo deste estudo foi adaptar e validar o conteúdo do DAP-R ao contexto brasileiro. Foi realizado um estudo metodológico que compreendeu as etapas de tradução inicial, síntese das traduções, retrotradução, comitê de especialistas e pré-teste, para o processo de adaptação transcultural, o qual precedeu a validação de conteúdo. O estudo cumpriu todas as recomendações da Resolução Nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Na primeira etapa foram confeccionadas versões da escala por dois tradutores independentes (T1 e T2). Na etapa seguinte, as discrepâncias existentes entre as traduções foram evidenciadas e discutidas pelos tradutores e a pesquisadora, sendo elaborada uma versão síntese das traduções (T12). Esta, por sua vez, foi submetida à retrotradução por dois profissionais, de forma cega em relação às traduções, resultando em duas versões na língua inglesa (RT1 e RT2). O comitê de especialistas, composto por cinco juízes analisou as equivalências semântica, idiomática, experimental e conceitual entre as versões obtidas (T1, T2, T12, RT1 e RT2) e o instrumento original e, mediante consenso, compôs uma versão pré-final em português que foi submetida ao pré-teste realizado com 40 estudantes de enfermagem do Piauí. Além da versão pré-final foi aplicado um questionário contendo dados sociodemográficos, perfil acadêmico e experiência assistencial. A versão final obtida após a discussão de palavras ou expressões que causassem dúvidas, e com a modificação de apenas um item, foi submetida à validação de conteúdo. O coeficiente de validade de conteúdo final da escala atingiu valores de 0,85 para clareza de linguagem e relevância teórica e de 0,86 para pertinência prática. Em relação às dimensões teóricas obtivemos um Kappa médio entre avaliadores substancial (0,709). A escala adaptada ao contexto brasileiro na análise preliminar dos dados sobre consistência interna, realizada por meio do cálculo do coeficiente de Cronbach, apresentou uma confiabilidade considerada alta (α = 0,892). Ainda que seja necessário testar as propriedades psicométricas, o processo de adaptação transcultural do Death Attitude Profile Revised resultou em uma versão adaptada confiável, com conteúdo válido (claro, pertinente e relevante), que preservou as equivalências quando comparado à versão original.

  • LOURIVAL GOMES DA SILVA JÚNIOR
  • FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 14/12/2016
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  • Introdução:Os fundamentos do SUS direcionam o processo de educação superior por meio do desenvolvimento de competências e habilidades, flexibilização dos currículos conforme a realidade local e regional e da implementação de projetos pedagógicos criativos. Dentro desse contexto, a formação de enfermeiros para atuarem com foco nas demandas desse sistema de saúde representa um desafio, pois se espera que os discentes superem o domínio teórico-prático e se tornem agentes transformadores e inseridos na realidade. Assim, definiu-se como objeto de estudo o processo de formação do enfermeiro para o SUS. Objetivos:Analisar o processo de formação do enfermeiro para o Sistema Único de Saúde na perspectiva dos discentes. Metodologia:Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa. O cenário escolhido foi o Curso de Bacharelado em Enfermagem de uma instituição de ensino pública, contando com a participação de 28 discentes regularmente matriculados entre o quarto e nono semestre do referido curso. A coleta foi realizada nos meses de maio a agosto de 2016, seguindo a técnica de entrevista, por meio de um roteiro semiestruturado. Os dados foram processados com auxílio do softwareIRAMUTEQ por meio do método da Classificação Hierárquica Descendente. O programa produziu classes organizadas de palavras que foram analisadas com base nos conceitos de conscientização, compromisso, criticidade, diálogo, cultura, empoderamento e educação problematizadora de Paulo Freire. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI sob o parecer nº 1.409.923e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados e Discussão:O corpusfoi dividido em 473 segmentos de texto analisáveis com aproveitamento de 72.66% do material processado. Os resultados se apresentaram em cinco classes, a saber: classe 4 –Conhecimento, competências e habilidades para atuar no SUS(84 segmentos de textos, que corresponde a 17,76% do corpus); classe 3 –Sistema integral centradonas ações preventivas e de promoção da saúde(105segmentos de textos, que corresponde a 22,2% do corpus); classe 5 –Desafios da organização curricular na formação discente para o SUS(98segmentos de textos, que corresponde a 20,72% do corpus); classe 1 –Contato com os campos de prática para aproximação com o SUS(75segmentos de textos, que corresponde a 15,86% do corpus); classe 2 –Professor como mediador do processo educativo crítico e reflexivo(111 segmentos de textos, que corresponde a 23,47% do corpus).Considerações finais: Os resultados apontam para um ensino de graduação ainda fragmentado com o professor como mediador do protagonismo do aluno no processo de sua formação para o SUS, além disso, as UCE’s evidenciam que os participantes consideram insuficientes as aulas práticas ofertadas pelo curso, pois não se sentem seguros para exercer o cuidado de enfermagem com autonomia. Faz-se necessária uma reformulação didático-pedagógica e uma interligação maior entre as disciplinas para que se possaamenizar essa lacuna no ensino sobre o SUSe no conhecimento superficial apresentado acerca das competências para atuar com foco nas demandas sociais.

  • KARLA VIVIANNE ARAÚJO FEITOSA CAVALCANTE
  • CONHECIMENTO E REAÇÃO DE ENFERMEIROS DA ATENÇÃO BÁSICA A INTERFACE GRÁFICA DE UMA INTERVENÇÃO EDUCATIVA ONLINE SOBRE ESTOMIAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO
  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 13/12/2016
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  • Estudos que investigaram o conhecimento de enfermeiros da atenção básica e de outros cenários sobre estomias intestinais de eliminação encontraram resultados insuficientes. Enquanto, outro que utilizou intervenção educativa online sobre o mesmo assunto verificou melhora significativa no conhecimento de enfermeiros da atenção básica, mas não verificou a reação deles à interface gráfica da intervenção. Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento e a reação a interface gráfica de enfermeiros da atenção básica a uma intervenção educativa online sobre estomas intestinais de eliminação. Trata-se de estudo quase experimental, do tipo grupo único, antes e depois, realizado na Estratégia Saúde da Família (ESF) nas Regionais Leste/Sudeste e Sul de Teresina, no período de março a junho de 2016, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. A população foi composta por 192 enfermeiros da Atenção Básica. Destes, 141 foram excluídos e fizeram parte da amostra 51 enfermeiros. Dos 51 enfermeiros que responderam o pré-teste, 3 (5,9%) evadiram após responder o pré-teste. Logo, participaram efetivamente da educação permanente online 48 enfermeiros. Estatísticas descritivas foram utilizadas para análise exploratória das variáveis sociodemográficas, uso do computador e da Internet, perfil de acesso e conhecimento dos enfermeiros sobre estomias intestinais de eliminação antes e após a intervenção educativa online. Para comparar os escores de acertos no pré e pós-teste foi utilizado o Teste de Wilcoxon e o nível de significância adotado foi de α=0,05. A maioria dos enfermeiros era do sexo feminino 41 (85,4%), casada 28 (58,3%), com idade média de 40,5 anos (dp=11,12). A distribuição dos enfermeiros quanto a formação em Instituições públicas ou privadas foi igualitária, 24 (50,0%) se formaram em instituições públicas e 24 (50,0%) em instituições privadas. Do total, 41 (85,4%) eram especialistas e 4 (8,3%) possuíam Mestrado. A média do tempo de formação foi de 14,4 anos (dp=10,61).  Todos os enfermeiros (100%) possuíam computador e tinham acesso à Internet. A maioria 32 (66,7%) utilizava o computador diariamente e em casa 39 (81,3%). Em relação ao acesso à Internet, 39 (81,3%) relaram uso diário e de casa 43 (89,6%). A média de acesso aos fóruns por enfermeiro foi de 2,1 e a dos exercícios de fixação do conteúdo Hot Potatoes do tipo palavra cruzada foi de 3,5 acessos. Do total de participantes, 21,6 (44,5%) responderam aos fóruns, sendo que o dia da semana mais utilizado para isto pela maioria 8 (36,8%) foi o domingo e o horário médio de postagem foi o de 16:07 horas. Dos enfermeiros, 37,7 (78,6%) responderam aos exercícios de fixação do conteúdo Hot Potatoes do tipo palavra cruzada, sendo que 15,5 (40,9 %) fizeram isso também no domingo, em média às 14:42 horas. E de todos, apenas 11 (21,95%) participaram dos chats. Na avaliação do conhecimento dos enfermeiros verificou-se que apenas 9 (18,8%) obtiveram acertos superiores a 80% no pré-teste e 46 (95,8%) no pós-teste. Com relação aos domínios, todos apresentaram aumento no número de acertos superiores a 80% no pós-teste. Houve diferença estatisticamente significante no conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação após educação permanente online (P=0,000).

  • SANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRA
  • FERIDAS: EFEITO DA INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM RELAÇÃO AO CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS SOBRE AVALIAÇÃO, TRATAMENTO E CUSTO
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 13/12/2016
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  • Introdução: As feridas complexas agudas e crônicas são  problemas de saúde relevantes  devido a  elevada prevalência e morbimortalidade em adultos  jovens e idosos. A ausência de avaliação criteriosa das características da lesão acarreta inadequação do  tratamento, retarda o processo de cicatrização e cura, ocasionando  impacto socioeconômico e financeiro para pacientes, familiares e serviços públicos de saúde. A intervenção educativa e a implantação de medidas preventivas e tratamento sistematizado pelo enfermeiro podem reduzir esse agravo.

    Objetivo: Avaliar o efeito da intervenção educativa em relação ao conhecimento dos enfermeiros da rede pública de saúde sobre a prevenção, tratamento e custo de feridas.

    Metodologia: Abordagem multimétodos desenvolvida em três etapas: a primeira, metodológica, correspondeu à construção  de instrumento para avaliar o conhecimento de enfermeiros acerca da avaliação, tratamento e custo das feridas, validado por 11 juízes cujos dados foram analisados  utilizando o índice de validação de conteúdo  quanto aos domínios: avaliação, conhecimento e custo de feridas.  A segunda etapa, estudo quase experimental, tipo antes e depois, compreendeu a realização de  intervenção educativa de 30 horas presenciais para 277 enfermeiros da  Rede Hospitalar e Atenção  Primária de Teresina. Os dados foram analisados  pelo teste t dependente de Student considerando satisfatório quanto aos  itens  avaliados no instrumento com valores igual ou  maior  que 80. A terceira etapa, estudo transversal analítico abrangeu a avaliação dos custos diretos com produtos e coberturas utilizados no tratamento de feridas de 163 pacientes  atendidos no ambulatório de feridas complexas do município. No processamento de dados utilizou-se o teste t unilateral para comparação do custo e desembolso do Sistema Único de Saúde e  análise de variância para a correlação das variáveis dependentes e independentes. A pesquisa foi realizada no período de janeiro a setembro de 2016, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob Parecer nº 1394281.

    Resultados:  Na primeira etapa, quanto a  validação do instrumento construído com 41 itens  e distribuidos em três domínios, após avaliação dos juízes houve necessidade das seguintes  alterações: 34 na ordem numérica,  20  no conteúdo e 2  acréscimos, resultando em 43 itens. A segunda avaliação dos juizes o instrumento obteve o Indice de Validade de Concordância  superior a 0,95. Na segunda etapa, relativa a intervenção educativa  verificou-se  aumento global significativo (p<0,001) no conhecimento dos enfermeiros em todos os domínios: avaliação, tratamento e custos. Na terceira etapa constatou-se predomínio do sexo masculino, idade inferior a 60 anos, hipertensos e diabéticos,  com lesões traumáticas  por acidentes de moto em adultos jovens  e lesões por pressão nos idosos. Dentre as 253 feridas avaliadas prevaleceram as únicas e extensas (> 50cm2), com tecidos desvitalizados. A  principal cobertura utilizada foi o alginato de cálcio e sódio.  Houve redução significativa (p<0,001)  da área e volume da ferida.  Quanto aos custos, verificou-se que o desembolso do  Sistema Único de Saúde para tratamento de feridas complexas é  compatível para o pagamento de  produtos e coberturas em feridas de até 100cm2. O teste de regressão mostrou significância do custo  com a constante: área inicial e a quantidade de trocas (p<0,001). 

    Conclusão: O efeito da intervenção educativa possibilitou elevar o conhecimento dos enfermeiros  acerca da avaliação, tratamento e custo de feridas e favoreceu a sistematização da assistência ao paciente com lesões  de pele,  mostrando redução significativa  e  eficácia  do tratamento de feridas  que apresentou  custo  de produtos e coberturas  compatível  com o reembolso do Sistema ùnico de Saúde. 

  • VANESSA CAMINHA AGUIAR LOPES
  • MEDIDA DO COMPONENTE CONHECIMENTO DA COMPETÊNCIA AVALIAÇÃO DE RISCO PARA LESÃO POR PRESSÃO DE MOURA: qualidade psicométrica por simulação avançada
  • Orientador : ELAINE CRISTINA CARVALHO MOURA
  • Data: 09/12/2016
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  • Introdução: A elaboração de instrumentos capazes de medir o exercício dos componentes conhecimento, habilidade e atitude de competências técnicas funcionais para prevenção e tratamento de lesão por pressão exige análise de propriedades de conteúdo e psicométricas. Objetivos: Testar as propriedades psicométricas do componente conhecimento do instrumento de medida da competência avaliação de risco para lesão por pressão por meio da estratégia de simulação clínica avançada. Metodologia: Estudo metodológico, na perspectiva multicêntrica, desenvolvido em etapas com aplicação do instrumento a grupo único antes de aula-padrão, seguindo do desenvolvimento da aula, feito aplicação do instrumento após o cenário e o debriefing da experiência de simulação. Estudo desenvolvido nos Laboratórios de Simulação em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí e da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná. Constituíram população do estudo estudantes de graduação em enfermagem cursando as disciplinas administração em enfermagem e estágios obrigatórios de universidades públicas no Paraná e, públicas e privadas no Piauí. A amostragem foi por conveniência. Participaram do estudo 155 estudantes captados nos meses de agosto e setembro de 2016. Os dados foram coletados por dois instrumentos: instrumento de medida da competência e a Escala do Design da Simulação. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (parecer n.º 1.806.560). Foram aplicadas estatísticas uni, bi e multivariadas, utilizando-se os softwares IBM® SPSS® e R, por meio do pacote Mirt. Resultados: A média de idade dos estudantes de enfermagem foi de 26,2 (±6,6) anos. Após o cenário de simulação clínica, o autovalor do componente conhecimento foi 1,41 unidades maior em relação a após o debriefing, com maior fidedignidade (0,94 vs. 0,92). Assim, elegeu-se para apreciação psicométrica as medições do segundo momento da estratégia (após o cenário), sendo mantidos os 14 itens referentes ao construto teórico do instrumento. Verificou-se redução de 2% no nível de eficácia entre antes da aula e depois do cenário de simulação e o aumento de 8% nos escores entre depois do cenário e após o debriefing. Para as categorias pouco eficaz e moderadamente eficaz, observou-se o aumento de 2 (1,3%) e 6 (3,9%) estudantes após o cenário; e a redução de 6 (3,9%) e 36 (23,2%) após o debriefing. Na testagem do cenário de simulação, destacaram-se o realismo 17,9 (±3,4) oferecido durante a execução do cenário e o feedback/reflexão durante a etapa de debriefing da estratégia 17,6 (±2,6) como elementos essenciais para o exercício da competência em estudo. Discussão: Instrumentos de medida desenvolvidos para avaliação de atributos de estudantes apresentam avaliação da dimensionalidade e confiabilidade, porém, não são analisados os parâmetros de discriminação e dificuldade. O componente conhecimento da competência avaliação de risco para lesão por pressão apresentou maior consistência interna. Ao apresentar-se uma medida com elevada confiabilidade, o grau de combinação do aluno representará para um profissional com mais experiência na área, como um professor, instrutor, formador, a depender no contexto em que estiver inserido, as lacunas que o avaliando apresenta, isto é, até que nível houve combinação de conhecimentos. Conclusões: A comparação das mensurações propiciou a verificação do momento mais adequado para avaliação da capacidade de medida do instrumento em contexto de simulação clínica avançada: após o cenário de simulação. O componente conhecimento mostrou-se unidimensional e apresentou alta discriminação, boa magnitude na dificuldade dos itens e elevada confiabilidade.

  • JOAQUIM GUERRA DE OLIVEIRA NETO
  • ASSISTÊNCIA DE ENFERMEIROS NO PRÉ-NATAL PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DA INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
  • Orientador : ANDREIA RODRIGUES MOURA DA COSTA VALLE
  • Data: 07/12/2016
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  • As infecções do trato urinário podem ser de origem comunitária ou estar relacionadas à assistência à saúde. No período gestacional, elas representam uma das formas mais comuns de infecção bacteriana, pois se manifestam geralmente no primeiro trimestre, além de ser a terceira intercorrência clínica mais comum. Por isso, as condutas adequadas, na assistência prestada pelo enfermeiro, são essenciais para o melhor prognóstico materno-fetal. Este estudo objetivou descrever e discutir a assistência de enfermeiros na consulta de pré-natal para prevenção e controle da infecção do trato urinário. Estudo qualitativo descritivo realizado nas 24 unidades básicas de saúde do município de Floriano-PI. Participaram 22 enfermeiros que atuam na zona rural e urbana. A coleta foi realizada no período de fevereiro a março de 2016, utilizando-se um questionário semiestruturado contendo dados sociodemográfico seguido da técnica de entrevista. Realizou-se a escuta dos depoimentos e elaboração do corpus. O processamento dos dados deu-se com auxílio do software IRAMUTEQ por meio do método da Classificação Hierárquica Descendente. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFPI sob o parecer nº 1.380.128 e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Verificou-se que a maioria dos enfermeiros (n=21) eram mulheres, com idade entre 31 e 40 anos (n=15); com cinco anos ou mais de formados (n=11). A maior parte (n=14) sempre atuou na atenção básica, era especialista em Saúde da Família, Saúde Pública e/ou em Obstetrícia (n=11). Metade deles não fazem cursos, periodicamente, de atualização em saúde da mulher. O corpus foi dividido em 316 segmentos de texto analisáveis com aproveitamento de 64.23% do material processado. A análise dos agrupamentos de palavras e interpretação dos significados conduziu a nomeação dos respectivos sentidos das classes com base nas palavras evocadas: Classe 1 – Rotina de atendimento do enfermeiro à gestante (Solicitar; Urocultura; Exame; Pedir; Sumário de urina); Classe 2 – Educação em saúde como principal medida adotada pelo enfermeiro para prevenção de infecção urinária em gestantes (Higiene; Orientar; Roupa; Calça; Muito; Cuidado); Classe 3 – Condutas do enfermeiro para prevenção e controle de infecção urinária em gestantes (Médico; Agendar; Aqui no posto; Encaminhar; Enfermeiro); Classe 4 – Dificuldades no diagnóstico de infecção urinária em gestantes (Chamar; Laboratório; Atenção; Repetir; Sentir). A assistência dos enfermeiros está fundamentada nas orientações e encaminhamento. As principais medidas de prevenção e controle foram orientações quanto a higienização íntima, ingestão de líquidos, higiene antes e após a relação sexual, não atrasar o esvaziamento voluntário da bexiga e uso de roupas leves.

  • CRISTHIANO NEIVA SANTOS BARBOSA
  • FATORES ASSOCIADOS À QUALIDADE DE VIDA DE IDOSAS VIÚVAS ASSISTIDAS NA ATENÇÃO BÁSICA
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 29/11/2016
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  • Estudo de natureza descritiva-correlacional, com delineamento transversal, tendo por objetivo analisar os fatores associados à qualidade de vida (QV) de idosas viúvas assistidas na Atenção Básica. A amostra foi de 204 participantes e os dados foram coletados nos domicílios por meio de um questionário que contemplava as variáveis sociodemográficas, econômicas e de saúde, e pelo instrumento de qualidade de vida SF-36. Foi realizada estatística descritiva para a caracterização da amostra e procedidas associações por meio de testes não paramétricos de Mann-Witney e Kuskall-Wallis, bem como correlações por meio do coeficiente de Spearman. Adotou-se o nível de significância de p ≤ 0,05 para rejeição da hipótese nula e o intervalo de confiança foi fixado em 95%. Como resultados, obteve-se que a média de idade foi 75,4 anos, com prevalência na faixa-etária de 71 a 80 anos; 53,7% se autodeclararam de cor parda; 70,4% eram naturais do interior; 68,1% eram católicas; moram em média há 34,5 anos naquela casa, com uma média de 3,3 pessoas, prevalecendo o arranjo trigeracional (32,8%); 79,9% declararam ser a chefe do domicílio e possuem em média 6 filhos; 35,3% eram analfabetas; a renda média das idosas ficou em 1,7 salários mínimos e as principais fontes de renda foram pensão e aposentadoria; 42,6% autoavaliaram a própria situação econômica como ruim; o serviço de saúde que mais utilizam é o SUS (77,0%) e 81,9% moram em casa própria; 74,5% referiram possuir alguma ocupação, sendo que prevaleceu a de atividades do lar (72,5%); 39,6% autoavaliaram sua memória como regular; 84,8% afirmaram ser independentes para execução de atividades diárias; 87,3% não possuem cuidador; 48% referiram um padrão se sono ruim; 32,4% eram tabagistas (média diária de 19 cigarros/dia) e 20,6% etilistas. O tempo de viuvez médio foi de 12,5 anos e 53,7% afirmaram que a vida melhorou após ficarem viúvas. As comorbidades mais prevalentes na amostra foram: hipertensão (73,5%), artrose (67,1%) e problemas de coluna (64,7%). A QV aferida pelo SF-36 obteve maiores escores nos domínios saúde mental, vitalidade, aspectos emocionais e aspectos sociais, e menores nos domínios estado geral de saúde, capacidade funcional, aspectos físicos e dor. Quanto aos fatores associados à QV das idosas viúvas, observou-se associação estatisticamente significativa de todas as dimensões de QV abordadas com as seguintes variáveis: idade, naturalidade, ser chefe/responsável pelo domicílio, escolaridade, autoavaliação da situação econômica, padrão de sono autorreferido, grau de dependência para realização de atividades diárias, ter ocupação, autoavaliação da memória, memória comparada com anos atrás, existência de cuidador e tempo de viuvez. Concluiu-se que alguns dos componentes do perfil das idosas influenciaram na mensuração da QV aferida, dentre eles o próprio tempo de viuvez, e que o seu comprometimento está relacionado basicamente aos aspectos físicos. Os resultados do estudo salientam como contribuições de Enfermagem a sua aplicabilidade na assistência, no ensino e na realização de pesquisas congêneres. Faz-se necessário o desenvolvimento de investigações sobre a viuvez na sociedade e a problemática da feminização da velhice relacionada à qualidade de vida.

  • JAQUELINE CARVALHO E SILVA SALES
  • PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS E FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES IDOSAS ASSISTIDAS NA ATENÇÃO BÁSICA, NA PERSPECTIVA DO CURSO DE VIDA
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 29/11/2016
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  • Introdução: O envelhecimento populacional configura-se como uma realidade crescente no Brasil, com predomínio de mulheres, sendo este fenômeno denominado de feminização da velhice. Soma-se a este o aparecimento de várias doenças crônicas, dentre elas a depressão e sua sintomatologia. Objetivo: Analisar a prevalência de sintomas depressivos e fatores associados em mulheres idosas assistidas na Atenção Básica, na perspectiva do curso de vida. Metodologia: Estudo do tipo método misto explanatório sequencial, desenvolvido com 206 idosas. A coleta de dados ocorreu de dezembro/2015 a março/2016, por meio da aplicação do Mini Exame do Estado Mental; formulário de dados sociodemográficos e de condições de saúde; Escala de Depressão Geriátrica e um roteiro de entrevista com questões abertas sobre o desencadeamento dos sintomas depressivos em mulheres idosas. Na fase quantitativa, os dados foram dispostos para análise mediante a utilização do software Statistical Package for the Social Science, versão 20.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples. Na estatística inferencial, foram aplicados testes de hipóteses bivariado (Qui-quadrado e Correlação de Spearman) e multivariado (Regressão logística múltipla - Odds ratio ajustado). O nível de significância foi fixado em p≤0,05. Na fase qualitativa, utilizou-se a técnica de análise temática. Resultados: A prevalência de sintomas depressivos em idosas foi de 16,0%, sendo 14,1% leve ou moderado e 1,9% grave. Na análise bivariada, observou-se associação estatisticamente significativa entre a presença de sintomas depressivos e as variáveis: organização familiar na moradia, comparação da condição econômica com outras pessoas que tenham a mesma idade e tempo de aposentada. No modelo multivariado, permaneceu associada a variável comparação da condição econômica com outras pessoas que tenham a mesma idade, além da cor da pele. Formularam-se três categorias temáticas que apontaram como desencadeadores de sintomas depressivos em idosas: sentimentos de abandono, solidão e desprezo; perdas de filhos e problemas com descendentes; e a presença de doenças. Tendo por base os resultados do presente estudo, houve, além do apoio da fase qualitativa à quantitativa, a indispensável complementariedade entre as mesmas. Conclusão: Reitera-se a importância da criação e implementação de programas de inclusão da mulher idosa em movimentos socioculturais e de lazer; implantação do rastreamento de sintomas depressivos na rotina da assistência na Atenção Básica; e qualificação dos profissionais de saúde, em especial do enfermeiro, para o desenvolvimento de um cuidado fundamentado no conhecimento integral do processo de envelhecimento humano. 

  • CHRYSTIANY PLÁCIDO DE BRITO VIEIRA
  • PREVALÊNCIA DE FERIDAS CRÔNICAS E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS NA ATENÇÃO BÁSICA
  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 28/11/2016
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  • INTRODUÇÃO: Os idosos representam um grupo vulnerável à ocorrência de feridas crônicas, por apresentarem uma série de fatores associados ao processo de envelhecimento e às comorbidades, que os predispõem ao surgimento de feridas e ao retardo do processo de cicatrização. Além disso, apresentam desigualdades em saúde que geram maiores demandas de assistência para o tratamento desses agravos, provocadas por condições do contexto social, como renda, educação, ocupação, estrutura familiar, disponibilidade de serviços, saneamento, exposição a doenças, apoio social e acesso a ações preventivas. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo analisar a prevalência de feridas crônicas e os fatores associados em idosos assistidos na atenção básica do município de Teresina, Piauí. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa epidemiológica, analítica, transversal, realizada de dezembro de 2015 a março de 2016, com idosos assistidos por equipes urbanas da Estratégia Saúde da Família das três Diretorias Regionais de Saúde do município de Teresina. A amostra foi composta por 339 indivíduos selecionados por amostragem estratificada proporcional. RESULTADOS: Observou-se que a idade média foi de 71,1 anos, predominância do sexo feminino com 67,3%, 54% com companheiro, 44% sem escolaridade, 85% apresentavam renda familiar de 1 a 3 salários mínimos e 13,9% mantinham trabalho remunerado. Ter uma ou mais doenças de base predominou em 91,7% dos entrevistados, sendo as mais encontradas hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia, 83,5% apresentavam independência funcional, 37,2% tinham algum tipo de restrição alimentar, 36,9% referiram perda de peso, 76,1% não praticavam atividade física. A prevalência de ferida crônica foi de 11,8% (IC95%8,6-15,3), sobressaindo-se as lesões por pressão. Lesão única predominou, com localização em regiões sacra, plantar e terço distal da perna. A pontuação média do PUSH foi de 11,3 (±3,6) e a média de duração 22,5 meses (±35,9). O curativo era realizado no domicílio em 90% dos casos, pelo cuidador ou pelo próprio idoso. Apresentaram associação estatística significante com a ocorrência de ferida crônica: faixa etária (p=0,03), desenvolver alguma atividade (p<0,01), atividade física (p<0,01), variação do peso (p<0,01), ingestão alimentar (p<0,01) e mobilidade no leito (p<0,01). Foram associados à condição de cicatrização: escolaridade (p=0,02) e tratamento medicamentoso (p=0,03). Desenvolver nenhuma atividade e não praticar atividade física aumentaram em 1,5 vezes e 2,3, respectivamente, as chances de apresentar ferida crônica. Os idosos que se movimentam com ajuda e que tinham restrição alimentar apresentaram, respectivamente, 90% e 70% mais chances de apresentar uma ferida crônica. CONCLUSÃO: A prevalência de feridas crônicas entre idosos na atenção básica foi elevada e a sua ocorrência e o retardo do processo de cicatrização estão associados às características sociodemográficas, econômicas e clínicas da população estudada, o que reforça o papel desses aspectos como determinantes da saúde do idoso com ferida crônica.

  • FERNANDO JOSÉ GUEDES DA SILVA JÚNIOR
  • USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS POR MULHERES E SUA RELAÇÃO COM SOFRIMENTO MENTAL
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 18/11/2016
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  • Introdução: O consumo de álcool e outras drogas é um problema de saúde pública de abrangência mundial que tem impacto nos indicadores epidemiológicos, econômicos, familiares, jurídicos, sociais e de saúde. Atenção especial deve ser dada as mulheres por serem mais vulneráveis as implicações oriundas desta prática, dentre elas o sofrimento mental, uma síndrome clínica caracterizada pela presença de sintomas depressivos, de ansiedade e sintomas físicos (somatização). Objetivo: analisar o uso de álcool e outras drogas e sofrimento mental em mulheres atendidas na Estratégia Saúde da Família. Metodologia: estudo multicêntrico, analítico e transversal, realizado no Estado do Piauí, com 369 mulheres dos municípios de Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus. Os dados foram coletados no período de agosto de 2015 a março de 2016 por meio da aplicação do Alcohol Use Desorders Identification Test, Non-Student Drugs Use Questionnaire e Self-Reporting Questionnaire. Para análise utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science, versão 20.0. Foram realizadas estatísticas descritivas (medidas de tendência central) e inferenciais (regressão logística linear e multivariada; teste de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis; teste de correlação de Spearman). Resultados: A amostra se caracterizou por mulheres adultas jovens, pardas, casadas, católicas, com filhos, naturais do interior do Estado, que estudaram em escolas públicas (±10 anos de estudo), com emprego formal e renda individual média superior a um salário mínimo. A prevalência do consumo de álcool foi de 50,1%, tabaco 17,9%, tranquilizantes 15,7%, maconha 4,9%, solventes e cocaína 1,9%. Das mulheres entrevistadas 37,1% apresentavam sofrimento mental. As mulheres que possuem padrão de “possível dependência” de álcool têm 2,1 vezes mais chance de sofrimento que aquelas que fazem “uso de risco”. O teste de correlação de Spearman reforçou esse desfecho demonstrando que quanto mais intenso o consumo de bebidas alcoólicas mais grave é o sofrimento mental (p=0,000 e r=0,250). O consumo de tabaco aumenta em 3,5 vezes as chances de sofrimento (IC=2,0-6,1), os tranquilizantes em 2,6 vezes (IC=1,4-4,6) e a maconha em 4,5 vezes (IC=1,6-13,6). Conclusão: A prevalência do consumo de álcool/outras drogas e sofrimento mental é considerada alta na amostra. O “uso de risco” foi o padrão de consumo de álcool mais identificado. O uso do tabaco foi considerado pesado (±1,5 maços/dia). O consumo de álcool, tabaco, maconha e tranquilizantes aumenta a chance das mulheres apresentarem sofrimento mental. Aponta-se a necessidade de políticas públicas de saúde mais eficazes para prevenção do consumo de álcool, outras drogas e sofrimento mental em mulheres e de ações de qualificação profissional que possam dar melhor sustentabilidade ao processo de implementação das ações propostas, tanto nas políticas de saúde da mulher, saúde mental quanto naquelas de enfrentamento ao consumo de álcool e outras drogas. A principal recomendação para gestão e assistência de enfermagem inclui o uso de ferramentas para o rastreamento do consumo de álcool, outras drogas e sofrimento mental na rotina das consultas de enfermagem na Atenção Básica.

  • LARISSA ALVES DE ARAÚJO LIMA
  • ANÁLISE DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER PERPETRADA POR PARCEIRO ÍNTIMO E FATORES ASSOCIADOS
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 18/11/2016
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  • Introdução: A violência contra a mulher constitui uma violação dos direitos humanos, desrespeito a dignidade da mulher, além de ser um grave problema de saúde pública. Objetivo: analisar a violência contra a mulher, perpetrada pelo parceiro íntimo. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva e de corte transversal. Desenvolvida com 369 mulheres de 20 a 59 anos, atendidas em Consultas de Enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde de Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano e Bom Jesus. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário contendo caracterização sociodemográfica e a Revised Conflict Tactics Scales. Para análise dos dados, utilizou-se o Software Statistical Package for the Social Science, versão 20.0 e foi realizado estatísticas descritivas, teste de normalidade, Kolmogorov-Smirnov, comprovando-se um padrão de distribuição assimétrico, logo para comparar médias utilizou-se o teste de Mann-Whitney. Para verificar associação utilizou-se o teste do qui-quadrado. As variáveis com valor de p ≤ 0,20 foram submetidas ao modelo multivariado de regressão logística (Odds Ratio ajustado). Para todas as demais análises foi mantido o nível de significância de p ≤ 0,05 e o intervalo de confiança foi fixado em 95%. Foram obedecidos todos os princípios da Resolução 466/12 do Conselho Nacional em Saúde. Resultados: a maioria da amostra encontrava-se na faixa etária de 20 a 39 anos, pardas, casadas/ união estável, católicas e escolarizadas. Quanto as condições de saúde, verificou-se que 30,1% procura os serviços de saúde pelo menos uma vez/mês para realização de consultas de rotina (35,3%) e exame de prevenção (32,8%). A prevalência da Violência perpetrada pelo parceiro íntimo contra a mulher encontrada foi de 65,3%, e dentre a natureza das ações violentas, houve prevalência da Psicológica (93,4%). Associado a violência por parceiro íntimo encontrou-se ter frequentado ou não a escola (p=0,02), e religião (p<0,01). Encontrou–se, ainda, que mulheres casadas/união estável possuem 1,9 vezes mais chances de sofrerem violência por parceiro íntimo e aquelas que não frequentaram a escola possuem 20,1 vezes mais chances de sofrerem violência. As de religião católica possuem 1,7 vezes mais chances que as evangélicas de serem vítimas desse tipo de violência. Conclusão: Os resultados apontaram uma prevalência expressiva de mulheres que sofrem violência perpetrada pelo parceiro íntimo associada a baixa escolaridade e serem adeptas de uma religião.

  • LAÍS GAMA IBIAPINA
  • Narrativas de enfermeiras sobre a assistência às adolescentes no processo de gestação, parto e nascimento

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 29/07/2016
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  • A temática da gravidez, parto e maternidade em adolescentes representa um problema de saúde pública e engloba o contexto social, econômico, psicoemocional, cultural, religioso e, sobretudo, o familiar. Essa conjuntura impõe barreiras ao cuidar e, assim, há a necessidade de se pensar em formas de expandir o acesso das adolescentes aos serviços de saúde, bem como melhorar a qualidade das consultas, principalmente fortalecendo o acolhimento. Com base na problemática, objetivou-se compreender as narrativas de vida das enfermeiras acerca da assistência prestada às adolescentes no processo de gestação, parto e nascimento. Estudo qualitativo, descritivo, cujo método empregado foi Narrativas de Vida, com onze enfermeiras que realizavam assistência às adolescentes no município de Esperantina – PI. A produção dos dados ocorreu no período de abril a junho de 2016 com formulário semiestruturado, cuja técnica foi a entrevista aberta, prolongada em profundidade. A partir dos relatos, evidenciaram-se quatro categorias e subcategorias temáticas. Em relação A enfermagem e a prevenção da gravidez na adolescência em que se pode perceber preocupação e esforço das enfermeiras em prevenir a gravidez e Infecções Sexualmente Transmissíveis, com a realização do Planejamento Familiar e Educação em saúde nas unidades básicas de saúde e nas escolas. A Assistência de enfermagem às adolescentes na gravidez, trabalho de parto, parto e puerpério, onde observou-se que as enfermeiras realizam cadastro das gestantes no SISPRENTAL, classificação de risco, imunização, anamnese e exame físico gineco-obstétrico, solicitam exames e encaminham a outros profissionais, além das orientações acerca dos sinais de trabalho de parto, tipos de parto, encaminhamento das grávidas para o hospital local e maternidade de referência, realizam visita puerperal até o sétimo dia pós-parto, consulta de enfermagem à puérpera e ao recém-nascido. As Dificuldades e desafios enfrentados pelas enfermeiras na assistência adolescentes: destacaram-se a falta de medicamentos, realização dos exames e estrutura inadequada. Quanto aos Sentimentos das adolescentes e participação da família: as adolescentes manifestaram vergonha, medo, ansiedade, dúvidas, porém com apoio familiar ocorre melhor aceitação do processo de gestar, parir e maternar. Desse modo, a assistência das enfermeiras foi efetiva e subsidiará tomadas de decisões dos gestores na melhoraria assistencial e a implementação de políticas públicas direcionadas às adolescentes fundamentadas nos princípios da humanização da atenção.

  • ANDRÉA PEREIRA DA SILVA
  • INDICADORES SOCIODEMOGRÁFICOS, ANTROPOMÉTRICOS E CLÍNICOS DE PACIENTES ADERENTES E NÃO ADERENTES AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

  • Data: 05/07/2016
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  • A Hipertensão Arterial Sistêmica configura-se como um problema de saúde pública relevante devido a sua elevada prevalência e baixo controle. O aparecimento desse agravo é expresso através de fatores de risco comuns e potencialmente modificáveis Após o diagnóstico da doença, torna-se indispensável à adesão do paciente ao tratamento. Entretanto, não existe consenso sobre entre a adesão e sua relação com os fatores clínicos das pessoas com hipertensão. Assim, o presente estudo teve como objetivo, comparar os indicadores sociodemográficos, antropométricos e clínicos de pacientes hipertensos aderentes e não aderentes à terapia medicamentosa.  Estudo descritivo e delineamento transversal, realizado com 352 pacientes hipertensos, de ambos os sexos, cadastrados e acompanhados nas Unidades de Atenção Primária à Saúde da cidade de Floriano-PI. A coleta de dados ocorreu nos meses de junho, julho e agosto de 2015, por meio de um formulário que contemplou informações sociodemográficas, antropométricas, clínicas e variáveis medicamentosas. Os dados foram analisados no software estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0. A fim de se verificar a existência de associações entre as variáveis do estudo, foi utilizado o teste Qui-quadrado e o teste de Fisher. Para todos os testes, foi fixado o nível de significância de 5%. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, sob número: 1.093.997. Como resultados, verificou-se que 72,7% eram mulheres, 67,9% pardos, 55,7% mantinham uma união consensual ou eram casados, 54,0% aposentados, 77,6% eram analfabetos e/ou possuíam o ensino fundamental incompleto, 49,9% estavam inseridos na classe econômica D-E, 65,9% dos pacientes apresentavam excesso de peso, 60,8% possuíam a circunferência da cintura (CC) elevada, 76,4% eram sedentários, 37,2% possuíam níveis pressóricos elevados. A adesão ao tratamento medicamentoso pelo Teste de Morisky, Green e Levine foi de 29,5%. Ao serem feitas as associações entre a adesão e os fatores sociodemográficos prevaleceram os sujeitos do sexo masculino (66,8%), os pacientes da cor branca (30,0%), os viúvos (34,8%), os aposentados (34,7,%), os pacientes situados na classe econômica C (32,2,%), os que possuíam o ensino superior completo/incompleto (87,1%). A não adesão prevaleceu entre os obesos (77,2%), com valores de CC elevada (74,3%), pressão arterial elevada (71,0%), fumantes (71,1%), etilistas (87,1%), sedentários (73,5%), que usavam os medicamentos de um a dez anos (74,0%), em pelo menos duas vezes ao dia (72,0%). A não adesão esteve associada, estatisticamente, com a circunferência da cintura elevada, ao etilismo e ao tempo de uso dos medicamentos (p= 0,049, p=0,033, p=0,008), respectivamente. Conclui-se que a adesão ao tratamento foi baixa e houve diferença no perfil antropométrico e clinico dos pacientes hipertensos aderentes. Assim, medidas de intervenção necessitam serem traçadas para corrigir a não adesão e promover uma melhor qualidade de vida as pessoas com hipertensão.

  • ELAINE CARININY LOPES DA COSTA
  • PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ESTOMAS

     

  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 01/07/2016
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  • A confecção de um estoma em criança constitui medida terapêutica cirúrgica, de caráter provisório ou definitivo, para muitas doenças ou situações clínicas agudas ou crônicas. É uma situação que pode gerar alterações biopsicossociais, o que resulta na necessidade de cuidados à criança bem como aos pais, familiares e aos cuidadores. As causas de estomias em crianças decorrem principalmente da má formação congênita, obstruções intestinais e lesões decorrentes de trauma. No lactente, têm- se como causa a enterocolite necrosante, o ânus imperfurado e a Doença de Hirschsprung; nas crianças maiores são as doenças inflamatórias intestinais e as ureterostomias na correção de defeitos da bexiga e da porção distal dos ureteres. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil sociodemográfico, clínico de crianças e adolescentes com estomias atendidas em um hospital público de referência na assistência à saúde da criança e adolescente. Trata-se de estudo descritivo transversal, realizado em um hospital, em Teresina PI. Após a aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, parecer de número 1.115.941, foi realizada a entrevista com os pais de 55 crianças/adolescentes atendidas no referido hospital entre os meses de julho a outubro de 2015 e os critérios de inclusão foram crianças e adolescentes atendidas no hospital e que tivessem algum estoma. Houve predomínio do sexo masculino (60%), cor parda (58,2%), sendo a média de idade de 4,1 anos, procedentes do interior do Piauí (58,2%). A maioria das crianças e adolescentes não frequentava a escola (81,8%), em relação à renda familiar a maioria recebia entre 1 a 2 salários mínimos (47,3%) e moravam em casa própria (80%). Quanto às causas básicas para a confecção do estoma predominou as malformações congênitas (69,1%) seguida da paralisia cerebral (20%) e o diagnóstico médico de anomalia anorretal (32,3%). Em relação ao sistema orgânico, o gastrintestinal foi o mais acometido (68%) e a colostomia (40,7%) foi a mais frequente das estomias seguido da gastrostomia (21,8%), houve predomínio de estomas temporários (43,6%). Quanto às características morfológicas do estoma, a maioria era de coloração vermelho-vivo (58,2%) e protruso (49,1%) Evidenciou-se neste estudo o predomínio de crianças e adolescentes portadoras de estomas de eliminação que não utilizavam  equipamento coletor (79,4%). Em relação às complicações do estoma, a saída acidental da sonda da gastrostomia foi a mais comum (50%) seguida do sangramento do estoma (37,5%), a complicação da pele periestomal mais comum foi a hiperemia (92,3%). Em (89,2%) dos sujeitos, a mãe foi a cuidadora principal e a maioria dos pais (81,8%) foi orientado pela equipe de saúde em relação aos cuidados com o estoma. A realização desta pesquisa possibilitou conhecer o perfil sociodemográfico de crianças e adolescentes estomizadas, o que poderá contribuir para o replanejamento da assistência de enfermagem, bem como a reestruturação do serviço de saúde a fim de atender a essa clientela, além disso, observou-se a necessidade de educação continuada para os profissionais de saúde em especial enfermeiros, no sentido de capacitá-los sobre os cuidados aos estomizados, para que assim tenha o conhecimento necessário para prestar assistência e repassar as orientações adequadas aos pais e cuidadores.

  • DANIELE MARTINS DE SOUSA
  • PREVALÊNCIA DE Staphylococcus aureus MULTIRRESISTENTE EM PACIENTES DA TERAPIA INTENSIVA

  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 30/06/2016
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  • A bactéria Staphylococcus aureus faz parte do grupo de cocos gram – positivos e está presente na microbiota humana, podendo provocar doenças que vão desde infecções simples até as mais graves. Em condições propícias relacionadas a internações hospitalares e principalmente em ambientes de terapia intensiva, este patógeno aparece como um dos agentes causadores das infecções de maior evidência, por sua enorme capacidade de adaptação e resistência aos antimicrobianos. O estudo objetivou investigar a prevalência de Staphylococcus aureus multirresistente em pacientes da terapia intensiva; caracterizar os participantes quanto ao sexo, idade, procedência, uso de drogas, tempo de permanência da internação, número de internações anteriores, uso de dispositivos invasivos e dispositivos mais frequentes; descrever o perfil de sensibilidade dos Staphylococcus aureus aos antimicrobianos e analisar a prevalência com base na política Nacional de prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS). Estudo descritivo e delineamento transversal, realizado com 110 pacientes internados nas unidades de terapia intensiva (UTI’s) de um Hospital Público de Teresina- PI. A coleta de dados ocorreu no período de julho/2015 a dezembro/2015, por meio de formulário pré-testado que apresentou dados sociodemográficos dos participantes e questões predominantemente fechadas, relacionadas às variáveis clínicas da pesquisa, bem como houve coleta de amostras biológicas para análise no laboratório de Microbiologia da UFPI. Os dados foram processados no software estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Algumas associações de interesse foram verificadas utilizando-se o teste qui-quadrado e teste exato de Fisher, adotando-se nível de significância de p ≤0,05. Dos 110 pacientes foram coletadas 245 amostras referentes aos sítios de coleta (nasofaringe, orofaringe e inserção de cateter venoso central). Após a análise laboratorial 54,55% dos pacientes apresentaram resultado positivo para Staphylococcus aureus, destes 51,7% eram mulheres com idade entre 15 e 95 anos, havendo predomínio em pacientes acima de 60 anos, (51,7%), 52,5% procedentes do interior do Piauí, 70% com média de 5 dias de internação, sendo que 48,3% apresentaram duas internações anteriores e 83,3% usavam algum dispositivo invasivo, prevalecendo a sonda vesical de demora em 32,5% dos casos. A multirresitência predominou no sitio de inserção de cateter venoso central (CVC) (85%). Verificou-se maior resistência a oxacilina e ampicilina na topografia inserção de CVC. Observou-se predomínio das patologias clínicas (25,7%), com destaque para doenças infecciosas (pneumonia e sepse); e 76,7% dos pacientes que apresentaram multirresitência, fizeram uso de mais de três antibióticos nas UTI’s. Conclui-se que a prevalência de Staphylococcus aureus multirresistente foi elevada e reforça-se a necessidade de vigilância para que medidas de prevenção e controle, sejam implementadas de forma adequada, tornando possível corrigir e/ou minimizar os danos decorrentes dos elevados índices de resistência aos antibióticos.

  • REBECA MENDES MONTEIRO
  • QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS LARINGECTOMIZADAS TOTAIS

  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 28/06/2016
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  • No Brasil, a maioria dos casos de câncer de laringe é diagnosticada em estádio avançado e a laringectomia total (LT) é um dos principais tratamentos para esta doença que pode afetar a qualidade de vida (QV) das pessoas, por causar perda da voz, diversas alterações fisiológicas e estéticas. Frente ao exposto, este estudo teve por objetivo avaliar a QV de pessoas laringectomizadas totais com traqueostomia. Trata-se de pesquisa descritiva e transversal realizada em um hospital filantrópico de nível terciário de Teresina, no período de setembro 2015 a janeiro de 2016. A amostra foi constituída de 37 pessoas laringectomizadas totais e a coleta de dados realizada após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, mediante a aplicação de um instrumento de caracterização sociodemográfica e clínica e do questionário European Organization for Research and Treatment of Cancer - EORTC QLQ-C30 (versão 3.0) e seu módulo específico para neoplasias de cabeça e pescoço QLQ-H&N43. Estatísticas descritivas foram utilizadas para análise das características sociodemográficas e clínicas e os testes não paramétricos para associação entre características sociodemográficas e clínicas e a QV e seus domínios, todos com nível de significância de α=0,05. A maioria das pessoas laringectomizadas totais que participou deste estudo 34 (91,89%) era do sexo masculino, com média de idade de 62,76 anos (dp=11,24), casada ou em união estável 22 (59,45%), alfabetizada 25 (67,56%) e tinha renda pessoal de um salário mínimo ou mais 29(78,37%). No momento do diagnóstico, 36 (97,30%) estavam em estádio avançado da doença e a maioria fez quimioterapia associada a radioterapia 27 (72,97%). Em relação aos fatores de risco, 34 (91,89%) eram tabagistas antes do câncer de laringe e 35 (94,59%) ingeriam bebida alcoólica. A medida global de saúde foi 72,97 (dp=15,76) para o questionário QLQ C30 e o maior escore foi o da função cognitiva 85,58 (dp=18,91) e o sintoma mais afetado foi a fadiga 17,42 (dp 21,52). Para o QLQ HN43 problemas de fala foi o que apresentou o maior escore 53,29 (dp=27,02). Com exceção da religião, todas as variáveis sociodemográficas e clínicas investigadas apresentaram diferença estatisticamente significativa em um ou mais domínios dos questionários aplicados. Conclui-se que a LT afeta a QV de laringectomizados totais e que há necessidade de intervenções de enfermagem para a completa reabilitação a essa nova condição.

  • ANTÔNIO TIAGO DA SILVA SOUZA
  • PREVALÊNCIA DA SÍFILIS E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM INTERNOS DO SISTEMA PRISIONAL DO PIAUÍ

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 22/06/2016
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  • A Sífilis, também conhecida como Cancro Duro, é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum que encontra nas penitenciárias, condições que podem favorecer o risco da sua transmissão entre a população prisional. Esta pesquisa teve como objetivo investigar a prevalência de Sífilis e fatores de risco em internos nos presídios do Estado do Piauí. Trata-se de estudo epidemiológico do tipo transversal, desenvolvido com 2.131 presidiários. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro/2014 a julho/2014, por meio da aplicação de formulário pré-testado e realização de teste rápido para diagnóstico da Sífilis. Os dados foram digitados e analisados com a utilização do software SPSS versão 19.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples. Na estatística inferencial foram aplicados testes de hipóteses bivariados e multivariados, com a utilização de regressão logística simples (Oddis ratio não ajustado) e regressão logística múltipla (Oddis ratio ajustado). O nível de significância foi fixado em p≤0,05. Dentre os 2.131 presidiários que participaram do estudo, 1.116 (52,4%) eram residentes do interior do Estado, 1.037 (48,6%) estavam na faixa etária de 23 a 32 anos, 1.977 (92,8%) eram do sexo masculino e 1.342 (63,0%) referiram escolaridade compatível com ensino fundamental incompleto, 1.312 (61,6%) se declararam pardos, 1.235 (58,0) em situação conjugal solteiros/separados/viúvos e 793 (37,2%) sem renda pessoal. Quanto à prevalência de positividade do teste para Sífilis foi de 8,4% (IC95% = 7,3-9,6), sendo 19,5% no sexo feminino e 80,5% no sexo masculino. Na análise bivariada observou-seassociação estatisticamente significativa entre a positividade do marcador sorológico da sífilis e as variáveis: sexo, uso de drogas ilícitas, uso de piercings, prática sexual com parceiros do mesmo sexo, uso de drogas antes da relações sexuais e conhecimento sobre a forma de transmissão. No modelo multivariado permaneceu associada apenas o uso de drogas antes das relações sexuais (p&lt;0,01). Os resultados deste estudo evidenciam a necessidade de ações públicas de saúde, incluindo articulação entre esferas governamentais e entre gestão da saúde e da justiça, para elaborar estratégias de modo a contemplar a demanda de saúde dos internos do Sistema Prisional do Estado. Faz-se oportuna a ampliação de ações relacionadas ao diagnóstico da Sífilis na admissão e rotina, atividades contínuas de educação em saúde, capacitação dos profissionais de saúde que compõem a equipe da justiça para fortalecer a promoção da saúde, prevenção e controle da Sífilis.

  • ANNA KATHARINNE CARREIRO SANTIAGO
  • AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO HUMANIZADA AO RECÉM-NASCIDO PREMATURO

  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 07/06/2016
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  • Introdução: A atenção humanizada ao recém-nascido prematuro como prática qualificada reúne intervenções que buscam promover o seu desenvolvimento saudável, que requer avaliação para aperfeiçoar as estruturas institucionais disponíveis e a prática profissional. Objetivo: Avaliar a atenção humanizada ao recém-nascido prematuro, na perspectiva da primeira etapa do Método Canguru. Metodologia: Estudo descritivo, avaliativo, com delineamento transversal, realizado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) de maternidade de referência, em Teresina-PI, com 128 profissionais de saúde. Foram utilizados três instrumentos: formulário tipo check list para os dados da estrutura, questionário para os profissionais e roteiro de observação estruturada das práticas profissionais. Os dados foram organizados por meio do software Microsoft Excel. Resultados: Evidenciou-se que o grau de adequação estava inferior às recomendações ministeriais, no que tange a recursos materiais para UTIN e a recursos humanos para UCINCo. As práticas assistenciais na perspectiva da primeira etapa, mostraram-se incipientes, apesar de os profissionais terem recebido capacitação: frágil inclusão da família no cuidado ao recém-nascido; manuseio não contingente do recém-nascido; controle de ruídos e luminosidade deficientes e baixa utilização de medidas não farmacológicas de manejo da dor em procedimentos dolorosos. Conclusão: A inadequação na estrutura compromete a instituição do Método Canguru e dificulta a prática comprometida com a singularidade de cada família. Ademais, os preceitos das normas ministeriais para o atendimento a essa população ainda não foram completamente incorporados à assistência pelos profissionais de saúde.

  • GIRZIA SAMMYA TAJRA ROCHA
  • HISTÓRIA E MEMÓRIA DO PROJETO LARGA ESCALA NO ESTADO DO PIAUÍ.

  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 03/06/2016
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  • O presente estudo é de natureza histórico-social, cujo objeto constitui-se da trajetória histórica do Projeto Larga Escala no Estado do Piauí no período de 1982 a 1996. Tem como objetivos contextualizar as circunstâncias que antecederam a criação do Projeto Larga Escala; descrever a história do Projeto Larga Escala no Piauí no período de 1982 a 1996; discutir a criação do Centro Formador de Recursos Humanos no Piauí como escola de desenvolvimento da proposta pedagógica do Projeto Larga Escala; analisar a proposta pedagógica do Projeto Larga Escala para formação de recursos humanos de nível médio em enfermagem no Piauí. Para dar sustentação teórica, foram utilizados os conceitos de história e memória na perspectiva de Le Goff (2003) e Delgado (2010), como também nos conceitos e métodos da história oral sob o ponto de vista de Merhy e Holanda (2010) e Meihy e Ribeiro (2011).  A obtenção de dados foi baseada no método de pesquisa da história oral e os dados foram provenientes de fontes primárias e secundárias. A coleta dos dados foi realizada no período de janeiro a março de 2015 e teve como fontes primárias os depoimentos orais de sete colaboradoras enfermeiras que participaram do Projeto Larga Escala, na condição de professores e alunos, nos cursos de formação pedagógica e formação profissional e que aceitaram participar da pesquisa. As fontes secundárias foram constituídas por livros e artigos referentes à temática, pertinentes ao contexto histórico, político e social da época. Os resultados apontam que o Projeto Larga Escala foi desenvolvido no Estado do Piauí sob influência de determinantes políticos, sociais, econômicos e históricos que possibilitaram reflexões acerca dessa experiência na área de formação de recursos humanos em enfermagem. Esta experiência resultou em um legado histórico de integração, ensino e trabalho com perspectivas inclusivas e cidadãs com utilização de métodos ativos nesse tipo de ensino, que serve de exemplo para a atual discussão de formação de recursos humanos, principalmente em enfermagem, mas também em outras áreas. Conclui-se que os avanços e retrocessos foram características no processo de ensino de Enfermagem no Piauí, pois a implantação do ensino formal ocorreu tardiamente tendo que enfrentar desafios que impediam seu progresso e muitas vezes ocasionando o seu declínio. Tornou possível a identificação e a contribuição de Enfermeiras Piauienses pioneiras na evolução deste processo de ensino e aprendizagem da profissão, assim como a análise histórica da instalação, estruturação e aperfeiçoamento do ensino médio e superior de Enfermagem no Estado do Piauí.

  • SAMUEL FREITAS SOARES
  • Gerenciamento do cuidado e simulação clínica: desenvolvendo a competência comunicação em enfermagem. 

  • Orientador : ELAINE CRISTINA CARVALHO MOURA
  • Data: 29/04/2016
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  • A ampliação de conhecimento sobre o processo de comunicação na perspectiva profissional em enfermagem é elemento essencial para diminuição de vieses relacionados ao gerenciamento do cuidado de enfermagem. O objetivo do presente estudo foi avaliar a competência comunicação profissional entre estudantes de enfermagem e os seus respectivos conhecimentos, habilidades e atitudes, visando ao gerenciamento do cuidado em enfermagem no contexto de simulação clínica avançada. Fundamentou-se em 33 teorias de comunicação analisadas por Littlejohn (1982, 2011), que foram organizadas em fichas conceituais que deram suporte à estruturação da competência na perspectiva de Le Boterf (2003). Trata-se de um estudo do tipo metodológico seguido de estudo descritivo comparativo tendo em vista a construção do Instrumento de mensuração da competência profissional comunicação e aplicação piloto em três momentos: pré-teste, intrateste e pós-teste. Para a construção do instrumento de medida da competência profissional comunicação, foram considerados os fundamentos teóricos metodológicos propostos por Pasquali (2010). Incialmente foi elaborado um construto com 127 itens: (45) conhecimento, (45) habilidade e (37) atitude. A seguir foi realizada validação de conteúdo por cinco juízes experts na área. A combinação dos itens operacionais resultou no instrumento constituído por 46 itens, dos quais (18) conhecimento, (12) habilidade e (16) atitude, com resposta do tipo Likert de 5 pontos, variando entre 1 (nada) a 5 (extremamente). A validação de conteúdo do instrumento evidenciou confiabilidade acima de 80% nos itens, e IVC do instrumento igual a 0,99. A aplicação piloto do instrumento foi constituída por 24 estudantes de enfermagem, dos quais 21(87,5%) eram do sexo feminino e tinham média de 22,9(±1,3) anos de idade. Todos os estudantes já haviam participado de um cenário de simulação clínica avançada, e, para 19(79,2%) o intervalo entre a atual e a última experiência foi um mês. Os resultados mostraram que dos cinco grupos de estudantes, quatro apresentaram melhores médias do escore global entre o pré-teste e o pós-teste. A análise das frequências relativas ao escore global do instrumento apresentaram crescimento contínuo entre o pré-teste (71,2%), intra-teste (71,6%) e pós-teste (73,5%). A média do escore global no pós-teste condiz com uma autoavaliação bastante competente em comunicação em enfermagem pelos estudantes. A regressão linear mostrou que os componentes conhecimentos (p=0,967) e habilidades (p=0,919) apresentaram correlações muito altas com o escore global do instrumento, enquanto atitudes (p=0,888) demonstrou uma correlação alta (p<0,0001). A aplicação piloto do instrumento de medida apontou para uma melhora da autoavaliação dos estudantes quanto aos conhecimentos, habilidades e atitudes, no pós-teste em relação ao pré-teste e intrateste. Estes resultados exemplificam os efeitos positivos proporcionados pelo pensamento reflexivo realizado pelos estudantes durante e após o debriefing da simulação clínica avançada

  • DELMO DE CARVALHO ALENCAR
  • IMPACTO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA ONLINE NO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS DA ATENÇÃO BÁSICA SOBRE ESTOMIAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 25/02/2016
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  • A educação a distância (EaD) permite eliminar a separação geográfica entre educador e educando e atende um número ilimitado de alunos em busca de formação, capacitação ou atualização profissional. Estudos sobre o cuidado de Enfermagem às pessoas com estomias intestinais de eliminação apontam que há lacunas e equívocos no processo de reabilitação do estomizado, que podem ser ocasionados pelo conhecimento insuficiente dos enfermeiros em relação à temática, formação insuficiente ou falta de capacitação. Embora, existam estudos sobre o uso da EaD para educação de pessoas estomizadas e estudantes de enfermagem sobre estomias, nenhum foi realizado com enfermeiros da atenção básica à saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto de uma intervenção educativa online no conhecimento de enfermeiros da Estratégia Saúde da Família de Teresina sobre estomias intestinais de eliminação. Estudo prospectivo, quase-experimental, do tipo grupo único, antes e depois, realizado na Estratégia Saúde da Família da Regional de Saúde Centro/Norte de Teresina – PI, no período de maio a julho de 2015, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. A população foi composta por 81 enfermeiros da Atenção Básica. Destes, 40 foram excluídos e fizeram parte da amostra 41 enfermeiros. Estatísticas descritivas foram utilizadas para análise exploratória das variáveis sociodemográficas, de formação, uso do computador e da Internet e conhecimento dos enfermeiros sobre estomias intestinais de eliminação antes e após a intervenção educativa online. Para comparar os escores de acertos no pré e pós-teste foi utilizado o Teste de Wilcoxon e o nível de significância adotado foi de α=0,05. Foram considerados estatisticamente significantes os resultados dos testes que apresentaram α menor ou igual a 0,05. A maioria dos enfermeiros era do sexo feminino 39 (95,1%), casada 24 (58,5%), com média de idade de 40,0 (dp=10,3) anos. Do total de enfermeiros, 31 (75,6%) foram formados em instituições públicas, sendo que quase a totalidade deles possuía especialização 37 (92,5%) e apenas 5 (12,2%) Mestrado. A média de tempo de formação foi de 14,6 (dp=9,5) anos. A maioria dos enfermeiros, 39 (95,1%) possuíam computador e todos (100%) tinham acesso à Internet. Mais da metade, 30 (73,2%), utilizava o computador diariamente e em casa 30 (75%). Trinta e cinco (85,4%) utilizavam diariamente a Internet, em casa 37 (90,2%). Na avaliação do conhecimento dos enfermeiros verificou-se que apenas 5 (14,3%) obtiveram acertos superiores a 80% no pré-teste. Após a intervenção educativa online, o número de enfermeiros que obtiveram acertos superiores a 80% aumentou para 32 (94,1%). Com relação aos domínios, quase todos apresentaram aumento no número de acertos superiores a 80% no pós-teste, exceto o domínio “Pós-Operatório Tardio”. Houve diferença estatística significativa no conhecimento dos enfermeiros após a intervenção educativa online (p=0,000), com percentual de melhoria de 96,7% no geral. A EaD pode ser uma estratégia efetiva para educação permanente de enfermeiros, visto que é uma modalidade de ensino que estimula a construção do conhecimento, fomenta a autonomia do aluno na busca e aprofundamento de conteúdo, desenvolve habilidades, melhora a capacidade de argumentação e o trabalho em conjunto com os outros participantes.

  • ABIÚDE NADABE E SILVA
  • AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NA PERSPECTIVA DE USUÁRIOS MASCULINOS 


  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 23/02/2016
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  • INTRODUÇÃO: A avaliação dos serviços de saúde permite verificar se os objetivos propostos nas políticas de saúde estão sendo alcançados e adequados às necessidades da demanda. O cuidado ao usuário masculino na Atenção Primária tem sido alvo de discussões no sentido de ampliar o seu acesso às ações preventivas, considerando os altos índices de morbimortalidade e sobrecarga da atenção especializada. OBJETIVO: Avaliar a Atenção Primária à Saúde na perspectiva de usuários masculinos. METODOLOGIA: Estudo descritivo, avaliativo, com delineamento transversal, realizado nas Unidades Básicas de Saúde da zona urbana de Teresina, de janeiro a julho de 2015, por meio de entrevista semi-estruturada e aplicação do questionário Primary Care Assessment Tool- PCATool Adulto Brasil. Para a análise estatística, utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. Realizou-se a análise descritiva das variáveis, teste U de Mann Whitney e  teste Qui-quadrado de Pearson. RESULTADOS: A amostra foi composta por 301 homens, com idade igual ou superior a 18 anos, média de 51,34 anos, a maior parte (48,17%) entre 41 e 59 anos, 41,21% com o ensino fundamental incompleto. O principal motivo de procura por atendimento foi o Hiperdia (41,20%). A frequência da procura por atendimento na Unidade de Saúde apresentou percentuais próximos para: esporadicamente (20,60%), a cada 2 meses (19,93%) e a cada 6 meses (19,93%). A maioria, 58,83%, procura o médico da unidade quando fica doente ou precisa de conselhos sobre sua saúde. Dentre os 10 atributos da atenção primária avaliados, verificou-se escore médio alto (≥6,6) para Utilização (7,96), Sistema de Informações (8,26) e Longitudinalidade (6,82). Os Escores Essencial (5,75), Derivado (4,94) e Geral (5,59) ficaram abaixo do satisfatório (<6,6). CONCLUSÃO: Os atributos Acessibilidade (2,65), Integração de Cuidados (5,68), Serviços Disponíveis (4,73) e Prestados (3,77), Orientação Familiar (4,65) e Comunitária (5,31) precisam ser melhorados na percepção dos usuários masculinos. 

  • FABÍOLA SANTOS LINO
  • CUIDADOS EM TRANSPORTE NEONATAL: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A ENFERMAGEM

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 19/02/2016
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  • O nascimento é um fenômeno de vulnerabilidade biológica e, quando vem acompanhado por transtornos como prematuridade e malformações, cuidados especiais poderão ser necessários em outra unidade de saúde. Assim, ocorre o transporte neonatal inter-hospitalar, uma ação da assistência perinatal que envolve recursos materiais adequados e profissionais capacitados. O enfermeiro está presente na equipe de transporte e necessita de saberes e habilidades para enfrentar os desafios e dificuldades do processo de remoção. O estudo teve como objetivos discutir os conhecimentos e práticas dos enfermeiros no transporte neonatal inter-hospitalar; analisar as dificuldades e possibilidades dos enfermeiros na prática do transporte neonatal inter-hospitalar; e desenvolver, em conjunto com os enfermeiros do SAMU, uma proposta de protocolo de cuidados de enfermagem no transporte neonatal inter-hospitalar. Trata-se de estudo qualitativo, baseado no referencial metodológico da Pesquisa Convergente-Assistencial. Os participantes foram dezessete enfermeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).  A coleta de dados ocorreu nos meses de fevereiro, março e abril de 2015 por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado e quatro grupos focais. Ressalta-se que o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob o certificado de aprovação 38079114.6.0000.5214. Dos relatos analisados pela técnica de conteúdo de Bardin e discutidos à luz do referencial sobre a temática, emergiram duas categorias: Conhecimento e prática dos enfermeiros sobre transporte neonatal inter-hospitalar e Dificuldades e possibilidades em transporte neonatal inter-hospitalar. Os resultados revelaram que conhecimentos obtidos na graduação, em treinamentos, experiências prévias e saberes sobre o recém-nascido, equipamentos e procedimentos fundamentam os cuidados em remoções neonatais. A prática consiste em cuidados prévios ao deslocamento, e, durante o transporte, há vigilância constante e monitorização da criança. Como dificuldade, destaca-se a falta de capacitação específica na área, ausência de neonatologista, falhas de comunicação e ausência de materiais adequados para o neonato. Como possibilidade, enfatiza-se a realização de treinamentos voltados ao recém-nascido, a presença do neonatologista, estratégias para melhorar a comunicação e materiais que atendam à necessidade do bebê. Aponta-se a necessidade do SAMU Neonatal através da Rede Cegonha. Os grupos focais resultaram na construção coletiva de uma proposta de protocolo de cuidados de enfermagem em transporte neonatal inter-hospitalar.  Assim, o protocolo foi realizado com base nos cuidados expostos pelos participantes do estudo durante os grupos focais, e, posteriormente, a pesquisadora justificou com base na literatura atual. Esta proposta é apresentada em duas etapas. A primeira contempla os cuidados de enfermagem antes do transporte neonatal e a segunda refere-se aos cuidados de enfermagem durante e após o transporte neonatal inter-hospitalar. Assim, o enfermeiro precisa de uma boa fundamentação para executar um cuidado efetivo na transferência de neonatos graves, visto que uma assistência pautada em atenção, sensibilidade e vigilância contribui para o sucesso do transporte. O diálogo entre profissionais, a troca de experiências e o respeito à realidade do serviço apoiam a execução dos cuidados, tornando-se possível sugerir protocolos assistenciais em prol da segurança e qualidade.

     

  • DANIELLA MENDES PINHEIRO
  • PREVALÊNCIA DO ANTI-HCV E FATORES ASSOCIADOS EM DETENTOS DAS PENITENCIÁRIAS DO PIAUÍ

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 29/01/2016
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  • INTRODUÇÃO: A hepatite C representa um problema para a saúde pública mundial devido à sua gravidade e elevada taxa de cronicidade, podendo evoluir para doença hepática crônica, cirrose e até mesmo hepatocar­cinoma, caracterizando-se como a maior causadora de óbitos entre todas as hepatites. Os internos tendem a importar para a prisão o padrão de comportamentos que tinham no exterior do presídio e isso os torna mais expostos ao risco de contrair doenças infectocontagiosas. OBJETIVO: Investigar a prevalência de hepatite C e fatores associados em detentos das penitenciárias do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa epidemiológica do tipo transversal, inserida em um macroprojeto, denominado: Prevalência de DST e fatores associados em internos do sistema prisional do Piauí. O estudo foi desenvolvido nas doze unidades prisionais do estado. A coleta de dados foi realizada nos meses de dezembro/2013 a maio/2014, por meio de entrevista com a utilização de formulário pré-testado e realização de testes rápidos para identificação seletiva de anti-HCV em amostras de sangue total. Os dados foram digitados e analisados com a utilização do software SPSS versão 19.0. Foram realizadas análises bivariadas, por meio do teste de Regressão Logística Simples (odds não-ajustado) e as variáveis, que apresentaram valor de p<0,05, foram submetidas ao modelo multivariado de regressão logística (odds ajustado). O estudo respeitou o sigilo das informações e os preceitos éticos da Resolução 466/12.  RESULTADOS: Dentre os 2.131 presidiários que participaram do estudo, a maioria era do sexo masculino (92,8%), encontravam-se na faixa etária de 23 a 32 anos (48,6%), pardos (61,6%), solteiros, separados ou viúvos (58%), tinham o ensino fundamental incompleto (63%) e apresentaram renda familiar de até um salário mínimo (69,6%). Sobre o padrão de uso de álcool e outras drogas, 78,7% afirmaram usar bebida alcoólica, sendo a cerveja o tipo mais freqüente (91,2%), 57,6% fazem uso de algum tipo de droga ilícita e desse total 58,6% relataram utilizá-la diariamente. Quanto aos fatores de risco para infecção, 2,5% fizeram transfusão de sangue antes de 1993, 55% compartilham material perfurocortante, 60,4% têm tatuagem, 13,9% fazem uso de piercing e 1% fizeram uso de seringa de vidro. Constatou-se os comportamentos sexuais de risco e o baixo nível de informações que os internos têm sobre a hepatite C. A prevalência de positividade ao Anti HCV foi de 0,3%, sendo, no modelo bivariado estatisticamente associada com as variáveis: cor da pele, idade, anos de estudo, uso de drogas ilícitas, transfusão de sangue antes de 1993, uso de seringa de vidro, relação sexual com pessoas do mesmo sexo, seleção do parceiro de confiança, uso de bebidas alcoólicas antes da relação, sexo vaginal e as informações sobre as formas de transmissão da hepatite C. A variável transfusão de sangue antes de 1993 foi a única que se manteve associada no modelo de regressão logística múltipla. CONCLUSÃO: Os resultados evidenciam que os internos apresentaram comportamentos de risco relacionados à infecção pela hepatite C, entretanto o estudo identificou uma prevalência inferior à estimativa encontrada na população geral e mundial. É relevante o investimento de ações de educação em saúde no ambiente prisional e o fortalecimento de ações de vigilância em saúde.

2015
Descrição
  • ANNA KAROLINA LAGES DE ARAÚJO
  • CONHECIMENTO DE ADOLESCENTES SOBRE PRÁTICAS CONTRACEPTIVAS E PREVENÇÃO DE GRAVIDEZ NÃO PLANEJADA

     

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 17/12/2015
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  • A adolescência é um momento de diversas transformações sociais, emocionais, corporais e cognitivas e o período do desenvolvimento humano no qual a maioria dos jovens inicia a vida sexual. Porém, esse início precoce e sem conhecimento adequado das práticas contraceptivas vem fortemente relacionado à gravidez não planejada. O fenômeno, gravidez na adolescência, ganhou destaque como problema de saúde pública a partir da década de 70, quando se observou um aumento na taxa de fecundidade de mulheres com 19 anos de idade ou menos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento de adolescentes sobre práticas contraceptivas e sua associação com gravidez não planejada. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa, desenvolvido com 258 adolescentes gestantes na Estratégia Saúde da Família de Teresina, Piauí. A coleta de dados aconteceu de janeiro a julho de 2015, por meio de entrevistas, aplicando-se um formulário e um questionário. Para a análise estatística, utilizou-se o aplicativo Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0. A identificação de associações realizou-se por meio do teste qui-quadrado, tendo sido a significância estatística fixada em (p<0,05). A força de associações entre as variáveis foi medida pelo odds ratio e intervalos de confiança (IC=95%). A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, por meio do Parecer nº 890.514, e cumpriu todos os preceitos éticos dispostos na Resolução nº 466/12, a qual trata sobre pesquisas envolvendo seres humanos. A amostra estudada é constituída em sua maioria por adolescentes com idade entre 16 e 19 anos (84,5%), pardas (67,1%), em união estável (51,9%), com ensino médio incompleto (36,4%), renda de até um salário mínimo (43%) e católicas (61,2%). A menarca predominou entre 9 e 12 anos (59,3%) e a sexarca entre 15 e 18 anos (56,6%). A maioria das adolescentes era primigesta (70,9%), enquanto as nulíparas eram 76,4% e as não haviam realizado aborto representaram 92,6%. Grande parte das participantes referiu ter utilizado métodos contraceptivos na sexarca (57,4%), tendo sido a camisinha o método de escolha (93,2%). Em contrapartida, a maioria não estava utilizando método antes da gestação atual (62,4%), e quando utilizou, a escolha foi pelas pílulas anticoncepcionais (70,1%). Muitas adolescentes referiram saber utilizar mais de um método de contracepção, sendo as unidades de saúde o ponto de referência para ter acesso a eles (71,6%). Quanto às fontes de informação, a maioria recebeu orientação na escola (50%) e com familiares (48%), e apontou a mãe (48,1%) como primeira pessoa a ser procurada em caso de dúvidas. Dentre os motivos citados para não utilização dos contraceptivos, o desejo de engravidar (49,7%) e o fato de achar que não iriam engravidar (28,6%) mostraram predomínio. Em relação à adequação de conhecimento sobre os métodos contraceptivos, mais da metade (51,2%) mostrou conhecimento médio; e quanto ao planejamento de gravidez, 15,1% das gestações foram classificadas como não planejadas. Os fatores associados ao tipo de planejamento de gravidez foram idade < 15 anos, solteira, ensino fundamental, renda familiar até ½ salário mínimo, sexarca < 15 anos, ter baixo conhecimento sobre as práticas contraceptivas, saber utilizar a injeção anticoncepcional, possuir desejo de engravidar e achar que não iria engravidar. Na análise multivariada, o baixo conhecimento sobre os métodos aumentou em 4,5 vezes a chance de ocorrência de gravidez não planejada. Acredita-se, dessa forma, que o conhecimento dessas adolescentes ainda não é adequado para prevenir-se de uma gravidez não planejada, sendo necessárias fortes ações das equipes de atenção básica, em especial, do profissional enfermeiro, para mudar este paradigma.

  • AUGUSTO CEZAR ANTUNES DE ARAUJO FILHO
  • A INTEGRALIDADE DO CUIDADO À CRIANÇA NA ATENÇÃO BÁSICA

     

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 10/12/2015
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  • A criança consiste em um ser singular e em desenvolvimento, e, portanto, necessita de uma atenção integral e qualificada. Diante disso, a atenção à saúde da criança no Brasil sofreu e vem sofrendo várias alterações. Desde a década de 70 vários programas e estratégias foram instituídas com a finalidade de prestar uma atenção qualificada e integral à criança, e, logo, reduzir a morbimortalidade infantil. O objetivo deste estudo foi analisar como os enfermeiros da estratégia Saúde da Família desenvolvem a integralidade do cuidado na consulta de enfermagem à criança. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, desenvolvido na estratégia Saúde da Família de Teresina, Piauí, com a participação de 14 enfermeiras que atuam sob a responsabilidade da Regional de Saúde Centro/Norte. Foi utilizada como técnica de coleta de dados a entrevista com roteiro semiestruturado, no período de janeiro a abril de 2015, abordando questões sobre a integralidade do cuidado à criança e dados sociodemográficos e profissionais das participantes. O estudo foi autorizado pela Fundação Municipal de Saúde de Teresina, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob o certificado de aprovação 39012314.4.0000.5214, e cumpriu todos os preceitos éticos dispostos na Resolução nº 466/12, a qual trata sobre pesquisas envolvendo seres humanos. Com a análise dos discursos, através da técnica de análise de conteúdo de Bardin, emergiram três categorias: a integralidade do cuidado na atenção básica, estratégias para o desenvolvimento da integralidade do cuidado à criança e dificuldades enfrentadas para o desenvolvimento da integralidade na saúde da criança. Os resultados revelaram que a integralidade é entendida como o olhar para a totalidade do ser, como o cuidado que é prestado ao indivíduo observando o contexto em que ele vive e como o cuidado compartilhado envolvendo os profissionais tanto da atenção primária quanto de outros níveis de atenção. Verificou-se que o cuidado integral à criança é embasado pelas linhas de cuidado, propostas pelo Ministério da Saúde, na agenda de compromissos para a saúde integral da criança e a redução da mortalidade infantil. Destaca-se ainda que o Programa Saúde na Escola também é utilizado como ferramenta para promover o cuidado integral infantil. Evidenciou-se, além disso, que existem alguns problemas que dificultam o desenvolvimento da integralidade do cuidado à criança, como: a estrutura física inadequada da unidade básica de saúde, a indisponibilidade de alguns recursos e materiais, o déficit de recursos humanos, a ausência de capacitações e treinamentos voltados à saúde da criança, a desarticulação na rede de atenção à saúde, os aspectos culturais que envolvem o cuidado infantil no domicílio e a não implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem na atenção básica. Diante disso, considera-se que este estudo contribui para a melhoria da assistência à criança na atenção básica, visto que relaciona os problemas que prejudicam o desenvolvimento da integralidade do cuidado.

  • KARLA NAYALLE DE SOUZA ROCHA
  • REPERCUSSÕES DO TRABALHO NO COTIDIANO DE ADOLESCENTES: Um Estudo de Enfermagem

     

     

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 10/12/2015
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  • O trabalho no adolescer, historicamente, esteve justificado pela dignificação pessoal, preparação para a vida adulta, aquisições de responsabilidades ou necessidade de contribuir na renda familiar, todavia a submissão do adolescente a condições laborais não decentes potencializa prejuízos em seu desenvolvimento biológico e psicossocial. Assim, objetivou-se analisar as repercussões do trabalho no cotidiano de adolescentes inseridos nos eixos produtivos locais do município de Bom Jesus – PI. Desenvolveu-se um estudo exploratório descritivo, com abordagem qualitativa dos dados, em duas etapas, entre os meses de março a julho de 2015, na primeira aplicou-se uma entrevista semiestruturada com 17 adolescentes, captados pelo método da amostragem “Bola de Neve”; e na segunda realizou-se um Grupo Focal com 07 participantes da etapa anterior, para aprofundamento do fenômeno abordado. Como método de análise dos dados apropriou-se da Hermenêutica-Dialética de Minayo (2006) que, por meio de um processo dialógico, permitiu uma reinterpretação da temática. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, sob o CAAE Nº. 39195714.5.0000.5214. Os resultados apontaram que a maioria dos adolescentes trabalhadores era do sexo masculino (58,8%), estava compreendida na faixa etária de 18 a 19 anos (70,6%), solteiro (100,0%), possuía o ensino médio incompleto (64,7%), residia com os pais (70,6%) e sua renda familiar concentrava-se entre um e dois salários mínimos (47,1%). Em relação à prática laboral, os adolescentes desempenhavam as funções de secretário, auxiliar de professor, babá, vendedor ambulante, vendedor, técnico em enfermagem, promotor de vendas, auxiliar de mecânico, garçom, operador de caixa e auxiliar técnico em agronomia, em uma jornada de oito horas por dia, geralmente distribuídas nos turnos da manhã e tarde, realizadas em um tempo de serviço de um mês, estabelecido por relações trabalhistas informais, sem Carteira de Trabalho assinada ou contrato de prestação de serviço. A entrada do adolescente no mundo do trabalho ocorreu em sua maioria entre 10 e 13 anos de idade e foi motivada por vocação ou realização pessoal, reconhecimento familiar, auxílio na renda familiar, futuro profissional promissor e custeio do filho. O cotidiano, normalmente, contemplava os eventos de trabalho, estudo e lazer. Dentre as interferências mais explicitadas oriundas do labor no adolescer destacaram-se: a redução nos tempos de sono/repouso, de lazer e estudo, bem como na dinâmica familiar e espaços para dedicar a si; nas quais os adolescentes recorriam a estratégias para minimizá-las, como: organização do tempo, distribuindo todos os eventos de seus cotidianos; realização das tarefas escolares na própria escola, no final do dia em casa ou nos intervalos do trabalho; busca por espaços de lazer mais qualitativos e adiantamento dos afazeres. Ademais, o trabalho trouxe pontos positivos, como: mais responsabilidades, prevenção de vulnerabilidades sociais, independência financeira, reconhecimento social, realização pessoal, interações sociais, equilíbrio emocional, experiências e aprendizagens profissionais. Quanto aos aspectos de saúde, os jovens mostraram pouca preocupação com sua saúde, mesmo reconhecendo alterações na saúde desencadeadas pelo labor, tais como: fadiga física e mental, insônia, dores osteomusculares, cefaleia, tonturas, câimbras e problemas de estômago. A única assistência à saúde recebida no adolescer esteve representada por ações de educação em saúde, voltadas a temas relacionados à sexualidade, desenvolvidas por enfermeiros no espaço escolar. Denotando a necessidade de planejar ações assistenciais específicas e orientadas aos contextos sociais do adolescente trabalhador, por meio de uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar.

  • ALINE RAQUEL DE SOUSA IBIAPINA
  • OFICINAS TERAPÊUTICAS COMO INSTRUMENTO DE REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL: percepção dos profissionais

  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 01/12/2015
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  • Introdução: No percurso da reforma psiquiátrica, foram instituídas novas modalidades de serviços em saúde mental com a garantia de humanização e atendimento integral, devendo acontecer longe dos muros manicomiais, em sistema aberto e comunitário, composto por uma equipe multiprofissional com o propósito de oferecer atenção voltada aos aspectos biopsicossociais, destacando-as as atividades de oficinas terapêuticas como instrumento expressivo, enfocando a integração social do usuário na familia e na comunidade. Diante da importância da caracterização dos serviços oferecidos pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), bem como de evidenciar estratégias de inclusão e articulação de práticas oferecidas por estes dispositivos, enfocando as políticas públicas voltadas para a saúde mental, foram apreendidos os discursos acerca das oficinas terapêuticas conforme a percepção dos profissionais atuantes no CAPS. Objetivos: Caracterizar os participantes do estudo quanto aos dados sócio-demográficos, formação profissional e tempo de atuação no CAPS; Descrever a percepção dos profissionais sobre oficinas terapêuticas no CAPS e Discutir as oficinas terapêuticas como instrumento terapêutico de reinserção social do usuário do CAPS. Metodologia: Trata-se de um estudo de campo, exploratório, descritiva, de abordagem qualitativa, desenvolvido com sete profissionais do Centro de Atenção Psicossocial que exercem atividades nas oficinas terapêuticas com os usuários do serviço. A coleta de dados aconteceu de novembro a dezembro de 2014, por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada, gravadas, transcritas e processadas pelo software IRAMUTEQ, versão 2013, cuja análise lexical ocorreu por meio da Análise de Similitude e pela Classificação Hierárquica Descendente. O estudo cumpriu todas as recomendações da Resolução 466/2012. Resultados: Apresentaram-se em dois subconjuntos: segmento 01 e segmento 02. O primeiro segmento dividiu-se em quatro classes: Classe 7- Motivação profissional para o trabalho no CAPS; Classe 5- Atividades socioterapêuticas desenvolvidas pelos profissionais; Classe 3- Importância das oficinas terapêuticas na ressocialização do indivíduo com sofrimento psíquico e Classe 4- Interesse profissional em resgatar a cidadania. O segundo segmento dividiu -se em três classes: Classe 1- O papel das oficinas terapêuticas na reinserção social do usuário; Classe 2 – Desafios e limitações do trabalho desenvolvido nas oficinas terapêuticas e Classe 6- O resgate da identidade social do usuário por meio das oficinas terapêuticas. Conclusão: Essas classes revelaram que a utilização das atividades de oficinas terapêuticas dentro dos Centros de Atenção Psicossocial contribui para a efetivação da mudança social acerca da doença mental e para inclusão social de pessoas com transtornos psíquicos no cotidiano familiar, na comunidade e do próprio agir do sujeito. Visam à melhoria na qualidade de vida dos usuários do serviço, incentivadas pela abordagem multidisciplinar, tomando como norte a visão de que os profissionais atuem contribuindo para a reabilitação psicossocial dos usuários e para o aprendizado de novos saberes, numa relação dialógica.

  • ERIKA WANESSA OLIVEIRA FURTADO ANDRADE
  • AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO - APRENDIZAGEM DA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 01/09/2015
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  • As Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Enfermagem

    contemplam o redirecionamento da educação em enfermagem com mudanças

    que estimulam o comprometimento dos discentes com o seu aprendizado e a

    construção de saberes que permita uma aproximação crítica com a realidade,

    em que o professor será um facilitador do processo de ensino-aprendizagem.

    Para enfrentar tal desafio, as Instituições de Ensino Superior precisam

    incorporar nos seus Projetos Pedagógicos as orientações das Diretrizes

    Curriculares e adequar a matriz curricular dos cursos de enfermagem, diminuir

    o abismo entre a teoria e a prática, permitir a construção das competências e

    habilidades necessárias à prática de enfermagem, que devem ser estimuladas

    na formação do profissional com a utilização de estratégias de ensino

    inovadoras. Definiu-se como objetivos desse estudo: Descrever as estratégias

    de ensino-aprendizagem utilizadas no curso de graduação em enfermagem da

    Universidade Federal do Piauí; Discutir as estratégias de ensino-aprendizagem

    utilizadas no curso de graduação em enfermagem quanto à sua adequação às

    diretrizes curriculares e Analisar as potencialidades e dificuldades na utilização

    das estratégias de ensino. Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratória,

    com abordagem qualitativa. O cenário foi curso de enfermagem da

    Universidade Federal do Piauí e os participantes da pesquisa foram 12

    docentes do curso. Para produção de dados foi utilizado à técnica de entrevista

    com a aplicação de um roteiro semi-estruturado. Para análise dos dados foi

    utilizado a análise temática de acordo com Minayo, o que possibilitou a

    formação de três categorias: Estratégias utilizadas no Processo Ensino –

    Aprendizagem. O professor e as dificuldades enfrentadas na utilização das

    estratégias preconizadas pelas diretrizes e Iniciativas para a mudança:

    potencialidades. Os resultados, de acordo com as categorias elencadas acima

    apontaram a utilização de estratégias tradicionais pelos docentes, com

    destaque para exposição oral e seminário, no entanto os docentes também

    mencionaram uma aproximação com as estratégias ativas de ensino com

    destaque para a estratégia da problematização. Pontuaram as dificuldades

    enfrentadas para atender as diretrizes, como a sua formação realizada de

    maneira tradicional, a organização da matriz curricular do curso de forma

    disciplinar e a resistência a mudanças por parte dos alunos. Percebeu-se nos

    depoimentos a compreensão dos professores sobre a necessidade de

    mudança nas estratégias de ensino, assim como o desejo de superar as

    metodologias tradicionais com iniciativas como cursos de capacitação, estudos

    sobre a temática, a construção e o conhecimento do projeto pedagógico e das

    diretrizes e a mobilização para o desenvolvimento de estratégias de ensino

    aprendizagem ativas. Conclui-se que predominam a utilização de estratégias

    de ensino tradicionais no Curso de Enfermagem da UFPI, mas é presente o

    desejo de mudança dos docentes e o reconhecimento da importância das

    estratégias ativas para o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.

    É evidente ainda nos discursos o conhecimento dos docentes acerca das

    diretrizes curriculares, a aproximação com estratégias ativas e a mobilização

    dos docentes para sua efetivação.

  • ERIDA DE OLIVEIRA SOARES
  • CUIDADOS PALIATIVOS AO IDOSO NA ATENÇÃO BÁSICA: uma contribuição para enfermagem

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 31/08/2015
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  • O envelhecimento populacional é uma realidade em ascensão no Brasil e no mundo. Fenômeno decorrente das transformações epidemiológicas, sanitárias, socioeconômicas e tecnológicas. Concomitantemente a esse processo ocorrem mudanças no perfil de morbimortalidade da população, com a predominância de doenças crônicas, o que exige do setor saúde e dos profissionais, novos modos de cuidar com abordagem holística, multidimensional e multidisciplinar que visem proporcionar uma melhor qualidade de vida aos idosos que enfrentam doenças incuráveis com prognóstico limitado.  Entre as estratégias assistenciais destacam-se os Cuidados Paliativos, que podem ser prestados, tanto no ambiente hospitalar, como na atenção básica, atendendo além das pessoas idosas enfermas, as suas famílias. Diante da evidente lacuna na produção científica focalizando esta problemática, especialmente na realidade local, delimitou-se como objeto de estudo: o conhecimento e a prática de cuidados paliativos ao idoso realizado pelo enfermeiro na Estratégia Saúde da Família. Objetivou-se descrever o conhecimento dos enfermeiros sobre os cuidados paliativos ao idoso; caracterizar as práticas de cuidados paliativos realizadas pelos enfermeiros ao idoso, discutir as possibilidades e dificuldades dos enfermeiros para a realização de cuidados paliativos ao idoso, analisar o conhecimento e as práticas dos enfermeiros em cuidados paliativos ao idoso com vistas à proposição de um plano de intervenção para esta modalidade assistencial baseada nos pressupostos da teoria Holística. A investigação utilizou uma abordagem qualitativa por meio da estratégia metodológica da pesquisa-ação, tendo como cenário a área de abrangência da Coordenadoria Regional de Saúde Centro-Norte da cidade de Teresina, Piauí. Participaram do estudo 21 enfermeiros desta regional de saúde. A produção dos dados se deu por meio de reuniões e seminários temáticos, nos quais foram desenvolvidas dinâmicas de Criatividade e Sensibilidade, que permitiram a livre expressão dos participantes acerca das questões da pesquisa. Posteriormente, os dados foram agrupados em três categorias temáticas: Concepções dos enfermeiros sobre cuidados paliativos ao idoso; A atuação dos enfermeiros em cuidados paliativos na Estratégia Saúde da Família e Das possibilidades às limitações para a prática de cuidados paliativos ao idoso na atenção básica. A análise e interpretação dos achados revelaram que o conhecimento dos enfermeiros participantes do estudo é empírico e incipiente, demonstrando fragilidades desde os conceitos até a seleção da clientela prioritária para os cuidados paliativos na atenção básica. Outra evidência relevante trata-se da necessidade de implantação de um programa de educação permanente para os enfermeiros em cuidados paliativos ao idoso, para que assim estes profissionais possam prestar uma assistência holística e multidimensional capaz de prevenir e aliviar a dor e o sofrimento do indivíduo e da família. Desta forma, acredita-se nas contribuições deste estudo tanto no âmbito assistencial, como no ensino. Bem como, poderá servir de base para futuras pesquisas congêneres.

  • JAIRO EDIELSON RODRIGUES BARBOSA DE SOUSA
  • Experiência de simulação clínica avançada em enfermagem: satisfação e autoconfiança como resultados.

  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 27/04/2015
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  • A busca por formar enfermeiros generalistas, humanistas, críticos e reflexivos, fez

    com que o docente evoluísse no modo de transmissão e construção do

    conhecimento, utilizando para isso de novas estratégias pedagógicas. Nesse

    sentido, a experiência de simulação avançada surge como uma poderosa

    ferramenta para a construção do conhecimento, habilidades e atitudes do estudante

    por meio do pensamento crítico sobre a situação vivenciada. Assim avaliar os

    resultados dessa estratégia de ensino (satisfação e autoconfiança) torna-se

    importante ao ponto de quanto maior o envolvimento do estudante no processo

    maior será sua motivação. Objetivou avaliar a satisfação e autoconfiança dos

    estudantes de enfermagem em experiências de aprendizagem por meio da

    simulação avançada. Fundamentou-se o estudo no modelo de Simulação da

    National League for Nursing/Jeffries, na evolução do ensino de enfermagem, na

    simulação como estratégia de ensino e na avaliação da satisfação e autoconfiança

    como resultados da simulação clínica. Trata-se de um estudo descritivo, transversal

    e com abordagem quantitativa. O local ocorreu em um espaço virtual por meio do e-

    mail. A população constitui-se de estudantes do último ano e egressos do anos de

    2013 e 2014 do curso de enfermagem, sendo amostra do tipo não probabilistica por

    julgamento. A coleta ocorreu de dezembro 2014 a janeiro 2015 com o envio por e-

    mail do instrumento Student Satisfaction and Self-Confidence in Learning traduzido

    para o português brasileiro. Utilizou-se a ferramenta Google Drive. 43 estudantes

    participaram do estudo. O instrumento copilado possui 13 itens: satisfação (5) e

    autoconfiança (8) mais 3 perguntas sobre o perfil sociodemográfico. A análise

    estatística foi realizada por meio do SPSS, versão 18.0, utilizando os testes de

    Pearson, T-Student e Anova. Predominou o sexo feminino (83,7%) entre 21 e 23

    anos (72,1%). Não existiu diferença significativa entre os sexos para a satisfação

    (p=0,600), mas sim para a autoconfiança no sexo masculino (p=0,043). Obteve-se

    concordância com a afirmação em todos os itens referentes a satisfação (>53,5%).

    Autoconfiança foi positiva com apenas um item com resultados abaixo do esperado,

    tendo uma variação de 41,9 a 67,4% dos que concordaram com as afirmações.

    Obteve-se alpha de cronbach com valor de 0,652. O gráfico de dispersão mostrou

    que existe correlação entre as variáveis relacionadas à aprendizagem. Em virtude

    dos fatos mencionados, percebeu-se níveis elevados de satisfação e autoconfiança

    da aprendizagem nos estudantes, ratificando a experiência de simulação avançada

    como estratégia de ensino que oferece ao estudante a oportunidade de aprender

    conceitos teóricos e práticos em um ambiente completamente seguro contribuindo

    para o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo.

  • MARIA TAMIRES ALVES FERREIRA
  • NARRATIVAS DE MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO: contribuições para a assistência em saúde e o cuidar em enfermagem

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 01/04/2015
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  • A violência de gênero se configura como um grave problema de saúde pública,

    tendo em vista a dimensão do fenômeno, os gastos públicos e a gravidade das

    sequelas orgânicas e psicoemocionais que repercutem negativamente na

    saúde da mulher que a vivencia. Por ser complexa e multifacetada, é

    necessária a atuação de serviços que formam a rede de apoio e de uma equipe

    multidisciplinar. Dentre os serviços se destaca o de saúde, no qual a

    enfermagem tem importante papel na prestação de cuidados. O estudo

    objetivou compreender as narrativas de vida de mulheres vítimas de violência

    de gênero. Pesquisa qualitativa que utilizou o método narrativa de vida

    segundo Bertaux e a análise temática dos dados. A técnica empregada foi a

    entrevista em profundidade, realizada com nove mulheres vítimas de violência

    de gênero atendidas pela Defensoria Pública e Casa Abrigo no período de

    outubro a novembro de 2014. O instrumento utilizado foi um formulário

    contendo dados socioeconômicos e a questão norteadora da pesquisa. Foram

    identificadas cinco categorias temáticas: transgeracionalidade da violência de

    gênero; relatos da violência na relação conjugal; permanência e/ou rompimento

    da relação com o agressor; interfaces da violência de gênero com a saúde; e

    expectativas da mulher vítima de violência de gênero. As mulheres do estudo

    desde crianças vivenciavam a violência e o mesmo acontece com seus filhos,

    caracterizando a intergeracionalidade desta ocorrência. Na relação conjugal,

    havia a coexistência de mais de um tipo de violência, com destaque para a

    física e psicológica. O ciúme e uso de álcool e outras drogas foram apontados

    como fatores desencadeadores dos atos violentos, que têm como causa as

    questões de gênero e a ordem patriarcal. A dependência emocional e

    financeira contribuiu para a permanência da mulher na relação com o agressor,

    a qual foi rompida quando ocorreram agressões físicas graves ou quando a

    violência foi convergida contra os filhos. A violência repercutiu negativamente

    na saúde das participantes e dos seus filhos. Contudo, as depoentes esperam

    um futuro melhor, sem violência, com emprego e de dedicação aos filhos. A

    partir das narrativas, conclui-se que as mulheres vitimadas e a família

    necessitam de uma atenção multidisciplinar em saúde, em que a enfermeira

    deve estar inserida e prestar um cuidado sistematizado, humanizado, holístico

    e ético. Para romper o ciclo de violência são necessárias ações da rede de

    apoio que oportunizem o resgate da autoestima, a conquista da autonomia e

    que proporcionem o empoderamento da mulher vítima de violência de gênero.

  • NATHACHA ADRIELA LIMA CARVALHO
  •  

    AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSAS PORTADORAS DE CÂNCER DE MAMA

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 31/03/2015
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  • Introdução: O câncer de mama é o que mais acomete a população feminina em todo o mundo. Representa 14% de todos os casos de câncer nos Estados Unidos da América e apresentou proporção no ano de 2014 no Brasil de 56 casos para cada 100 mil mulheres. A idade avançada é o principal fator de risco e 35-50% dos casos ocorrem em mulheres com mais de 65 anos, fator preocupante diante das mudanças no perfil sociodemográfico relacionadas ao crescimento acelerado da população idosa. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida (QV) de idosas portadoras de câncer de mama. Metodologia: Estudo descritivo com abordagem quantitativa e delineamento transversal, realizado em Teresina-PI, no qual os instrumentos de coleta dos dados foram aplicados nos domicílios de idosas com câncer de mama, cadastradas em 2013 em um hospital de referência em oncologia, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob protocolo nº 649.342. A amostra do estudo foi constituída por 52 idosas com câncer de mama. Para a coleta de dados foram utilizados quatro instrumentos: Mini-Exame do Estado Mental, um formulário estruturado com informações sociodemográficas e de apoio familiar, a Escala de Depressão Geriátrica (EDG-15) e o questionário World Health Organization Quality of Life - bref, elaborado pela Organização Mundial de Saúde em 1994. Os dados foram processados no programa Statistical Package for the Social Science, versão 18.0. Foram realizadas análises descritivas, univariadas e bivariadas. Resultados: A média de pontos encontrado no MEEM foi de 21,5; a idade média foi de 67,9 anos (±5,9), com predomínio das solteiras, separadas e viúvas (73,1%), com baixa escolaridade (51,9%), renda mensal familiar de um salário mínimo (40,4%), com presença de um cuidador (57,7%), na maioria os filhos (38,5%), e que não apresentaram sinais e sintomas depressivos (69,2%). Boa qualidade de vida geral (média de 63,6); os domínios meio ambiente e físico foram os mais comprometidos e o psicológico o mais preservado; houve forte grau de correlação entre a qualidade de vida geral e os domínios físicos, psicológicos e meio ambiente e correlação fraca e negativa entre a esta e os escores da escala de depressão geriátrica. As entrevistadas referiram boa qualidade de vida (50%) e satisfação com sua saúde (53,8%). No domínio físico a faceta com forte correlação foi dependência de medicamentos; no psicológico foi pensar, aprender, memória e concentração; no domínio social foi a de relações pessoais e no meio ambiente foi o aspecto ambiente físico. Conclusão: Ainda que a maioria das participantes do estudo tenha se considerado satisfeita com sua saúde e com boa qualidade de vida, foram identificadas demandas de cuidado quanto ao regime terapêutico e seus efeitos colaterais, bem como déficits psicológicos relacionados ao pensar e aprender, memorização e concentração. Aponta-se a necessidade da atenção holística e multidisciplinar, com destaque para os cuidados de enfermagem, às mulheres idosas com câncer de mama, por meio de ações multidimensionais capazes de atendê-las, minimizando as repercussões e os impactos dos tratamentos oncológicos.

     

  • MARY ÂNGELA DE OLIVEIRA CANUTO
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DE PESSOAS ACOMETIDAS POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

     

  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 30/03/2015
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  • A avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de pessoas sobreviventes de acidente vascular cerebral (AVC) pode fornecer um perfil global das condições funcionais, psicossociais e da percepção da vida, orientando o processo de reabilitação. Esta pesquisa objetivou avaliar a QVRS de pessoas acometidas por AVC. Trata-se de um estudo descritivo de delineamento transversal realizado em Teresina-Piauí, em um centro de referência em reabilitação física e/ou motora de pessoas acometidas por AVC. A amostra foi constituída por 104 pessoas atendidas no centro mencionado. Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos: mini Exame do Estado Mental (MEEM), para avaliação do estado cognitivo e seleção dos participantes aptos a responderem os demais instrumentos do estudo; um formulário estruturado com informações sociodemográficas, econômicas, sobre o arranjo familiar, cuidador, aspectos clínicos e os serviços que utiliza no centro; e a Stroke Specific Quality of Life Scale SS-QOL, específica para avaliação da QVRS de pessoas com AVC. Para a análise de dados, foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 18.0, com os testes: T Student, ANOVA (com o teste Post Hoc usando a correção de Tukey), Pearson e Spearman. Os principais resultados foram: média de 23,13 pontos no MEEM, com 26% da amostra com déficit cognitivo; média de idade igual a 57,31 anos (±17,15); predomínio do sexo masculino (51,90%); casados (48,10%); com 8 ou mais anos de escolaridade (55,80%); baixa renda (54,50%); presença de um cuidador (70,10%), que era, mais frequentemente, o próprio cônjuge (35,20%); com AVC isquêmico (69%); tempo decorrido depois do último AVC maior de 36 meses em 33,30% (média 33,35±35,23); houve presença expressiva de fatores de risco prévios para o AVC; as sequelas mais frequentes foram: hemiparesia direita (41,60%), hemiparesia esquerda (39%) e dificuldade de fala (28,60%). Quanto à QVRS, obtiveram-se baixos escores, demonstrando domínios e QVRS comprometidos (escore total de QVRS teve média de 146,84±36,31). O domínio mais afetado foi relações sociais e o menos afetado foi visão. O escore total de QVRS foi estatisticamente associado às variáveis: escolaridade (p=0,00); dislipidemia (p=0,03); hemiplegia esquerda (p=0,04); hemiparesia direita (p=0,05); dificuldade de fala (p=0,03); e tempo decorrido após o AVC (p=0,01). A pesquisa evidenciou as consequências negativas da ocorrência da doença na QVRS da pessoa acometida. Estudos sobre a avaliação da QVRS de pessoas acometidas por AVC são importantes, porque a identificação dos aspectos da vida mais afetados pela doença, além dos fatores que interferem na sua QVRS, é essencial para a implantação de estratégias oportunas de intervenção.

  • IVALDA SILVA RODRIGUES
  • VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA: realidades e desafios

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 26/03/2015
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  • O envelhecimento é um processo natural de diminuição progressiva da reserva funcional das pessoas. Além dos fenômenos naturais, como as modificações fisiológicas e patologias consideradas típicas da velhice, o idoso também está passível à violência, o que tem provocado consequências devastadoras. Este estudo objetivou analisar a violência contra a pessoa idosa cadastrada no Centro de Referência e Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa (CEVI) do município de Teresina - PI. Estudo descritivo, com abordagem quantitativa e qualitativa, desenvolvido em duas etapas. A amostra da etapa quantitativa foi constituída por 225 casos de violência; a etapa qualitativa abrangeu 17 sujeitos que foram entrevistados em seus domicílios. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí. Os dados da primeira etapa foram coletados por meio de um formulário e na segunda foi utilizado um roteiro de entrevista. Os dados quantitativos foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences, 18.0, e para os qualitativos, utilizou-se a análise temática. Verificou-se que a maioria dos idosos era do sexo feminino (66,2%), a média de idade foi de 76,3 (±9,5) anos, 30,7% eram analfabetos, 36% eram viúvos, 84,9% eram procedentes da capital do estado, 76,4% eram aposentados, 35,1% ganhavam até um salário mínimo. Constatou-se que 18,2% das vítimas residiam com 3 a 4 pessoas e 39,1% moravam com outros familiares. Em relação à violência sofrida pelas pessoas idosas, a maioria sofreu violência psicológica (54,7%), 84,9% foram violentados na própria residência, 94,2% das ocorrências foram em Teresina e 31,1% não moravam mais com o agressor. No que se refere às informações relativas ao agressor, 84,2% eram familiares, dentre estes, 68% eram os filhos. A média de idade foi de 42,4 (±14,8) anos e a maioria era do sexo masculino (60,4%). Foi possível a formulação de três categorias temáticas, a saber: marcas e repercussões da violência na vida das pessoas idosas; da raiva ao perdão expressado pelas pessoas idosas em relação ao agressor; e redes de apoio às pessoas idosas vítimas de violência. Constataram-se marcas e repercussões da violência que afetaram a saúde física, emocional e social dos idosos. Os sentimentos em relação ao agressor foram: raiva, medo, saudade, pena, amor e tristeza. O apoio buscado pelas vítimas foi, principalmente, na própria família. Portanto, é preciso envolver os profissionais de saúde, os familiares, os governantes e a sociedade, no sentido de traçar estratégias que possam prevenir, combater e resolver os danos causados pela violência contra a pessoa idosa.

  • ALESSANDRA KELLY FREIRE BEZERRA
  • SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO À CRIANÇA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 20/03/2015
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  • A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) configura-se como uma metodologia de trabalho que viabiliza a organização, planejamento e execução do cuidado prestado ao paciente, a partir de uma assistência holística e individualizada. Apesar de sua importância, sabe-se que não está instituída em muitos serviços de saúde, principalmente na estratégia Saúde da Família (eSF), gerando lacunas nas ações propostas na consulta de puericultura, principalmente no que concerne ao acompanhamento sistematizado às crianças. Diante disso, a assistência de enfermagem à criança fica comprometida, gerando fragilidade e fragmentação do cuidado. Dessa forma, o estudo teve como objetivo construir um modelo teórico para compreender o processo da sistematização da assistência de enfermagem na atenção à criança na estratégia Saúde da Família, em Teresina-PI. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa do tipo interpretativa orientado pelo referencial metodológico da Teoria Fundamentada nos Dados. O estudo foi desenvolvido com 16 enfermeiros de diferentes cenários, da Atenção Básica para a compreensão do objeto de investigação. Foram contemplados enfermeiros assistenciais da eSF, gestores municipais da Atenção Básica e o órgão fiscalizador da categoria profissional – Conselho Regional de Enfermagem. O processo de análise dos dados ocorreu em três etapas interdependentes nomeadas: codificação aberta, codificação axial e codificação seletiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí CAEE: 22792213.3.0000.5214. Dois fenômenos emergiram com o estudo: ―Compreendendo a importância da SAE para o cuidado à criança e para a ascensão da equipe de enfermagem‖ e ―Apontando lacunas na SAE na atenção à criança na eSF e os caminhos para a superação das dificuldades‖. Os dois fenômenos e seus respectivos componentes foram reunidos e analisados teoricamente, segundo o modelo de paradigma de Strauss e Corbin. As categorias foram integradas em relação às condições causais, ao contexto, às condições intervenientes, às estratégias de ação e às consequências. Com a refinação e integração das categorias, resultou na categoria central ―Buscando caminhos e suprindo lacunas que comprometem a SAE na atenção à criança na eSF, a partir da compreensão de sua importância para o cuidado efetivo e ascensão da enfermagem‖. A categoria evidencia que os enfermeiros apresentam limitações e dificuldades para a operacionalização da SAE no cuidado à criança na Atenção Básica, no entanto, manifestam o interesse pela superação de todas as lacunas para a operacionalização do processo de enfermagem.

  • MYCHELANGELA DE ASSIS BRITO
  • ACIDENTES DOMÉSTICOS COM CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 27/02/2015
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  • INTRODUÇÃO: Os acidentes domésticos com crianças menores de cinco anos são apontados como uma das principais causas de mortalidade e morbidade na população com idade entre um a 14 anos em todo o mundo. Consistem em situações complexas e revelam um grave problema de saúde pública, pois além dos custos sociais, econômicos e emocionais, são também responsáveis por eventos não fatais e sequelas que, em longo prazo, repercutem na família e na sociedade, penalizando crianças e adolescentes. OBJETIVO: analisar a ocorrência de acidentes domésticos com crianças menores de cinco anos. METODOLOGIA: Estudo analítico com delineamento transversal, realizado com 330 cuidadores da zona urbana de Floriano-PI. Utilizou-se um formulário, feito observação do ambiente e preenchido um check-list. Realizou-se análises simples, bivariadas e multivariadas, utilizando-se da regressão logística múltipla hierarquizada. RESULTADOS: Os cuidadores foram constituídos por mulheres (98,5%), faixa etária de 20 a 29 anos (49,1%), com ensino médio (57,0%), pertencentes à classe econômica DE (78,8%), casadas/união estável (67,3%), sendo 67,9% prestadores de serviços domésticos. Das residências visitadas 52,4% possuíam de 4 a 5 pessoas, com apenas uma criança (45,2%), que não ficam sozinhas (91,5%) e quando ficam, a avó quem cuida (44,2%). Os acidentes aconteceram no domicílio em 97% dos casos, sendo mais comum as quedas (88,2%), pela manhã (44,8%), na área externa da casa (30%), a face a parte do corpo mais atingida (47,3%). Na associação entre fatores de risco relacionados a infraestrutura/ambiente do domicílio com a ocorrência de acidentes obteve-se a presença de escada ou degraus sem corrimão, local de brincadeiras com espinhos, pregos, cacos de vidro e outros e a presença de plantas/jardim ou quintal (99,4%) estatisticamente relevante. Na associação entre fatores de risco relacionados à disposição de objetos e móveis com a ocorrência de acidentes encontrou rede alta, saídas e passagens mantidos com brinquedos, móveis, caixas ou outros itens que possam ser obstrutivos, ventiladores ligados ao alcance das crianças, produtos de limpeza, inseticidas guardados em locais baixos e domicílio possui cortinas ou mosqueteiros. A associação entre fatores de risco relacionados às práticas dos cuidadores e/ou comportamento das crianças obteve-se brincam com madeiras e paus não polidas, os alimentos como amendoim, pipoca, certos doces duros, chicletes dados às crianças e alimentos sólidos oferecidos à criança. Na análise multivariada o número de pessoas residentes na casa (OR=1,625), escadas ou degraus sem corrimão (OR=15,998) e alimentos sólidos oferecidos à criança (OR=16,686) permaneceram no modelo final, explicando 43,5% da ocorrência dos acidentes domésticos. DISCUSSÃO: A regressão mostrou que o número de residentes em casa acima de quatro pessoas aumentam as chances da ocorrência do acidente em 1,6 vezes; a presença de escadas ou degraus sem corrimão aumenta em 15,9 e Alimentos sólidos são oferecidos à criança em 16,6 vezes as chances da ocorrência do acidente domiciliar. CONCLUSÃO: A pesquisa evidencia a importância da participação dos profissionais de saúde na elaboração e na atuação nos programas de prevenção de acidentes domésticos. 

  • RAILINA LAURA UYARA BRANDÃO SALES
  • AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DO PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL NO PIAUÍ

  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 27/02/2015
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  • O estudo objetivou avaliar os resultados do Programa Nacional de Triagem Neonatal no Piauí em 2013. Trata-se de um estudo documental, avaliativo, desenvolvido a partir de registros em envelopes de amostra sanguínea (N=545) e do software NetLAB-Triagem Neonatal do Laboratório Central de Saúde Pública em Teresina-PI. A amostra foi constituída de 327 envelopes de amostras sanguíneas adequadamente coletadas e negativas à triagem, 184 envelopes de amostras sanguíneas inadequadamente coletadas (p=95,0%) e 34 envelopes de amostras sanguíneas adequadamente coletadas e suspeitas à triagem. Foram utilizados três formulários para a coleta de dados, a qual ocorreu após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (CAAE 17907213.2.0000.5214). Os principais achados foram: cobertura de coleta igual a 68,12%; cobertura geográfica de 97,33%; das 184 amostras inadequadas analisadas, 46,56% por quantidade insuficiente de sangue, 17,46% por resultados inconclusos, 13,76% por gota sobreposta, 7,94% por estarem diluídas, 4,76% por terem sido contaminadas, 2,12% por problemas operacionais; das 34 amostras suspeitas, 13 casos confirmados de Hipotireoidismo congênito, com incidência de 1:3.880. Em relação às amostras adequadas negativas,17,18% foram realizadas entre o 3º e o 5º dia de vida; 53,1% levaram menos de 5 dias da coleta à chegada ao Laboratório; 18,3% levaram até 7 dias da chegada à liberação do resultado da triagem; 12,6% obtiveram processo de triagem concluído dentro dos primeiros 30 dias de vida do recém-nascido.  Quanto às amostras inadequadas, foram verificadas medianas de tempo decorrido entre a recepção da amostra inadequada e a solicitação de nova amostra e dessa solicitação à chegada no laboratório da nova amostra iguais a 12 e 18 dias, nesta ordem; em 57%, o laboratório recebeu e liberou o resultado no mesmo dia; 92 dias correspondeu a mediana de idade da criança ao final do processo de triagem. Em relação às amostras suspeitas, o intervalo entre a liberação do resultado suspeito à triagem e à referência do caso ao hospital infantil obteve medianas de 0 dia para Hipotireoidismo congênito e de 1 dia para Fenilcetonúria; mediana de 42,50 dias de idade da criança no momento da referência; da referência à coleta de amostra para repetição do teste, mediana de 13 dias; em 87,5%, coleta e recepção foram efetivadas no mesmo dia; em 65,4%, recepção e liberação do resultado para Hipotireoidismo congênito ocorreram no mesmo dia e, para Fenilcetonúria, a mediana desse intervalo correspondeu a 1 dia; da liberação à consulta, foi verificada mediana de 1 dia para Hipotireoidismo congênito e, para Fenilcetonúria, em 85,7% dos casos, esse intervalo foi igual a 0 dia; a mediana de idade no momento da consulta correspondeu a 63 dias. Foram verificados longos tempos decorridos entre as etapas-chave do processo de Triagem Neonatal Sanguínea no Piauí em 2013, os quais sinalizam articulações falhas que sugerem necessidade de ajustes para melhoria de desempenho, sobretudo para detecção precoce das doenças rastreadas.

     

  • RAILINA LAURA UYARA BRANDÃO SALES
  • AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DO PROGRAMA NACIONAL DE TRIAGEM NEONATAL NO PIAUÍ

  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 27/02/2015
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  • O estudo objetivou avaliar os resultados do Programa Nacional de Triagem Neonatal no Piauí em 2013. Trata-se de um estudo documental, avaliativo, desenvolvido a partir de registros em envelopes de amostra sanguínea (N=545) e do software NetLAB-Triagem Neonatal do Laboratório Central de Saúde Pública em Teresina-PI. A amostra foi constituída de 327 envelopes de amostras sanguíneas adequadamente coletadas e negativas à triagem, 184 envelopes de amostras sanguíneas inadequadamente coletadas (p=95,0%) e 34 envelopes de amostras sanguíneas adequadamente coletadas e suspeitas à triagem. Foram utilizados três formulários para a coleta de dados, a qual ocorreu após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (CAAE 17907213.2.0000.5214). Os principais achados foram: cobertura de coleta igual a 68,12%; cobertura geográfica de 97,33%; das 184 amostras inadequadas analisadas, 46,56% por quantidade insuficiente de sangue, 17,46% por resultados inconclusos, 13,76% por gota sobreposta, 7,94% por estarem diluídas, 4,76% por terem sido contaminadas, 2,12% por problemas operacionais; das 34 amostras suspeitas, 13 casos confirmados de Hipotireoidismo congênito, com incidência de 1:3.880. Em relação às amostras adequadas negativas,17,18% foram realizadas entre o 3º e o 5º dia de vida; 53,1% levaram menos de 5 dias da coleta à chegada ao Laboratório; 18,3% levaram até 7 dias da chegada à liberação do resultado da triagem; 12,6% obtiveram processo de triagem concluído dentro dos primeiros 30 dias de vida do recém-nascido.  Quanto às amostras inadequadas, foram verificadas medianas de tempo decorrido entre a recepção da amostra inadequada e a solicitação de nova amostra e dessa solicitação à chegada no laboratório da nova amostra iguais a 12 e 18 dias, nesta ordem; em 57%, o laboratório recebeu e liberou o resultado no mesmo dia; 92 dias correspondeu a mediana de idade da criança ao final do processo de triagem. Em relação às amostras suspeitas, o intervalo entre a liberação do resultado suspeito à triagem e à referência do caso ao hospital infantil obteve medianas de 0 dia para Hipotireoidismo congênito e de 1 dia para Fenilcetonúria; mediana de 42,50 dias de idade da criança no momento da referência; da referência à coleta de amostra para repetição do teste, mediana de 13 dias; em 87,5%, coleta e recepção foram efetivadas no mesmo dia; em 65,4%, recepção e liberação do resultado para Hipotireoidismo congênito ocorreram no mesmo dia e, para Fenilcetonúria, a mediana desse intervalo correspondeu a 1 dia; da liberação à consulta, foi verificada mediana de 1 dia para Hipotireoidismo congênito e, para Fenilcetonúria, em 85,7% dos casos, esse intervalo foi igual a 0 dia; a mediana de idade no momento da consulta correspondeu a 63 dias. Foram verificados longos tempos decorridos entre as etapas-chave do processo de Triagem Neonatal Sanguínea no Piauí em 2013, os quais sinalizam articulações falhas que sugerem necessidade de ajustes para melhoria de desempenho, sobretudo para detecção precoce das doenças rastreadas.

     

  • ANDRÉIA ALVES DE SENA SILVA
  • PREVALÊNCIA DE HEPATITE B E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM INTERNOS NO SISTEMA PRISIONAL DO ESTADO DO PIAUÍ

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 26/02/2015
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  • INTRODUÇÃO: O confinamento estimula práticas que aumentam o risco de

    transmissão de doenças infecciosas tanto pelos comportamentos sexuais

    inadequados como pelo uso de drogas. A hepatite B destaca-se como um dos

    agravos mais prevalentes na população prisional, em decorrência das condições de

    vida do recluso. OBJETIVO: Investigar a prevalência de Hepatite B e fatores

    associados em internos dos presídios do Estado do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se

    de uma pesquisa, epidemiológica, do tipo transversal, realizada nas unidades

    prisionais que possuíam regime fechado ou semiaberto (n=12). A coleta de dados

    ocorreu no período de novembro/2013 a maio/2014, por meio da realização de

    aconselhamento e entrevista, seguida da testagem rápida para Hepatite B (HBsAg).

    Os dados foram digitados e analisados com a utilização do software SPSS versão

    20.0. Foram realizadas análises descritivas simples, bivariadas e multivariadas,

    utilizando-se da Regressão Logística com o valor de p fixado em 0,05.

    RESULTADOS: Dos 2.131 participantes do estudo, 92,8% eram do sexo masculino,

    48,6% estavam na faixa etária de 23 a 32 anos, com média de estudo de 6,3 anos e

    renda pessoal média de R$789 reais. Sobre o consumo de álcool e outras drogas,

    78,7% dos participantes confirmaram o uso de bebidas alcóolicas e 57,6%

    afirmaram utilizar algum tipo de droga. Quanto à exposição de risco parenteral,

    55,0% compartilharam material perfurocortante (lâminas e material de

    manicure/pedicure), 60,4% tinham tatuagem e 13,9% usavam piercing. Dentre as

    práticas sexuais de risco, identificou-se o não uso de preservativo, e a utilização de

    bebidas e/ou drogas antes das relações, como também a prática homossexual.

    Quanto às informações sobre hepatite B, 75,4% não possuía nenhuma informação.

    Na pesquisa por antígenos específicos para hepatite B, 11 (0,5%) testes rápidos

    foram reagentes para o HBsAg circulante. Houve associação estatisticamente

    significativa entre a prevalência de hepatite B e as variáveis: não gosta de usar

    camisinha (ORa=3,63) e sabe como prevenir DST (ORa=5,02). CONCLUSÃO:

    Considerando a situação de vulnerabilidade à hepatite B, da amostra investigada,

    ações preventivas e de educação em saúde relacionadas à citada infecção e outras

    DST devem ser fortalecidas. Os órgãos responsáveis pelo planejamento das ações

    de saúde voltadas à população prisional devem implementar o Plano Nacional de

    Saúde no Sistema Penitenciário existente e traçar medidas condizentes com as

    características encontradas nos encarcerados.

  • KARINNA ALVES AMORIM DE SOUSA
  • PREVALÊNCIA DO HIV E FATORES ASSOCIADOS EM INTERNOS DO SISTEMA PRISIONAL DO PIAUÍ

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 26/02/2015
  • Mostrar Resumo
  • A infecção pelo HIV concretiza-se como grande problema de Saúde Pública. O Ministério da

    Saúde estima aproximadamente 734 mil pessoas vivendo com HIV/Aids no Brasil. A OMS

    define populações-chave os segmentos populacionais que devido adoção de comportamentos

    que conferem alto risco específicos, possuem maiores chances de infecção pelo HIV. Dentre

    as populações específicas, destaca-se a população privada de liberdade, pois o confinamento

    estimula práticas que aumentam o risco de transmissão de doenças infecciosas. Esta pesquisa

    tem como objetivo: Analisar a prevalência da infecção pelo HIV e fatores associados em

    internos de presídios do Estado do Piauí. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo

    transversal, desenvolvido com 2.131 presidiários do Piauí. A coleta de dados foi realizada nos

    meses de novembro/2013 a maio/2014, por meio da aplicação de formulário pré-testado e

    realização de teste rápido para diagnóstico do HIV. Os dados foram digitados e analisados

    com a utilização do software SPSS versão 19.0. Foram realizadas análises univariadas, por

    meio de estatísticas descritivas simples. Na estatística inferencial foram aplicados testes de

    hipóteses bivariados e multivariados, com a utilização de regressão logística simples (Oddis

    ratio não ajustado) e múltipla (Oddis ratio ajustado). O nível de significância foi fixado em

    p≤0,05. Os resultados foram: 2.131 presidiários participaram do estudo, 1.116 (52,4%) eram

    residentes do interior do Estado, 1.037 (48,6%) estavam na faixa etária de 23 a 32 anos, 1.977

    (92,8%) eram do sexo masculino e 1.342 (63,0%) referiram escolaridade compatível com

    ensino fundamental incompleto, 1.312 (61,6%) se declararam pardos, 1.235 (58,0) em

    situação conjugal solteiros/separados/viúvos e 793 (37,2%) sem renda pessoal. Quanto a

    prevalência do HIV foi de 1,0% (IC95% = 0,6-1,4). Houve associação estatisticamente

    significativa entre o HIV positivo e as variáveis: uso de drogas ilícitas, ter prática sexual com

    parceiros do mesmo sexo, selecionar parceiros por atributos físicos, não usar preservativo por

    não sempre dispor e praticar sexo por via vaginal. Permaneceram estatisticamente associadas

    após analise multivariada: prática sexual com parceiros do mesmo sexo (p=0,05), seleção de

    parceiros por atributos físicos (p=0,04) e prática de sexo por via vaginal (p<0,01). Os

    resultados desta pesquisa evidenciam a necessidade de ações públicas de saúde, incluindo

    articulação entre esferas governamentais e entre gestão da saúde e da justiça, para elaborar

    estratégias de modo a contemplar a demanda de saúde dos internos do Sistema Prisional do

    Estado. Faz-se oportuna a ampliação de ações relacionadas ao diagnostico do HIV na

    admissão e rotina, atividades contínuas de educação em saúde, capacitação dos profissionais

    de saúde que compõem a equipe da justiça para fortalecer a promoção da saúde, prevenção e

    controle das DST/HIV/Aids.

  • ANA KARINE DA COSTA MONTEIRO
  • IMPACTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE ONLINE NO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS SOBRE ESTOMAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 24/02/2015
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  • Enfermeiros após a formação, necessitam ser capacitados permanentemente sobre estomas para prestar assistência segura e de qualidade aos clientes que necessitam desse tipo de intervenção cirúrgica. Este estudo teve por objetivo verificar o impacto da Educação permanente online no conhecimento de enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação. Estudo realizado em duas etapas, uma metodológica e outra quase-experimental, do tipo grupo único, antes e depois, em três hospitais de grande porte do estado do Piauí, no período de agosto, setembro e outubro de 2014, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A primeira etapa envolveu a elaboração de um Teste de conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação, por meio de revisão de literatura e Diretrizes internacionais para o cuidado e tratamento de pessoas estomizadas e a validação de aparência e conteúdo do Teste por oito juízes. Foram considerados validados os itens que obtiverem índice de validade de conteúdo (IVC) maior ou igual a 80% e Coeficiente Kappa de Fleiss maior ou igual a 70%. Quanto ao conteúdo, o IVC global do Teste foi de 94%, sendo que 27 itens obtiveram IVC de 100% e 14 itens de 86% e apenas dois itens obtiveram IVC menor que 80% e por isso foram excluídos. Quanto a aparência, a maioria dos itens obteve coeficiente Kappa de Fleiss menor do que 70% na primeira rodada, sendo necessária uma segunda rodada em que o coeficiente Kappa de Fleiss obteve resultado perfeito (1,00). A versão final do Teste comtemplou 39 itens, que foram distribuídos em sete domínios e o conhecimento foi considerado adequado quando se obteve nos itens do Teste percentual de acerto maior ou igual a 80%. O Teste elaborado e validado pode ser aplicado com enfermeiros e estudantes de Enfermagem. No entanto, constantemente deve ser aprimorado, aperfeiçoado, de modo a agregar a evidências para a prática clínica. Na segunda etapa, foi avaliado o conhecimento dos enfermeiros sobre estomas intestinais de eliminação antes e após Educação permanente online. Fizeram parte dessa etapa 111 enfermeiros. Destes, 54% evadiram-se, tendo como principal motivo a falta de tempo (74,1%). Participaram efetivamente da Educação permanente online, 51 enfermeiros. Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos: caracterização sociodemográfica, formação e experiência profissional, uso do computador e da Internet, Teste de conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação e identificação das causas de evasão da Educação permanente online. Entre os 51 enfermeiros que participaram da Educação permanente online a média de acertos no Teste de conhecimento no pré-teste e pós-teste foi 25,5 (dp=4,2) e 31,5 (dp=3), respectivamente. Essa diferença de médias foi estatisticamente significante (p=0,000). A efetividade da Educação permanente online pode ser justificada pela flexibilidade da aprendizagem adaptada conforme as necessidades dos enfermeiros e acessibilidade em qualquer tempo e espaço. Essa forma de Educação permanente tem sido vista como viável e adequada para as condições de trabalho da maioria dos enfermeiros. 

  • MONIKI DE OLIVEIRA BARBOSA CAMPOS
  • IMPACTO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA ONLINE NO CONHECIMENTO DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM SOBRE ESTOMAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO

  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 24/02/2015
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  • A pessoa estomizada faz parte dos cenários de prática clínica vivenciados pelo estudante de Enfermagem durante a graduação. Sendo assim, é importante que as Instituições de Ensino Superior (IES) promovam o conhecimento sobre estomas por meio de metodologias de ensino criativas, como a educação a distância (EaD). Frente ao exposto, este estudo teve por objetivo verificar o impacto de intervenção educativa online no conhecimento de graduandos de Enfermagem sobre estomas intestinais de eliminação. Estudo realizado em duas etapas, uma metodológica e outra quase-experimental, do tipo grupo único, antes e depois, em duas IES de Teresina, no período de julho a outubro de 2014, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa de uma Universidade pública do Piauí n° 649.460 (CAAE nº 22818014.5.0000.5214). A primeira etapa envolveu a elaboração de um Teste de conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação, por meio de revisão de literatura e Diretrizes internacionais para o cuidado e tratamento de pessoas estomizadas e a validação de aparência e conteúdo do Teste por oito juízes. Foram considerados validados os itens que obtiverem índice de validade de conteúdo (IVC) maior ou igual a 80% e Coeficiente Kappa de Fleiss maior ou igual a 70%. Quanto ao conteúdo o IVC global do Teste foi de 94%, sendo que 27 itens obtiveram IVC 100% e 14 itens 86% e apenas dois itens obtiveram IVC menor que 80% e por isso foram excluídos. Quanto a aparência a maioria dos itens obteve coeficiente Kappa de Fleiss menor do que 70% na primeira rodada, sendo necessária uma segunda rodada em que o coeficiente Kappa de Fleiss obteve resultado foi perfeito (1,00). A versão final do Teste contemplou 39 itens que foram distribuídos em sete domínios. Na segunda etapa foi avaliado o conhecimento dos graduandos de Enfermagem sobre estomas intestinais de eliminação antes e após intervenção educativa online. O índice de evasão da intervenção educativa online foi de 107 (54,31%), sendo o principal motivo a falta de tempo 42(40,4%). Fizeram parte dessa etapa 90 graduandos de Enfermagem. Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos, a saber; caracterização sociodemográfica, uso do computador e Internet, Teste de conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação e identificação dos motivos de evasão da intervenção educativa online. Entre os 90 graduandos de Enfermagem que participaram da intervenção educativa online a média de acertos no Teste de conhecimento sobre estomas intestinais de eliminação antes da intervenção foi 23,67 (dp= 5,9) e depois da intervenção 32,01 (dp= 2,7). Essa diferença de médias foi estatisticamente significante (0,000). O impacto da intervenção educativa online foi positivo no conhecimento dos graduandos de Enfermagem sobre estomas intestinais de eliminação. Foi possível verificar que as tecnologias da informação e comunicação (TICs) são ferramentas que estimulam o interesse dos estudantes a participarem ativamente do seu processo de aprendizagem, promovem aprendizagem colaborativa e possibilitam ao aluno construir o seu conhecimento e desenvolver habilidades.  Implantar essas ferramentas no ensino superior é fundamental para implementar as recomendações mais atuais para a prática clínica de enfermagem voltada a pessoa estomizada.

     

  • CECILIA PASSOS VAZ DA COSTA
  • OBJETO VIRTUAL DE APRENDIZAGEM SOBRE O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO EM ENFERMAGEM APLICADO AO SISTEMA TEGUMENTAR

  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 23/02/2015
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  • A utilização das tecnologias de informação e comunicação é crescente na sociedade contemporânea e pode ser agregada e inserida na área educacional com o uso de objetos virtuais de aprendizagem (OVAs) que auxiliem no processo de ensino e aprendizagem. Na prática clínica o enfermeiro depara-se constantemente com a necessidade de julgar as manifestações dos indivíduos e consequentemente raciocinar clinicamente para elencar diagnósticos de enfermagem. Este processo de raciocínio diagnóstico deve ser usado durante a avaliação de todos os sistemas corporais, especialmente do sistema tegumentar, visto que contribui efetivamente com a formulação de diagnósticos de enfermagem acurados que refletem as respostas do indivíduo em relação aos problemas de pele reais ou potenciais. Objetivou-se avaliar um OVA sobre o raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar em uma universidade pública do Piauí. Trata-se de uma pesquisa metodológica aplicada de produção tecnológica que utilizou o referencial pedagógico da educação problematizadora de Paulo Freire para nortear a elaboração do conteúdo, a metodologia para desenvolvimento do OVA seguiu as etapas de análise, design, desenvolvimento, implementação e avaliação preconizadas pelo design instrucional contextualizado e utilizou-se a taxonomia revisada de Bloom para elencar os objetivos educacionais de cada módulo. Os quatros módulos do OVA foram inseridos na plataforma educacional do Moodle, implementado com 21 discentes do curso de graduação em enfermagem de uma universidade pública do Piauí nos meses de setembro e outubro de 2014 e avaliado por especialistas da área da informática e por discentes de enfermagem. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com CAAE 20228113.8.0000.5214. Pela avaliação dos discentes, evidencia-se que o desenvolvimento do OVA sobre raciocínio diagnóstico em enfermagem aplicado ao sistema tegumentar mediado pedagogicamente pelo referencial da educação problematizadora de Paulo Freire e inserido no ambiente Moodle foi considerado favorável ao proporcionar autonomia, motivação e prazer durante a aprendizagem e apresentar linguagem de fácil compreensão com atividades de revisão e bibliografia úteis e pertinentes. Espera-se que o presente estudo possa agregar valor às práticas de ensino da enfermagem mediante utilização de OVA e fomentem novos estudos relacionados ao uso dessas ferramentas educacionais quer seja no ensino do raciocínio diagnóstico aplicado a outros sistemas do corpo ou outras áreas de conhecimento fundamentais para a enfermagem com o escopo que vai além do processo de ensino-aprendizagem e visa atingir a melhoria da prática clínica.

  • LIDYANE RODRIGUES OLIVEIRA SANTOS
  • Análise das escalas de Cubbbin & Jackson e Waterlow em pacientes de unidades de terapia intensiva

  • Data: 20/02/2015
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  • As escalas de avaliação de risco têm sido utilizadas como instrumentos efetivos para prever o risco de úlcera por pressão. Porém, estudos não indicam consenso sobre qual escala é mais eficaz para predizer esse risco em unidade de terapia intensiva.  Frente ao exposto, o presente estudo teve por objetivo analisar as escalas de Cubbin & Jackson e Waterlow quanto ao melhor indicador de risco para úlcera por pressão em pacientes de unidades de terapia intensiva. Pesquisa quantitativa, exploratória, longitudinal prospectiva, realizada em dois hospitais públicos de grande porte do estado do Piauí, no período de fevereiro a abril de 2014.  A amostra foi composta por 108 participantes, os quais foram divididos em dois grupos de sem úlcera (n=80) e com úlcera (n=28). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Para coleta de dados, utilizou-se um instrumento sobre características sociodemográficas e clínicas e as escalas. Estatísticas descritivas foram utilizadas para análise das variáveis sociodemográficas e clínicas, e o  teste t na análise das variáveis das escalas para análise paramétrica de comparação entre as variáveis independentes. Para os escores das escalas, foi realizada uma transformação dos dados a partir do escore Z. O poder preditivo e os pontos de corte das escalas foram determinados por meio das curvas Receiver Operating Characteristic e teste de Qui-quadrado para verificar a correlação entre as variáveis categóricas. Dos 108 participantes, 28 tiveram úlcera por pressão, 16 já foram admitidos com úlcera e 12 adquiriram na unidade de terapia intensiva, 60,7% são do sexo masculino, com média de idade de 53 anos, 60,7% com cor parda, 89,3% com Índice de Massa Corpórea considerado eutrófico, 21,4% provenientes de Teresina, 11% tiveram associados hipertensão e/ou diabetes mellitus com tempo médio de internação de 30,4 dias e tempo de surgimento de úlcera por pressão de 17,1 dias, com maior prevalência na região sacral, 54,2%, e única úlcera em 82,14%. Quanto às medicações utilizadas, 60,7% faziam uso de antitrombóticos e 59,6% de antibióticos. Como motivo de internação, 67,9% foram por causas cardiovasculares e respiratórias. A escala de Waterlow apresentou 100% de sensibilidade, 18,9% de especificidade, 14,1% de valor preditivo positivo e 100% de valor preditivo negativo com ponto de corte >14, escore Z=1,06. A escala de Cubbin & Jackson, 83,3% de sensibilidade, 39,5% de especificidade, 30,3% de valor preditivo positivo e 88,2% de valor preditivo negativo, com ponto de corte ≤ 24 e no escore Z ≤0,41.  A escala de Waterlow teve como maior preditor de risco o apetite p(0.00) e o tipo de pele p(0.02) e a de Cubbin & Jackson a condição da pele p(0.00) e a mobilidade p (0.01). Ambas as escalas são efetivas para predizer o risco de úlcera por pressão, no entanto, a escala de Cubbin & Jackson mostra-se mais eficaz para pacientes críticos. A utilização de estratégias eficazes para prevenção devem ser amplamente divulgadas para a melhoria na qualidade da assistência. 

     

  • TAMIRES BARRADAS CAVALCANTE
  • VALIDAÇÃO DE PROTOCOLO ASSISTENCIAL PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO

  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 20/02/2015
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  • : A prevenção da úlcera por pressão é considerada um desafio clínico frente à instabilidade hemodinâmica, restrição da mobilidade e nutrição prejudicada que aumentam o risco para o seu desenvolvimento. A criação de grupos especializados vinculados às instituições e serviços de saúde, bem como a elaboração de protocolos assistenciais para prevenção e tratamento das lesões tissulares atendem à busca constante dos profissionais de enfermagem pela qualificação de sua práxis. Este estudo teve como objetivo validar protocolo assistencial para prevenção de UP. Estudo metodológico, aprovado sob Protocolo nº 742.354, desenvolvido em quatro fases: atualização do protocolo assistencial; tradução e adaptação transcultural (ATC); análise semântica (validação interna) e validação de conteúdo (validação externa). Após a atualização, nove itens de recomendações do protocolo foram incluídos e três reformulados ou ratificados, assim, este ficou composto por 36 itens. A tradução e retrotradução foram realizadas por quatro tradutores brasileiros ou americanos, fluentes na Língua Portuguesa e Inglesa. Na adaptação transcultural, as palavras “healing” e “change position” foram traduzidas para “cura” e “mudança de posição”, entretanto, os termos “cicatrização” e “mudança de decúbito” foram mantidos por serem mais utilizados na realidade brasileira. A análise semântica consistiu de uma única roda de conversas composta por seis membros, por meio de “brainstorming”,dois efetivos do grupo de curativos, três aspirantes e um estagiário em iniciação das atividades no hospital em que o protocolo será utilizado. Alguns itens foram excluídos por serem recomendações de tratamento. Na análise de conteúdo, os seis experts participantes classificaram os itens segundo pertinência e compreensão verbal em dois momentos distintos. Somente os itens que não alcançaram o valor mínimo preconizado de índice de validade de conteúdo no 1º momento ou que tiveram alterações sugeridas foram modificados e novamente submetidos à análise no 2º momento. Os itens 1, 3, 23, 25 e 27 atingiram índice de validade de conteúdo mínimo no 2º momento quesito pertinência, bem como o item 27 em compreensão verbal, em detrimento do1º momento. O item quatro não atingiu os 0,80 de índice de validade de conteúdo em pertinência, justificando sua exclusão na versão final do protocolo. Os valores de kappa foram utilizados apenas para avaliar a representatividade dos itens com relação às suas categorias. O algoritmo teve modificações na inclusão de novas coberturas para prevenção de úlceras por pressão. Os procedimentos realizados neste estudo atingiram o objetivo de validar o protocolo para prevenção de úlceras por pressão baseado em evidências bem como foram importantes na sua construção e aperfeiçoamento, em todas as suas etapas. A validade interna do protocolo é considerada ao observar que a análise semântica foi realizada pelos enfermeiros da instituição hospitalar em que ele será utilizado, e a externa pelo fato de os experts serem procedentes de quatro das cinco regiões brasileiras, ratificando que este poderá ser utilizado em qualquer instituição hospitalar do Brasil, com o objetivo de contribuir para a segurança do paciente e melhoria da qualidade da assistência de enfermagem.

2014
Descrição
  • SIMONE SANTOS E SILVA MELO
  • NARRATIVAS DE GESTANTES QUE VIVEM COM O HIV/AIDS: contribuições para o processo de cuidar em saúde

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 23/12/2014
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  • A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), que é conhecido no Brasil há mais de 30 anos. O número de pessoas que vivem com o vírus vem aumentando, em especial o número de mulheres em idade reprodutiva, gerando a maior probabilidade da mulher enquanto gestante que vive com o HIV transmitir o vírus para o filho, o que se denomina de transmissão vertical (TV). Existem medidas profiláticas que devem ser adotada pelas mulheres e profissionais de saúde durante o pré-natal, parto e puerpério que diminuem as chances dessa transmissão. Conhecer a vivência da gestante soropositiva para o HIV nesse processo de gestação pode contribuir com o surgimento de ideias para o enfrentamento da transmissão vertical do HIV e para a melhoria da qualidade de vida da gestante e de seu contexto familiar. Com base na problemática, surgiu a seguinte questão de pesquisa: como as mulheres que vivem com o HIV/AIDS vivenciam a gestação? Esse estudo teve como objetivos descrever as vivências de gestantes de uma instituição pública estadual de Teresina/PI que vivem com o HIV/AIDS. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, cujo método empregado foi a Narrativa de Vida, com dez gestantes que vivem com HIV e estavam sendo acompanhadas no pré-natal na maternidade de referência do Estado. A produção dos dados ocorreu por meio de entrevista aberta e prolongada e, a partir dos relatos, evidenciaram-se quatro categorias: contexto psicossocial marcado pelo estigma; sentimentos por ser gestante e viver com HIV/AIDS; busca e adesão ao tratamento: esperança para si e para o filho; rede de apoio da gestante enfrentamento do HIV/AIDS. A partir das narrativas das gestantes, percebeu-se que elas possuem um contexto psicossocial marcado pelo estigma e preconceito do HIV/AIDS, que é demonstrado em seus relatos desde o momento da descoberta do diagnóstico pela gestante e consequente omissão do diagnóstico para familiares e/ou amigos devido ao medo do preconceito e discriminação. A gestação é permeada de sentimentos de culpa, preocupação e medo relacionados ao risco da infecção ao filho, mas, ao mesmo tempo, há sentimentos de alegria pelo surgimento de um novo ser em sua vida, que pode ressignificar a sua realidade e motivar o enfrentamento de seu problema. Elas referiram dificuldades tanto para realizar o tratamento medicamentoso devido aos efeitos adversos das medicações quanto de acesso aos serviços de atendimento especializado a pacientes que vivem com o HIV. Além disso, percebeu-se nessas narrativas que as gestantes contam com uma rede de apoio que as auxilia no enfrentamento da doença; esta é representada pelo apoio familiar, religioso e de profissionais de saúde. A partir do conhecimento das vivências das gestantes, pode-se inferir que o processo de cuidar em saúde da gestante com HIV/AIDS no Estado requer melhor preparação dos profissionais que lidam com essa clientela e uma melhor integração entre os serviços de atendimento especializado e o ambulatório de pré-natal. É necessário que os profissionais de saúde qualifiquem-se em relação ao atendimento a essas mulheres, de forma que possam atender às necessidades físicas, psíquicas e emocionais dessas gestantes de forma satisfatória.

  • DANIELLE SOUZA SILVA VARELA
  • AÇÕES DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO AO USUÁRIO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NA REDE DE SAÚDE DE PARNAÍBA-PI

     

     

  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 10/12/2014
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  • Introdução: A transição do modelo de atenção ao usuário de álcool e outras drogas tem provocado mudanças na assistência à saúde deste público, apontando “novas” possibilidades de atuação para os profissionais de saúde. Neste contexto, chama-se atenção para a enfermagem. O enfermeiro e sua equipe comumente atendem pessoas que apresentam problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas, entretanto, a literatura nacional pouco tem conseguido levantar ações desenvolvidas por este profissional no cenário assistencial, o que instiga a realização deste estudo. Objetivo: analisar ações do enfermeiro na atenção ao usuário de álcool e outras drogas na Rede de Saúde de Parnaíba-Piauí. Metodologia: Estudo do tipo descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal realizado em serviços de saúde do município de Parnaíba-Piauí, com 56 enfermeiros. O instrumento de pesquisa utilizado foi um questionário e a coleta de dados ocorreu em outubro de 2013. Os dados foram processados no Statistical Program of Social Science for Windows 18.0 (SPSS) e apresentados em tabelas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí CAAE 19860913.0.0000.5214. Resultados: De acordo com 89,3% dos pesquisados, os serviços de saúde em que trabalham atendiam casos de álcool e outras drogas. Destes, 82,0% afirmaram que desenvolvem ações sobre álcool e outras drogas. Dentre as ações, 65,9% informaram realizar ações de promoção da saúde e prevenção ao uso indevido de drogas, sendo as práticas de educação em saúde as mais mencionadas (59,3%); 41,5% declararam desenvolver ações de redução de danos, 25,0% por meio da consulta de enfermagem/aconselhamento; e 31,7% dos que prestam ações de reabilitação psicossocial, a principal ação foram os grupos de escuta, apoio e acolhimento (28,6%). A maioria dos enfermeiros que realizam ações de promoção da saúde/prevenção ao uso indevido de drogas (59,3%) e de reabilitação psicossocial (61,5%) declararam contar com a colaboração de outros setores da sociedade. A maioria dos enfermeiros que realiza ações de redução de danos (58,8%) não contam com a colaboração de setores da comunidade. Uma considerável amostra de enfermeiros referiu encontrar dificuldades para assistir o usuário de álcool e outras drogas (78,0%), destes, 65,6% informou que adota alguma estratégia para superar as dificuldades. Conclusão: Os resultados sugerem uma atuação do enfermeiro nas atividades de natureza preventiva e promotora de saúde no que tange ao problema do álcool e outras drogas, com ações desenvolvidas, principalmente durante a consulta de enfermagem e por práticas de educação em saúde, muito embora reconheçam dificuldades para desenvolver estas ações e ainda com pouco engajamento na aplicação da política de redução de danos e na de reabilitação psicossocial. O estudo mostra também que há um insuficiente preparo dos pesquisados para desenvolver ações na atenção aos usuários e álcool e outras drogas que advém desde a graduação a capacitação/treinamento sobre esta problemática.

  • FLÁVIA DAYANA RIBEIRO DA SILVEIRA
  • Avaliação da função sexual de mulheres submetidas a episiotomia

  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 28/08/2014
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  • A assistência obstétrica é caracterizada pelo uso inapropriado de intervenções no trabalho de parto, dentre elas pode-se citar a episiotomia rotineira, apesar das claras evidências científicas para apoiar seu uso restrito. A episiotomia causa maior frequência de dispareunia e lubrificação insuficiente no retorno às atividades sexuais. Assim, têm-se como objetivo geral: Avaliar a função sexual de mulheres submetidas a episiotomia no retorno das atividades sexuais. Foram empregados dois instrumentos: 1) Dados sociodemográficos, de vida obstétrica e de vida sexual pregressa das mulheres entrevistadas; 2) FSFI. Essa escala tem 19 questões, agrupadas em seis domínios: desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor. Teve-se amostra intencional não‐probabilística de 126 mulheres submetidas ao parto normal com episiotomia, atendidas na atenção básica de Teresina/PI e Nazária/PI, de fevereiro a junho/2014. A abordagem à mulher aconteceu em sala de espera, antes da consulta de puericultura. Teve-se 126 mulheres piauienses brancas (43,7%), jovens (M=24,6anos), em união estável (46,8%), com relacionamentos recentes, entre 1 a 3 anos (37,3%). Apesar de mais da metade relatarem certo nível de escolaridade (ensino fundamental e médio), eram donas de casa (56,3%), com renda individual inferior a um salário (21,4), o que gera uma renda familiar entre 1 a 2 salários mínimos (69,8%). Elas moravam em casas cedidas com mais de 4 cômodos (54%) e com até 4 pessoas (55,6%). Dentre os dados obstétricos, não houveram gestação atual gemelar e em quase sua totalidade (80,2%), não planejaram a gravidez atual. Contudo, apenas 11 (8,7%) não realizaram nenhuma consulta pré-natal. Eram primigestas (43,7%) e primíparas (77,8%), sem histórico de aborto autorreferido, com parto sem distócias e apresentação cefálica dos seus filhos (70,6%). Ao aplicar a FSFI, essa escala apresentou boa confiabilidade (Alpha de Cronbach≥ 0,70) em todos os seus domínios. Do total, 84,1% tiveram risco para disfunção sexual. As mulheres com risco de disfunção tiveram baixo índice de orgasmo e moderada lubrificação. Houve correlação estatística entre disfunção sexual e estado civil, bem como motivo do retorno às atividades sexuais, atingir orgasmos e frequência das atividades sexuais. Conclui-se que a escala é válida nessa clientela, urgindo a necessidade de prevenir gravidezes indesejáveis em mulheres jovens, bem como aprimorar o relacionamento terapêutico para atender a sexualidade enquanto necessidade humana básica.


  • ADRIELLY CAROLINE OLIVEIRA
  • ENFERMEIRAS PIAUIENSES EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE DO ESTADO (1959-1973): LUTAS SIMBÓLICAS PELO RECONHECIMENTO PROFISSIONAL

  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 21/08/2014
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  • O presente estudo é de natureza histórico-social, cujo objeto constitui-se do movimento de inserção e atuação de enfermeiras, que retornaram ao Piauí após formação em outros Estados em instituições de saúde do município de Teresina e do interior do Piauí, no recorte de tempo de 1959 a 1973. Tem como objetivos descrever as estratégias de enfermeiras piauienses para dar conta de sua formação profissional em outros Estados; analisar as lutas simbólicas dessas enfermeiras para se inserirem e obterem reconhecimento profissional, nas instituições de saúde do município de Teresina e do interior do Piauí onde atuaram; e discutir os efeitos simbólicos da atuação dessas enfermeiras nesses espaços institucionais, no período de recorte. Para dar sustentação teórica, foram utilizados os conceitos de espaço social, campo, capital, poder simbólico, luta e violência simbólica, desenvolvidos por Pierre Bourdieu, sociólogo francês que realizou diversas investigações e análises sobre vários aspectos da vida social. A produção de dados foi baseada no método de pesquisa da história oral e os dados foram provenientes de fontes primárias e secundárias. A coleta dos dados foi realizada no período de agosto a setembro de 2013 e teve como fontes primárias os depoimentos orais de 07 colaboradoras que realizaram o curso de enfermagem fora do Estado do Piauí, por custeio próprio, e retornaram ao Estado no período de 1959 – 1973, participando ativamente do processo de inserção no campo da saúde e que aceitaram participar da pesquisa. As fontes secundárias foram constituídas por livros e artigos referentes à temática, pertinentes ao contexto histórico, político e social da época. Os resultados apontam as lutas simbólicas no processo de formação profissional dessas piauienses em outros Estados do Brasil, os quais foram realizados, em sua maioria, em universidades na região nordeste do Brasil. Ao realizarem o curso fora do Estado, essas jovens tiveram um conjunto de conhecimentos incorporados, que aliados à diversidade de culturas, favoreceram seu fortalecimento do capital científico e cultural. Após retornarem, elas se inseriram em serviços existentes, como o Hospital Getúlio Vargas e a Escola de Auxiliares Maria Antoinete Blanchot, e em outras instituições de saúde na capital e no interior, em que relataram participação, nas cidades de Floriano e Piripiri. A partir dos resultados é possível perceber que as dificuldades estruturais dos hospitais refletiam na assistência aos pacientes e, principalmente, na recuperação dos mesmos e que havia uma carga de responsabilidade sobre o trabalho dessas enfermeiras pioneiras, desde o treinamento de pessoal, organização dos setores, até a conquista dos materiais necessários para desenvolvimento das atividades. Compreende-se que ao chegarem ao Piauí, as enfermeiras encontraram uma enfermagem desestruturada cientificamente, com relações profissionais em uma linha tênue entre humilhação e reconhecimento, e o campo da saúde ainda em organização. Isso, gerou uma insatisfação por parte das enfermeiras que estavam ingressando nesse espaço, as quais lutaram pela obtenção de crescimento e visibilidade da profissão. Para isso, lançaram estratégias para conquistar posições no campo e obtiveram efeitos simbólicos marcantes para a profissão, como a qualificação de recursos humanos, o reconhecimento do capital profissional pelos membros da equipe da saúde e da enfermagem. Cabe ressaltar a contribuição das enfermeiras do estudo no tocante a ênfase na necessidade de formação local não somente de auxiliares de enfermagem, mas de um curso superior na área, que culminou com a criação do curso de enfermagem da Universidade Federal do Piauí em 1973. Conclui-se que o estudo dará uma importante contribuição a historia da enfermagem piauiense, na construção de novos registros sobre a enfermagem e abre portas para a realização de novas pesquisas sobre a temática.

  • SARA MACHADO MIRANDA
  •  

    CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E CLÍNICA DE ESTOMIZADOS DE TERESINA

  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 15/07/2014
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  • Os indivíduos estomizados apresentam uma condição especial de desvio da saúde

    que envolve múltiplas dimensões as quais requerem especificidades de atendimento

    dos profissionais de saúde na condução do processo terapêutico desde o

    perioperatório até a reabilitação. O estudo teve por objetivo caracterizar o perfil

    sociodemográfico e clínico de estomizados, peculiaridades do estoma, condições de

    aceitação e autocuidado. Trata-se de uma pesquisa descritiva transversal com

    abordagem quantitativa realizada com indivíduos cadastrados no Programa de

    Estomizados de um serviço ambulatorial de referência no município de Teresina,

    capital do estado do Piauí aprovada pelo Comitê de ética e pesquisa da

    Universidade Federal do Piauí CAAE nº 10487813.3.0000.5214. Os dados foram

    coletados no período de 03 de junho a 31 de julho de 2013; utilizou-se o programa

    Statitical Package for the Social Science 19.0 para análise estatística e testes para

    verificar associação entre as variáveis. A amostra foi constituída por 107

    estomizados que atenderam os critérios de inclusão mediante entrevista, utilizando

    instrumento adaptado previamente elaborado. Os resultados evidenciaram que a

    maioria dos estomizados (55,1%) é do sexo masculino com média de idade 59,2

    anos, casados (48,6%), com filhos (86,9%), católicos (81,3%), com renda familiar

    entre 1 e 3 salários mínimos (60,7%); possuem ensino fundamental incompleto

    (32,7%) e aposentado (57,0%). As neoplasias constituem a principal causa básica

    da estomia (71,0%) seguida de doenças inflamatórias intestinais (20,6%),

    colostomizados (74,8%), permanentes (48,6%), com tempo de permanência há

    menos de 1 ano (39,3%); apresentam efluente de consistência pastosa (74,8%);

    utilizando bolsa de peça única (94,4%), drenável (100%) e fornecidas pelo SUS

    (73,8%). Observou-se que dentre as complicações no estoma a maioria apresentou

    prolapso (90,0%), e na pele periestomal, o eritema (96,7%). Considerando o

    processo de reabilitação, predominou com 40,2% os que relatam boa a adaptação e

    as maiores dificuldades referem-se à troca de bolsa (82,1%) e higienização (43,6%).

    As orientações relacionadas ao autocuidado foram realizadas pelo enfermeiro

    (84,3%). Os resultados obtidos mostram aproximações e semelhanças em alguns

    aspectos e divergências em outros, encontrados na literatura nacional e

    internacional. Conclui-se que o conhecimento produzido reflete a situação e

    circunstância das condições de saúde do indivíduo que se submete a cirurgia para

    confecção da estomia, a estrutura dos serviços da assistência prestada no contexto

    do estado do Piauí e se constitui uma referência para preencher lacunas e buscar

    avanços. Ressalta-se ainda a relevância para o enriquecimento da temática

    desenvolvida, pois aborda aspectos que podem melhorar a assistência a saúde aos

    estomizados possibilitando assim a garantia dos direitos de cidadania e melhor

    qualidade de vida.

  • FRANCISCO BRAZ MILANEZ OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS

  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 15/07/2014
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  • Introdução: Na multidimensionalidade do viver com HIV/AIDS, a conquista do acesso ao tratamento, a ampliação da oferta do diagnóstico ao vírusHumanImunodeficiency Vírus (HIV) e a cronicidade da AIDS têm provocado impactos na Qualidade de Vida (QV) das pessoas soropositivas. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) em Teresina-PI. Metodologia: Trata-se de um estudodescritivo, exploratório, transversal de abordagem quantitativadesenvolvido com 146 pessoas que vivem com HIV/AIDS em um Serviço de Assistência Especializado (SAE) do município de Teresina-Piauí, no período de agosto a dezembro de 2013. Os dados foram coletados por meio de entrevista mediante aplicação de dois instrumentos: um formulário com variáveis socioeconômicas, clinicas e epidemiológicas, e uma escala de mensuração de QV, o WHOQOL-HIV bref. Posteriormente, os dados foram digitados e analisados com a utilização do SoftwareStatisticalPackage for Social Science versão 20.0. A significância estatística foi fixada em p<0,05. Resultados: Observou-se que 63,7% dos sujeitos do estudo eram do sexo masculino, com média de idade de 38,4 anos, baixa escolaridade (39%), pardos (43,8%), não praticavam religião (57,5%), assintomáticos (44,5%) e tempo de infecção pelo HIV de 2 a 5 anos (50,7%). Os domínios com melhor QV foram o Psicológico (67,9), Espiritualidade (65,7), Relações Sociais (65,0), Global (64,1) e Físico (62,1). Os domínios com piores escores de QV foram Nível de Independência (55,1) e Meio Ambiente (59,2). Diferentes variáveis associaram-se àQV, a saber: baixa escolaridade, não praticar religião, sem ocupação remunerada, com renda per capita menor que 1(um) salário mínimo, sem condições próprias de moradia, com história de etilismo e tabagismo, dormir mais de 8 horas e ingerir menos de 3 refeições por dia, sem apoio social, com relações homo afetivas, não usar preservativos, ter menor tempo de infecção pelo HIV, não aderirao tratamento antirretroviral, possuir esquema terapêutico com maior número de doses, fazer uso de outros medicamentos associados, ter história de doença de base ou infecção oportunista, ter sido hospitalizado, ter apresentado medo ou depressão e ter sofrido preconceito ou estigma, apresentaram piores níveis de QV em vários domínios. Destes, os preditores positivos mais fortemente associados com os domínios de QV foram: ter renda per capita maior que 1SM, praticar religião, ter ocupação remunerada, tempo de infecção pelo HIV maior que 8 anos e aderir ao tratamento, enquanto os preditores associados negativamente diminuindo a QV foram: orientação sexual homossexual e bissexual, ter sofrido estigma ou preconceito, presença de medo, ansiedade, depressão e angústia e ter adquirido alguma DST ou infecção oportunista. Conclusão: Este estudo identificou diversas variáveis que influenciaram na QV das PVHA, oferecendo importante contribuição para a equipe de saúde, pois fornece subsídios para compreender melhor a multidimensionalidade dos fatores influenciadores da QV, bem como a instrumentalização da assistência prestada pela equipe multidisciplinar, em especial a de enfermagem.

  • SAYONNARA FERREIRA MAIA
  •  

    PERFIL DOS EGRESSOS DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL


  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 30/06/2014
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  • O  levantamento  de  informações  sobre  a  realidade  dos  egressos  proporciona  reflexão sobre o processo de  formação em enfermagem e  contribui para aperfeiçoar estratégias pedagógicas  de  formação  profissional.  Este  estudo,  realizado  com  104  egressos  de enfermagem do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí (CGE/UFPI),  formados de 2009 a 2011,  trata-se de pesquisa descritiva,  transversal, com objetivo de caracterizar o perfil dos egressos em relação aos aspectos socioeconômicos, demográficos,  formação,  atuação  e  realização  profissional.  Coletaram-se  os  dados  de maio  a  setembro  de  2013,  por  meio  da  aplicação  de  questionário.  Para  a  análise estatística utilizou-se o aplicativo Statistical Package  for  the Social Science, versão 18.0. Para verificar diferenças entre duas médias foi utilizado o teste de Mann-Whitney, e para correlacionar as variáveis, usou-se a correlação de Spearman. Para verificar associação entre as variáveis qualitativas  foi utilizado o qui-quadrado de Pearson  (χ²). Em  todas as
    análises  foi  utilizado  o  nível  de  significância  de  5%. A  amostra  compôs-se  de maioria jovem, feminina, solteira, sem filhos, residentes em Teresina, com renda média mensal de R$ 3.409,80. A maioria  realizou atividades complementares durante a graduação,  fez ou estava  fazendo cursos de pós-graduação e estava  trabalhando como enfermeiro. Dentre esses,  62%  possuíam  apenas  um  emprego,  57%  já  haviam  passado  por  dois  a  quatro
    empregos  desde  a  formação,  e  46,4%  dos  vínculos  empregatícios  foram  na  área hospitalar. Grande  parte  atuava  predominantemente  na  assistência  e  65,8%  afirmaram executar a Sistematização da Assistência de Enfermagem  (SAE), porém não  realizavam todas as etapas. As atividades em equipe multiprofissional eram realizadas por 65,8% dos egressos,  e  60,8%  não  participavam  de  nenhuma  entidade  de  classe.  As  maiores contribuições  do  CGE/UFPI  foram  atribuídas  às  competências  “Aprender  por  iniciativa própria” e “Respeitar  os  princípios  éticos  e  legais”.  As  menores  contribuições  foram
    apontadas nas habilidades “Atuar na gerência de enfermagem” e “Participar de entidades de  classe”.  Houve  associação  estatisticamente  significativa  entre  as  variáveis ‘área  de atuação  hospitalar’ e ‘realização  da  SAE’, ‘participação  em  programas  de  iniciação científica’ e ‘realização  de  trabalho  científico’,  e ‘contribuição  do  curso  para  atuar utilizando o processo de enfermagem/SAE’ e ‘realização da SAE’. O perfil caracterizado mostrou  a  maioria  de  enfermeiros  jovens,  do  sexo  feminino,  em  início  de  carreira. A maioria  realizou educação continuada em cursos de especialização e menor quantidade em  mestrado.  Atuavam  predominantemente  na  assistência,  nas  áreas  hospitalar  e  de saúde  pública. Grande  parte  realizava  a  sistematização  da  assistência  de  enfermagem, porém de forma incompleta. A participação em entidades de classe foi pouco expressiva, e  alguns  demonstraram  sentimento  de  insatisfação  com  a  profissão.  Quanto  às contribuições  do  Curso,  não  foram  satisfatórias  quanto  às  competências ‘atuar  na gerência de enfermagem’ e ‘participar de entidades de classe’. Desta forma, propõem-se modificações  no  Projeto  Pedagógico  do  CGE/UFPI,  no  tocante  às  competências relacionadas  à  consciência  crítica  e  política  do  egresso  e  administração  e  gerência  em enfermagem. Concluiu-se  que  a  realização  de  estudos  com  os  egressos  deve  ser  feita periodicamente,  para  que  seus  resultados  possibilitem  reflexões,  mudanças  e/ou aperfeiçoamentos do currículo do Curso.

  • LORENA SOUSA SOARES
  • AUTOEFICÁCIA EM AMAMENTAÇÃO DE DOADORAS DE LEITE MATERNO HUMANO

  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 30/04/2014
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  • As informações e as práticas inadequadas dos profissionais de saúde têm influência direta e negativa para o incentivo, a consolidação e a manutenção do aleitamento materno e da doação de leite humano. Além disso, é de amplo conhecimento a existência de outros fatores que dificultam ou impedem o efetivo desenvolvimento das mesmas. O objetivo deste estudo foi analisar a autoeficácia em amamentação dessas doadoras, segundo o instrumento Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF). A pesquisa foi do tipo descritiva-exploratória, de corte transversal, com abordagem quantitativa. Ocorreu em uma maternidade pública de referência no município de Teresina, capital do Estado do Piauí. A população foi composta pelas mães doadoras internas de leite materno humano que estivessem internadas e/ou acompanhando seus filhos internados e a amostra foi por conveniência, ou seja, com um maior número de mães doadoras acessíveis durante o período pré-estabelecido para a coleta de dados. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos: formulário para caracterização materna; Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form e Apgar familiar. Os dados coletados foram digitados em uma planilha do programa Microsoft Office Excel 2010®, para procedimento das análises descritivas e processados pelo programa estatístico software R®, com a colaboração de um profissional da área. Pressupõe-se uma relação linear de dependência entre os escores da BSEF-SF (variável dependente) e as demais variáveis (variáveis independentes). Para tanto, sugeriu-se um modelo de regressão, onde se verificou o grau e forma de correlação dessas variáveis. Por se tratar de pesquisa envolvendo seres humanos, o projeto foi encaminhado pela Comissão de Ética da instituição e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI. A faixa etária da amostra variou de 15 a 41 anos, com predominância de mulheres jovens, na faixa de 25 a 30 anos de idade (n=16; 31,4%). Em relação à situação civil, a maioria, 35 (68,6%), afirmou ser solteira ou que vivia em união estável com o companheiro. A pontuação da amostra estudada variou de 36 a 70, quando se aplicou a BSES-SF. Notou-se que a pontuação do Apgar familiar variou de 0 a 10, demonstrando, assim, que as três classificações da funcionalidade familiar foram registradas (família altamente funcional, moderadamente disfuncional e severamente disfuncional). As variáveis restantes no ajuste final do modelo de regressão mostraram-se significantes, sendo as variáveis “Partos normais”, “Realizou pré-natal” e “Utilizou serviço de coleta domiciliar” significantes ao nível de 0,1% (α), as variáveis “Gestações anteriores” e “Partos cesáreos”, ao nível de 0,05 (α) e “Apgar familiar”, “Situação ocupacional” e “Partos anteriores”, apresentaram-se significantes ao nível de 0,01% (α). Logo, o enfermeiro, que assiste a mulher no ciclo gravídico-puerperal, deve considerar o cuidado no seu aspecto mais amplo, atentando, não apenas, às demandas físicas, como também, às influências e aos riscos familiares e sociais, que afetam nas decisões e nos comportamentos da mulher.

  • DANIEL GALENO MACHADO
  • CRAVING EM USUÁRIOS DE CRACK CADASTRADOS NOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E DROGAS DO PIAUÍ
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 25/03/2014
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  • O craving constitui-se no desejo intenso de utilizar uma específica substância, o qual, deve ser uma variável importante no tratamento da dependência química. No caso específico do craving por crack, é descrito pelos usuários como incontrolável, de uso compulsivo, com padrão diário de consumo, suscitando na interrupção da abstinência do crack. Objetivo: Traçar o nível de craving em usuários de crack cadastrados nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas do Piauí. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e transversal com uma amostra de 331 usuários de crack sob tratamento onde foi desenvolvido por meio da aplicação de um questionário com dados socioeconômicos e da escala Cocaine Craving Questionnaire-Brief (CCQ-B) entre os meses de outubro de 2012 a junho de 2013. Para o processamento e análise estatística dos dados utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Science 18.0 for Windows. A análise estatística incluiu os Testes não-paramétricos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis com nível de significância adotado de 5%. Resultados: A amostra foi composta pela maioria do sexo masculino (88,5%), faixa etária de 21 a 30 anos (46,8%), com religião (86,4%), solteiros (65,9%), ensino fundamental incompleto (41,7%), pardos (57,1%), procedente de Teresina (79,2%) e renda familiar entre 1 a 3 salários mínimos (47,4%). Quanto ao comportamento do usuário de crack em razão do uso, a faixa etária na qual mais se experimentou crack pela primeira vez foi entre os 17 a 20 anos (48,9%), foi constatado uso de crack nos últimos 12 meses (86,7%), uso de crack com bebidas alcoólicas (69,5%). O uso de crack fora de controle foi informado como “às vezes” (46,2%), foi visto também quantidades maiores de crack para ter o efeito desejado (84,0%), tentativa de parar usar crack e não ter conseguido (78,5%), facilidade em conseguir crack (97,0%), compra na última vez que usou (76,7%), não realização de crimes motivados por drogas (55,9%) e detenção (57,7%). O nível de craving por crack na amostra estudada mostrou 42,0% como craving grave, seguidos de craving moderado (27,2%), craving mínimo (17,8%) e craving leve (13,0%). Houve associação de craving com a raça (p=0,018), uso de crack fora de controle (p<0,001), quantidades maiores de crack para ter o efeito desejado (p=0,037) e parou de usar crack e não conseguiu (p=0,006). Conclusão: O estudo evidenciou nível de craving grave em quase metade da amostra do estudo. Assim, a identificação precoce do craving pode facilitar a prevenção do uso e controle do crack. A enfermagem tem papel fundamental no cuidado ao usuário de crack frente ao craving. Por isso, é primordial entendê-lo dentro da perspectiva de cada usuário, sendo indispensável um cuidado individual para que cada um seja respeitado e assistido dentro de sua singularidade.
  • LÍVIA CARVALHO PEREIRA
  • FATORES PREDITORES PARA INCAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA



  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 25/03/2014
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  • Estudo descritivo e transversal com abordagem quantitativa de dados que teve por objetivo avaliar os fatores preditores para incapacidade funcional de idosos atendidos na atenção básica. A amostra foi constituída de 388 idosos atendidos na Atenção Básica. Utilizou-se o Índice de Katz e a Escala de Lawton. Como resultado obteve-se, 64,4% dos idosos eram do sexo feminino, com uma média de idade de 71 anos (DP: 8,2). 53,1% eram casados e 68,6% procedentes do interior do estado. Quanto à escolaridade, 63,2% nunca estudaram ou estudaram quatro anos. Quanto ao arranjo familiar, 91,8% moravam com alguém. 71,1% dos idosos eram aposentados e 84,3% apresentavam uma renda individual de até dois salários mínimos. Quanto aos hábitos e estilo de vida, 89,4% dos idosos eram não etilistas, 68,8% não tabagistas e 61,1% tinham um sono reparador. 74,7% não praticavam atividade física. Quanto às comorbidades, 47,2% dos idosos referiram apresentam pelo menos uma dentre as investigadas. Quanto ao grau de dependência para atividades básicas, observou-se que 90,2% eram menos independentes para vestir-se, para as atividades instrumentais, 77,1% dos idosos foram menos independentes para fazer trabalhos manuais e lavar e passar roupa. Verificou-se associação com a incapacidade funcional para as atividades básicas, as variáveis socioeconômicas e demográficas: idade, escolaridade, estado civil, cor, ocupação, renda individual e familiar. Já com as atividades instrumentais, verificou-se associação com idade, escolaridade, religião, ocupação e rendas, individual e familiar. Quanto às variáveis de hábito e estilo de vida, observou-se associação para o desfecho e as atividades básicas com a variável sono e repouso. Com as atividades instrumentais e incapacidade funcional, verificou-se associação com etilismo, sono e repouso e autoavaliação de saúde. Após a realização da análise ajustada, obteve-se que para a incapacidade funcional para atividades básicas somente as variáveis idade e cor mantiveram-se associadas ao desfecho, e para as atividades instrumentais, somente idade, escolaridade, renda do idoso e autoavaliação de saúde mantiveram-se associadas à incapacidade funcional. A Enfermagem, componente chave da Atenção Básica, deve estar atenta para a avaliação global da pessoa idosa, aqui incluída a avaliação funcional, bem como os fatores associados a essa funcionalidade, com vistas a adequar planos de cuidados voltados para a preservação da autonomia dos idosos, e a promoção do envelhecimento ativo.

  • JOSÉ ARNALDO MOREIRA DE CARVALHO JÚNIOR
  • O SIGNIFICADO DA SEXUALIDADE PARA O IDOSO HOMOSSEXUAL E O CUIDADO TRANSCULTURAL EM ENFERMAGEM

     

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 24/03/2014
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  • As transformações demográficas ocorridas nos últimos anos mostram um crescimento elevado da população de velhos no Brasil. Considera-se idosa a pessoa com 60 anos ou mais de idade, uma fase da vida repleta de singularidade, sujeita à influências socioculturais que podem interferir de forma positiva e/ou negativa na sexualidade deste sujeito, sendo esta direcionada conforme seus próprios desejos e vivencias pessoais, sejam eles homossexuais ou heterossexuais. O objeto deste estudo foi o significado da sexualidade para o idoso homossexual e seus objetivos foram: desvendar o significado da sexualidade para o idoso homossexual; analisar como estes idosos homossexuais estruturam suas relações sociais, homoafetivas e familiares na velhice e discutir as práticas de autocuidados destes sujeitos e suas demandas de cuidados de enfermagem. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, apoiado nas concepções do filósofo Michel Foucault sobre sexualidade e em diversos estudos sobre velhice, homossexualidade e cultura contemporânea no Brasil, como também nos conceitos teóricos de Madeleine Leininger sobre a teoria da diversidade e universalidade do cuidado cultural em enfermagem. Utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado, onde pôde-se apreender os significados elaborados por nove idosos homossexuais agrupados conforme a técnica de captação de sujeitos “ Amostragem Bola-de-Neve”. Após a produção dos dados, os mesmos foram agrupados conforme a técnica de análise de conteúdo de Bardin, tornando possível a formulação de três categorias: A sexualidade como sinônimo de individualidade e identidade; Solidão, estigmas e preconceito: família e sociabilidade de idosos homossexuais; Sexualidade, saúde e o cuidado transcultural em enfermagem. Percebeu-se que o significado atribuído a sexualidade vai além do sexo, entendendo-a como uma entidade que modula sua individualidade e identidade social; que esta interferiu diretamente em suas relações familiares, causando rupturas na mesma, originando a solidão hoje vivenciada pela maioria destes homossexuais; os idosos também expuseram que sua sexualidade influencia diretamente em suas relações sociais, haja vista que ainda hoje vivenciam o preconceito presente desde a juventude; afirmaram a dificuldade em manter relações homoafetivas na velhice, devido os valores simbólicos construídos frente ao corpo envelhecido e ao ideal da juventude eterna, tão presentes na cultura gay. A sexualidade destes idosos está estreitamente ligada à sua saúde e aos cuidados empregados à ela, afirmando que ser homossexual leva obrigatoriamente ao pensamento de transmissão da AIDS, mesmo durante a velhice, pois, segundo estes sujeitos, esta temática é inerente à sua cultura e às formas de comportamento homossexual; embasando-se nisto foi proposto cuidados em saúde culturalmente congruentes, conforme a teoria de enfermagem de Leininger. Portanto, diante das discussões dos achados desta investigação, evidenciam-se possibilidades de contribuições para a assistência, o ensino e pesquisas congêneres, especialmente na Enfermagem, considerando-se a perspectiva cultural e holística na qual foi abordada a sexualidade do idoso homossexual.

  • CINARA MARIA FEITOSA BELEZA
  • FATORES PREDITORES DE QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS NA ATENÇÃO BÁSICA


  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 24/03/2014
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  • Estudo descritivo e transversal com abordagem quantitativa dos dados, que teve por objetivo identificar os fatores preditores de qualidade de vida de idosos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do município de Teresina (PI). A amostra foi constituída por 383 sujeitos e a pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética. Os dados foram coletados por meio de um questionário que abordava variáveis sociodemográficas, econômicas e de saúde, e dos instrumentos de qualidade de vida (QV), WHOQOL-bref e WHOQOL-old. Como resultado, teve-se que 67,9% dos idosos eram do sexo feminino, a média de idade foi 70,9 (D.P: 8,2), 60,6% eram analfabetos ou possuíam ensino fundamental incompleto, 50,9% eram casados, 66,6% procedentes do interior do Estado, 59,0% de cor parda e 76,2% eram católicos. A renda média familiar e do idoso foi de 1 a 2 salários mínimos (35,2%) e de até 1 salário mínimo (65,1%), respectivamente. Os idosos moravam em média com 3,0 pessoas (D.P: 2,0) e 71,0% eram aposentados. Quanto ao estilo de vida, 91,1% afirmaram não ingerir bebida alcóolica e 70,2% não fumar; 62,7% referiram dormir bem; 77,3% não praticam atividade física e 39,7% auto avaliaram sua saúde como nem ruim/nem boa. Sobre as condições de saúde, as principais doenças autorreferidas foram: hipertensão (58,0%), diabetes (10,7%) e osteoporose (10,4%). A QV mensurada pelo WHOQOL-bref obteve maior escore no domínio psicológico (70,2) e menor, no domínio ambiental (61,7). Já a QV avaliada pelo WHOQOL-old alcançou maior escore na faceta funcionamento dos sentidos (74,5) e menor, na intimidade (59,3). Por meio da regressão linear múltipla, verificou-se que os fatores preditores de QV segundo os domínios do WHOQOL-bref foram as variáveis: idade, sono reparador, praticar atividade física, ser católico, renda familiar, auto avaliação de saúde (boa/muito boa) e quantidade de morbidades. Já os fatores preditores de QV das facetas do WHOQOL-old foram todas as variáveis citadas anteriormente, acrescida de sexo feminino, com escolaridade, possuir companheiro e renda do idoso. Os resultados sugerem a necessidade de capacitar os envolvidos com os idosos para que desenvolvam estratégias que favoreçam a adaptação, ajustamento e manutenção da QV.

  • LÍGIA NARA MARTINS SANTOS
  • QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA: análise da satisfação do usuário no Estado do Piauí

  • Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
  • Data: 27/02/2014
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  • INTRODUÇÃO: A atenção básica à saúde deve ser voltada para o cidadão, sua família e comunidade, e ser capaz de provê-los de cuidados contínuos, no intuito de satisfazer suas necessidades. O grau de satisfação do usuário é considerado um componente capaz de avaliar a qualidade dos serviços ofertados no sistema de saúde. OBJETIVO: Analisar a satisfação do usuário quanto aos serviços de atenção básica à saúde, no Estado do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa avaliativa, com abordagem quantitativa, transversal, com análise de dados secundários oriundos da avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, que envolveu 371 equipes de Estratégia Saúde da Família no Estado do Piauí. Para análise estatística foram realizados os testes t independente e o teste do qui-quadrado. A significância estatística foi fixada em p≤0,05. RESULTADOS: A caracterização sociodemográfica dos usuários foi predominantemente feminina, parda/mestiça, alfabetizada, apresentando média de dois anos de estudo e cadastrados no Programa Bolsa Família. A maioria residia perto da Unidade de Saúde e o horário de funcionamento atendia suas necessidades. No que diz respeito à marcação de consulta, a mesma era feita através de fila formada antes de a Unidade de Saúde abrir, por 37,5% dos usuários. Em relação ao acolhimento, foi avaliado como “bom” por 34,4%. Observou-se que 64,2% dos usuários “sempre” são atendidos pelo mesmo enfermeiro e 25% referiram que a equipe não acompanhava o atendimento que o usuário teve com o especialista. No tocante à recomendação da equipe, 82,6% dos usuários a recomendariam para familiares ou amigos e 79,6% deles afirmaram que não mudariam de equipe. Constatou-se associação estatisticamente significativa entre a variável satisfação e idade, distância da Unidade Básica de Saúde, funcionamento da Unidade de Saúde, médico presente, consulta para o mesmo dia, escuta sem hora marcada, orientação atende as necessidades, resolução das necessidades, orientação sobre os cuidados e sinais de evolução ou piora, soluções adequadas à realidade, tempo de consulta de enfermagem suficiente, identificação pelo nome e acompanhamento da equipe após consulta com especialista. CONCLUSÃO: Os usuários destacaram fragilidades na atenção básica do Estado, como a falta do profissional médico na equipe, a forma de marcação de consulta por ordem de chegada e formação de filas antes da Unidade de Saúde abrir, a falta da inserção da família no atendimento ao usuário, o não acompanhamento da equipe após consulta com especialista e a falta de medicamentos na Unidade de Saúde, fatores que comprometem os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, principalmente no que diz respeito à integralidade do atendimento.

2013
Descrição
  • MONIQUI SOARES DE SÁ FREIRE
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO CÂNCER DE MAMA ELABORADAS POR

    MULHERES PORTADORAS: contribuições para enfermagem

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 20/12/2013
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  •  

    O câncer de mama é uma das doenças que causa mais temor entre as mulheres.

     

    Seu tratamento pode comprometer a integridade, não somente da mama em si, mas do corpo como um todo, com reflexos nas dimensões psicológica, social e emocional da mulher. Além disso, em torno desta enfermidade há um conjunto de imagens e representações negativas que são socialmente construídas e que acabam por fragilizá-las ainda mais. Partindo-se dessa problemática, delimitou-se como objeto de estudo as Representações Sociais do câncer de mama elaboradas por mulheres acometidas. Foram elaborados os seguintes objetivos: apreender as

     

    Representações Sociais do câncer de mama elaboradas por mulheres acometidas

     

    por esta enfermidade e analisar as repercussões que essas representações trazem para suas vidas cotidianas. Para embasamento do estudo foram feitas

     

    considerações acerca da temática enfocando a problemática do câncer de mama, os cuidados de enfermagem e as políticas públicas de saúde voltadas para a mulher nesta situação de adoecimento, e delimitou-se a Teoria das Representações Sociais enquanto referencial teórico de apoio à investigação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como sujeitos vinte mulheres em fase de tratamento ou de controle do câncer de mama, vinculadas a um hospital filantrópico em Teresina-PI, que é referência nas regiões Norte e Nordeste em tratamento oncológico. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, gravadas, transcritas e processadas pelo software IRAMUTEQ, versão 2013, cuja análise lexical ocorreu por meio da Classificação Hierárquica Descendente. O estudo cumpriu todas as recomendações da Resolução 466/2012. A análise resultou em seis classes semânticas: O reconhecimento do primeiro sinal e sintoma; Confirmação diagnóstica e os desafios do tratamento; Estratégias de enfrentamento do câncer de mama; Sentimentos e reações frente à nova imagem corporal; O câncer de mama na perspectiva das mulheres; Repercussões psicossociais do câncer de mama. Essas classes revelaram que o câncer mamário permanece sendo associado a doença incurável e fatal. Seu tratamento, por vezes, mutilante, é vivido com muito sofrimento pelas mulheres, por acarretar várias perdas, com ênfase na imagem corporal e identidade feminina. requerendo, portanto, estratégias para a superação, que tiveram foco no suporte social, seguida da busca pela religião como estratégias preferenciais na luta contra a doença. As Representações Sociais apreendidas trazem implicações não só para a área da saúde em geral, mas para a assistência de Enfermagem, cujas ações de prevenção e promoção da saúde devem contemplar a desconstrução de tais representações, passando pela busca de possibilidades de se lidar com a doença como algo possível de controle, assegurando melhor qualidade de vida a essa clientela.


  • EDINA ARAUJO RODRIGUES OLIVEIRA
  • O CUIDADO CULTURAL DOS PAIS: contextos para o crescimento e desenvolvimento infantil

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 18/12/2013
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  • O estudo reflete sobre a atenção à saúde infantil, que está direcionada aos aspectos de promoção e prevenção da saúde da criança e visa garantir o melhor crescimento e desenvolvimento desta, mediante o envolvimento da família, numa permanente atitude de escuta, respeito e valorização de seus costumes, crenças e formas de organização. Tem como objetivos descrever como se dá o cuidado a criança menor de cinco anos no contexto familiar, compreender como os pais promovem o crescimento e desenvolvimento infantil no contexto familiar e estabelecer cuidados de enfermagem com vistas à promoção do crescimento e desenvolvimento infantil à luz da teoria de Madeleine Leininger. O estudo, de natureza descritiva exploratória e com abordagem qualitativa, foi desenvolvido no município de Picos - Piauí, com a participação de 16 sujeitos, selecionados dentre mães ou pais de crianças menores de cinco anos de idade, cadastradas na estratégia Saúde da Família do município. Foi utilizada como técnica de coleta de dados a entrevista com roteiro semi-estruturado, no período de abril a maio de 2013, abordando questões sobre o cuidado à criança no dia-a-dia e como os pais promoviam o crescimento e desenvolvimento infantil. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob o certificado de aprovação 077606612.8.0000.5214, e cumpriu todos os princípios éticos contidos na Resolução nº 466/12, que rege pesquisas envolvendo seres humanos. Dos relatos – que foram analisados pela técnica da análise de conteúdo de Bardin, discutidos com base nas concepções teóricas da Teoria do Cuidado Cultural, de Madeleine Leininger e de referencial sobre a temática emergiram duas categorias: atividades cotidianas no cuidado da criança e promoção do crescimento e desenvolvimento infantil. Os resultados revelaram que o cuidado diário dos pais direcionados a seus filhos menores de cinco anos está atrelado ao atendimento das necessidades de alimentação dos pequeninos, embora as preferências alimentares não sigam os valores nutricionais necessários a cada fase; foi verificada ainda a presença da prática do aleitamento materno nessa faixa etária, o uso de mamadeiras e a sensibilização dos progenitores em prover um local mais adequado para as brincadeiras infantis, com a preservação de espaço. A imunização, a prevenção de acidentes, a procura dos serviços de saúde somente para sanar agravos instalados e o uso de ervas medicinais mereceram destaque na promoção do desenvolvimento infantil. O conhecimento dos marcos do desenvolvimento ainda necessita ser discutido entre família e equipe de saúde. O estudo também revelou que a concretização dos preceitos da ciência da enfermagem somente irá acontecer quando o enfermeiro se sensibilizar para o fato de que, embora a influência cultural permeie o processo de cuidado com a criança, é plenamente possível o convívio harmonioso entre o saber científico e o cultural.

  • ALYNE LEAL DE ALENCAR LUZ
  • CARACTERIZAÇÃO DE PESSOAS COM ESTOMAS INTESTINAIS DE ELIMINAÇÃO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMILIA: contribuição para a enfermagem 

     

  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 13/12/2013
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  • Os estomas de eliminação intestinal são resultantes de um procedimento cirúrgico, por causas diversificadas e complexas. Determinam mudanças físicas, psico-emocionais e sociais que requerem uma assistência específica, de uma equipe multiprofissional qualificada, principalmente da enfermagem, para o acompanhamento perioperatório, na perspectiva da reabilitação e conquista de qualidade de vida satisfatória. Constitui grande desafio para os profissionais e serviços de saúde, o próprio estomizado e familiares. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico das pessoas com estomas intestinais de eliminação atendidas na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, desenvolvido com todos os 45 estomizados, residentes em um município do interior do estado do Piauí, região Nordeste do Brasil. Os dados foram coletados nos meses de julho a agosto de 2013, mediante entrevista, utilizando instrumento previamente elaborado, complementado pelo exame físico e registros dos serviços de saúde. Utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences para a análise estatística e aplicou-se testes para verificar associações entre variáveis. Os resultados evidenciaram que a maioria dos estomizados (57,8%) é do sexo feminino, com média de idade de 53,8 anos (DP=18,09), predominando a faixa etária de 20 a 59 anos (55,6 %), casados (37,8%), com filhos (66,7%), católicos (82,2%), baixa renda (75,6%), baixa escolaridade (55,6%) e aposentados (37,8%). Entre as comorbidades, destacaram-se a hipertensão arterial (46,7%), diabetes (26,7%) e a maioria com estado nutricional alterado (55,6%). Como causa básica da estomia predominaram as doenças inflamatórias intestinais (40,0%), seguida por câncer colorretal (35,6%); colostomizados (77,8%), temporários (66,7%), há menos de 1 ano (55,6%), com efluentes de consistência líquida a pastosa (68,9%); utilizando bolsas de peça única (80,0%), drenável (60,0%), com barreira protetora (62,2%) e adquiridas pelo SUS (51,1%). Observou-se complicações no estoma e/ou na pele periestomal em 44,4%, sendo as dermatites predominantes. Considerando o processo de reabilitação, a maior dificuldade refere-se ao vestuário (48,9%) e limitações para as atividades sociais (73,3%) e trabalho (57,8%). Sobre as orientações recebidas quanto ao autocuidado, destacou-se higiene (53,3%) e alimentação (44,4%), sendo realizadas pelo médico (47,6%) e enfermeiro (40,5%), porém 57,8% referem falta de informações sobre seus direitos. Ressalta-se a associação estatisticamente significativa entre condição de adaptação regular/ruim e tempo de estomizado inferior a um ano. A discussão destes resultados fundamenta-se no confronto dos dados obtidos em outras pesquisas, dialogando com os autores, considerando os diversos contextos da realidade nacional e internacional. Conclui-se que conhecimento produzido nesta pesquisa traz subsídios relevantes para o dimensionamento, orientação e desenvolvimento da organização dos serviços de assistência à saúde da clientela estomizada no contexto do município de Picos e do estado do Piauí na perspectiva da operacionalização das políticas públicas e de saúde vigentes no Brasil, além de ressaltar o papel da enfermagem tendo em vista assegurar a continuidade da assistência

    a ser prestada em nível hospitalar, ambulatorial e no domicílio visando garantir os direitos de cidadania, segurança na assistência e boa qualidade de vida ao estomizado.

  • CYNTHIA ROBERTA DIAS TORRES SILVA
  •  QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM ESTOMAS DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL

  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 13/12/2013
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  • Estudo descritivo e transversal com abordagem quantitativa dos dados, que teve por objetivo avaliar a qualidade de vida (QV) de pessoas com estomas intestinais de eliminação, cadastrados no Programa de Estomizados de um serviço ambulatorial de referência do município de Teresina. A amostra foi constituída de 96 participantes e a pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética. Como resultado, teve-se que 53,10% das pessoas eram do sexo masculino e a média de idade foi de 59,70 (DP: 18,57). Após a confecção da estomia, diminuiu o número de casados. Quanto à escolaridade, 65,60% possuíam ensino médio ou fundamental. A renda familiar e per capita média foi de R$ 1.789,94 (DP: 2.036,16) e R$ 583,16 (DP: 679,16), respectivamente. Clinicamente, 84,40% tinham colostomia, sendo 53,30% temporárias, 53,70% com exteriorização em alça, 57,30% localizadas no quadrante inferior esquerdo, 81,30% com efluentes de consistência pastosa, todas de cor rósea-avermelhada, 58,30% de forma redonda e 72,90% com implantação protusa do estoma na pele. A complicação na estomia e na pele periestoma mais frequente foi o prolapso de alça intestinal e as dermatites, respectivamente. O tempo médio de estomizado foi de 53,78 meses (DP: 60,65). Em relação à adaptação, 39,60% pessoas afirmaram ter uma boa adaptação à estomia. A média de tempo para sentir-se confortável com a estomia foi de 213,96 dias (DP: 314,93). E o tempo médio demandado para o autocuidado foi de 33,10 minutos diários (DP: 33,87). Quanto aos equipamentos coletores, 100% utilizavam bolsas abertas/drenáveis e com barreira de proteção e 95,80% bolsas de uma peça. A principal causa para confecção da estomia foi a neoplasia colorretal, 56 (58,30%). A média da QV foi de 6,16 (DP:2,83), sendo o domínio bem-estar social o mais afetado. As variáveis religião, escolaridade, renda per capita, permanência da estomia, adaptação à estomia, tempo de estomizado, tempo necessário para se sentir confortável, dificuldade no autocuidado e limitação de atividades diárias apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação aos domínios da QV. Conclui-se que as estomias intestinais de eliminação afetam a QV, o que requer especial atenção dos profissionais envolvidos.

  • IELLEN DANTAS CAMPOS VERDES RODRIGUES
  • VIVÊNCIAS DE MULHERES EM ABORTAMENTO ESPONTÂNEO: contribuições para a assistência de enfermagem

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 12/12/2013
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  • A assistência de enfermagem à mulher em situação abortiva requer mais atenção por parte da equipe para que seja realizada de modo integral e com qualidade, visto que exige do profissional conhecimento técnico e valores humanos. É um tema polêmico que envolve preceitos éticos, morais, sociais, culturais e religiosos, tornando-se fonte de sofrimento para a mulher e a equipe de saúde que a assiste. Os objetivos deste trabalho foram descrever e discutir as vivências das mulheres em situação de abortamento espontâneo. Constitui-se em um estudo descritivo de natureza qualitativa, que utilizou o método Narrativas de Vida e a técnica da entrevista. As participantes da pesquisa foram onze mulheres. Os dados foram produzidos mediante entrevista aberta com questões relativas aos aspectos: socioeconômicos, demográficos e gineco-obstétricos, além da questão norteadora da pesquisa “Fale sobre sua vida relacionando os fatos importantes que tenham relação com o processo abortivo, antes, durante e após o abortamento espontâneo”. As narrativas foram analisadas e interpretadas por meio de análise temática. Os resultados compreenderam a caracterização das participantes e as narrativas deram origem às categorias: A descoberta da gravidez; Motivos do abortamento espontâneo sob o olhar das mulheres; Sentimentos vivenciados pelas mulheres frente ao abortamento espontâneo e a permanência hospitalar; e, Assistência de enfermagem à mulher em abortamento espontâneo. Na categoria a descoberta da gravidez, que relaciona a gestação inicialmente a sentimentos negativos devido à falta de planejamento e que, posteriormente, transformam-se em sentimentos positivos aliados à aceitação da gravidez, a mulher passa por transformações físicas e psicoemocionais que influenciam na construção da maternidade. No que refere aos motivos do abortamento espontâneo as mulheres relataram fatores psicológicos e físicos. Quanto aos sentimentos vivenciados frente ao abortamento espontâneo e a permanência hospitalar as mulheres destacaram: tristeza, consolo álibe, alívio, desespero, negação, medo e perda. Na assistência de enfermagem às mulheres em abortamento espontâneo elas expressaram uma assistência considerada boa, mais que confrontada com a literatura constata-se que requer melhorias. A assistência de enfermagem passa por um processo de transformação, aliando um cuidado voltado aos aspectos técnicos e psicoemocionais. Essa pesquisa possibilita que enfermeiras e acadêmicos de enfermagem, reflitam sobre a assistência prestada às mulheres em situação abortiva, demonstrando que o profissional e discente devem ter em mente não só o conhecimento técnico-científico, mas envolver-se de uma conduta humanizada e ética ao lidar com mulheres em situação abortiva.

  • KHELYANE MESQUITA DE CARVALHO
  •  
    CONHECIMENTOS E PRÁTICAS SOBRE CONSERVAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS ADOTADOS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM SALA DE VACINA
     
     

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 06/12/2013
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  • INTRODUÇÃO: A vacinação representa grande avanço da tecnologia em saúde nas últimas décadas, constituindo uma das medidas de intervenção mais favoráveis em saúde pública. OBJETIVO: Analisar conhecimentos e práticas sobre conservação de imunobiológicos adotados por profissionais de enfermagem em sala de vacina. METODOLOGIA: Estudo descritivo com delineamento transversal, realizado por meio de inquérito epidemiológico e observação não participante, com 200 profissionais de 73 salas de vacina da zona urbana de Teresina, no período de março a junho de 2013. RESULTADOS: A maioria dos participantes (92,5%) foi constituída por mulheres, sendo 52,5% técnicos e auxiliares de enfermagem. A média de tempo trabalhado na sala de vacina foi de 7,2 anos. Destaca-se que embora a equipe de enfermagem tenha notória participação no processo de conservação dos imunobiológicos, 18,5% da amostra não haviam recebido treinamento específico para a função e apenas 47% referiram exclusividade das funções em sala de vacina. Em relação à estrutura das salas, 94,5% eram exclusivas para a atividade de vacinação, 82,2% tinham fácil acesso, apenas 34,2% apresentaram tamanho adequado, 56,2% não tinham a mobília necessária, 53,4% não apresentavam pia com bancada e somente 48% delas exibiam proteção adequada contra incidência solar direta. O conhecimento dos profissionais em relação a exposição de algumas vacinas a temperaturas negativas foi insatisfatório bem como o conhecimento a respeito do tempo permitido para uso após abertura do frasco. A quebra da cadeia de frio foi evidenciada em 100% das unidades por apresentaram em algum momento, temperaturas de acondicionamento fora do permitido. A prática e o conhecimento foram classificados como inadequados em 65% e 57%, respectivamente e não apresentaram uma linearidade. Constatou-se associação estatisticamente significativa do tempo de serviço em sala e o tempo decorrido do último treinamento com o conhecimento. Os técnicos de enfermagem apresentaram 4,8 mais chances de ter conhecimento regular (OR=4,8) e 6,4 (OR- 6,4) de ter conhecimento adequado, quando comparados com os enfermeiros. CONCLUSÃO: O enfermeiro precisa refletir melhor sobre a sua prática, ressaltandose a urgência desse profissional retomar a liderança da sala de vacina, por meio de supervisões, acompanhamento e avaliação das atividades nelas realizadas. Entende-se que o conhecimento produzido possa subsidiar ações e estratégias de
    vacinação, cuja prática é complexa e de grande valor. Os gestores dos serviços de saúde precisam estar cientes desta situação e proporcionando meios que modifiquem essa realidade encontrada na investigação. 

  • MANUELLA CARVALHO FEITOSA
  • DEMANDA DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES PORTADORES DE HIV/AIDS

  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 18/11/2013
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  • A utilização de escalas de mensuração capazes de quantificar os cuidados
    dispensados aos pacientes é fundamental para adequar o dimensionamento da
    equipe de enfermagem conforme estas demandas assistenciais, com vistas a
    resguardar a saúde dos profissionais e potencializar a qualidade da assistência. No
    que concerne aos cuidados de enfermagem a pacientes portadores de HIV/AIDS, tal
    conjuntura se torna ainda mais preponderante devido a toda uma carga emocional,
    biológica e peculiaridades que envolvem esta assistência. O presente estudo teve
    como objetivo verificar a associação entre a demanda de cuidados de enfermagem a
    pacientes portadores de HIV/AID e as variáveis biossociais, clínicas e terapêuticas.
    Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, transversal, que aplicou o Nursing
    Activities Score (NAS) em unidades de internação adulto de um hospital referência
    no tratamento de doenças infectocontagiosas e parasitárias no município de
    Teresina- PI, no período de 05 novembro de 2012 a 15 de março de 2013. A
    amostra foi constituída por 150 pacientes que eram principalmente do sexo
    masculino (60%), com média de 39 anos, média de quatro anos de diagnóstico do
    HIV e de 18 dias de internação, tendo como principais motivos de internação a
    anoxeria, astenia e perda ponderal, como doenças oportunistas mais frequentes as
    causadas por bactérias e foram classificados majoritariamente na categoria de
    cuidados intermediários (48,7%). Quanto à demanda de cuidados de enfermagem,
    foram realizadas 1860 medidas do NAS, obtendo-se uma média do escore total no
    hospital de 36,26%, sendo de 30,36% nas enfermarias e 80,44% na Unidade de
    Terapia Intensiva (UTI). Os profissionais de enfermagem estavam expostos à
    sobrecarga de trabalho em quase todos os setores, conforme estimativas, devido ao
    número de profissionais menor que a demanda de cuidados dos pacientes, sendo a
    situação mais preocupante a encontrada no Bloco E. Os itens 1, 7 e 8 do NAS foram
    aplicados diariamente a todos os pacientes (100%) e os itens 3 e 4 foram pontuados
    com frequência elevada (98,65%). A demanda de cuidado de enfermagem dos
    pacientes foi estatisticamente correlacionada com as variáveis “Sistema de
    Classificação de Pacientes de Perroca” (p = 0,000), “tempo de internação no
    hospital” (p = 0,008), “desfecho clínico” (p = 0,000), “taxa de linfócitos TCD4” (p =
    0,019), “taxa de linfócitos TCD8” (p = 0,011), “presença de comorbidades” (p =
    0,019), “número de comorbidades” (p = 0,020), “problemas hepáticos” (p = 0,001) e
    “uso de Inibidores da Transcriptase Reversa Não-Análogo de Nucleosídio” (p =
    0,030). Conclui-se que os pacientes internados na UTI do hospital cenário do estudo
    apresentaram acentuada demanda de cuidados, refletida pela média elevada do
    NAS e os que permaneceram internados nas enfermarias, apresentavam demandas
    de cuidados compatíveis com o esperado para estes setores de internação
    hospitalar. Ressalta-se a importância da adequação das equipes de enfermagem do
    hospital a essas demandas assistenciais e a utilização do NAS para subsidiar a
    distribuição dos integrantes das equipes, em cada setor. Sugere-se a realização de
    estudos que apliquem o NAS em outras realidades nacionais que atendam clientela
    portadora de HIV/AIDS, para que sejam possíveis comparações mais coerentes.

  • FERNANDO JOSÉ GUEDES DA SILVA JÚNIOR
  • ALTERAÇÕES SOMATOSCÓPICAS, HEMATOLÓGICAS E NUTRICIONAIS

    ENTRE USUÁRIOS DE CRACK

  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 06/11/2013
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  • Introdução: O consumo de crack configura-se como um fenômeno alarmante e
    progressivo. Seu caráter dependógeno torna difícil o seu enfrentamento e leva o
    usuário a ser vítima de consequências graves a saúde que podem ser identificadas
    em diversas dimensões, tais como: somatoscópica, hematológica e nutricional.
    Objetivos: Avaliar as relações entre alterações somatoscópicas, hematológicas e
    nutricionais e uso de crack. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo,
    exploratório, seccional de abordagem quantitativa desenvolvido com 331 usuários de
    crack dos Centros de Atenção Psicossocial para dependentes de álcool e outras
    drogas do Piauí. A coleta de dados aconteceu de outubro de 2012 a junho de 2013,
    por meio de entrevistas, avaliação física e coleta de sangue. Para a análise
    estatística, utilizou-se o aplicativo Statistical Package for the Social Science, versão
    18.0. A comparação com outras variáveis categóricas foi feita por meio do teste do
    qui-quadrado e o teste exato de Fisher. A significância estatística foi fixada em
    (p<0,05). A força das associações entre as variáveis foi aferida pelo odds-ratio e
    intervalos de confiança (IC=95%). Resultados: A amostra estudada é constituída
    em sua maioria por homens, jovens, pardos, solteiros, de Teresina, com ensino
    fundamental incompleto, sem renda e evangélicos. A maioria dos usuários
    experimentou o crack antes dos 18 anos e usou mais de 100 vezes na vida, 

    associando, com o consumo de bebidas alcoólicas, maconha, tranquilizantes e
    solventes. Com relação as alterações somatocópicas, hematológicas e nutriconais
    entre usuários de crack 9,1% apresentavam déficit no asseio corporal, 17,5% danos
    na pele, 3,0% taquisfigmia, 3,6% taquipneia, 19,3% alteração da pressão arterial
    sistólica e 11,2% da pressão arterial diastólica, 55,6% cáries, 29,9% perdas
    dentárias, 4,5% lesões na mucosa nasal, 4,2% epistaxe, 32% zumbido, 27,8%
    vertigem, 18,1% hipoacusia. A avaliação hematológica revela importantes achados, a
    citar: hemoglobina e hematócrito abaixo do padrão de normalidade, monocitopenia e
    alteração nos níveis de creatinina. A avaliação nutricional realizada a partir da
    análise dos hábitos alimentares, antropometria e exames bioquímicos demonstram
    que os usuários realizam, em média, 4,38 refeições normalmente ricas em
    carboidratos. A relação entre o peso ponderal e a altura permitem afirmar que 57,4%
    estão eutróficos, 25,1% com sobrepeso, 9,4 obesos e apenas 8,2% com baixo peso.
    Houve associação estatisticamente significativa entre sexo e pressão arterial
    sistólica, diastólica, hemoglobina, hematócrito, HDL e albumina. Com relação ao
    tempo de uso houve associação estatística com triglicerídeos (p-valor=0,036) e o
    tempo de tratmento esteve associado significativamente com plaquetas,
    circunferência abdominal e colesterol total. Conclusão: A contribuição específica
    para o cuidar pelo enfermeiro chama atenção para a compreensão do usuário de
    crack como um ser biopsicossocial cujas repercussões desse consumo transgridem
    a dimensão física, sobremaneira dificultando a assistência de enfermagem
    tradicional. Neste contexto, faz-se imperativa uma assistência holística e humanizada capaz de fomentar o enfrentamento desse grave problema.

  • JENNYESLE LIMA CASTRO DE SANTIAGO
  • A formação social e política do enfermeiro: realidade e possibilidades na graduação em enfermagem

  • Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
  • Data: 30/07/2013
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  • Esta pesquisa tem o objetivo de analisar a construção do perfil social e político do enfermeiro no processo de formação da UFPI. Utilizou-se um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, que teve como método a triangulação dos dados, por meio de três tempos da pesquisa: 1. Análise documental do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Enfermagem da UFPI, com as ementas das disciplinas e análise do quadro de vinculação de docentespor disciplinas. A análise das ementas teve o objetivo de procurar disciplinas que possuíam temas que aproximem a formação do enfermeiro da UFPI com os aspectos sociais e políticos, para a posterior realização das entrevistas com os docentes; 2. Análise dos dados fornecidos pela Coordenação de Estatística e Documentos de Ensino da UFPI, o qual extraiu informações sobre o corpo discente do cursoe análise de um checklist aplicado com a coordenação do curso; 3. Realização de entrevista semiestruturada com 7 professores e 8 alunos do último ano do curso. Os dados coletados foram agrupados por temas, possibilitando a formação de categorias, o qual permitiu o estabelecimento de inter-relação entre os documentos, os dados indiretos e as falas dos docentes e discentes. Esta pesquisa revelou que a graduação em Enfermagem da UFPI está alicerçada em um PPC fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), possuindo conceitos para tornar os profissionais críticos, reflexivos, voltados para a cidadania e consolidação do SUS, o que vai ao encontro dos temas e conceitos inerentes à formação sociopolítica do enfermeiro. No entanto, quando se analisou as ementas das disciplinas, verificou-se um distanciamento do PPC com as questões sociovalorativas da formação do enfermeiro. Observou-se, também, com as entrevistas, que as DCNs e o PPC não são valorizados pelos docentes no planejamento das disciplinas. Acredita-se que a formação social e política do enfermeiro não deverá estar baseada apenas em desenvolvimento de PPC dotados de fundamentos teóricos, mas, sim, na construção do cotidiano, da prática, das interações entre discentes e docentes, a partir do desenvolvimento de comportamentos, habilidades e atitudes crítico-reflexivas voltadas para o cuidado efetivo em enfermagem, pois é necessário desenvolver habilidades sociais e ação crítica e ética que possam impulsionar o rompimento com os conceitos de formação biomédica. Apesar dos distanciamentos observados, o curso de enfermagem da UFPI possui alguns espaços para a formação social e política, os quais são: os cenários de prática, os projetos de iniciação científica e os projetos de extensão. Nos discursos dos discentes observou-se uma grande preocupação com o mercado de trabalho e com a valorização do enfermeiro mediante ações do cuidar, o que comprova uma aproximação bastante relevante com a formação social e política do enfermeiro, pois o cuidar está sendo bem focado na formação. A adoção de uma concepção crítico-reflexiva com a construção de um pensar, um fazer e um ser que se sustentem no cuidado, como essência da profissão, facilitará a implementação de um cuidar consoante com o rompimento do modelo hegemônico centrado na doença, pois a principal possibilidade de formação social e política do enfermeiro é a formação para o cuidado.

     

  • EVALDO SALES LEAL
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     PRÁTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS NO PROCESSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

     

  • Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
  • Data: 30/07/2013
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    A Prática Baseada em Evidências envolve o uso consciente, explicito e judicioso da melhor evidência atual para a tomada de decisão sobre o cuidar, desenvolvendo uma cultura de boas práticas de saúde alicerçada no pensamento crítico e na competência de quem as utiliza, necessitando para tal, uma formação ampla. Objetivou-se analisar como as evidências científicas são trabalhadas no processo de graduação em Enfermagem na Universidade Federal do Piauí. Realizou-se para tanto uma pesquisa de abordagem qualitativa e de caráter etnográfico,em dois momentos distintos, o primeiro descritivo e o segundo qualitativo. A amostra do momento descritivo compôs-se dos dados retirados do Programa da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação, do Projeto Político do Curso e da utilização de chek-list da instituição; já os sujeitos do momento qualitativo foram compostos pelos docentes das disciplinas apontadas como positivas para a presença de temas relacionados com a temática abordada na pesquisa. Obteve-se que as Práticas Baseada em Evidências não são abordadas em disciplinas específicas, embora sejam trabalhadas indiretamente em 13 disciplinas do currículo atual da enfermagem da UFPI e que os docentes ainda apresentam uma aproximação tímida com o tema em questão, sugerindo-se portanto que o processo de graduação em enfermagem da Universidade Federal do Piauí necessita de uma readequação se considerarmos este tema como um futuro a ser seguido para a formação do profissional enfermeiro e que desta forma possa haver uma criação e multiplicação de espaços e oportunidades para a formação do enfermeiro voltadas à prática baseada em evidências fundamentando deste modo a construção de propostas inovadoras para o ensino em enfermagem que incluam Práticas Baseadas em Evidências.

     

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  • AMÁLIA DE OLIVEIRA CARVALHO
  • Adolescentes no contexto de uma comunidade: perspectivas para o cuidado de enfermagem.

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 24/06/2013
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  • Trata-se de um estudo qualitativo com abordagem etnográfica, com o objetivo principal de compreender como adolescentes residentes na periferia de uma capital percebem e vivenciam o processo de adolescer, refletindo sobre o cuidado cultural da enfermagem. Fundamentou-se nos pressupostos da Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado Cultural, de Madeleine Leininger (2006), por ser esta  considerada pertinente e adequada na compreensão do fenômeno estudado. A pesquisa foi desenvolvida na cidade de Teresina, estado do Piauí, na área geográfica de abrangência da Equipe de Saúde da Família nº 031, na periferia sul da cidade. A produção dos dados ocorreu usando-se o modelo observação-participação-reflexão, baseado no Modelo Sunrise proposto por Leininger (2002) e por meio de entrevista com questões norteadoras. A análise das entrevistas e da observação participante considerou as expressões verbais e o contexto de vida dos sujeitos investigados. A análise dos dados foi realizada utilizando-se o modelo da etnoenfermagem proposto por Leininger, que utiliza 4 fases: 1.relação dos dados coletados, descritos e documentados; 2. identificação e classificação dos descritores componentes; 3.análise do padrão contextual e 4. Temas principais. A partir das falas dos informantes foi possível a construção de 3 categorias culturais: 1- o cotidiano dos adolescentes;2- o adolescer saudável;3- contribuições do serviço de saúde. O cenário do estudo foi o domicílio ou o Centro de Saúde da comunidade. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, gravada. Após a coleta, esses foram transcritos e utilizados para compor as discussões do presente estudo. O estudo obedeceu às recomendações da Resolução 196/1996 do CNS, observando as peculiaridades da pesquisa envolvendo sujeitos vulneráveis. Foram sugeridas ações/decisões baseadas na congruência do cuidado proposta por Madeleine Leininger: preservação/ manutenção cultural do cuidado; acomodação/ negociação cultural do cuidado; repadronização/ reestruturação cultural do cuidado. O estudo possibilitou embasamento de apoio à Sistematização da Assistência de Enfermagem aos adolescentes, como também o incentivo ao ensino e a pesquisas congêneres, além e abrir possibilidades para o desenvolvimento de formas de cuidar congruentes a esse grupo da população.

     


  • MARIA DE JESUS LOPES MOUSINHO NEIVA
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    TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO PIAUÍ 1975 A 1993

  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 21/06/2013
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    O presente estudo teve como objetivos descrever as circunstâncias históricas que antecederam e viabilizaram a criação do Conselho Regional de Enfermagem do Piauí e analisar o processo histórico de instituição da fiscalização do exercício profissional da enfermagem. Trata-se de uma pesquisa histórico-social, que tem como referência teórica os conceitos de história e memória na perspectiva de Le Goff (2003), e de história oral de acordo com Merhy e Holanda (2010), em sua vertente híbrido-temática. Utilizou-se fontes orais, que foram os depoimentos das colaboradoras do estudo, constituídas de oito enfermeiras e uma auxiliar de enfermagem, membros do Conselho Regional de Enfermagem do Piauí no período temporal delimitado no estudo (1975-1993) e também fontes escritas e iconográficas, como atas, resoluções, decisões, relatórios, jornais e fotografias, e fontes secundárias, constituídas de artigos e livros, bem como a legislação sobre o tema. Com a promulgação da Lei 5.905/1973, iniciou-se a implantação dos Conselhos Regionais nos estados, por meio do trabalho de Juntas Especiais, que no Piauí foi formada por enfermeiras vinculadas Associação Brasileira de Enfermagem - Seção Piauí, que trabalharam para a sua instalação, em 1975. A partir de então, as Enfermeiras que compuseram as primeiras gestões do Conselho Regional de Enfermagem enfrentaram dificuldades, como a falta de recursos financeiros para organização da sua estrutura e o recrutamento dos profissionais para se inscreverem na instituição. No final da década de 1980 deu-se atenção à fiscalização do exercício profissional, que era a atividade primordial do Conselho, mas que só pôde ser implantada graças ao esforço das enfermeiras que se dedicaram a essa missão. As mudanças sociais, que ocorreram no período pesquisado, com a criação do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí e novas escolas para auxiliares de enfermagem, aumentaram o contingente de profissionais, tornando possível a implantação do processo de fiscalização do exercício profissional. Concluiu-se que o processo histórico de criação do Conselho Regional de Enfermagem foi permeado de lutas das enfermeiras, que já participavam da organização da Associação Brasileira de Enfermagem Secção Piauí, que uniram forças para viabilizar o processo de criação do Conselho. A implantação efetiva do processo de fiscalização representou uma conquista e uma mudança para as categorias da enfermagem, no contexto histórico-social de saúde no Estado, que com o passar do tempo privilegiou profissionais de enfermagem qualificados e devidamente inscritos no Conselho. 

  • DEAN DOUGLAS FERREIRA DE OLIVINDO
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    O CUIDADO DE ENFERMAGEM AO NEONATO NO CONTEXTO DOMICILIAR

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 19/06/2013
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  • O cuidado de enfermagem é essencial para o cuidado em saúde. A visita domiciliar é um instrumento utilizado pelos profissionais da estratégia Saúde da Família para uma assistência domiciliar a vários grupos ou indivíduos, dentre os quais podemos destacar a puérpera e o recém-nascido. Estudo descritivo e exploratório com abordagem qualitativa objetiva analisar o cuidado prestado pelo enfermeiro ao neonato no contexto domiciliar e compreender o cuidado prestado pelo enfermeiro ao neonato no contexto domiciliar à luz da Teoria da Universalidade e da Diversidade do Cuidado Cultural de Madeleine Leininger. Os dados foram produzidos através da técnica de entrevista utilizando uma questão guia para nortear o curso da entrevista até a saturação das falas. Os sujeitos do estudo foram enfermeiros da estratégia Saúde da Família da região sul de Teresina. Para a interpretação dos resultados todas as falas foram transcritas na íntegra e analisadas conforme a análise de conteúdo de Bardin (2010), surgindo três categorias temáticas: o cuidado de enfermagem planejado ao neonato no domicílio, a visita domiciliar como instrumento da prestação de cuidados ao neonato no domicílio e os cuidados prestados ao neonato no domicílio. A Teoria da Universalidade e da Diversidade do Cuidado Cultural de Madeleine Leininger foi utilizada na interpretação dos resultados o que possibilitou indicar ações e decisões de cuidado utilizando os pressupostos de preservação ou manutenção do cuidado cultural e acomodação ou negociação do cuidado cultural dessa teoria. Ao final podemos considerar que os enfermeiros da estratégia Saúde da Família de Teresina, embora tenham dificuldades estruturais e não realizem a sistematização da assistência de enfermagem seguindo todas as suas etapas na prestação dos cuidados ao neonato no domicilio, estes conseguem realizá-lo de forma planejada. O estudo recomenda que seja implementada a sistematização da assistência de enfermagem seguindo suas etapas para que o cuidado de enfermagem ao neonato no domicílio seja realizado de forma segura e embasado por uma teoria de enfermagem.

     

  • MARCELO DE MOURA CARVALHO
  • INFECÇÕES HOSPITALARES EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL PÚBLICO

  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 03/05/2013
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  • As infecções hospitalares se constitui em um grave problema de saúde pública mundial. Representam complicações relacionadas à assistência à saúde que resultam no aumento da permanência hospitalar e na redução da rotatividade dos leitos. Elevam os custos hospitalares e são responsáveis pelo aumento da morbimortalidade. Isso tem implicado em um grande desafio a ser enfrentado por profissionais e gestores dos serviços de saúde. Este estudo têm como objetivo investigar as infecções hospitalares das Unidades de Terapia Intensiva (UTI´s) em um hospital público de referência para alta complexidade do Estado do Piauí. Trata-se de um levantamento epidemiológico, de corte transversal, realizado em duas unidades de terapia intensiva. A população foi constituída por 441 pacientes internados no período de janeiro a junho de 2011. A amostra foi constituída por 76 pacientes que desenvolveram 106 episódios de infecção. Os dados foram coletados por meio de formulário dos prontuários, processados no SPSS 18.0 e feito análise estatística. Os resultados indicaram que 34,2% dos pacientes possuem de 41 a 59 anos, 56,6% são do sexo masculino, 26,3% têm a ocupação do lar e 53,9% são procedentes do interior do Piauí. A causa da internação mais frequente foi devido, politraumatismos e traumatismo crânio encefálico com 26,3% dos pacientes e 21,6% por clipagem de aneurisma. A permanência hospitalar predominante foi de 05 a 14 dias, 47,4% dos casos. A taxa de infecção hospitalar nas duas unidades de terapia intensiva foi de 24%. Quanto à topografia, 59,4% dos pacientes apresentaram infecções respiratórias e 23,6% urinárias. Com relação aos procedimentos invasivos, 100% dos pacientes receberam sondagem vesical e 85,5% sondagem nasogástrica. Os principais microrganismos causadores de infecção foram: Pseudomonas aeruginosa; Klebsiella sp. e Staphylococcus aureus e os principais antibióticos utilizados foram: imipenen, ciprofloxacina e ceftazidima. Para a resistência dos microrganismos aos antimicrobianos, o Staphylococcus aureus apresentou resistência de 33,3% à ceftazidima, a Klebsiella sp. apresentou 69,2% ao imipenen, Pseudomonas sp. teve 50% de resistência à ciprofloxacina e a Pseudomonas aeruginosa apresentou 57,1% à ciprofloxacina. A taxa de mortalidade foi de 17,1% nas duas unidades. Desta forma, percebe-se que a prevalência de infecção hospitalar continua sendo um problema relacionado à assistência aos pacientes das unidades de terapia intensiva. O fenômeno da resistência bacteriana aos antimicrobianos vem aumentando ao longo do tempo, resultando na alta taxa de letalidade por esse agravo. Assim, é necessário que as instituições prestadoras de serviços de saúde adotem as recomendações do Programa Nacional de Prevenção e Controle das Infecções Hospitalares, por meio da busca ativa sistemática das infecções, da adoção de medidas de prevenção e controle, assim como de medidas para a qualificação profissional orientada pela prática de educação permanente nos serviços de saúde. 

  • SMITHANNY BARROS DA SILVA
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ELABORADAS POR ENFERMEIRAS ACERCA DA ASSISTÊNCIA AO CLIMATÉRIO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM.

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 26/04/2013
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  • Este estudo teve como objetivo apreender as representações sociais elaboradas pelas enfermeiras da Estratégia Saúde da Família acerca do climatério e analisar os aspectos psicossociais a ele associados capazes de influenciar o comportamento e práticas relacionadas à assistência à mulher. Trata-se de uma pesquisa exploratória, orientada pela Teoria das Representações Sociais, desenvolvida no município de Teresina-PI, com 28 enfermeiras da Atenção Primária. Os dados foram coletados no período de julho a outubro de 2012, por meio de entrevista guiada com o auxílio de um roteiro semiestruturado. As falas das enfermeiras foram gravadas em MP3, transcritas na íntegra e processadas pelo software Alceste versão 4.7, que forneceu duas classes na sequência de suas contribuições para o estudo, que foram analisadas de acordo com a Classificação Hierárquica Descendente. Na classe um, a pesquisa evidenciou a coleta de citologia na assistência à mulher climatérica, de acordo com as vivências e experiências das enfermeiras na Atenção Primária, e, na classe dois, referiu a atuação da enfermeira na assistência à mulher climatérica. Os resultados revelaram que as enfermeiras reconhecem o climatério como uma fase da vida na qual a mulher precisa ser assistida na sua integralidade. No entanto, as enfermeiras do estudo demonstraram dificuldade em assistir à mulher climatérica devido à falta de conhecimento e/ou habilidade, à baixa procura das mulheres pelo serviço de saúde e à demanda excessiva de pacientes portadores de agravos crônicos. Além disso, a pesquisa revelou que a assistência à mulher, nesse período, envolve principalmente a coleta do exame citológico e realização de exames laboratoriais e encaminhamentos para o médico. As representações sociais apreendidas demonstram que a assistência à mulher climatérica na Atenção Primária necessita ser implementada por meio de melhor qualificação das enfermeiras para que as mesmas possa entender o climatério como um fenômeno multifacetado e que é influenciado tanto por fatores biológicos como por fatores psicoemocionais, socioeconômicos e culturais e dessa forma possa prestar a assistência a esse público de forma sistematizada, empregando a escuta qualificada e novas tecnologias de abordagem às subjetividades da mulher climatérica que respeitem a sua singularidade e autonomia

  • SÂNGELA MEDEIROS DE LIMA CARVALHO
  • PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE B EM USUÁRIOS DE CRACK NO PIAUÍ


     

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 17/04/2013
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  • INTRODUÇÃO: As hepatites virais encontram-se entre as mais relevantes doenças transmissíveis endêmico-epidêmicas, devido à sua distribuição universal, heterogeneidade socioeconômica e altas taxas de morbimortalidade. A Hepatite B é uma doença infecciosa viral, que tem como agente etiológico um vírus DNA, da família hepadnaviridae. A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) pode ser considerada uma das principais causas de doença aguda e crônica do fígado. OBJETIVO: investigar a soroprevalência de Hepatite B e os fatores associados em usuários de crack nos CAPSad do Estado do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, transversal realizado no período de dezembro 2011 a maio de 2012, com 353 usuários de crack cadastrados no CAPSad do Piauí. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de formulário, observação do cartão de vacina e coleta de sangue para pesquisa dos marcadores sorológicos.  Os dados foram digitados e analisados com a utilização do software SPSS versão 19.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples e bivariadas mediante utilização do teste de Mann-Whitney e qui-quadrado, com nível de significância (p<0,05). RESULTADOS: Predominou o sexo masculino (84,1%), com média de idade 29,4 anos, solteiros (68,6%), renda pessoal de até um salário mínimo (29,2%). Quanto ao consumo do crack, o tempo de uso foi acima de 37 meses (52,4%), com frequência de uso diário (55,8%). O mesclado foi o material mais utilizado para fabricação do cachimbo (55,8%), o qual era compartilhado pela maioria (72,2%). Quanto ao padrão de consumo de outras drogas, 13% fizeram uso de drogas injetáveis, 41,3% compartilharam agulha/seringas, 82,7% fizeram uso de bebida alcoólica e 95,8% de outras drogas. Em relação ao comportamento sexual, 78,2% costumavam ter relações sexuais somente com mulheres, 47,5% se relacionando com apenas um parceiro, 54,3% faziam uso frequente de camisinha. A troca da prática de sexo por dinheiro foi relatada por 61,2%. A realização de transfusão sanguínea foi relatada por 8,8%; uso de tatuagem, 59,2%. Em relação às informações que possuíam sobre a infecção, 69,4%, ouviram falar d’a hepatite B, porém, apenas 14,4% sabiam a forma de transmissão, e 59,8% não sabiam da existência da vacina. Quanto aos marcadores sorológicos, 4,2% foram reagentes para HBsAg, 9,6% para o anti-HBc total, 2,0% para o anti-HBcIgM e 19,3% para o anti-HBs. No tocante à situação vacinal contra a hepatite B, observou-se que apenas 3,7% apresentaram as três doses. Houve associação estatística significativa com Anti-HBcTotal e as variáveis uso de outras drogas e histórico de DST (p≤0,05). CONCLUSÃO: Os achados ressaltam a necessidade de implementar políticas públicas votadas aos usuários de crack, tanto relacionadas com as práticas preventivas do uso da droga quanto à sexualidade, a fim de que, cada vez mais, os usuários de drogas se conscientizem dos danos que elas podem causar em suas vidas.

     


     

     

     

     

     

  • MILLENI SOUSA VIEIRA
  • AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO, CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS NO PIAUÍ



     
      
     
     

  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 09/04/2013
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  • O presente estudo objetivou avaliar o desempenho do Sistema de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos no Piauí no período2001 a2011. Trata-se de um estudo avaliativo realizado por meio da triangulação de métodos, desenvolvido no município de Teresina. Quatro instrumentos de coleta de dados foram utilizados para contemplar a análise da estrutura, do processo de trabalho dos profissionais envolvidos e da evolução dos transplantes. A amostra foi constituída por 29 profissionais. Os principais achados foram: ausência do serviço de imagem disponível 24 horas no espaço público; ausência de transporte próprio para a Organização de Procura de Órgãos e o Banco de Tecidos Oculares; os elementos necessários para a atuação no processo doação/transplante, segundo os profissionais, são a equipe multiprofissional capacitada e integrada, o conhecimento técnico, os recursos físicos e materiais, as condições de trabalho adequadas, a família sensibilizada, a ética e a humanização; como barreiras a esse processo, os profissionais consideraram a ausência do exame complementar de imagem para diagnóstico de morte encefálica no serviço público, o desconhecimento e a falta de apoio dos profissionais da assistência e a falta de apoio político; no período de2009 a2011 houve aumento do número de potenciais doadores, doadores em parada cardiorrespiratória e do número de transplantes de córneas. Entretanto, não houve alteração significativa do número de doadores efetivos e doadores em morte encefálica, ocorrendo aumento do número de não efetivação das doações no mesmo período, bem como não houve alteração significativa do número de pacientes em fila de espera. Desse modo, desafios ainda se colocam ao Sistema, tais como a viabilização do aumento da taxa de efetivação das doações consequente ao aumento do número de doadores em morte encefálica, mudanças em aspectos relacionados à estrutura e a contínua sensibilização da população. Acredita-se que os resultados desse estudo possam contribuir com informações que subsidiem o aprimoramento de uma política de gestão que compreenda as especificidades dos transplantes no Piauí.

  • LISSANDRA CHAVES DE SOUSA SANTOS
  •                                                                                                                                  

    A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM CATETER VENOSO CENTRAL PARA PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA.

  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 28/03/2013
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    A persistência dos altos índices de infecções hospitalares mesmo após a consolidação de evidências científicas das práticas que previnem tais infecções perpassa aspectos que somente podem ser compreendidos após o conhecimento da prática assistencial do enfermeiro que enquanto líder da equipe de enfermagempossui papel fundamental na prevenção de infecção de corrente sanguínea relacionado ao cateter venoso central. O estudo tem como objetivo descrever os procedimentos e analisar o cuidado prestado pelos enfermeiros aos pacientes com cateter venoso central a fim de prevenir a infecção de corrente sanguínea. Trata-se de uma pesquisa exploratória realizada com doze enfermeiros que atuam na terapia intensiva de um hospital de urgência de Teresina – PI. A produção dos dados ocorreu por meio de uma entrevista semiestruturada com os sujeitos da pesquisa. Os dados foram processados no software Alceste 4.8 e analisados por meio da Classificação Hierárquica Descendente, baseada no conceito de cuidado de Leonardo Boff. Os resultados foram apresentados em dois segmentos de acordo com a relação entre as classes formadas: segmento 1 – O cateter venoso central e sua utilização na terapia intensiva, composto de duas classes, a classe 1 – O cateter venoso central como via de acesso para infusão de drogas e a classe 2 – O manuseio do cateter venoso central na terapia intensiva; o segmento 2 – Procedimentos e cuidados prestados pelo enfermeiro a fim de prevenir a infecção de corrente sanguínea, que abrange a classe 3 – A técnica de realização do curativo no cateter venoso central; classe 5 – O cuidado prestado ao paciente com cateter venoso central; classe 6 – Os sinais de infecção da corrente sanguínea e o registro no prontuário e a classe 4 – A importância de um protocolo de rotinas. A análise das classes revela que os enfermeiros possuem o conhecimento científico das práticas a serem adotas para a prevenção de infecção de corrente sanguínea, porém por vezes não as adotam em seu cotidiano assistencial. No entanto, os enfermeiros mostraram-se preocupados em supervisionar as práticas adotadas pelos demais profissionais de saúde que prestam assistência ao paciente com cateter venoso central e reconhecem a importância da adoção de um protocolo de rotinas acerca da temática em seu serviço de saúde, até então inexistente.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  • LISSANDRA CHAVES DE SOUSA SANTOS
  • A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM CATETER
    VENOSO CENTRAL PARA PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DE CORRENTE
    SANGUÍNEA

  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 28/03/2013
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  • A persistência dos altos índices de infecções hospitalares mesmo após a consolidação de evidências científicas das práticas que previnem tais infecções perpassa aspectos que somente podem ser compreendidos após o conhecimento da prática assistencial do enfermeiro que enquanto líder da equipe de enfermagem possui papel fundamental na prevenção de infecção de corrente sanguínea relacionado ao cateter venoso central. O estudo tem como objetivo descrever os procedimentos e analisar o cuidado prestado pelos enfermeiros aos pacientes com cateter venoso central para prevenção da infecção de corrente sanguínea. Trata-se de uma pesquisa exploratória realizada com doze enfermeiros que atuam na terapia intensiva de um hospital de urgência de Teresina – PI. A produção dos dados ocorreu por meio de uma entrevista semiestruturada com os sujeitos da pesquisa. Os dados foram processados no software Alceste 4.8 e analisados por meio da Classificação Hierárquica Descendente baseada no conceito de cuidado de Leonardo Boff. Os resultados foram apresentados em dois segmentos de acordo com a relação entre as classes formadas: segmento 1 – O cateter venoso central e sua utilização na terapia intensiva, composto de duas classes, a classe 1 – O cateter venoso central como via de acesso para infusão de drogas e a classe 2 – O manuseio do cateter venoso central na terapia intensiva; o segmento 2 – Procedimentos e cuidados prestados pelo enfermeiro a fim de prevenir a infecção de corrente sanguínea, que abrange a classe 3 – A técnica de realização do curativo no cateter venoso central; classe 5 – O cuidado prestado ao paciente com cateter venoso central; classe 6 – Os sinais de infecção da corrente sanguínea e o registro no prontuário e a classe 4 – A importância de um protocolo de rotinas. A análise das classes revela que os enfermeiros possuem o conhecimento científico das práticas a serem adotados para a prevenção de infecção de corrente sanguínea, porém por vezes não as adotam em seu cotidiano assistencial. No entanto, os enfermeiros mostraram-se preocupados em supervisionar a prática dos demais profissionais de saúde que prestam assistência ao paciente com cateter venoso central e reconhecem a importância da adoção de um protocolo de rotinas acerca da temática em seu serviço de saúde, até então inexistente.

     

  • PATRÍCIA DE AZEVEDO LEMOS CAVALCANTI
  • EFEITO DAS MODALIDADES DE ENSINO PRESENCIAL E A DISTÂNCIA NO CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS SOBRE ÚLCERA POR PRESSÃO


  • Orientador : ELAINE MARIA LEITE RANGEL ANDRADE
  • Data: 07/03/2013
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  • Estudos não indicam consenso sobre qual modalidade de ensino seria melhor para
    aumentar o conhecimento dos enfermeiros sobre úlcera por pressão (UPP). Frente
    ao exposto, este estudo teve por objetivo verificar o efeito das modalidades de
    ensino presencial e a distância no conhecimento de  enfermeiros sobre UPP.
    Pesquisa experimental de grupo controle pós-teste, realizada em um hospital público
    de grande porte do estado do Piauí, no período de janeiro a abril de 2012. A amostra
    foi de 43 enfermeiros divididos aleatoriamente em Grupo controle (n=20) submetido
    à modalidade de ensino presencial e Grupo experimental (n=23) à modalidade de
    ensino a distância. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em
    Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Para coleta de dados, utilizou-se o teste
    de Pieper e Moot (1995) e um instrumento sobre características sociodemográficas,
    uso do computador e Internet. Estatísticas descritivas foram utilizadas para análise
    das variáveis sociodemográficas, de formação, experiência profissional, uso do
    computador, da Internet e conhecimento dos enfermeiros sobre UPP nas
    modalidades de ensino presencial e a distância. O Test  t  para duas amostras
    independentes também foi utilizado para comparar a  diferença no conhecimento
    sobre UPP entre os enfermeiros participantes das modalidades de ensino presencial
    e a distância. Dos 43 enfermeiros que participaram  do estudo 20 (46,5%) foram
    submetidos a modalidade de ensino presencial e 23 (53,5%) a modalidade de ensino
    a distância. A média de acertos no teste de Pieper  e Mott (1995) para os
    participantes da modalidade de ensino presencial foi 34,0 (dp=3,3) e para os
    participantes da modalidade de ensino a distância  36,2 (dp= 2,7). Essa diferença de
    médias foi estatisticamente significante (p=0,019). O efeito da modalidade de ensino
    a distância no conhecimento dos enfermeiros sobre UPP foi maior do que na
    modalidade de ensino presencial. Isso pode ter ocorrido pelo fato da EaD ser mais
    flexível e permitir estudo do conteúdo no próprio ambiente de trabalho. No ensino
    presencial a dificuldade para reunir os enfermeiros nos locais de trabalho para oferecer programas de educação permanente coloca essa modalidade de ensino em
    desvantagem a EaD. Na educação permanente em enfermagem a EaD pode ser
    uma estratégia eficaz pela praticidade, interatividade e por permitir ao enfermeiro
    que está na prática clínica decidir sobre o melhor momento e local para acessar o
    conteúdo. Melhorar o conhecimento dos enfermeiros sobre UPP é indispensável para promover nas organizações de saúde a disseminação e implementação de
    práticas preventivas concernentes as Diretrizes e a educação permanente deve ser
    prioridade para os gestores de enfermagem.

2012
Descrição
  • ROCHELLY OLIVEIRA SANTOS
  • A VIVÊNCIA DA CONTRACEPÇÃO ENTRE MULHERES ADOLESCENTES: realidades e desafios para a Enfermagem
  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 20/12/2012
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  • A adolescência é uma etapa da vida marcada por intensas transformações biopsicoemocionais e socioculturais em que o indivíduo experimenta diversas sensações. A iniciação sexual é cada vez mais precoce entre as adolescentes, entretanto, as transformações biológicas que se dão nessa fase nem sempre ocorrem em consonância com a maturidade psicoemocional. As questões de gênero e as dimensões socioculturais em que são vivenciadas a atividade sexual e a contracepção na adolescência tornam a temática relevante para as pesquisas de enfermagem, dado a ocorrência de gravidez indesejada, abortamentos provocados, morbimortalidade materna e infantil e a possibilidade de exposição das adolescentes às doenças sexualmente transmissíveis. O estudo objetivou analisar a vivência da contracepção entre as adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos e problematizar as dificuldades em interiorizar as normas contraceptivas e a adoção das práticas contraceptivas regulares para entender o fenômeno da gravidez na adolescência. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e descritiva, cujo método empregado foi a História de Vida, realizada no município de Caxias-MA com quatorze adolescentes que haviam feito uso de método contraceptivo. A produção dos dados ocorreu por meio de entrevista aberta e prolongada e a partir dos relatos evidenciaram-se quatro categorias: uso de contraceptivos e a prática sexual na adolescência; obstáculos para a utilização dos métodos contraceptivos; contracepção das adolescentes e a questão de gênero; e, atuação da enfermeira na assistência contraceptiva das adolescentes. Constatou-se predominância no uso do condom masculino e da pílula, bem como a tendência de substituição do condom pela pílula oral e coito interrompido. Os elementos que dificultaram a adesão das adolescentes foram o esquecimento em relação à tomada da pílula; medo/vergonha em revelar o exercício sexual à família e à comunidade; os efeitos colaterais provocados; os mitos e tabus relacionados aos métodos contraceptivos; os pensamentos mágicos de que não engravidariam e a rejeição do parceiro em relação ao condom. As questões relacionadas ao gênero causaram inquietude ao relacioná-las com sexo e sexualidade, sendo identificados valores machistas que pregam a supremacia dos homens nas relações sexuais em detrimento da mulher. A atuação da enfermeira mostrou-se primordial a partir da implementação de atividades educativas, de aconselhamento e assistenciais na unidade de saúde, na escola e nos espaços de convivência para a promoção da qualidade de vida das adolescentes. Concluiu-se que as práticas contraceptivas das adolescentes precisam ser discutidas no contexto político, pois as mesmas necessitam se tornar alvo das ações de saúde integral e de políticas públicas eficazes para que elas adotem comportamentos seguros. Recomenda-se a criação de um Centro de Saúde Integrado para atendimento das adolescentes no município e a inserção de enfermeiras nas escolas com vistas à promoção da saúde das adolescentes, que demandam por uma assistência integral e individualizada.

  • BELISA MARIA DA SILVA MELO FONSÊCA
  • CONSUMO DE CRACK POR PROSTITUTAS: prevalência e fatores associados.
  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 18/12/2012
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  • INTRODUÇÃO: O aumento do consumo de crack é um problema que gera diferentes demandas em atenção à saúde. O número de usuários, maior visibilidade social e maior procura aos serviços levam à necessidade de ampliação deste campo de estudo. O consumo da substância se expandiu rapidamente no país em diversos grupos e segmentos sociais, dentre eles as prostitutas. Há relação entre prostituição e uso de crack que se faz na medida em que possibilita a prática do sexo comercial para aquisição da droga, o que amplia a vulnerabilidade para diversos fatores de risco. OBJETIVOS: Esta pesquisa teve como objetivos estimar a prevalência do consumo de crack e fatores associados em prostitutas; caracterizar a população do estudo sociodemograficamente; caracterizar o padrão de consumo do crack por prostitutas; levantar os fatores de risco associados ao consumo e identificar os

    problemas relacionados ao consumo de crack por essas mulheres. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo, transversal, realizado com 227

    prostitutas de Teresina-PI, localizadas em bares, boates, praças e pontos de

    esquinas. O instrumento de coleta de dados foi um formulário aplicado no período de janeiro a maio de 2012. RESULTADOS: Os resultados mostraram que o grupo estudado se compõe em sua maioria entre 18 a 56 anos de idade, solteira (70,5%), renda mensal de um a três salários mínimos (45,8%), ensino fundamental incompleto (33,9%) e com filhos (82,4%). Informam ocorrência de abortos (45,4%) e uso de preservativo em suas relações (54,4%). A maioria das mulheres está na atividade de prostituição a menos de quatro anos (56,4%) e só exercem essa atividade (63,4%). A prevalência do consumo de crack levantada foi em 23,3% da amostra, com período de consumo menor que 3 anos (58,4%), uso diário (52,8%), utilizando uma quantidade acima de seis pedras (50,9%). Das usuárias, 67,9% já usaram de seus serviços sexuais para obtenção do crack. Entre as drogas mais consumidas antes do consumo de crack estão o álcool, tabaco e maconha (41,5%) e em associação com o crack estão o álcool e tabaco (60,4%). Problemas respiratórios, perda de peso e problemas psicológicos são os problemas de saúde mais relatados entre as mulheres. Faixa etária, consumo de outras drogas, tempo de consumo, exposição a riscos, não realização de outras atividades, aconselhamento e negociação de sexo por crack foram os fatores que obtiveram associação significativa com o consumo do crack. CONCLUSÃO: À luz dos resultados obtidos e dos aspectos contemplados nas discussões sobre a temática do consumo de crack por prostitutas, surge a necessidade de criação de políticas públicas com novas ações em questões de cidadania e parcerias, que não se restrinjam apenas à área da saúde. A prostituição e sua relação com o consumo de drogas envolvem peculiaridades e como tal precisa ser considerada e compreendida desde o ponto de vista dos modos de organização da sociedade, com a construção de novas formas de abordagens terapêuticas para a prática de uma assistência de qualidade.

  • LUCYANNA CAMPOS GONÇALVES
  • Acolhimento com classificação de risco em serviços de urgência e emergência de uma capital do nordeste.
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 18/12/2012
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  • O Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) constitui dispositivo assistencial que pressupõe a determinação de agilidade no atendimento ao usuário, protocolo definido, priorizando o grau de necessidade e não a ordem de chegada; escuta qualificada e postura dos profissionais. Requer a estruturação em dois eixos: o vermelho, do paciente grave e o azul, daquele aparentemente não grave, com ambiência e equipamentos adequados. Objetivou-se avaliar o ACCR nos hospitais municipais de Teresina.Trata-se de estudo avaliativo por triangulação de métodos. A população do estudo foi composta por enfermeiros e usuários do ACCR de cinco hospitais municipais de Teresina, codificados como A, B, C, D eE.  A amostra de usuários teve como base o fluxo mensal de atendimento, chegando ao total de 371 sujeitos; considerou-se a amostra de 14 enfermeiros, determinada por saturação dos discursos. Foram utilizados três instrumentos de pesquisa: formulário tipo checklistpara os dados da estrutura; questionário para os usuários, levando em consideração aspectos como: dignidade, agilidade, confidencialidade, comunicação, instalações e suporte social; por último, o roteiro de entrevista semi-estruturada para os enfermeiros, com perguntas referentes à idade, tempo de atuação profissional, conduta profissional, operacionalização, entraves e facilidades do ACCR. Os dados quantitativos foram analisados utilizando o StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS, versão 15.0) e empregou-se o teste Qui-Quadrado de Pearson (Ҳ2) com nível de significância(p<0,05). Os dados qualitativos foram analisados considerando a análise temática.A avaliação da estrutura e ambiência nos cinco hospitais foi considerada parcialmente satisfatória, tendo em vista o atendimento de somente parte das recomendações oficiais. Os usuários atendidos no ACCR mantiveram percentuais próximos entre o sexo masculino (50,9%) e o feminino (49,1%). A média de idade 42,5 anos, residentes em Teresina (71,4%). As dimensões dignidade, confidencialidade, comunicação, agilidade e instalações foram avaliadas positivamente pela maioria da amostra. Contudo, evidenciou-se que o Hospital E foi alvo de insatisfação na maioria dos atributos. O Hospital C obteve avaliação insatisfatória quanto à localização e identificação dos setores. Os enfermeiros ressaltaram a operacionalidade do ACCR, o caminho percorrido pelo usuário, a importância do protocolo de classificação e da humanização da assistência como prerrogativa mestra do ACCR, a sua prática profissional no ACCR, bem como os dispositivos legais inerentes. Dentre as dificuldades apontadas, aquelas que se sobressaíram foram: o despreparo profissional para operar o ACCR, lacunas na interação multiprofissional e reduzido número de pessoal. Concluiu-se que o ACCR em Teresina consegue, em partes, atender às recomendações de estrutura e ambiência, bem como satisfazeros usuários, em grande percentual, quanto aos aspectos de dignidade, agilidade, confidencialidade, comunicação, instalações e suporte social. Sobre a perspectiva dos enfermeiros, depreendeu-se a necessidade de ampliar os espaços para o diálogo entre profissionais e gestores, almejando que o fluxo do sistema de saúde ocorra de forma mais eficiente.

  • GIOVANNA DE OLIVEIRA LIBÓRIO DOURADO
  • CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS POR PROSTITUTAS: prevalência e fatores associados

  • Orientador : CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
  • Data: 17/12/2012
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  • Introdução: O consumo de bebidas alcoólicas se faz presente associado a diversão, prazer e festividades. Entre prostitutas a bebida é fenômeno circundante, presente durante a atividade. Estar sobre o efeito de bebidas alcoólicas potencializa a situação de vulnerabilidade e riscos. Objetivo geral: estimar a prevalência do consumo de bebidas alcoólicas e fatores associados entre prostitutas. Objetivos específicos: Caracterizar a população do estudo sociodemograficamente; Identificar o padrão de consumo do álcool entre as mulheres do estudo; Levantar os fatores de risco associados ao consumo de álcool; Identificar problemas relacionados ao consumo de álcool. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e descritivo desenvolvido em Teresina, Piauí nos ambientes de trabalho das mulheres prostitutas. A amostra foi constituída por 227 sujeitos. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a maio de 2012 por meio de formulário. Resultados: A amostra se constituiu por mulheres prostitutas com idade entre 18 a 56 anos procedentes do Piauí (66,52%), residentes no local de trabalho (24,23%), com filhos (82,38%). Quanto ao uso de preservativo 56,39% utilizam em todas as relações sexuais e 78,41% refeririam não ter tido nenhuma ocorrência de doença  sexualmente transmissível. A prevalência de consumo de bebida alcoólica foi de 91,6%. A experimentação ocorreu principalmente na faixa etária entre 8 e 16 anos  60,79%) e sozinhas (39,21%). Os locais de experimentação mais citados foram os bares e boates (38,33%). Dentre as entrevistadas 43,61% já deixaram de consumir bebidas alcoólicas em algum momento da vida. O local de consumo de maior freqüência são aquelas onde ocorrem a prostituição, a bebida mais consumida é a cerveja (74,04%) e o  motivo mais citado é a busca de diversão e lazer  (44,71%). Em relação aos riscos 56,82% já se envolveram em situação de risco ou já tiveram algum problema físico, mental ou social decorrente do consumo. Com relação ao padrão de consumo 44% apresentaram um escore compatível com possível dependência de álcool. Residir fora do local de trabalho, com os filhos, exposição a situação de risco, problemas físicos, consumo de outras drogas e tempo de prostituição foram as variáveis associadas estatisticamente ao consumo de bebidas alcoólicas por prostitutas. Conclusão: As mulheres do estudo apresentam um padrão de consumo de bebidas alcoólicas prejudicial, relacionado a danos a saúde associado a inúmeros fatores de risco, como sexo sem preservativo, dirigir alcoolizado, envolver-se em brigas, quedas e acidentes. Conhecer os fatores de risco associados possibilita embasamento para realização de ações voltadas especificamente para esse público.

  • LAÍS CARVALHO DE SÁ
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    SOROPREVALÊNCIA DA HEPATITE C E FATORES ASSOCIADOS EM USUÁRIOS DE CRACK NO PIAUÍ

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 17/12/2012
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  • INTRODUÇÃO: Entre as doenças infecciosas relacionadas ao uso de crack destaca-se a hepatite C. Certos hábitos podem manter os seus usuários em risco de transmissão e contágio, em especial aqueles relacionados aos instrumentos para a confecção e uso da droga. Além disso, participam de outros comportamentos que aumentam o risco de doenças infecciosas, como uso de outras drogas injetáveis ou práticas sexuais de alto risco. OBJETIVO: investigar a soroprevalência da hepatite C e os fatores associados em usuários de crack do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de um inquérito soro-epidemiológico, desenvolvido nos CAPS ad do Piauí. A coleta de dados foi realizada nos meses de dezembro/2011 a maio/2012, por meio da aplicação de formulário e coleta de sangue para pesquisa dos marcadores sorológicos. Os dados foram digitados e analisados com a utilização do software SPSS versão 18.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples e bivariadas adotando-se o teste exato de Fisher e de Mann-Whitney com nível de significância (p<0,05). RESULTADOS: Dos 353 usuários de crack que participaram do estudo, 183 (51,8%) estavam na faixa etária de 20 a 30 anos, 297 (84,1%) eram homens e 103 (29,2%) apresentaram renda familiar de até 622 reais. Sobre o padrão de uso do crack, 185 (52,4%) usuários utilizaram a droga por um período superior a 37 meses; 197 (55,8%) relataram utilizá-la diariamente e os materiais utilizados para fabricação dos cachimbos foram mesclado (197/55,8%) e latas (191/54,1%). Constatou-se que a população investigada está exposta a condições que a torna susceptível à infecção pelo vírus da hepatite C, evidenciada pelo hábito de partilhar o cachimbo, uso de outras drogas, relações sexuais desprotegidas, prisões, aplicações de tatuagens e lesões nasais. Na pesquisa dos marcadores sorológicos da hepatite C, 05 (1,4%) foram positivos para o Anti-HCV e 04 (1,1%) para o RNA-HCV. Houve associação estatisticamente significativa entre o marcador sorológico Anti-HCV e idade, tempo de uso do crack, tempo de detenção, interrupção do uso do crack, hábito de partilhar os cachimbos e não queixas na garganta. Com relação ao RNA-HCV, as associações encontradas foram as mesmas, com exceção do tempo de detenção prisional. CONCLUSÃO: Os achados reforçam a necessidade urgente de implementação das políticas voltadas para os usuários de crack, devido ao acelerado processo de deterioração física e psíquica a que estão sujeitos, justificado pelo alto poder de dependência que a substância psicoativa provoca. É relevante a criação de programas de educação em saúde sobre os comportamentos de risco que os expõem a doenças infecciosas, como a Hepatite C.

     



  • ILLOMA ROSSANY LIMA LEITE
  • CARGA DE TRABALHO DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA E FATORES ASSOCIADOS À SAÚDE DO TRABALHADOR

  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 10/12/2012
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  • Em terapia intensiva a avaliação da carga de trabalho de enfermagem, com o uso de instrumentos de medida, é importante fator para um adequado provimento de pessoal nessas unidades, devido suas implicações na qualidade da assistência prestada aos pacientes, bem como na saúde dos trabalhadores. Este estudo teve como objetivo avaliar a carga de trabalho de enfermagem em terapia intensiva por meio da aplicação do Nursing Activities Score (NAS) e fatores associados à saúde dos trabalhadores dessas unidades. Trata-se de pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, desenvolvida em duas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de um Hospital Público na cidade de Teresina, Piauí, entre setembro de 2011 a janeiro de 2012. A amostra foi constituída por 109 pacientes em sua maioria do sexo feminino (54,1%), com média de 50,8 anos, e por 64 profissionais de enfermagem, média de 44 anos, destes 70,5% eram técnicos de enfermagem, 18,8% enfermeiros e 6,2% auxiliares de enfermagem. Quanto à carga de trabalho, foram realizadas 1021 medidas do NAS obteve-se uma média geral do NAS de 69%, com mínimo de 45,4% e máximo de 112,9%, na assistência direta dos profissionais de enfermagem. Ao correlacionar a demanda de trabalho (NAS) com idade, tempo de permanência e desfecho clínico, houve significância estatística apenas com desfecho clínico (p=0,0001). Já com relação à saúde dos trabalhadores de enfermagem, apesar de 67,2% se consideram saudáveis, 89,1% afirmam apresentar algum problema de saúde relacionado ao trabalho e 70,3% considera que o trabalho nas UTI do estudo pode ser prejudicial às suas saúdes. Além disso, 61% dos profissionais não se sentem valorizados pelo trabalho que realizam nas UTI do estudo. Destes, 48,2% a justificam pela baixa remuneração, 20,7% pela sobrecarga de trabalho e 15,5% pela falta de reconhecimento social. Quando correlacionado os problemas de saúde relacionados ao trabalho com as variáveis idade, tempo de trabalho e turno de trabalho em UTI, verificou-se associação estatística apenas com a idade (p= 0,039). Conclui-se que a demanda de trabalho requerida pelo pacientes foi elevada, refletida através da alta média do NAS, e os profissionais apresentam quadro de saúde comprometido, reflexo também de uma sobrecarga de trabalho, segundo relato dos mesmos. Sugere-se que outros estudos relacionando as implicações da carga de trabalhado de enfermagem na qualidade de vida desses profissionais sejam realizados de maneira mais especifica, em conjunto com a aplicação de instrumentos como o NAS, no intuito de beneficiar pacientes, profissionais e instituições hospitalar.

  • ALINE SILVA SANTOS
  • “PREVALÊNCIA DO HIV EM CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM POR UMA CAPITAL DO NORDESTE"



  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 10/12/2012
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  • INTRODUÇÃO: A infecção causada pelo Human Imunodeficiency Vírus (HIV) é um dos mais sérios problemas de saúde pública mundial, que sendo relacionado a comportamentos de risco, algumas características inerentes à cultura masculina podem torná-los mais suscetíveis. Nesse contexto, merecem destaque os caminhoneiros, população predominantemente masculina, que em função do trabalho permanece longos períodos fora de casa apresentando comportamentos de risco para as Doenças Sexualmente Transmissíveis. OBJETIVO: Investigar a prevalência da infecção pelo HIV e fatores associados, em caminhoneiros que trafegam por uma capital do Nordeste. METODOLOGIA: Realizou-se pesquisa transversal, em um posto de combustíveis situado em um bairro de Teresina, no período de maio a julho/2012, com 384 caminhoneiros. Os dados foram coletados mediante aplicação de formulários e teste rápido por meio de coleta de sangue para detecção dos anticorpos anti-HIV. Posteriormente, os dados foram digitados e analisados com a utilização do Software Statistical Package for Social Science versão 19.0. Foram realizadas estatísticas descritivas simples e para identificar os fatores preditores do uso da camisinha nas relações sexuais e da multiparceria sexual aplicou-se o teste de qui-quadrado e a razão de chance – Odds Ratio (OR). Para analisar a associação dos dados sociodemográficos com o sexo seguro, aplicou-se a anova com post hoc de Turkey. Na análise multivariada foi utilizada a OR ajustada. A significância estatística foi fixada em (p<0,05). Foram obedecidos todos os princípios da Resolução nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Observou-se que 100% dos entrevistados eram do sexo masculino; 57,5% tinham entre 31 e 50 anos; 69% casados ou em união estável; 58,6% residentes na região Nordeste e 79,4% adeptos à religião católica. Podem ser considerados como fatores de risco: baixa escolaridade (50%); uso de álcool (69,5%) e de drogas (26,8%); múltipla parceria sexual (50,3%); não uso ou uso esporádico de camisinha (56,3%). Com relação à testagem para infecção pelo HIV, detectou-se a prevalência de 0,8% entre os caminhoneiros. Verificou-se associação estatisticamente significativa entre o uso do preservativo e a situação conjugal (ORna=1,9; p<0,01;); ter filhos (ORna=2,1; p=0,01); ter apenas uma parceira sexual (ORna=0,3; p<0,01); e selecionar o parceiro sexual (ORna=2,5; p<0,01). E da variável multiparceria sexual com situação conjugal (ORna=0,3; p<0,01); uso de droga (ORna=2,0; p<0,01); uso de bebidas (ORna=0,4; p<0,01) e uso de drogas (ORna=2,5; p<0,01) antes das relações. CONCLUSÃO: A prevalência do vírus da imunodeficiência humana entre os caminhoneiros foi detectada neste estudo, associada aos fatores de risco, que tornam os motoristas vulneráveis à contaminação e ainda contribuem para disseminação do HIV na população em geral. O desafio é transmitir informação a essa população, carente de conhecimento e de acesso aos serviços de saúde, e sensibilizá-la para a mudança de comportamento.

  • ALINE SILVA SANTOS
  • “PREVALÊNCIA DO HIV EM CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM POR UMA CAPITAL DO NORDESTE.

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 10/12/2012
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  • INTRODUÇÃO: A infecção causada pelo Human Imunodeficiency Vírus (HIV) é um dos mais sérios problemas de saúde pública mundial, que sendo relacionado a comportamentos de risco, algumas características inerentes à cultura masculina podem torná-los mais suscetíveis. Nesse contexto, merecem destaque os caminhoneiros, população predominantemente masculina, que em função do trabalho permanece longos períodos fora de casa apresentando comportamentos de risco para as Doenças Sexualmente Transmissíveis. OBJETIVO: Investigar a prevalência da infecção pelo HIV e fatores associados, em caminhoneiros que trafegam por uma capital do Nordeste. METODOLOGIA: Realizou-se pesquisa transversal, em um posto de combustíveis situado em um bairro de Teresina, no período de maio a julho/2012, com 384 caminhoneiros. Os dados foram coletados mediante aplicação de formulários e teste rápido por meio de coleta de sangue para detecção dos anticorpos anti-HIV. Posteriormente, os dados foram digitados e analisados com a utilização do Software Statistical Package for Social Science versão 19.0. Foram realizadas estatísticas descritivas simples e para identificar os fatores preditores do uso da camisinha nas relações sexuais e da multiparceria sexual aplicou-se o teste de qui-quadrado e a razão de chance – Odds Ratio (OR). Para analisar a associação dos dados sociodemográficos com o sexo seguro, aplicou-se a anova com post hoc de Turkey. Na análise multivariada foi utilizada a OR ajustada. A significância estatística foi fixada em (p<0,05). Foram obedecidos todos os princípios da Resolução nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Observou-se que 100% dos entrevistados eram do sexo masculino; 57,5% tinham entre 31 e 50 anos; 69% casados ou em união estável; 58,6% residentes na região Nordeste e 79,4% adeptos à religião católica. Podem ser considerados como fatores de risco: baixa escolaridade (50%); uso de álcool (69,5%) e de drogas (26,8%); múltipla parceria sexual (50,3%); não uso ou uso esporádico de camisinha (56,3%). Com relação à testagem para

    infecção pelo HIV, detectou-se a prevalência de 0,8% entre os caminhoneiros. Verificou-se associação estatisticamente significativa entre o uso do preservativo e a situação conjugal (ORna=1,9; p<0,01;); ter filhos (ORna=2,1; p=0,01); ter apenas uma parceira sexual (ORna=0,3; p<0,01); e selecionar o parceiro sexual (ORna=2,5; p<0,01). E da variável multiparceria sexual com situação conjugal (ORna=0,3; p<0,01); uso de droga (ORna=2,0; p<0,01); uso de bebidas (ORna=0,4; p<0,01) e uso de drogas (ORna=2,5; p<0,01) antes das relações. CONCLUSÃO: A prevalência do vírus da imunodeficiência humana entre os caminhoneiros foi detectada neste estudo,associada aos fatores de risco, que tornam os motoristas vulneráveis à contaminação e ainda contribuem para disseminação do HIV na população em geral. O desafio é transmitir informação a essa população, carente de conhecimento e de acesso aos serviços de saúde, e sensibilizá-la para a mudança de comportamento.

     

  • SARAH NILKECE MESQUITA ARAÚJO NOGUEIRA BASTOS
  • MUCOSITE ORAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM


  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 07/12/2012
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  • A mucosite é uma sequela citotóxica da terapêutica oncológica, que atinge a mucosa do tratro gastrointestinal, determinando sintomas que afetam a qualidade de vida do paciente, portanto de extrema importância para a assistência de enfermagem. Objetivou-se neste estudo caracterizar clinicamente a ocorrência de mucosite oral e sua correlação com a assistência de enfermagem. Para tanto, realizou-se estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa no período de agosto de 2011 a janeiro de 2012, em dois serviços especializados em oncologia no estado do Piauí, localizados em Teresina, um de natureza filantrópica e outro privada. A amostra do tipo aleatória simples constituiu-se por 213 pacientes com média de idade de 45,8 anos, majoritariamente do sexo feminino (65,3%), com até 11 anos de estudos (72,3%) e com renda básica de até um salário mínimo (37,1%). Quanto ao tratamento oncológico de escolha, a quimioterapia isolada apresentou a maior incidência (69,2%) e os cânceres mais observados foram da região da cabeça e pescoço (19%). As formas graves de mucosite relacionaram-se à quimiorradiação e à administração de quimioterápicos da classe dos alquilantes (46,7%). Percentual de 8,0% dos participantes tiveram seus tratamentos oncológicos interrompidos por conta da mucosite oral. Somente 25,3% dos pacientes relevaram ter recebido orientações de enfermeiros durante o tratamento e não se observou diferença significativa desta assistência no serviço público e privado. O bochecho com suspensão de nistatina (46,9%) foi o tratamento mais prescrito para mucosite e os distúrbios gastrointestinais (73,0%) foram as principais queixas relatadas. Concluiu-se que a mucosite oral é uma afecção de natureza multifatorial e conhecer os seus fatores de risco é precípuo para a formulação de uma assistência de enfermagem que vislumbre a prevenção, a partir da instituição de um plano de cuidados orais. Sugere-se um estudo de natureza qualitativa que complemente esta análise invocando os aspectos subjetivos destes pacientes.

     

     

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  • SARAH NILKECE MESQUITA ARAÚJO NOGUEIRA BASTOS
  • MUCOSITE ORAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 07/12/2012
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  • A mucosite é uma sequela citotóxica da terapêutica oncológica, que atinge a mucosa do tratro gastrointestinal, determinando sintomas que afetam a qualidade de vida do paciente, portanto de extrema importância para a assistência de enfermagem. Objetivou-se neste estudo caracterizar clinicamente a ocorrência de mucosite oral e sua correlação com a assistência de enfermagem. Para tanto, realizou-se estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa no período de agosto de 2011 a janeiro de 2012, em dois serviços especializados em oncologia no estado do Piauí, localizados em Teresina, um de natureza filantrópica e outro privada. A amostra do tipo aleatória simples constituiu-se por 213 pacientes com média de idade de 45,8 anos, majoritariamente do sexo feminino (65,3%), com até 11 anos de estudos (72,3%) e com renda básica de até um salário mínimo (37,1%). Quanto ao tratamento oncológico de escolha, a quimioterapia isolada apresentou a maior incidência (69,2%) e os cânceres mais observados foram da região da cabeça e pescoço (19%). As formas graves de mucosite relacionaram-se à quimiorradiação e à administração de quimioterápicos da classe dos alquilantes (46,7%). Percentual de 8,0% dos participantes tiveram seus tratamentos oncológicos interrompidos por conta da mucosite oral. Somente 25,3% dos pacientes relevaram ter recebido orientações de enfermeiros durante o tratamento e não se observou diferença significativa desta assistência no serviço público e privado. O bochecho com suspensão de nistatina (46,9%) foi o tratamento mais prescrito para mucosite e os distúrbios gastrointestinais (73,0%) foram as principais queixas relatadas. Concluiu-se que a mucosite oral é uma afecção de natureza multifatorial e conhecer os seus fatores de risco é precípuo para a formulação de uma assistência de enfermagem que vislumbre a prevenção, a partir da instituição de um plano de cuidados orais. Sugere-se um estudo de natureza qualitativa que complemente esta análise invocando os aspectos subjetivos destes pacientes.

  • JULIANA VIEIRA FIGUEIREDO
  • "AMAMENTAÇÃO NO ALOJAMENTO CONJUNTO: o cuidado dos profissionais de enfermagem sob a ótica da fenomenologia".

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 23/11/2012
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O cuidado dos profissionais de enfermagem para a promoção da amamentação no alojamento conjunto foi o objeto deste estudo, cujo objetivo foi compreender o significado desse cuidado à luz do pensamento filosófico de Martin Heidegger. Utilizou-se a fenomenologia de Martin Heidegger como referencial metodológico. Foram entrevistados doze profissionais da equipe de enfermagem que prestavam assistência direta ao recém-nascido em alojamento conjunto. Dos discursos, foram extraídas as estruturas essenciais que formaram três unidades de significação. O cuidado dos profissionais de enfermagem foi significado como auxílio, incentivo, orientação, aproximação entre mãe e filho, alegria, satisfação e gratificação para a equipe de enfermagem. A hermenêutica revelou que os profissionais de enfermagem ao expressarem o que fazem mostraram-se como ser-com-os-outros e ser-no-mundo. Como ser-no-mundo os profissionais de enfermagem mostraram-se como sendo-com-as-mães e sendo-com-os-recém-nascidos. A preocupação com o binômio mãe e filho motivou a equipe de enfermagem a realizar um cuidado autêntico, não substitutivo, mas que permitisse autonomia materna para aleitar o filho. Ao utilizarem uma linguagem conhecida das mães para orientá-las, mostraram a preocupação com a compreensão materna das informações sobre a amamentação. O cuidado dos profissionais de enfermagem em alojamento conjunto foi guiado pela disposição e pela consideração à puérpera e ao recém-nascido. O profissional de enfermagem mostrou-se na ocupação realizando atividades favoráveis ao aleitamento materno. Considera-se dessa forma que o significado desvelado do cuidado dos profissionais de enfermagem em alojamento conjunto mostra-se favorável ao estabelecimento precoce e à manutenção do aleitamento materno, evidenciando que a equipe de enfermagem realiza uma assistência singular e de qualidade em alojamento conjunto ao binômio mãe e filho.

  • JULIANA VIEIRA FIGUEIREDO
  • AMAMENTAÇÃO NO ALOJAMENTO CONJUNTO: o cuidado dos profissionais de enfermagem sob a ótica da fenomenologia

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 23/11/2012
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  • O cuidado dos profissionais de enfermagem para a promoção da amamentação no alojamento conjunto foi o objeto deste estudo, cujo objetivo foi compreender o significado desse cuidado à luz do pensamento filosófico de Martin Heidegger. Utilizou-se a fenomenologia de Martin Heidegger como referencial metodológico. Foram entrevistados doze profissionais da equipe de enfermagem que prestavam assistência direta ao recém-nascido em alojamento conjunto. Dos discursos, foram extraídas as estruturas essenciais que formaram três unidades de significação. O cuidado dos profissionais de enfermagem foi significado como auxílio, incentivo, orientação, aproximação entre mãe e filho, alegria, satisfação e gratificação para a equipe de enfermagem. A hermenêutica revelou que os profissionais de enfermagem ao expressarem o que fazem mostraram-se como ser-com-os-outros e ser-no-mundo. Como ser-no-mundo os profissionais de enfermagem mostraram-se como sendo-com-as-mães e sendo-com-os-recém-nascidos. A preocupação com o binômio mãe e filho motivou a equipe de enfermagem a realizar um cuidado autêntico, não substitutivo, mas que permitisse autonomia materna para aleitar o filho. Ao utilizarem uma linguagem conhecida das mães para orientá-las, mostraram a preocupação com a compreensão materna das informações sobre a amamentação. O cuidado dos profissionais de enfermagem em alojamento conjunto foi guiado pela disposição e pela consideração à puérpera e ao recém-nascido. O profissional de enfermagem mostrou-se na ocupação realizando atividades favoráveis ao aleitamento materno. Considera-se dessa forma que o significado desvelado do cuidado dos profissionais de enfermagem em alojamento conjunto mostra-se favorável ao estabelecimento precoce e à manutenção do aleitamento materno, evidenciando que a equipe de enfermagem realiza uma assistência singular e de qualidade em alojamento conjunto ao binômio mãe e filho.

     

     

  • JULIANA VIEIRA FIGUEIREDO
  • "AMAMENTAÇÃO NO ALOJAMENTO CONJUNTO: o cuidado dos profissionais de enfermagem sob a ótica da fenomenologia".

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 23/11/2012
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  • O cuidado dos profissionais de enfermagem para a promoção da amamentação no alojamento conjunto foi o objeto deste estudo, cujo objetivo foi compreender o significado desse cuidado à luz do pensamento filosófico de Martin Heidegger. Utilizou-se a fenomenologia de Martin Heidegger como referencial metodológico. Foram entrevistados doze profissionais da equipe de enfermagem que prestavam assistência direta ao recém-nascido em alojamento conjunto. Dos discursos, foram extraídas as estruturas essenciais que formaram três unidades de significação. O cuidado dos profissionais de enfermagem foi significado como auxílio, incentivo, orientação, aproximação entre mãe e filho, alegria, satisfação e gratificação para a equipe de enfermagem. A hermenêutica revelou que os profissionais de enfermagem ao expressarem o que fazem mostraram-se como ser-com-os-outros e ser-no-mundo. Como ser-no-mundo os profissionais de enfermagem mostraram-se como sendo-com-as-mães e sendo-com-os-recém-nascidos. A preocupação com o binômio mãe e filho motivou a equipe de enfermagem a realizar um cuidado autêntico, não substitutivo, mas que permitisse autonomia materna para aleitar o filho. Ao utilizarem uma linguagem conhecida das mães para orientá-las, mostraram a preocupação com a compreensão materna das informações sobre a amamentação. O cuidado dos profissionais de enfermagem em alojamento conjunto foi guiado pela disposição e pela consideração à puérpera e ao recém-nascido. O profissional de enfermagem mostrou-se na ocupação realizando atividades favoráveis ao aleitamento materno. Considera-se dessa forma que o significado desvelado do cuidado dos profissionais de enfermagem em alojamento conjunto mostra-se favorável ao estabelecimento precoce e à manutenção do aleitamento materno, evidenciando que a equipe de enfermagem realiza uma assistência singular e de qualidade em alojamento conjunto ao binômio mãe e filho.

  • MARYLANE VIANA VELOSO
  • "IDOSO INSTITUCIONALIZADO: AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL PARA INTERVENÇÃO DE SAÚDE"

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 23/10/2012
  • Visualizar Dissertação/Tese   Mostrar Resumo
  • O envelhecimento populacional é uma realidade em ascensão, decorrente das transformações epidemiológicas, sanitárias, socioeconômicas e tecnológicas. No entanto, pessoas com maior fragilidade nos suportes familiar, social e econômico tendem, com frequência, à institucionalização. Este estudo objetivou avaliar a capacidade funcional de idosos institucionalizados no município de Teresina/PI, através do Índex de Katz, com posterior levantamento dos diagnósticos de enfermagem nos idosos com maior comprometimento, a fim de sugerir um plano de cuidados terapêuticos, utilizando a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) versão 1. Realizou-se estudo quantitativo do tipo transversal, desenvolvido em quatro Instituições de Longa Permanência para Iodos (ILPIs), no período de Agosto de 2011 a Janeiro de 2012, com uma população de 171 idosos. E em uma amostra de 19 idosos com maior grau de dependência funcional foram identificadas as Necessidades Humanas Básicas (NHB) e aplicada a CIPE para elaboração do plano de intervenções. Os dados foram organizados e analisados no software StatisticalPackage for Social Sciences (SPSS) versão 15.0, empregando a estatística descritiva para apresentação dos valores absolutos e relativos. Utilizou-se o teste Post Hoc – Turkey e a análise de variância (ANOVA) no cálculo das múltiplas comparações entre as médias encontradas nas ILPIs. Para investigar a associação dos estados clínicos de morbidade, lucidez e uso de cadeira de rodas à incapacidade funcional, utilizou-se o teste Quiquadrado de Pearson e a razão de chance OddsRatio (OR). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), sob o nº CAAE 02120045000-11. Os resultados apontaram: taxa de institucionalização de 0,25%, predomínio de indivíduos do sexo masculino (0,32%), correspondendo a 91 (53,2%) do total de idosos. As variáveis de maior frequencia foram: faixa etária de 71 a 80 anos em 60 (35%), escolaridade de até 4 anos em 117 (68,4%) pessoas, renda de um salário mínimo em 155 (90,6%), trabalho informal em 78 (45,6%) indivíduos, aposentados 96 (56,2%) pessoas. Na análise de variância observou-se que: os idosos de idades mais avançadas residiam na ILPI D e apresentaram média de 83,65 anos; a escolaridade média dos moradores do abrigo C foi de 3,48 anos; o tempo de permanência na ILPI A foi de 122,15 meses. Na associação dos fatores relacionados à autonomia funcional, os idosos de maior idade apresentaram pior grau de dependência funcional. A análise estatística não foi significante entre os estados clínicos de morbidade e a dependência funcional, mas mostrou que idosos com prejuízos do estado de lucidez apresentaram risco maior (4,5) de serem dependentes funcionais; já para aqueles que se utilizaram de cadeira de rodas o risco foi de 0,15 vezes. Os diagnósticos de enfermagem mais evidentes foram: 18 (94,8%) efeitos severos ao uso de polifármacos, 10 (52,6%) delírios e 12 (46,1%) lesão por transferência. As intervenções e resultados esperados relacionam-se ao atendimento das necessidades afetadas e de adaptação. Concluiu-se que idosos de maior idade, com prejuízos do estado de lucidez e na mobilidade física apresentaram vulnerabilidade à dependência funcional, demandando, assim, intervenções de enfermagem mais complexas e contínuas.

  • MARYLANE VIANA VELOSO
  • "IDOSO INSTITUCIONALIZADO: AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL PARA INTERVENÇÃO DE SAÚDE".

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 23/10/2012
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  • O envelhecimento populacional é uma realidade em ascensão, decorrente das transformações epidemiológicas, sanitárias, socioeconômicas e tecnológicas. No entanto, pessoas com maior fragilidade nos suportes familiar, social e econômico tendem, com frequência, à institucionalização. Este estudo objetivou avaliar a capacidade funcional de idosos institucionalizados no município de Teresina/PI, através do Índex de Katz, com posterior levantamento dos diagnósticos de enfermagem nos idosos com maior comprometimento, a fim de sugerir um plano de cuidados terapêuticos, utilizando a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) versão 1. Realizou-se estudo quantitativo do tipo transversal, desenvolvido em quatro Instituições de Longa Permanência para Iodos (ILPIs), no período de Agosto de 2011 a Janeiro de 2012, com uma população de 171 idosos. E em uma amostra de 19 idosos com maior grau de dependência funcional foram identificadas as Necessidades Humanas Básicas (NHB) e aplicada a CIPE para elaboração do plano de intervenções. Os dados foram organizados e analisados no software StatisticalPackage for Social Sciences (SPSS) versão 15.0, empregando a estatística descritiva para apresentação dos valores absolutos e relativos. Utilizou-se o teste Post Hoc – Turkey e a análise de variância (ANOVA) no cálculo das múltiplas comparações entre as médias encontradas nas ILPIs. Para investigar a associação dos estados clínicos de morbidade, lucidez e uso de cadeira de rodas à incapacidade funcional, utilizou-se o teste Quiquadrado de Pearson e a razão de chance OddsRatio (OR). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), sob o nº CAAE 02120045000-11. Os resultados apontaram: taxa de institucionalização de 0,25%, predomínio de indivíduos do sexo masculino (0,32%), correspondendo a 91 (53,2%) do total de idosos. As variáveis de maior frequencia foram: faixa etária de 71 a 80 anos em 60 (35%), escolaridade de até 4 anos em 117 (68,4%) pessoas, renda de um salário mínimo em 155 (90,6%), trabalho informal em 78 (45,6%) indivíduos, aposentados 96 (56,2%) pessoas. Na análise de variância observou-se que: os idosos de idades mais avançadas residiam na ILPI D e apresentaram média de 83,65 anos; a escolaridade média dos moradores do abrigo C foi de 3,48 anos; o tempo de permanência na ILPI A foi de 122,15 meses. Na associação dos fatores relacionados à autonomia funcional, os idosos de maior idade apresentaram pior grau de dependência funcional. A análise estatística não foi significante entre os estados clínicos de morbidade e a dependência funcional, mas mostrou que idosos com prejuízos do estado de lucidez apresentaram risco maior (4,5) de serem dependentes funcionais; já para aqueles que se utilizaram de cadeira de rodas o risco foi de 0,15 vezes. Os diagnósticos de enfermagem mais evidentes foram: 18 (94,8%) efeitos severos ao uso de polifármacos, 10 (52,6%) delírios e 12 (46,1%) lesão por transferência. As intervenções e resultados esperados relacionam-se ao atendimento das necessidades afetadas e de adaptação. Concluiu-se que idosos de maior idade, com prejuízos do estado de lucidez e na mobilidade física apresentaram vulnerabilidade à dependência funcional, demandando, assim, intervenções de enfermagem mais complexas e contínuas.

  • MARYLANE VIANA VELOSO
  • "IDOSO INSTITUCIONALIZADO: AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL PARA INTERVENÇÃO DE SAÚDE".

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 23/10/2012
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  • O envelhecimento populacional é uma realidade em ascensão, decorrente das transformações epidemiológicas, sanitárias, socioeconômicas e tecnológicas. No entanto, pessoas com maior fragilidade nos suportes familiar, social e econômico tendem, com frequência, à institucionalização. Este estudo objetivou avaliar a capacidade funcional de idosos institucionalizados no município de Teresina/PI, através do Índex de Katz, com posterior levantamento dos diagnósticos de enfermagem nos idosos com maior comprometimento, a fim de sugerir um plano de cuidados terapêuticos, utilizando a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) versão 1. Realizou-se estudo quantitativo do tipo transversal, desenvolvido em quatro Instituições de Longa Permanência para Iodos (ILPIs), no período de Agosto de 2011 a Janeiro de 2012, com uma população de 171 idosos. E em uma amostra de 19 idosos com maior grau de dependência funcional foram identificadas as Necessidades Humanas Básicas (NHB) e aplicada a CIPE para elaboração do plano de intervenções. Os dados foram organizados e analisados no software StatisticalPackage for Social Sciences (SPSS) versão 15.0, empregando a estatística descritiva para apresentação dos valores absolutos e relativos. Utilizou-se o teste Post Hoc – Turkey e a análise de variância (ANOVA) no cálculo das múltiplas comparações entre as médias encontradas nas ILPIs. Para investigar a associação dos estados clínicos de morbidade, lucidez e uso de cadeira de rodas à incapacidade funcional, utilizou-se o teste Quiquadrado de Pearson e a razão de chance OddsRatio (OR). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), sob o nº CAAE 02120045000-11. Os resultados apontaram: taxa de institucionalização de 0,25%, predomínio de indivíduos do sexo masculino (0,32%), correspondendo a 91 (53,2%) do total de idosos. As variáveis de maior frequencia foram: faixa etária de 71 a 80 anos em 60 (35%), escolaridade de até 4 anos em 117 (68,4%) pessoas, renda de um salário mínimo em 155 (90,6%), trabalho informal em 78 (45,6%) indivíduos, aposentados 96 (56,2%) pessoas. Na análise de variância observou-se que: os idosos de idades mais avançadas residiam na ILPI D e apresentaram média de 83,65 anos; a escolaridade média dos moradores do abrigo C foi de 3,48 anos; o tempo de permanência na ILPI A foi de 122,15 meses. Na associação dos fatores relacionados à autonomia funcional, os idosos de maior idade apresentaram pior grau de dependência funcional. A análise estatística não foi significante entre os estados clínicos de morbidade e a dependência funcional, mas mostrou que idosos com prejuízos do estado de lucidez apresentaram risco maior (4,5) de serem dependentes funcionais; já para aqueles que se utilizaram de cadeira de rodas o risco foi de 0,15 vezes. Os diagnósticos de enfermagem mais evidentes foram: 18 (94,8%) efeitos severos ao uso de polifármacos, 10 (52,6%) delírios e 12 (46,1%) lesão por transferência. As intervenções e resultados esperados relacionam-se ao atendimento das necessidades afetadas e de adaptação. Concluiu-se que idosos de maior idade, com prejuízos do estado de lucidez e na mobilidade física apresentaram vulnerabilidade à dependência funcional, demandando, assim, intervenções de enfermagem mais complexas e contínuas.


  • WALKIRIA DE CARVALHO MENDES
  •  Diagnóstico dos Resíduos de Serviço de Saúde de um Instituto de Referência em Doenças Tropicais

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 27/08/2012
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  • A sociedade moderna defronta-se com o grande desafio da geração excessiva de resíduos sólidos, especialmente, porque o aumento da quantidade destes materiais supera a capacidade de absorção e degradação pela natureza, o que resulta em danos ao meio ambiente que repercutem na saúde e na qualidade de vida das pessoas. Os Resíduos de Serviços de Saúde, quando mal gerenciados oferecem sérios riscos sanitários e ambientais, daí a necessidade de investigações, com vistas a elaboração de planos de gerenciamento destes resíduos, capazes de minimizarem os impactos no seu manejo, tratamento e destino final dos Resíduos de Serviços de Saúde, trata-se de estudo exploratório, observacional e descritivo, com análise de dados quantitativos, que teve como objetivo investigar a situação dos Resíduos de Serviços de Saúde em um instituto de referência em doenças tropicais, tendo como base as recomendações legais vigentes no Brasil. A produção dos dados se deu em duas etapas: na primeira utilizou-se a estratégia da observação sistemática de todos os passos desenvolvidos no manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde da instituição investigada e a segunda por meio de três modelos de entrevistas estruturadas com questões fechadas respondidas por uma amostra de 184 pessoas distribuídas nas seguintes categorias laborais: trabalhadores de serviço de saúde (49 indivíduos), profissionais da saúde (124 indivíduos) e gestores setoriais de saúde (11 indivíduos), os quais responderam as entrevistas após a leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) concordando em participar da investigação. Os dados resultantes da observação sistemática no campo da investigação foram registrados em bloco de notas e discutidos criticamente à luz das normas, resoluções e leis vigentes no Brasil sobre os RSS, bem como, na produção cientifica congênere. Já os dados resultantes das entrevistas foram digitados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) for Windows, versão 18.0 foram tratados estatisticamente e geraram tabelas, nas quais se apresentaram as variáveis que responderam os objetivos da investigação. Conclui-se ser precário o conhecimento acerca do PGRSS, como também sobre todas as etapas do manejo dos RSS no cenário do estudo, por parte da amostra de indivíduos pesquisada. Evidenciou-se ainda a necessidade urgente da elaboração do PGRSS que deverá ser implantado e implementado após licenciamento sanitário e ambiental, sendo imprescindível a execução das ações de educação permanente junto a todos os envolvidos no manejo dos RSS, desde a produção até o destino final.

  • MARIANA BARBOSA DIAS
  • VOZES DO CARPINA: O ADOECER, O VIVER E O CUIDAR DE PESSOAS COM HANSENÍASE
  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 28/06/2012
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  • A hanseníase, apesar dos significativos avanços para o diagnóstico, controle e tratamento, ainda é estigmatizada como enfermidade que implica isolamento do doente, marcado pelo sofrimento, abandono, problemas psicossociais e preconceito. Trata-se de pesquisa qualitativa, com abordagem histórica, com o objetivo de resgatar a institucionalização da hanseníase no Piauí, no recorte temporal compreendido entre 1931 e 1986, no Hospital Colônia do Carpina, de Parnaíba. Para a coleta de dados, realizada de julho a dezembro de 2011, recorreu-se a entrevistas semiestruturadas com 17 sujeitos. A memória foi utilizada como referencial teórico para nortear a realização da pesquisa e a História Oral como método-fonte-técnica para a obtenção dos dados, além de fontes documentais como: atas, relatórios, prontuários e fotografias. Na análise dos dados foram construídos quatro eixos temáticos: a institucionalização do isolamento compulsório da hanseníase no Piauí; a vida dos pacientes na Colônia do Carpina; os saberes e fazeres dos trabalhadores de enfermagem e, o estigma, exclusão e preconceito. No Piauí, o controle da doença, que inicialmente esteve sob a administração de entidades filantrópicas, passou ao controle do Estado no final da década de 1930, quando foi implantado o modelo tripé de combate à doença. As vivências nas relações sociais no Hospital Colônia do Carpina eram construídas para ajudar a minimizar as dores e os sofrimentos do isolamento compulsório. Foi possível desvelar como se caracterizou a Enfermagem laica de um hospital colônia, exercida pelos próprios pacientes e como se deu a construção dos saberes e fazeres na Enfermagem da época. Dessa forma, a prática do confinamento compulsório dos enfermos em instituições asilares contribuiu para solidificação histórica do estigma em torno da doença e do doente, despertando na sociedade e na família atitudes e sentimentos de preconceito e medo, que interferiram na reintegração social e familiar desses indivíduos. Os relatos dos entrevistados se constituíram em importantes fontes documentais para o acervo e o conhecimento da história da hanseníase no Piauí. Portanto, observa-se a necessidade de gestores e profissionais locais da saúde, sobretudo os enfermeiros, repensarem as estratégias vigentes de reabilitação social do doente e ex-doente de hanseníase, visando à supressão do estigma focalizado na imagem e na história de vida desses indivíduos.

  • FRANCIDALMA SOARES SOUSA CARVALHO FILHA
  • "AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E USUÁRIOS"

     

     

  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 07/05/2012
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  • A avaliação em saúde é uma prática fundamental para os gestores e para os profissionais de saúde, usuários e instituições envolvidas. Neste estudo, objetivou-se avaliar o Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HiperDia) na perspectiva de profissionais de saúde e usuários. Realizou-se uma pesquisa avaliativa por triangulação de métodos.  O cenário do estudo foi o município de Caxias (MA), onde se abordaram 124 trabalhadores de saúde, com os quais se realizaram entrevistas. Foram aplicados formulários a 1.024 hipertensos e/ou diabéticos cadastrados no HiperDia. Os dados obtidos com os profissionais foram submetidos à Análise Temática. Quanto aos usuários, compôs-se um banco de dados, no software Statistical Package for the Social Sciences – SPSS e, posteriormente, consolidados por meio das técnicas de estatísticas descritivas. Procedeu-se à discussão dos achados com base na literatura produzida sobre o tema. Os principais resultados revelaram que os profissionais de saúde têm desenvolvido importantes atividades no HiperDia, entretanto, em geral, não realizam planejamento e nem as implementam conforme as normas estabelecidas para cada categoria profissional, demonstradas em um modelo lógico produzido no trabalho. As estratégias desenvolvidas para aumentar o número de usuários cadastrados e intensificar o acompanhamento concentram-se em consultas, visitas domiciliares, busca ativa por faltosos e ações em grupo, com predomínio de palestras. A maioria dos profissionais de saúde considera o HiperDia um excelente dispositivo de atenção à saúde, com vistas a diminuir sequelas e complicações advindas do mau controle dos agravos e também aponta como aspectos negativos a falta de insumos e materiais necessários ao atendimento, o distanciamento de alguns profissionais na assistência aos usuários e a falta de tempo para a adequada realização das ações; além da falta de adesão ao tratamento. Quanto aos hipertensos e/ou diabéticos, 69,6%, são mulheres; 56,5% não sabem ler/escrever; 62,5% têm idade superior a 60 anos. Como dificuldades para realizar o acompanhamento, 27% apontam a falta de medicamentos na Unidade Básica de Saúde, e 12,1% utilizam medicamentos não fornecidos na Farmácia Básica. 53,7% realizam consultas e 72,4% fazem exames de acompanhamento semestral ou anualmente. Para 64,1%, a assistência recebida na APS é avaliada como boa. Concluiu-se que algumas iniciativas precisam ser implementadas para melhorar o HiperDia, como ampliar o acervo e a quantidade de medicamentos, intensificar o rastreamento de hipertensos e/ou diabéticos, cadastrando-os precocemente, além de descentralizar pontos de coleta de exames, sobretudo na zona rural, o que facilitaria o acesso dos usuários.

  • FRANCIDALMA SOARES SOUSA CARVALHO FILHA
  • “AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E USUÁRIOS".

     

     

  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 07/05/2012
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  • A avaliação em saúde é uma prática fundamental para os gestores e para os profissionais de saúde, usuários e instituições envolvidas. Neste estudo, objetivou-se avaliar o Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HiperDia) na perspectiva de profissionais de saúde e usuários. Realizou-se uma pesquisa avaliativa por triangulação de métodos.  O cenário do estudo foi o município de Caxias (MA), onde se abordaram 124 trabalhadores de saúde, com os quais se realizaram entrevistas. Foram aplicados formulários a 1.024 hipertensos e/ou diabéticos cadastrados no HiperDia. Os dados obtidos com os profissionais foram submetidos à Análise Temática. Quanto aos usuários, compôs-se um banco de dados, no software Statistical Package for the Social Sciences – SPSS e, posteriormente, consolidados por meio das técnicas de estatísticas descritivas. Procedeu-se à discussão dos achados com base na literatura produzida sobre o tema. Os principais resultados revelaram que os profissionais de saúde têm desenvolvido importantes atividades no HiperDia, entretanto, em geral, não realizam planejamento e nem as implementam conforme as normas estabelecidas para cada categoria profissional, demonstradas em um modelo lógico produzido no trabalho. As estratégias desenvolvidas para aumentar o número de usuários cadastrados e intensificar o acompanhamento concentram-se em consultas, visitas domiciliares, busca ativa por faltosos e ações em grupo, com predomínio de palestras. A maioria dos profissionais de saúde considera o HiperDia um excelente dispositivo de atenção à saúde, com vistas a diminuir sequelas e complicações advindas do mau controle dos agravos e também aponta como aspectos negativos a falta de insumos e materiais necessários ao atendimento, o distanciamento de alguns profissionais na assistência aos usuários e a falta de tempo para a adequada realização das ações; além da falta de adesão ao tratamento. Quanto aos hipertensos e/ou diabéticos, 69,6%, são mulheres; 56,5% não sabem ler/escrever; 62,5% têm idade superior a 60 anos. Como dificuldades para realizar o acompanhamento, 27% apontam a falta de medicamentos na Unidade Básica de Saúde, e 12,1% utilizam medicamentos não fornecidos na Farmácia Básica. 53,7% realizam consultas e 72,4% fazem exames de acompanhamento semestral ou anualmente. Para 64,1%, a assistência recebida na APS é avaliada como boa. Concluiu-se que algumas iniciativas precisam ser implementadas para melhorar o HiperDia, como ampliar o acervo e a quantidade de medicamentos, intensificar o rastreamento de hipertensos e/ou diabéticos, cadastrando-os precocemente, além de descentralizar pontos de coleta de exames, sobretudo na zona rural, o que facilitaria o acesso dos usuários.

  • FRANCIDALMA SOARES SOUSA CARVALHO FILHA
  • "AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES NA PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E USUÁRIOS".

     

     

  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 07/05/2012
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  • A avaliação em saúde é uma prática fundamental para os gestores e para os profissionais de saúde, usuários e instituições envolvidas. Neste estudo, objetivou-se avaliar o Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HiperDia) na perspectiva de profissionais de saúde e usuários. Realizou-se uma pesquisa avaliativa por triangulação de métodos.  O cenário do estudo foi o município de Caxias (MA), onde se abordaram 124 trabalhadores de saúde, com os quais se realizaram entrevistas. Foram aplicados formulários a 1.024 hipertensos e/ou diabéticos cadastrados no HiperDia. Os dados obtidos com os profissionais foram submetidos à Análise Temática. Quanto aos usuários, compôs-se um banco de dados, no software Statistical Package for the Social Sciences – SPSS e, posteriormente, consolidados por meio das técnicas de estatísticas descritivas. Procedeu-se à discussão dos achados com base na literatura produzida sobre o tema. Os principais resultados revelaram que os profissionais de saúde têm desenvolvido importantes atividades no HiperDia, entretanto, em geral, não realizam planejamento e nem as implementam conforme as normas estabelecidas para cada categoria profissional, demonstradas em um modelo lógico produzido no trabalho. As estratégias desenvolvidas para aumentar o número de usuários cadastrados e intensificar o acompanhamento concentram-se em consultas, visitas domiciliares, busca ativa por faltosos e ações em grupo, com predomínio de palestras. A maioria dos profissionais de saúde considera o HiperDia um excelente dispositivo de atenção à saúde, com vistas a diminuir sequelas e complicações advindas do mau controle dos agravos e também aponta como aspectos negativos a falta de insumos e materiais necessários ao atendimento, o distanciamento de alguns profissionais na assistência aos usuários e a falta de tempo para a adequada realização das ações; além da falta de adesão ao tratamento. Quanto aos hipertensos e/ou diabéticos, 69,6%, são mulheres; 56,5% não sabem ler/escrever; 62,5% têm idade superior a 60 anos. Como dificuldades para realizar o acompanhamento, 27% apontam a falta de medicamentos na Unidade Básica de Saúde, e 12,1% utilizam medicamentos não fornecidos na Farmácia Básica. 53,7% realizam consultas e 72,4% fazem exames de acompanhamento semestral ou anualmente. Para 64,1%, a assistência recebida na APS é avaliada como boa. Concluiu-se que algumas iniciativas precisam ser implementadas para melhorar o HiperDia, como ampliar o acervo e a quantidade de medicamentos, intensificar o rastreamento de hipertensos e/ou diabéticos, cadastrando-os precocemente, além de descentralizar pontos de coleta de exames, sobretudo na zona rural, o que facilitaria o acesso dos usuários.

     

  • MARIA DO CARMO DE MORAIS CASTRO
  • ATUAÇÃO DAS ENFERMEIRAS NO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA EM TERESINA (1996-2000)

  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 23/04/2012
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  • O objeto deste estudo foi a atuação das enfermeiras no processo de implantação do Programa Saúde da Família no município de Teresina, e os objetivos foram: descrever as circunstâncias que ensejaram a implantação do Programa Saúde da Família no município de Teresina; analisar a atuação das enfermeiras no processo de implantação do Programa Saúde da Família em Teresina; discutir as implicações da atuação das enfermeiras no Programa Saúde da Família para a reconfiguração da assistência à saúde de Teresina. Trata-se de uma pesquisa histórico-social, na qual utilizou-se a perspectiva da história oral para a produção dos dados e os conceitos de habitus, campo, capital, poder e violência simbólica do sociólogo francês Pierre Bourdieu como referencial teórico. A pesquisa foi submetida à análise e aprovação do Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí. O período estudado compreendeu os anos de 1996 a 2000 e teve como colaboradores 10 enfermeiras e 1 gestor da Saúde. Foram utilizados também como fontes de dados documentos da Fundação Municipal de Saúde e da Cooperativa dos Profissionais de Saúde do Estado do Piauí. Os resultados apontam que o processo de implantação do Programa Saúde da Família em Teresina foi permeado de conflitos e contradições, mas se concretizou por meio de acontecimentos engrandecedores para as enfermeiras, para o município e para todos os envolvidos. As lutas empreendidas por essas profissionais nesse espaço social foram fundamentais para tomada de posição no Programa Saúde Família, iniciaram ainda no momento da admissão, e prosseguiram nas questões relacionadas à diferença salarial entre médicos e enfermeiras, assim como pela definição de papéis dentro da equipe. Antes da atuação junto à população, as enfermeiras iniciaram a incorporação do novo habitus por meio de treinamentos específicos e, posteriormente, ao desenvolverem suas ações nas áreas. Como implicações de suas atuações no processo de implantação do Programa Saúde da Família para a reconfiguração da assistência à saúde de Teresina, ressaltamos a contribuição para a construção da rede assistencial na atenção básica; a melhoria na infra-estrutura das áreas de cobertura das equipes; influência na mudança de comportamento da população com relação aos cuidados com a saúde e promoção da autonomia dos usuários do sistema.  As enfermeiras também obtiveram ganhos simbólicos nesse processo, pois à medida que contribuíam para as repercussões positivas do Programa, eram reconhecidas como profissionais comprometidas, competentes e adquiriram maior credibilidade junto à população, que passou a ver essas profissionais como referência na equipe do Programa de Saúde da Família. Os reflexos desses ganhos simbólicos são identificados, nos dias atuais, na autonomia que as enfermeiras dispõem nessa área e, de certa maneira, na mudança da imagem de subordinação associada a essas profissionais no decorrer dos anos.

  • CLAUDIA DANIELLA AVELINO VASCONCELOS BENICIO
  • PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

     

  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 10/04/2012
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  • A Incontinência Urinária (IU) é definida pela International Continence Society (ICS) como a queixa de qualquer perda involuntária de urina. É um desvio de saúde que atinge grande parte da população, especialmente o sexo feminino, apresentando crescente prevalência em todo o mundo e provocando significativas alterações na vida das pessoas. Esta pesquisa objetivou estimar a prevalência de IU e sua correlação com os fatores de risco em mulheres atendidas em ambulatório de ginecologia de uma Unidade Básica de Saúde de Teresina - PI. Estudo do tipo exploratório-descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o CAAE 0368.0.045.000-10. Participaram do estudo 306 mulheres com idade mínima de 20 e máxima de 83 anos. Utilizou-se como instrumento de investigação um formulário estruturado composto por três blocos: (1) dados sociodemográficos, (2) dados clínicos e (3) manejo da IU. Realizou-se análise estatística descritiva a partir da distribuição da freqüência e percentuais das variáveis, utilizando-se medidas de tendência central e dispersão, o teste  (Chi-quadrado) com nível de significância  α = 5% para verificar as possíveis associações entre os quesitos estabelecidos nos objetivos específicos da pesquisa. O teste selecionado para observar a diferença entre o grupo que apresentou e o que não apresentou IU foi o de Mann-Whitney. A prevalência de IU foi de 40,8%, sendo que a maioria apresentou Incontinência Urinária de Esforço (IUE) com o percentual de 60,0%, seguida da Urge-Incontinência (UI) com 28,2%; e 12,1%, para Incontinência Urinária Mista (IUM). Dentre os fatores de risco mais fortemente associados à IU, com significância estatística, encontraram-se a idade (p<0,001), as doenças neurológicas (p=0,005), a diabetes (p=0,024), hipertensão (p=0,001), o tabagismo (p<0,001), o uso de cafeína (p=0,018), cirurgias pélvicas (p=0,001), cirurgias abdominais (p=0,037), cirurgias pélvicas e abdominais (p=0,007), o uso de anti-hipertensivos (p=0,002), a obesidade (p=0,010), constipação (p=0,013) e os eventos obstétricos: (número de gestações, número de partos normais e número de abortos), todos com p<0,001. Destaca-se que quanto ao perfil sociodemográfico e clínico predominaram mulheres com ensino médio completo (29,6%), casadas (51,2%), naturais de Teresina (40,0%), de cor parda (64,8%), com 04 a 06 pessoas na família (55,2%), com diversas ocupações e renda mensal e familiar entre um e dois salários mínimos (44,8%) e (55,2%), respectivamente, hipertensas (58,1%), que tinham o hábito de consumir cafeína (63,9%), submetidas a cirurgias pélvicas (69,0%), que usavam anti-hipertensivo (53,3%), e que apresentavam constipação intestinal (67,6%). Considerando o manejo da IU, verificou-se a falta de informação, o desconhecimento e descuido quanto à utilização de medidas preventivas e de tratamento da IU. Conclui-se que o estudo possibilitou conhecer a situação da IU em mulheres assistidas na Atenção Básica, evidenciando resultados semelhantes aos existentes na literatura, contribuindo com informações relevantes e originais sobre a IU, podendo despertar nos profissionais e gestores de saúde pública a necessidade de maior atenção para essa clientela, no sentido de prevenção e melhoria da qualidade de vida.

  • DINAH SA REZENDE NETA
  • AÇÕES DE ENFERMAGEM E IMPLICAÇÕES PARA O AUTOCUIDADO DE PESSOAS COM DIABETES MELLITUS 

  • Orientador : GRAZIELLE ROBERTA FREITAS DA SILVA
  • Data: 29/03/2012
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  • As doenças crônicas afetam grande parte da população.  Causam  sérias consequências econômicas e sociais.  Constituem-se em desafio para  os atuais sistemas de saúde. O diabetes mellitus está inserido nesse contexto por ser uma doença crônico-degenerativa, que exige participação ativa tanto dos profissionais de saúde, em que se destaca o enfermeiro, quanto do próprio indivíduo, para a garantia do autogerenciameto e adesão às atividades de autocuidado com o diabetes.  Assim, propôs-se analisar o autocuidado de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 na Estratégia Saúde da Família em Teresina-PI. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica com delineamento transversal. A população do estudo foi composta por pacientes com diabetes mellitus tipo 2 de ambos os sexos, acompanhados pelas equipes saúde da família. Selecionaram-se as equipes e os pacientes por amostragem probabilística simples, finalizando com uma amostra de 331 diabéticos distribuídos equitativamente em 130 equipes. Foram utilizados questionários que abordavam as características demográficas e socioeconômicas dos sujeitos, as orientações recebidas pelo profissional enfermeiro e a adesão ao  regime terapêutico, por meio da aplicação do Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes. Utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) na versão 18.0 para a análise estatística descritiva com aplicação do teste Qui-quadrado de Pearson e teste Mann Whitney com nível de significância (p<0,05),para verificar as possíveis associações entre as variáveis. A média de idade dos participantes foi de aproximadamente 59 anos, houve predomínio do sexo feminino. Grande parte vivia com companheiro, tinha até 4 anos de estudo, pertencia à religião católica, convivia  em média 4 pessoas no domicílio, com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos. Entre as comorbidades, a hipertensão arterial e dislipidemia foram as mais citadas. Destacaram-se a hiperglicemia e retinopatia como as principais complicações e os antidiabéticos orais como forma de tratamento. Mostraram-se carentes de informações dispensadas pelo profissional enfermeiro referentes a alguns aspectos do autocuidado,  como  examinar os pés, secar os espaços interdigitais, inspecionar  os sapatos antes de calçá-los e automonitorização da glicemia capilar. A aplicação do Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes revelou que eles têm baixa aderência à automonitorização  glicêmica, à prática de exercícios físicos e cuidados com os pés, porém com boa aceitação da medicação. De modo geral, a presente investigação apontou associação estatisticamente significativa das orientações disponibilizadas pelos enfermeiros na aderência às atividades de autocuidado com o diabetes. Conclui-se que há necessidade de concentração de esforços na sensibilização para a mudança do estilo de vida e desenvolvimento de habilidades para o autocuidado. Um programa de práticas educativas, realizadas  de forma continuada, certamente diminuiria os riscos a que essa população está suscetível.  

  • LIVIA MARIA MELLO VIANA
  • AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE TERESINA NA PERSPECTIVA DAS USUÁRIAS

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 16/03/2012
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  • Atenção Primária a Saúde (APS) representa o primeiro contato na rede assistencial dentro do sistema de saúde, caracterizando-se, principalmente, pela continuidade e integralidade da atenção, além da coordenação da assistência dentro do próprio sistema, da atenção centrada na família, da orientação e participação comunitária. Objetivou-se avaliar a APS por meio da aplicação do PCATool - Brasil às usuárias atendidas por equipes da Estratégia Saúde da Família (eSF) no município de Teresina - Piauí. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo de corte transversal. A população foi composta por usuárias adultas atendidas pelas equipes da eSF na zona urbana de Teresina com utilização de amostragem aleatória simples por conglomerado. A moldura da amostragem compôs-se de 146 equipes com um total de 1098 usuárias. Utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) para a análise estatística descritiva com aplicação do teste t de Student para comparação das médias e o teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância (p<0,05), para verificar as possíveis associações entre as variáveis qualitativas. As usuárias eram adultos jovens com média de 29,35 anos, casadas, católicas, se dedicavam as atividades domésticas, com baixa escolaridade e nível socioeconômico. Nos aspectos gestacionais 43,2% não gestantes e 56,8% gestantes, onde 37,2% fizeram pré-natal completo na última gestação. Embora em algumas médias dos atributos da APS não tenham sido observado um valor adequado, ressalta-se que o escore total essencial (7,18; p<0,001), escore total derivado (7,05; p<0,001) e escore geral (7,17; p<0,001) apresentaram-se como alto para as famílias que utilizavam a eSF como fonte regular de cuidado. Na perspectiva da Integralidade, a APS de Teresina foi qualificada pelas usuárias do serviço como de baixo escore (<6,6) em suas duas dimensões, a saber: serviços disponíveis (4,74; p<0,001) e serviços prestados (5,69; p<0,001). Conclui-se que apesar da APS do município em estudo ter recebido um alto escore, ainda existem falhas na prestação de serviço, apontando para a necessidade de melhorias em alguns atributos. Essa melhoria implica em reformulações de aspectos da estrutura e processo para que futuramente possa ser oferecida uma APS de qualidade.

  • VERBENIA CIPRIANO FEITOSA SILVA
  • Situação sorológica e vacinal para hepatite B de puérperas em uma maternidade pública de Teresina.

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 15/03/2012
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  • NTRODUÇÃO: A hepatite B é uma doença infecciosa de origem viral, considerada na atualidade um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. E apesar do desenvolvimento da vacina contra hepatite B e da existência de métodos conhecidos em relação à prevenção e tratamento, é grande o número de pessoas que ainda são infectadas por essa doença. Nos países que adotaram políticas eficazes de vacinação contra hepatite B tem se verificado uma redução deste agravo, porém permanece alta em populações de risco acrescido e em países onde a transmissão vertical e horizontal intradomiciliar não é controlada.OBJETIVO: avaliar a situação sorológica e vacinal para hepatite B de puérperas internadas em uma maternidade publica de Teresina. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal. A população foi constituída por 377 mulheres no pós-parto imediato, internadas na maternidade do estudo, no período de janeiro a fevereiro de 2011. Os dados foram coletados por meio de formulário e observação do cartão da gestante e da carteira de vacinação. A digitação e análise dos dados foi realizada com a utilização do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). A análise de associação entre variáveis nominais foi verificada pelo teste qui-quadrado. A investigação das variáveis relacionadas à vacinação e à realização de teste sorológico para hepatite B, foi possível por meio do cálculo do Odds Ratio (Razão de chances), com seus respectivos intervalos de confiança. Adotou-se nível de significância de 5%.RESULTADOS: Em relação aos aspectos sociodemográficos, a média de idade foi de 24 anos, casadas, escolaridade razoável (nove anos de estudo) com predomínio de atividades domésticas, portanto com baixo nível socioeconômico. Nos aspectos perinatais, 89,8% fizeram pelo menos uma consulta pré-natal. Contudo, 62% iniciaram o pré-natal somente após o primeiro trimestre e 77,5% não receberam nenhuma dose da vacina contra hepatite B. A maioria não realizou a sorologia para hepatite B. Verificou-se que a baixa escolaridade aumentou a chance de cobertura vacinal inadequada (OR = 3,7, IC 1,55-9,14) e de não realização da sorologia para hepatite B (OR = 1,67, I.C 1,11-2,55). E que o início do pré-natal acima 14 semanas (OR = 1,54, e IC 1,01-2,35), e pré-natal incompleto (OR= 1,92, p<0,01 e 1,23-3,01) também aumentaram a chance de não realizar o teste sorológico. CONCLUSÃO: Conclui-se que a situação sorológica e vacinal para hepatite B, das mulheres deste estudo, encontra-se inadequada e denuncia a ineficiência do acompanhamento pré-natal, para a prevenção e diagnóstico da hepatite B, apontando a necessidade de sensibilização de todos os profissionais da equipe de saúde que realizam o pré-natal, bem como dos gestores, para a importância dos exames de rotina da gestante de modo a assegurar um pré-natal de qualidade. Entende-se que é imperiosa a capacitação dos profissionais, principalmente daqueles que lidam diretamente com a gestante, como o agente comunitário de saúde, médicos e enfermeiros, além do investimento em redes de laboratório para facilitar o acesso à sorologia para hepatite B e outras por ocasião do pré-natal.

  • WALQUIRYA MARIA PIMENTEL SANTOS LOPES
  • Conhecimento e uso de sutiãs e próteses externas por mulheres idosas mastectomizadas

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 12/03/2012
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  • O Brasil vive um acelerado processo de envelhecimento da população, especialmente da feminina, o que caracteriza a feminização da velhice. Desta forma, muda também o perfil epidemiológico, com o aumento das doenças crônico-degenerativas, entre elas o câncer de mama, que tem caráter progressivo e mutilador, além de afetar um órgão que simboliza a feminilidade, fonte de alimento e aconchego. As mulheres idosas são frequentemente atingidas com esse tipo de câncer, e, ao submeter-se à mastectomia, geralmente não reconstroem a mama, tendo como consequência dificuldades no processo de reabilitação postural e estética, que poderá ser minimizado com o uso de sutiãs e próteses externas. Porém, nem todas as idosas mastectomizadas têm acesso a estas próteses. Partindo-se dessa problemática, delimitou-se como objeto de estudo o conhecimento e uso de sutiãs e próteses externas por idosas mastectomizadas. Foram elaborados os seguintes objetivos: descrever o conhecimento da mulher idosa mastectomizada sobre os sutiãs e as próteses externas; discutir os benefícios e/ou dificuldades no uso de sutiãs e próteses externas por mulheres idosas mastectomizadas; e analisar as bases que emergiram do conhecimento e uso de sutiãs e próteses externas, visando subsidiar a sistematização do cuidado de enfermagem a essa clientela. Para embasamento do estudo, construiu-se um referencial temático que abordou a problemática do câncer de mama e do envelhecimento populacional, e delimitou-se a teoria de Madeleine Leininger, tendo como base os pressupostos transculturais, como referencial teórico de apoio à investigação. Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, que teve como sujeito vinte mulheres idosas mastectomizadas, cadastradas na Fundação Maria Carvalho Santos. O cenário foi o domicílio das participantes, residentes em Teresina-PI. Os dados foram coletados em entrevista semiestruturada, gravados e, após, transcritos. O estudo cumpriu todas as recomendações da Resolução 196/1996. Os resultados foram analisados a partir da concepção teórica de Madeleine Leninger, mediante a técnica de análise de conteúdo de Bardin, da qual emergiram as seguintes categorias: sutiãs e próteses externas: conhecer para usar; benefícios no uso de sutiãs e/ou próteses externas; necessidades, sentimentos e experiência das idosas mastectomizadas. Os resultados revelaram que as idosas investigadas detêm um conhecimento limitado e insuficiente para estimulá-las a aderir ao uso desta tecnologia. Aquelas que utilizam percebem apenas os benefícios estéticos das próteses externas. As idosas pesquisadas relataram dificuldades que vão desde a precariedade nas orientações até o acesso para aquisição das próteses. Conclui-se, depois da problemática investigada, que o estudo mostra-se inédito na área de Enfermagem e, principalmente, na realidade local. Os achados permitiram a formulação de bases para apoiar a sistematização da assistência de Enfermagem a essa clientela, incentivar o ensino e pesquisas congêneres e desenvolver artefatos tecnológicos mais adaptáveis na assistência à idosa mastectomizada.

  • WALQUIRYA MARIA PIMENTEL SANTOS LOPES
  • Conhecimento e uso de sutiãs e próteses externas por mulheres idosas mastectomizadas

  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Data: 12/03/2012
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  • O Brasil vive um acelerado processo de envelhecimento da população, especialmente da feminina, o que caracteriza a feminização da velhice. Desta forma, muda também o perfil epidemiológico, com o aumento das doenças crônico-degenerativas, entre elas o câncer de mama, que tem caráter progressivo e mutilador, além de afetar um órgão que simboliza a feminilidade, fonte de alimento e aconchego. As mulheres idosas são frequentemente atingidas com esse tipo de câncer, e, ao submeter-se à mastectomia, geralmente não reconstroem a mama, tendo como consequência dificuldades no processo de reabilitação postural e estética, que poderá ser minimizado com o uso de sutiãs e próteses externas. Porém, nem todas as idosas mastectomizadas têm acesso a estas próteses. Partindo-se dessa problemática, delimitou-se como objeto de estudo o conhecimento e uso de sutiãs e próteses externas por idosas mastectomizadas. Foram elaborados os seguintes objetivos: descrever o conhecimento da mulher idosa mastectomizada sobre os sutiãs e as próteses externas; discutir os benefícios e/ou dificuldades no uso de sutiãs e próteses externas por mulheres idosas mastectomizadas; e analisar as bases que emergiram do conhecimento e uso de sutiãs e próteses externas, visando subsidiar a sistematização do cuidado de enfermagem a essa clientela. Para embasamento do estudo, construiu-se um referencial temático que abordou a problemática do câncer de mama e do envelhecimento populacional, e delimitou-se a teoria de Madeleine Leininger, tendo como base os pressupostos transculturais, como referencial teórico de apoio à investigação. Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, que teve como sujeito vinte mulheres idosas mastectomizadas, cadastradas na Fundação Maria Carvalho Santos. O cenário foi o domicílio das participantes, residentes em Teresina-PI. Os dados foram coletados em entrevista semiestruturada, gravados e, após, transcritos. O estudo cumpriu todas as recomendações da Resolução 196/1996. Os resultados foram analisados a partir da concepção teórica de Madeleine Leninger, mediante a técnica de análise de conteúdo de Bardin, da qual emergiram as seguintes categorias: sutiãs e próteses externas: conhecer para usar; benefícios no uso de sutiãs e/ou próteses externas; necessidades, sentimentos e experiência das idosas mastectomizadas. Os resultados revelaram que as idosas investigadas detêm um conhecimento limitado e insuficiente para estimulá-las a aderir ao uso desta tecnologia. Aquelas que utilizam percebem apenas os benefícios estéticos das próteses externas. As idosas pesquisadas relataram dificuldades que vão desde a precariedade nas orientações até o acesso para aquisição das próteses. Conclui-se, depois da problemática investigada, que o estudo mostra-se inédito na área de Enfermagem e, principalmente, na realidade local. Os achados permitiram a formulação de bases para apoiar a sistematização da assistência de Enfermagem a essa clientela, incentivar o ensino e pesquisas congêneres e desenvolver artefatos tecnológicos mais adaptáveis na assistência à idosa mastectomizada.

  • NIRVANIA DO VALE CARVALHO
  • AVALIAÇÃO DO PROGRAMA CONTROLE DA HANSENÍSE DE UM MUNICÍPIO HIPERENDÊMICO DO ESTADO DO PIAUÍ

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 05/03/2012
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  • INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que representa um importante problema da saúde pública, não somente pelo grande número de pessoas que acomete, mas também pelas incapacidades que produz. O Programa Nacional de Controle da Hanseníase desenvolve um conjunto de ações que visam orientar a prática do serviço em todas as instâncias e em diferentes complexidades, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde, fortalecendo as ações de vigilância epidemiológica e promoção da saúde, com base na educação permanente junto aos profissionais da Atenção Básica, para a assistência integral aos portadores desse agravo. A avaliação dos programas de saúde da população é essencial para orientação dos processos de implantação, consolidação e reformulação das práticas da saúde. OBJETIVO: Avaliar o Programa de Controle da Hanseníase no município de União-PI. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa avaliativa, com abordagem quantitativa. O local do estudo foi município de União. A população de estudo foi de 275 usuários do SUS que realizaram tratamento para hanseníase no período de 2005 a 2009 e 25 profissionais da estratégia da Saúde da Família de União, dentre médicos e enfermeiras. A coleta de dados foi feita em três etapas: a primeira com levantamento de dados do SINAN e SIAB para a produção de indicadores de monitoramento e avaliação, a segunda por meio de análise documental de 202 prontuários dos usuários que tiveram diagnóstico de hanseníase e a terceira foi entrevista com os profissionais da estratégia da Saúde da Família de União. A análise dos dados coletados deu-se por meio de estatísticas descritivas, mediante o estudo de séries temporais. RESULTADOS: O município possui uma alta morbidade, magnitude e endemicidade em relação a hanseníase. A maioria dos casos desse agravo, no período do estudo, pertence ao sexo masculino, a faixa etária economicamente ativa e a forma paucibacilar, possuindo como principal modo de entrada o exame de coletividade. O programa ainda possui índices muito baixos de alta por cura, com taxa significativa de abandono.  As ações de avaliação do grau de incapacidade física, exame de contatos e encaminhamento desses para a realização da vacina BCG, foram realizadas de maneira satisfatória, segundo os dados do SINAN e do relato dos profissionais.  Logo, essas ações podem não terem sido executadas, mas somente informadas pelos profissionais no preenchimento das fichas de notificação e acompanhamento, influenciando também os indicadores de monitoramento e avaliação do PCH. CONCLUSÃO: O controle da hanseníase no Estado do Piauí para ser realizado de forma satisfatória, necessita de uma ação conjunta da gestão de saúde de todos os municípios, principalmente os hiperendêmicos, buscando diagnósticos precoces, a avaliação dos contatos, a conclusão do tratamento, a avaliação das incapacidades, a busca ativa de casos e a capacitação de profissionais envolvidos, principalmente sensibilizá-los para a importância da qualidade dos registros pertinentes ao programa e para as ações desenvolvidas junto aos pacientes e familiares.

  • JUSCELIA MARIA DE MOURA FEITOSA VERAS
  • Vivências de mulheres com câncer de colo uterino: implicações para a enfermagem

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 14/02/2012
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  • As neoplasias constituem-se em um grupo vasto e heterogêneo de doenças. O câncer cérvico uterino é responsável por grande parte das causas de morte no mundo,  tendo-se  em vista a dificuldade de acesso aos serviços de saúde para a realização do exame de Papanicolau, a demanda reprimida em alguns serviços de saúde, a falta de oportunidade que a mulher tem para falar sobre si e sua sexualidade. Desta forma, esta pesquisa delimitou como objeto de estudo a vivência de mulheres com câncer de colo uterino,  cujos  objetivos  foram:  caracterizar os sujeitos do estudo no que se refere aos aspectos sociodemográficos e gineco-obstétricos;  descrever as vivências de mulheres relacionadas  ao câncer de colo uterino; e, analisar as vivências de mulheres com câncer de colo uterino frente às alterações biopsicossociais e culturais ocorridas em suas vidas após o diagnóstico. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa cujo método utilizado foi História de Vida.  Foi realizado no ambulatório de um hospital filantrópico de atenção múltipla à saúde, localizado em Teresina-PI. Os sujeitos do estudo foram 15 mulheres atendidas no referido ambulatório com diagnóstico de câncer do colo uterino. Os dados foram produzidos por meio de um roteiro de entrevista aberta, no período de janeiro a março de 2010. Esta pesquisa obedeceu aos princípios da Resolução 196/96 e  obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa  da Universidade Federal do Piauí.  Dos relatos das mulheres emergiram  cinco categorias temáticas, as quais abordam os diferentes aspectos que vivenciam com diagnóstico de câncer do colo uterino. Verificou-se, de modo geral, que o momento do diagnóstico é centrado em interações, nas visões de mundo e de si mesma, que ela construiu ao longo da vida. Percebe-se através dos relatos das mulheres que a confirmação do diagnóstico de câncer de colo uterino  causa impacto psicossocial tanto na paciente quanto em seus familiares. Observou-se que praticamente todas as entrevistadas buscaram apoiar-se na fé divina como estratégia de enfrentamento da doença. Manifestaram, com clareza, que a família foi o suporte que precisavam para enfrentar as dificuldades vivenciadas nesse período.  Por meio do método história de vida foi possível reconhecer as alterações biopsicossociais ocorridas em sua vida em virtude do câncer de colo uterino. O estudo recomenda a importância de intervenções mais eficazes de assistência de enfermagem à mulher pautada na integralidade, em ações educativas abrangendo o contexto sociocultural e afetivo das mulheres. Nessa perspectiva,  as enfermeiras devem  proporcionar  uma assistência de enfermagem holística e humanizada para a mulher e sua família.

2011
Descrição
  • JULIANA ALMEIDA MARQUES LUBENOW
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES

  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 16/12/2011
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  • Os acidentes com materiais perfurocortantes são um problema de saúde pública no mundo todo, podendo ocasionar doenças graves. No Brasil, os profissionais que mais se acidentam são os Técnicos de Enfermagem, pois estão constantemente assistindo ao paciente, tornando-se mais vulneráveis a esses acidentes. Esse trabalho tem como objeto de estudo as Representações Sociais dos acidentes com materiais perfurocortantes elaboradas por Técnicos de Enfermagem. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, à luz da Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici, que foi desenvolvida em uma instituição de saúde da rede privada do estado do Piauí, tendo como sujeitos 16 Técnicos de Enfermagem com registro de acidente de trabalho por material perfurocortante. Para análise dos dados foi utilizado o software ALCESTE que dividiu as entrevistas em seis classes semânticas. A classe 1 trata das condutas adotadas pelos Técnicos de Enfermagem após o acidente bem como o seu encaminhamento pela instituição de saúde; a classe 2 aborda os cuidados aplicados à região afetada; a classe 3 evidencia acoleta de glicemia capilar como o procedimento mais envolvido nesses acidentes; a classe 4 discute sobre os sentimentos vivenciados por esses profissionais após o acidente; a classe 5 revela as causas dos acidentes com materiais perfurocortantes; e, por fim, a classe 6 evidencia o medo dos profissionais de contraírem AIDS e hepatite. As classes 1 e 6 estão diretamente relacionadas, constatando que as condutas tomadas por esses profissionais são motivadas pelo medo de contraírem essas doenças. A relação das classes 4 e 5 deve-se à causa do acidente estar ligada ao sentimento vivenciado pelo profissional. Já as classes 2 e 3, diretamente relacionadas, abordam a parte técnica dos acidentes. As RS dos Técnicos de Enfermagem em relação aos acidentes são reflexos do modo como agem, como se sentem, como pensam. Fica evidenciado que eles atribuem a culpa de ter se acidentado ao seu colega e a eles mesmos, o que é alimentado indiretamente pela instituição. Dessa forma, as verdadeiras causas dos acidentes não são identificadas, prevalecendo a sua ocorrência que pode ser evitada, na maior parte dos casos, se houver um esforço coletivo, não só do trabalhador, mas das instituições de saúde e das autoridades públicas. Faltam educação permanente e supervisão quanto à adesão das medidas preventivas, mas também atenção à saúde mental do trabalhador, melhores condições de trabalho e um ambiente que ofereça segurança. Faltam ainda posicionamento e atitude dos órgãos de classe e sindicatos na defesa dos direitos e bem-estar dos seus afiliados. A incidência não tem diminuído porque as causas talvez não sejam tão óbvias.

  • JULIANA ALMEIDA MARQUES LUBENOW
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES

  • Orientador : MARIA ELIETE BATISTA MOURA
  • Data: 16/12/2011
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  • Os acidentes com materiais perfurocortantes são um problema de saúde pública no mundo todo, podendo ocasionar doenças graves. No Brasil, os profissionais que mais se acidentam são os Técnicos de Enfermagem, pois estão constantemente assistindo ao paciente, tornando-se mais vulneráveis a esses acidentes. Esse trabalho tem como objeto de estudo as Representações Sociais dos acidentes com materiais perfurocortantes elaboradas por Técnicos de Enfermagem. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, à luz da Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici, que foi desenvolvida em uma instituição de saúde da rede privada do estado do Piauí, tendo como sujeitos 16 Técnicos de Enfermagem com registro de acidente de trabalho por material perfurocortante. Para análise dos dados foi utilizado o software ALCESTE que dividiu as entrevistas em seis classes semânticas. A classe 1 trata das condutas adotadas pelos Técnicos de Enfermagem após o acidente bem como o seu encaminhamento pela instituição de saúde; a classe 2 aborda os cuidados aplicados à região afetada; a classe 3 evidencia acoleta de glicemia capilar como o procedimento mais envolvido nesses acidentes; a classe 4 discute sobre os sentimentos vivenciados por esses profissionais após o acidente; a classe 5 revela as causas dos acidentes com materiais perfurocortantes; e, por fim, a classe 6 evidencia o medo dos profissionais de contraírem AIDS e hepatite. As classes 1 e 6 estão diretamente relacionadas, constatando que as condutas tomadas por esses profissionais são motivadas pelo medo de contraírem essas doenças. A relação das classes 4 e 5 deve-se à causa do acidente estar ligada ao sentimento vivenciado pelo profissional. Já as classes 2 e 3, diretamente relacionadas, abordam a parte técnica dos acidentes. As RS dos Técnicos de Enfermagem em relação aos acidentes são reflexos do modo como agem, como se sentem, como pensam. Fica evidenciado que eles atribuem a culpa de ter se acidentado ao seu colega e a eles mesmos, o que é alimentado indiretamente pela instituição. Dessa forma, as verdadeiras causas dos acidentes não são identificadas, prevalecendo a sua ocorrência que pode ser evitada, na maior parte dos casos, se houver um esforço coletivo, não só do trabalhador, mas das instituições de saúde e das autoridades públicas. Faltam educação permanente e supervisão quanto à adesão das medidas preventivas, mas também atenção à saúde mental do trabalhador, melhores condições de trabalho e um ambiente que ofereça segurança. Faltam ainda posicionamento e atitude dos órgãos de classe e sindicatos na defesa dos direitos e bem-estar dos seus afiliados. A incidência não tem diminuído porque as causas talvez não sejam tão óbvias.

  • AMANDA LÚCIA BARRETO DANTAS
  • O SENTIDO DO SER MÃE QUE CUIDA DO FILHO RECÉM NASCIDO PRÉ TERMO E DE BAIXO PESO NO MÉTODO CANGURU: CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM PARA O CUIDADO EM NEONATOLOGIA

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 06/12/2011
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  • O nascimento pré-termo envolve a mãe em um universo preenchido muitas vezes por medo, incerteza e falta de habilidade em lidar com um bebê tão pequeno e frágil. A iminência da morte torna esse contato um momento delicado, em que cada gesto pode significar a vida ou não dessa criança. A prática do Método Canguru, que consiste no contato pele a pele de mãe e filho, permite aproximação da mãe e filho no exercício destas ações de cuidado, estimulando o estabelecimento do vínculo e laços afetivos. Nesse processo, as mães praticam a ação de cuidar de seus filhos, chamando a atenção para o objeto de estudo que é o sentido do ser-mãe-que-cuida-do-filho-recém-nascido-pré-termo-e-de-baixo-peso-no-método-canguru: contribuição da enfermagem para o cuidado em neonatologia. Trata-se de um estudo qualitativo de natureza compreensiva, de abordagem fenomenológica realizado com dez mães que se encontravam vivendo o cuidado ao filho pré-termo e de baixo peso na enfermaria canguru de uma maternidade de Teresina – PI, com objetivo de compreender o significado do cuidado mediado pelo Método Canguru vivenciado por mães de recém-nascido pré-termo e de baixo peso. Foi realizada a entrevista de natureza fenomenológica para captar os relatos das  mães. A partir desses, foi possível a estruturação dos mesmos em quatro Unidades de Significação, que traduzem a compreensão vaga e mediana atribuída aos relatos, tornando possível traçar o fio condutor que norteou a elaboração do sentido do ser-mãe-que-cuida-do-filho-recém-nascido-pré-termo-e-de-baixo-peso-no-método-canguru, que é um ser envolvido em um momento diferente, novo, que ocasiona a preocupação das mães, o medo de que esses não sobrevivessem e, ao mesmo tempo a fé em Deus que as faz acreditar que tudo será melhor. Ao adentrar nestes conceitos, é importante destacar a relevância que há em compreender os aspectos que envolvem este vivido neste universo, a enfermaria canguru, chamando a atenção de gestores e equipe de enfermagem no sentido de despertar para esta prática do cuidado humanizado, empático e fundamentado no amor e na dedicação a serem empregados por estes profissionais, seres de cuidado.

  • SAMARA DOURADO DOS SANTOS MORAES
  •  PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM

  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 25/11/2011
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  •  

    O câncer de mama é uma doença de significação diferenciada devido  às repercussões do tratamento na identidade feminina  e  na  sua  qualidade de vida. Assim, a interdependência corpo-mente-espírito deve ser considerada e,  nesse contexto, as práticas integrativas e complementares são importantes recursos  por proporcionarem melhoria na  qualidade de  vida e melhor resposta ao tratamento oncológico alopático. Dessa forma, este estudo  teve como objetivos descrever as práticas integrativas e complementares  adotadas  por mulheres com câncer de mama e analisar a percepção da mulher com câncer de mama sobre os efeitos dessas  práticas em sua qualidade de vida. Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, que contou com a participação de 14 mulheres com câncer de mama como sujeito e teve como cenário um hospital filantrópico em Teresina–PI,  que é referência no norte-nordeste em  tratamento de câncer.  A produção dos dados foi realizada  por meio  de uma entrevista aberta, em conformidade  com  o método história de vida,  e  os resultados foram  analisados  à  luz do referencial teórico construído a partir dos temas emergidos dos depoimentos. Adotou-se a técnica de análise de conteúdo segundo Bertaux, da qual emergiram as seguintes categorias: o yogaterapia, na promoção do bem-estar físico e mental; a terapia comunitária, como um espaço de trocas, empoderamento e resiliência;  o uso de plantas medicinais,como prática complementar no combate ao câncer; Argiloterapia e religiosidade, como práticas integrativas e complementares no  tratamento de câncer de mama. O yoga foi percebido de forma positiva e relacionado a melhorias físicas e mentais na vida das mulheres com câncer de mama.  Elas relataram melhora na saúde psíquica, que fora  abalada pela doença,  e benefícios físicos como relaxamento e alívio de dores na coluna e nos membros. A troca de experiências entre mulheres que vivenciam a mesma situação durante a terapia comunitária foi propulsora para o processo de empoderamento e resiliência  e  possibilitou  uma vivência menos traumática  com  o câncer. As participantes deste estudo relataram a utilização de plantas medicinais como o noni, ameixa, janaguba, aveloz, babosa e mangaba, como  forma complementar ao tratamento alopático e acreditam que essas ervas contribuíram positivamente para a melhora de seu estado geral e para a cura de sua doença. A argiloterapia promoveu conforto e relaxamento,  e as práticas religiosas foram importantes terapias no enfrentamento da doença, tendo em vista que a fé em Deus promoveu redução da ansiedade e estresse implicando diretamente na melhoria de vida dessas pacientes. O estudo recomenda aos serviços de oncologia a adoção de programas de práticas integrativas e complementares por uma equipemultiprofissional e a extensão dessa assistência para o âmbito da atenção básica. Nesse contexto a enfermeira tem um papel primordial, pois é ela quem tem um maior

    contato com a paciente e  pode educa-la para o uso adequado dessas práticas. A atuação da enfermeira nas práticas integrativas e complementares abre espaço para a  enfermagem e proporciona autonomia e  independência  à  enfermeira na sua prática em qualquer âmbito profissional.

  • MAYARA AGUIDA PORFIRIO MOURA
  • O CUIDADO COM A ALIMENTAÇÃO INFANTIL: HISTÓRIAS DE ENFERMEIROS DA ATENÇÃO BÁSICA

  • Orientador : SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
  • Data: 11/10/2011
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  • Nos últimos anos, uma importante mudança tem ocorrido em relação à situação nutricional brasileira, relacionada principalmente com o cuidado à criança. Com essas novas tendências, a enfermagem, na atenção básica, busca uma perspectiva de cuidado pautado na promoção da saúde e prevenção de doenças. Nesta perspectiva, esta pesquisa delimitou como objeto de estudo o cuidado com a alimentação infantil no cotidiano dos enfermeiros inseridos na estratégia Saúde da Família, cujos objetivos foram: Compreender, a partir dos relatos dos enfermeiros, a dinâmica da assistência voltada para a alimentação na estratégia Saúde da Família; descrever as práticas cotidianamente realizadas pelos enfermeiros relacionadas à alimentação infantil e descrever os fatores que facilitam/dificultam o cuidado cotidiano do enfermeiro junto às famílias, relacionado à alimentação infantil. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa pautada na História Oral Temática, da qual participaram 16 enfermeiros pertencentes à atenção básica de Saúde, Teresina-PI. A produção de dados ocorreu por meio de uma entrevista com a utilização de um roteiro semi-estruturado, sendo posteriormente transcrito e analisado com base nas concepções teóricas do cuidar e no referencial temático, dos quais emergiram as seguintes categorias: 1-Dinâmica da assistência de enfermagem no cuidado com a alimentação da criança; 2-Práticas dos enfermeiros no cotidiano da estratégia Saúde da Família, e 3- Facilidades e dificuldades encontradas no cotidiano do enfermeiro. Este estudo revelou que a dinâmica da assistência de enfermagem à criança ocorre por meio na consulta de enfermagem, incorporando o modo-de-ser-trabalho e o cuidado pautado na Política Nacional da Atenção Básica. Esta assistência resulta de práticas que contemplam o cuidado de enfermagem e o uso de tecnologias. Possuindo elementos que facilitam o contexto da criança, do profissional e da atenção básica. As dificuldades encontradas no universo da criança englobam fatores sociais, culturais e econômicos. Com base nisso, como considerações finais, ressaltamos a importância da alimentação e o poder do cuidado da enfermagem que se mostra capaz de conduzir uma melhor qualidade de vida para os futuros adultos, considerando ainda, sua potencialidade para a diminuição nos índices de morbi-mortalidade, contribuindo assim, para a promoção da saúde.

     

  • NALDIANA CERQUEIRA SILVA
  • AVALIAÇÃO NORMATIVA DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DE TERESINA


  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 30/05/2011
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  • O atendimento pré-hospitalar se consolidou no Brasil a partir da instituição de normas estabelecidas em portarias ministeriais, que culminaram com a implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em todo o território brasileiro, com acesso através de chamado telefônico pelo número 192. Nesse estudo, realizou-se avaliação normativa do SAMU Teresina abrangendo a estrutura e os resultados, de acordo com os critérios de avaliação instituídos pelo Ministério da Saúde (MS), analisando os indicadores operacionais obtidos quanto à natureza das ocorrências, o tempo resposta e o referenciamento dos atendimentos; comparando a adequação da estrutura física das viaturas do SAMU Teresina à normatização vigente; descrevendo o perfil e a capacitação dos profissionais de saúde que atuam nesse serviço e verificando as competências e atribuições dos profissionais que tripulam as Unidades móveis de Urgência (UMU) a partir da percepção de seus pares. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, descritiva, quantitativa. O estudo abrangeu informações pertinentes à estrutura e aos resultados do SAMU Teresina no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2009. Os dados foram obtidos a partir das fichas de consolidação dos atendimentos realizados por esse serviço e das respostas a matrizes elaboradas de acordo com a normatização vigente, destinadas a avaliação das viaturas e dirigidas aos profissionais que atuam nas UMU, sendo amostra composta por 26 médicos, 13 enfermeiros, 53 auxiliares de Enfermagem e/ou técnicos em Enfermagem e 57 condutores de veículos de urgência. Observou-se que alguns itens elencados pelo MS como pontos a serem avaliados tornam-se inviáveis. Verificou-se uma demanda elevada, mas decrescente para o atendimento de urgências clínicas e obstétricas. No entanto, os acidentes de trânsito vêm ao longo deste período assumindo curva ascendente. Constatou-se que as atividades desenvolvidas pelos profissionais que atuam nas UMU e a estrutura das mesmas em muito se aproxima do estabelecido pelo MS, e que a esses realizam periodicamente cursos e treinamentos. Verificou-se, uma predominância de profissionais do sexo feminino nas profissões relacionadas à Enfermagem, e do masculino entre os médicos e condutores; a idade variou entre 28 e 62 anos e o tempo de serviço entre 1 e 24 anos de atuação no atendimento pré-hospitalar. Conclui-se então que o SAMU Teresina consegue em parte seguir os preceitos estabelecidos pelo MS. Porém, destaca-se a necessidade de diminuição do tempo resposta e otimização da oferta hospitalar, especialmente no atendimento ao paciente com trauma.

     


  • MILENA FRANCE ALVES CAVALCANTE
  • A percepção de mães adolescentes sobre a maternidade:  limitações e possibilidades, na perspectiva de gênero


  • Orientador : INEZ SAMPAIO NERY
  • Data: 29/04/2011
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  • O processo de formação de um indivíduo é algo complexo, fatores biológicos,

    sociais e psico-afetivos compõem a multicasualidade deste evento. Nesta

    perspectiva vislumbramos a adolescência como uma fase de forte influência destes fatores, sendo então considerado um período de conflitos e riscos. Dentre os riscos a que estão vulneráveis nossos adolescentes podemos citar o abandono escolar, drogas, violência e a iniciação sexual precoce resultando em DSTs/AIDS e gestações não planejadas. Levando em consideração esta problemática definimos como objeto desta pesquisa a percepção de mães adolescentes  sobre a maternidade: inter-relações entre gênero e sexualidade sendo os objetivos deste estudo: descrever e discutir a percepção de mães adolescentes sobre a maternidade e suas inter-relações entre gênero e sexualidade. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, que se apóia nos conceitos e concepções da teoria de gênero e no referencial temático sobre sexualidade. O caminho metodológico utilizado foi o da pesquisa-ação que se mostrou dinâmica e adequada ao trabalho com este públicoespecífico. O número  de sujeitos que participaram deste estudo foi de 15 mães adolescentes, que se fizeram presentes em três seminários temáticos. A coleta de dados se deu com a utilização de dinâmicas de sensibilização e criatividade. Após a coleta procedeu-se a sistematização dos dados para posterior formação das categorias temáticas, quais foram: (RE) Significando a gravidez na adolescência da descoberta ao aflorar da maternidade; A percepção da maternidade expressada na linha de vida das mães adolescentes; Eu, mãe adolescente o que espero daqui para frente. Nos depoimentos foi possível desvelarmos a percepção da adolescente sobre a maternidade, que se revelou como um momento cheio de medos, conflitos e angústias para estas mães meninas no momento da descoberta, já o desabrochar, ou o aflorar foi marcado por sentimentos positivos como amor, carinho e cuidado, desta forma percebeu-se que a maternidade se compõe como um evento gradual, particular e motivador. Portanto, diante das discussões e achados desta investigação evidenciam-se possibilidades para a assistência, ensino e pesquisa, especialmente na Enfermagem, considerando ainda a perspectiva de rompimento de um ciclo de sofrimentos que limita a adolescente e a impossibilita de concretizar projetos e planos futuros.

  • CRISTIANE BORGES DE MOURA RABELO
  • CONHECIMENTO DE ENFERMEIROS SOBRE A PREVENÇÃO DA ÚLCERA POR PRESSÃO
  • Orientador : MARIA HELENA BARROS ARAUJO LUZ
  • Data: 21/03/2011
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  • A úlcera por pressão (UPP) é considerada um grave problema clínico, que afeta milhões de pacientes cujo conhecimento acerca desta temática tem sido foco de

    investigação da Enfermagem. Este estudo teve como objetivo geral avaliar o

    conhecimento de enfermeiros sobre a prevenção da UPP em um hospital público de

    ensino do estado do Piauí e, objetivos específicos, conhecer o perfil demográfico, de

    formação educacional e experiência profissional; identificar estratégias utilizadas na

    busca de informações científicas; caracterizar o conhecimento referente à descrição,

    classificação e prevenção da UPP e analisar a presença de associações entre os

    escores de conhecimento e as variáveis estudadas. Trata-se de uma pesquisa

    exploratório-descritiva, transversal com análise quantitativa aprovada pela instituição

    envolvida no estudo e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal

    do Piauí, protocolos nº5134/09 e 0221.0.045.000-09, respectivamente. A coleta de

    dados ocorreu no período de maio a junho de 2010 utilizando um instrumento autoaplicável composto de duas partes: o perfil dos participantes e um teste de

    conhecimento validado, referente à avaliação, classificação e às recomendações

    para a prevenção da UPP. Os resultados evidenciaram que, dos 67 enfermeiros

    participantes, 89,6% eram do sexo feminino e tinham idade média de 42,6 anos

    (DP=7,6). O tempo médio de formado foi de 16 anos (DP=7,6), 95% tinham

    Especialização, 6,0% Mestrado e nenhum, doutorado. Verificou-se uma média de

    15,7 anos (DP 7,6) de exercício profissional e de 10,7 anos (DP 9,7) de trabalho na

    instituição, sendo que 32,8% atuavam na supervisão e 20,3% na UTI. Quanto à

    busca de informações científicas, a maioria utilizava várias estratégias, entretanto

    isso não ocorria de maneira periódica e sistemática. A internet foi à estratégia mais

    utilizada (53,8%), e a participação em Comissões/Grupo de Pesquisa, a menos

    utilizada citada como nunca pela maioria (52,2%). Em relação ao teste de

    conhecimento dos 08 itens relacionados à classificação e avaliação da UPP, os

    participantes obtiveram acertos maiores que 90% em três itens e no tocante aos 33

    itens sobre prevenção, obtiveram mais de 90% de acertos em 18 itens. Os aspectos

    com menores acertos foram relacionados ao uso de almofadas tipo rodas d’água ou

    de ar (12,3%), intervalo de reposicionamento quando sentado na cadeira (15,4%),

    massagem em proeminências ósseas (22,7%), intervalo de mudança de decúbito

    (24,2%), uso de luvas d’água ou de ar (24,2%), elevação da cabeceira no leito

    (34,4%) e ao ângulo de posicionamento em decúbito lateral (38,1%). Os enfermeiros

    acertaram, em média, 72,3% (DP 10,21) dos itens do teste de conhecimento, no

    entanto apenas 3% apresentaram nível de conhecimento considerado adequado

    com porcentagem igual ou maior de 90% de acerto. Na associação dos escores de

    conhecimento às variáveis estudadas, foi observada uma relação estatisticamente

    significante apenas nas estratégias de busca de informações científicas

    relacionadas: A participação de comissões/grupo de pesquisa (J-T padronizado = 2,

    364, p=0,018) e busca informações com outros enfermeiros (J-T padronizado =

    2,838, p=0,002). Concluiu-se que os enfermeiros apresentam lacunas frente ao

    conhecimento científico produzido sobre a prevenção da UPP nas últimas décadas

    imprescindíveis para assistência segura e de qualidade.

  • DISRAELI REIS DA ROCHA FILHO
  • SOROPREVALÊNCIA DE INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE B EM CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM POR TERESINA

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 28/02/2011
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  • As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes. Os agentes etiológicos que causam hepatites virais mais relevantes são designados por letras do alfabeto (vírus A, B, C, D e E). A hepatite B é transmitida por meio do sangue e hemoderivados e encontram-se entre as doenças de notificação compulsória. Esta pesquisa objetiva estimar a prevalência dos marcadores sorológicos da hepatite B na população de caminhoneiros que trafegam por Teresina e os fatores a ela associados. Para tanto, procedeu-se a um estudo de natureza quantitativa, descritiva, secional, realizado por meio de um inquérito soro-epidemiológico no município de Teresina-PI, com amostra aleatória simples de 384 caminhoneiros. Os dados foram digitados e analisados com a utilização do software SPSS versão 17.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples e bivariadas, com aplicação do teste Qui-quadrado de Pearson e test t com nível de significância (p<0,05). Para verificar as possíveis associações entre as variáveis e para a averiguação do tamanho do efeito da associação, utilizou-se o teste V-Cramer. A totalidade da amostra foi constituída por profissionais do sexo masculino (100%), sendo que 61,8% cursavam apenas o ensino fundamental e 79,6% eram casados. A média de anos como caminhoneiro foi de 10,9 e a maioria apresentava renda individual entre 1 a 5 salários mínimos; 45,8% nunca fazem uso de camisinha, 72,9% da amostra não sabem informar a forma correta da transmissão da Hepatite B. O uso de anfetamina foi referido por 21,8% e 2,9% no momento da pesquisa encontravam-se na fase aguda da doença. Constatou-se que a população investigada está exposta a condições que a torna susceptível à infecção pelo vírus da hepatite B, evidenciada pelo uso de anfetaminas dentre outras drogas, uso de álcool, múltiplas parceiras sexuais e relações sexuais desprotegidas, pelo desconhecimento das suas formas de transmissão e pela falta de proteção conferida pela vacina. Entende-se que se faz necessária a ampliação do acesso dos caminhoneiros aos serviços de saúde bem como o desenvolvimento de estratégias que favoreçam este acesso, como postos de atendimento, incluindo medidas promocionais e educativas nas estradas. Sem dúvida, a enfermagem é uma categoria profissional, que pode trazer muita contribuição a uma política de atenção à saúde do caminhoneiro.

  • NAYRA DA COSTA E SILVA RÊGO
  • HEPATITE B: PREVALÊNCIA DE MARCADORES SOROLÓGICOS E FATORES ASSOCIADOS EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 23/02/2011
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  • INTRODUÇÃO: A hepatite B é considerada uma doença de progressão mundial e a vacina constitui-se em estratégia eficiente para o controle da doença, bem como a prevenção das formas agudas e crônicas. OBJETIVO: Avaliar a prevalência dos marcadores sorológicos e fatores associados à hepatite B em profissionais de Enfermagem que atuam nos serviços de urgência e emergência de Teresina-PI. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, transversal desenvolvido por meio de inquérito soroepidemiológico, no período de março a maio de 2010, com 317 profissionais de enfermagem de cinco hospitais da capital. Os dados foram digitados e processados com a utilização do software SPSS 17.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples e bivariadas, por meio da aplicação do teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%, para verificar as possíveis associações entre as variáveis. E para a averiguação do tamanho do efeito da associação, utilizou-se o teste V-Cramer. RESULTADOS: Predominou o sexo feminino (94,3%), com idade média de 42,3 anos (± 10,2), casados (54,6%). Quanto a categoria profissional, os técnicos de enfermagem representaram 59,9% da amostra. Com relação ao tempo médio de profissão, a média foi de 17,2 (± 10,3) variando de 1 a 42 anos. Com atividades no serviço de urgência e emergência a média foi de 11 anos (± 9,8). Quanto a situação vacinal para a hepatite B, verificou-se baixa cobertura sendo que os  enfermeiros foram os que receberam maior número de doses de vacina para Hepatite B, pois 70,5% haviam completado o esquema preconizado pelo Programa Nacional de Imunização, seguido dos técnicos (48,4%) e auxiliares (47,0%). No que se refere aos acidentes ocupacionais, os produzidos por agulhas se destacaram em todas as categorias profissionais: enfermeiros (20,5%), técnicos de enfermagem (42,6%),  e auxiliares (32,5%). Observou-se expressiva subnotificação dos acidentes (32,8%) e 40,7% não adotaram nenhuma medida profilática pós-exposição. Houve associação estatística significativa entre o acidente ocupacional e as variáveis categoria profissional e tempo de serviço (p=0,01). Quanto aos Equipamentos de Proteção individuais (EPIs), o uso de luvas apresentou percentual semelhante entre as categorias. A transfusão de sangue foi apontada por todos os profissionais como a principal forma de transmissão. Os resultados da sorologia apontaram que não ocorreu positividade aos marcadores HBsAg e HBc total na população investigada. Quanto ao Anti-HBs foi encontrado em maior evidência nos técnicos e auxiliares de Enfermagem (32,6%) e (31,7%) respectivamente. Nenhuma categoria apresentou positividade para o HBcIgM. Houve associação estatisticamente significativa entre o Anti Hbs e as variáveis, número de doses de vacina e tempo de profissão (p=0,03). CONCLUSÃO: A pesquisa de marcadores sorológicos da hepatite B, a adoção de medidas profiláticas, tais como, imunização e uso de EPIs é de suma importância para o controle da progressão da hepatite B em profissionais de saúde. Todavia, se faz necessária a ampliação do acesso a essas medidas.

2010
Descrição
  • MARIA ELIANE MARTINS DE OLIVEIRA
  • A expansão dos Cursos de Graduação em Enfermagem no Estado do PIAUÍ

  • Orientador : BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
  • Data: 16/06/2010
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  • Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, descritiva, exploratória e retrospectiva, cujo objetivo foi avaliar a expansão do ensino de graduação em Enfermagem no Estado do Piauí, no período de1973 a2008.   A pesquisa foi realizada em  dez instituições de ensino superior do Estado, que desenvolveram cursos de enfermagem no período,  sendo o universo investigado  os  14 desses cursos, que iniciaram suas atividades até o primeiro semestre de 2008. Os dados foram coletados no período de julho a novembro de 2009, por meio da aplicação de formulários, que foram respondidos pelos coordenadores de curso, docentes e profissionais de outros setores das Instituições de ensino superior. Utilizou-se, ainda, a análise documental das matrizes curriculares e, quando disponibilizados, os documentos de reconhecimento ou autorização, os projetos pedagógicos do curso e guia acadêmico  do aluno. Inicialmente, foram organizados os indicadores quantitativos da expansão do ensino de enfermagem no Piauí e características da sua evolução, tais como: número de cursos, oferta anual de vagas e número de graduados, no recorte temporal citado, que  tiveram tratamento estatístico mediante freqüência simples e percentual. A planilha eletrônica Microsoft Office Excel 2007 foi utilizada para construção das tabelas, quadros e gráficos. Posteriormente,trabalharam-se  os indicadores de qualidade, realizando um corte transversal nos dados relativos ao ano de 2008, referente a 12 cursos (86%) dos 14 pesquisados, considerando a dificuldade de levantar essas informações. Selecionou-se 38 critérios para as cinco variáveis contempladas: organização didático-pedagógica, corpo docente, avaliação das instalações físicas, projeto pedagógico e requisitos legais. Os resultados apontaram crescimento da expansão dos cursos de enfermagem nos últimos 10 anos, maior que o registrado nos 25 anos anteriores. Evidenciou-se crescimento de um para dois cursos no período de1973 a1998 e de três para 11 cursos de1999 a2003, com expansão de 267% em cinco anos.  De2004 a2008 passou de 11 para 14 cursos, com pico de crescimento entre2002 a2004, sendo a expansão quantitativa dos cursos de enfermagem no período de1973 a2008 de 1.300%. O total de enfermeiros graduados no Estado do Piauí no período foi de 2.929. A expansão dos cursos na categoria privada foi de2001 a2008 de 700%, enquanto a categoria pública, de1973 a2008,  foi  500%, em 35 anos. Na análise geral dos indicadores de qualidade, contatou-se que apenas quatro cursos, 33,5% dos 12 cursos analisados,  têm uma expansão adequada do ponto de vista dos  indicadores utilizados pelo MEC/INEP nos processos de avaliação/regulação e utilizados como parte da avaliação da expansão dos cursos de graduação emenfermagem no Piauí. Constata-se que o crescimento quantitativo dos cursos de enfermagem no Estado do Piauí é evidente, porém não se acompanhou do fator qualitativo na maioria das Instituições de Ensino Superior estudadas.

  • FABRICIA ARAUJO PRUDENCIO
  • CONHECIMENTO E PRÁTICA DE IDOSOS SOBRE O USO DE MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS

  • Orientador : LIDYA TOLSTENKO NOGUEIRA
  • Data: 31/05/2010
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  • O envelhecimento é um fenômeno mundial  e,  como decorrência desse processo,  podem  surgir  as doenças e a necessidade  do uso de medicações, entre elas os psicotrópicos.  Para o desenvolvimento  desta pesquisa,  utilizou-se  o estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, cujos objetivos foram: caracterizar os medicamentos  psicotrópicos utilizados pelos idosos; descrever os conhecimentos e práticas dos idosos sobre o uso dos psicotrópicos; e analisar as circunstâncias sociais e ou emocionais que levaram os idosos ao consumo de psicotrópicos. O estudo foi realizado no período de julho à agosto de 2010, na área de abrangência de uma equipe de Saúde da Família da Regional Leste/Sudeste do município de Teresina,  com 18 idosos, que utilizavam sedativos-hipnóticos e/ou antidepressivos há,  pelo menos,  um ano. Os dados foram obtidos mediante entrevista semi-estruturada, submetidos a analise de conteúdo. A interpretação dos resultados se deu à luz do referencial teórico específico. A pesquisa atendeu aos aspectos éticos e legais, tendo sido aprovada pelo CEP da UFPI. A análise permitiu apreender duas categorias temáticas  e sete subcategorias. Evidenciou-se que os idosos  conhecem a indicação terapêutica dos medicamentos psicotrópicos  que utilizam  e  distinguem os efeitos  esperados  das reações adversas.  Observou-se também a relação de dependência química da medicação  entre  os usuários de sedativos  hipnóticos.  O  uso dos psicotrópicos  é  cercado  de saberes, valores, crenças, incertezas, contradições e erros. Os problemas de doença pessoal, as perdas de familiares e os problemas familiares apareceram como justificativas para o uso da medicação, na tentativa de resolver ou amenizar as tensões da vida cotidiana. Concluí-se que é necessário ampliar reflexões e discussões sobre o tema, bem como  a  formulação de diretrizes voltadas para o uso de medicamentos psicotrópicos pelas pessoas  idosas,  além da  melhoria da assistência  aos idosos usuários de psicotrópicos.

     

  • LEIDINAR CARDOSO NASCIMENTO
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA PREVENÇÃO DO CÂNCER CÉRVICO-UTERINO ELABORADAS POR MULHERES

  • Data: 25/02/2010
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  • O câncer de colo do útero é considerado um problema de saúde pública, devido aos crescentes casos que surgem anualmente com diagnóstico tardio, refletindo no elevado índice de morbimortalidade feminina, embora apresente alto potencial de cura e fácil diagnóstico através do exame de rastreamento das lesões precursoras, o Papanicolau. Nessa perspectiva, este estudo teve como objetivos apreender as representações sociais elaboradas por mulheres acerca da prevenção do câncer de colo do útero; e, analisar como essas representações apreendidas influenciam na realização do exame de prevenção do câncer de colo uterino. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva, orientada pela Teoria das Representações Sociais, realizada com sessenta e quatro mulheres que buscaram a Unidade Saúde da Família para realizar o exame Papanicolau, as quais constituíram os sujeitos deste estudo. Na coleta de dados, foram utilizados o Teste de Associação Livre de Palavras e a entrevista em profundidade. Os dados obtidos das entrevistas foram submetidos à Análise de Conteúdo Categorial Temática e o teste foi processado pelo software Tri-Deux Mots, submetido à Análise Fatorial de Correspondência, na qual, através dos estímulos: prevenção do câncer de colo uterino e exame de prevenção objetivaram-se as palavras cuidar, saúde, parceiro, tratamento, remédio, tranquilidade, dever, rotina, vergonha, ansiedade, desconforto e dor. Para as mulheres, a prevenção do câncer de colo do útero compreende uma forma de cuidar da saúde através da realização rotineira do exame preventivo, bem como, a realização do exame desperta sentimentos negativos referenciados pelas mulheres. Das entrevistas emergiram três categorias: concepções sobre o câncer de colo uterino; sentimentos em relação à prevenção câncer cérvico-uterino; e, atitudes frente à prevenção do câncer de colo do útero. As concepções sobre o câncer cervical determinam o comportamento das mulheres frente ao ato preventivo influenciado pelos sentimentos relatados na realização do exame. Dessa forma, torna-se necessário intensificar a divulgação da relevância do exame preventivo realizado com periodicidade para a obtenção de diagnósticos precoces da doença através de atividades de educação em saúde, com o objetivo de sensibilizar as mulheres para adotarem condutas preventivas no seu cotidiano visando reduzir a morbimortalidade por esta neoplasia.



Dissertações/Teses Antigas
2012
Descrição
  • WALKIRIA DE CARVALHO MENDES
  • DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE DE UM INSTITUTO DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS TROPICAIS
  • Orientador : MARIA DO LIVRAMENTO FORTES FIGUEIREDO
  • Ano: 2012
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  • A sociedade moderna defronta-se com o grande desafio da geração excessiva de resíduos sólidos, especialmente, porque o aumento da quantidade destes materiais supera a capacidade de absorção e degradação pela natureza, o que resulta em danos ao meio ambiente que repercutem na saúde e na qualidade de vida das pessoas. Os Resíduos de Serviços de Saúde, quando mal gerenciados oferecem sérios riscos sanitários e ambientais, daí a necessidade de investigações, com vistas a elaboração de planos de gerenciamento destes resíduos, capazes de minimizarem os impactos no seu manejo, tratamento e destino final dos Resíduos de Serviços de Saúde, trata-se de estudo exploratório, observacional e descritivo, com análise de dados quantitativos, que teve como objetivo investigar a situação dos Resíduos de Serviços de Saúde em um instituto de referência em doenças tropicais, tendo como base as recomendações legais vigentes no Brasil. A produção dos dados se deu em duas etapas: na primeira utilizou-se a estratégia da observação sistemática de todos os passos desenvolvidos no manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde da instituição investigada e a segunda por meio de três modelos de entrevistas estruturadas com questões fechadas respondidas por uma amostra de 184 pessoas distribuídas nas seguintes categorias laborais: trabalhadores de serviço de saúde (49 indivíduos), profissionais da saúde (124 indivíduos) e gestores setoriais de saúde (11 indivíduos), os quais responderam as entrevistas após a leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) concordando em participar da investigação. Os dados resultantes da observação sistemática no campo da investigação foram registrados em bloco de notas e discutidos criticamente à luz das normas, resoluções e leis vigentes no Brasil sobre os RSS, bem como, na produção cientifica congênere. Já os dados resultantes das entrevistas foram digitados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) for Windows, versão 18.0 foram tratados estatisticamente e geraram tabelas, nas quais se apresentaram as variáveis que responderam os objetivos da investigação. Conclui-se ser precário o conhecimento acerca do PGRSS, como também sobre todas as etapas do manejo dos RSS no cenário do estudo, por parte da amostra de indivíduos pesquisada. Evidenciou-se ainda a necessidade urgente da elaboração do PGRSS que deverá ser implantado e implementado após licenciamento sanitário e ambiental, sendo imprescindível a execução das ações de educação permanente junto a todos os envolvidos no manejo dos RSS, desde a produção até o destino final.
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