A palma forrageira é uma cultura de extrema importância para a região semiárida brasileira, no entanto, é cultivada com baixo nível tecnológico, o que reduz seu potencial produtivo. Neste sentido, uma tecnologia de baixo custo e de grande sustentabilidade é o emprego de inoculantes contendo bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCPs), pois as mesmas apresentam potencial de uso na agricultura como complemento aos fertilizantes químicos nitrogenados. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a morfologia, desenvolvimento e acúmulo de nitrogênio (N) em duas cultivares de palma forrageira (baiana e doce miúda) em resposta a inoculação com BPCPs associadas à adubação nitrogenada em solo do semiárido piauiense. Seis tratamentos compostos por duas estirpes de Bacillus subtilis (IPACC29 e IPACC26), duas estirpes de Paenibacillus sp. (IPACC55 e IPACC38), um inoculante comercial contendo estirpes de Azospirillum brasilense (AbV5+AbV6) (AB) e um controle sem inoculação foram associados ou não a doses de N (0, 50 e 100%). As cultivares responderam de forma diferenciada à inoculação com as BPCPs e às doses de N. A maioria dos parâmetros morfométricos foram influenciados apenas pelas doses de N. Para a cultivar baiana, quando cultivada sob a dose de 50%, todas as inoculações aumentaram a produção de massa fresca (MFR) e seca (MSR) de raiz, o acúmulo de N nos cladódios (ANC) e nas raízes (ANR) e a estirpe IPACC29 foi eficiente em aumentar a massa fresca e seca de cladódios (MSC). Para a doce miúda, na dose de 50%, todas as estirpes, com destaque para IPACC55 e IPACC38, incrementaram a MSC, a estirpe IPACC38 aumentou a MFR e MSR e a estirpe IPACC29 e o inoculante de AB foram eficientes em incrementar o ANC. Esses resultados sugerem que as estirpes de BPCPs avaliadas nesse estudo apresentam potencial de uso como inoculantes em ambas as cultivares de palma forrageira.