Com a eleição do presidente Jair Messias Bolsonaro, em 2018 surgiu um novo cenário político que gerou consequências no modelo de presidencialismo de coalizão que, até então, justificava o modelo de governabilidade construído por presidentes da República anteriores no Brasil. Houve a tentativa de substituição da forma de “presidencialismo de coalizão” tradicional por tratativas do governo diretamente com bancadas temáticas ao invés de partidos ou líderes partidários e a alocação de militares em postos estratégicos, por exemplo. Esse trabalho tem por objetivo analisar o desempenho do governo, pela ótica da produção legislativa do Executivo Federal e entender como as relações institucionais entre o Executivo e o Legislativo afetaram o sucesso da agenda governamental, que nesta pesquisa será entendida como a capacidade de governar. Assim sendo, tentaremos responder a seguinte pergunta: Quais as dificuldades enfrentadas e estratégias assumidas, para que o Legislativo aprove sua agenda? Nesta pesquisa comparativa entre governos, sobre a aprovação da agenda do Executivo, utilizaremos as abordagens do método misto, através da análise quantitativa multivariada e da abordagem qualitativa, para análise de conteúdo, especificamente de dois instrumentos legislativos de uso exclusivo do Presidente da República, as medidas provisórias (MPs) e os decretos presidenciais, como aporte a nossa pesquisa utilizaremos o software R, os dados coletados foram referentes aos dois primeiros anos dos mandatos dos presidentes FHC, Lula, Dilma, Temer e dos anos de 2019 e 2020 do governo Bolsonaro.