As sociedades democráticas e plurais são marcadas por diferenças religiosas, econômicas, políticas, culturais e sociais em um mesmo território, multiculturalismo. A tolerância é utilizada para minimizar os conflitos e estabelecer normas de organização a vida comum entre seus cidadãos e cidadãs. No entanto, o seu conceito apresenta-se controverso, multifacetado e ambivalente. O teórico Rainer Forst desenvolve um estudo particular sobre a tolerância e tenta estabelecer um conceito central, os seus pressupostos e impor os seus limites. O objetivo deste trabalho é contextualizar a tolerância e compreender o seu conceito político a partir de Rainer Forst. A hipótese é que o conceito está atrelado à concepção cognitiva do poder ao colocar as diferenças dos indivíduos e grupos no espaço discursivo das razões para conciliar os conflitos que geram desacordos que envolvem o bem-estar dos cidadãos, livres e iguais em direito. Trata-se de uma análise crítica e conceitual. A pesquisa está dividida em duas partes, a primeira é a contextualização da tolerância no núcleo conceitual moderno e contemporâneo. A segunda, a tolerância enquanto conceito político em Rainer Forst.