Considerando o contexto político do processo de independência no Piauí ao longo da década de 1820, o presente trabalho busca apreender nas relações construídas por sujeitos como Leonardo da Senhora das Dores Castello-Branco, João Cândido de Deus e Silva, Simplício Dias da Silva, Manuel de Sousa Martins, João José da Cunha Fidié, dentre outros, as bases de construção de seus pensamentos políticos, observando no trânsito de ideias as adaptações que proporcionaram a construção de um movimento de independência no Piauí. Em um exercício de escala global, mas também local, objetivamos uma cartografia dos contextos mais amplos que permitiram a indivíduos em espaços coloniais portugueses experimentar transformações políticas, sociais e culturais através de práticas sediciosas que tomaram o rumo separatista. Utilizaremos para isso as fontes disponíveis no Arquivo Público do Estado do Piauí, no Arquivo Histórico Ultramarino e no Arquivo Digital da Torre do Tombo, contrastando com aquilo que já se escreveu sobre a independência no Piauí e buscando novas perspectivas capazes de conectar os independentes, suas influências e suas reações às configurações do século XIX.