Objetivou-se avaliar a utilização do grão de milheto (Pennisetum glaucum) em
substituição ao milho (Zea mays) inteiro sobre o consumo, desempenho, características de
carcaça e avaliação econômica de cabritos alimentados com dietas de alto grãos
terminados em confinamento. Foram utilizados vinte e um cabritos da raça Anglo-
Nubiano (21,6±2,9 kg de peso inicial), que foram distribuídos em delineamento
inteiramente casualizado com três tratamentos e sete repetições. Os animais foram
confinados por 54 dias sendo 14 dias de adaptação e 40 de período experimental. As
dietas experimentais consistiram em: dieta controle, contendo 10% feno tifton e 90%
concentrado; dieta milho: 20% pellet proteico e 80% milho em grão; dieta milheto: 20%
pellet proteico e 80% milheto em grão. As dietas de alto grão, contendo milho ou milheto
reduziram (P < 0,05) o consumo de matéria seca a dieta controle, com exceção do
consumo de proteína bruta (P = 0,001) que houve diferença (P< 0,05) entre os
tratamentos controle e milheto e consumo de extrato etéreo (P < 0,001) que foi maior
quando os animais consumiram milheto. Em consequência, os animais alimentados com
milho apresentaram menor (P < 0,05) ganho médio diário, peso final e peso de carcaça
quente. A dieta controle reduziu (P <0,05) os depósitos de gordura renal. No entanto, o
rendimento de carcaça, parâmetros qualitativos da carcaça e a composição tecidual da
perna não foram influenciados (P > 0,05) pelas dietas experimentais. Dentre as dietas
experimentais, a de alto grão com o milheto foi a que proporcionou maior margem bruta.
O milheto pode substituir o milho em dietas de alto grão, sem alterações na proporção
dos principais componentes, como músculo, gordura e osso.