O objetivo do estudo foi avaliar o consumo, o desempenho e o rendimento de carcaça de cordeiros (machos e fêmeas) de grupos genéticos especializados na produção de carne, alimentados com dietas de alto concentrado voltadas para atender às exigências da agroindústria. Os animais foram distribuídos em seis tratamentos. Foi utilizado um delineamento inteiramente ao acaso, em arranjo fatorial 3x2 sendo três dietas (D1, D2 e D3) e dois grupos genéticos (Santa Inês e F1 Dorper x Santa Inês). Após desmame selecionaram-se os cordeiros para acompanhamento do desempenho ponderal e ao atingirem cerca de 70 dias, procedeu-se com abate para avaliação de carcaça dos ovinos em frigorifico inspecionado. Realizou-se a avaliação do peso vivo ao abate, peso de carcaça quente e fria, rendimento de carcaça quente e fria. A análise de desempenho da terminação de cordeiros e cordeiras revelou efeito estatisticamente significativo (P<0,05) do fator sexo sobre as variáveis de desempenho PVI, PVF, GMPT, GPT, ECCI, ECCF, PVA, PCQ e PCF e rendimentos de carcaça, RCQ e RCF, porém sem interferência do fator grupo genético(P>0,05). Para dieta, houve efeito (P<0,05) somente para a variável PVF, GMPT, GPT e PVF, em que a D1 e D2 foram equivalentes, com superioridade sobre a D3 (P<0,05). Em relação as medidas repetidas no tempo, verificou-se uma tendência de ganho de peso linear ao longo do tempo. As dietas apresentaram aumento exponencial de peso corporal calculado. Para as médias ajustadas de peso por sexo ao longo do tempo, verificou-se que machos e fêmeas apresentaram crescimento exponencial e linear do peso ao longo do período de avaliação (0 aos 70 dias). Para a variável ganho de peso médio diário (GPMD), verificou-se que a dieta D1 apresentou maior estabilidade ao longo do tempo, o GPMD da dieta D1 inicia com 260 g/dia com leve redução até os 42 dias (235 g/dia), conseguindo recuperar até os 70 dias, resultando em ganhos próximos aos 280 g/dia. Para as médias ajustadas de GPMD por sexo ao longo do tempo, verificou-se que ambos sexos apresentaram variação no GPMD ao longo do tempo. A curvatura revelou que o ganho de peso não foi linear, com uma queda inicial, seguida de uma recuperação progressiva até o final do período de avaliação (70 dias). Verificou-se para a variável escore de condição corporal (ECC) médio em função do grupo genético que o ECC aumentou ao longo do período avaliado, em todos os grupos dietéticos, tanto no grupo genético F1 Dorper x Santa Inês, quanto no Santa Inês. Quando realizado uma comparação entre dietas, verificou-se para o grupo genético F1 Dorper x Santa Inês que não houve diferença estatística (P>0,05) entre as dietas em nenhum período avaliado. A dieta Alto grão quando associada à utilização com cordeiros da raça Santa Inês apresentou menor desempenho e rendimento de carcaça.