Neste trabalho foi desenvolvido um revestimento formado a partir da polimerização eletroquímica do Líquido da Casca da castanha do Caju (LCC), para ser aplicado como anticorrosivo do aço 1010. A síntese do revestimento foi realizada em meio metanólico, a proporção utilizada foi 1/6 (LCC/metanol). Utilizou-se como eletrólito o KCl, para aumentar a força iônica. O meio agressivo utilizado para estudar a capacidade de proteção do revestimento foi uma solução de NaCl 3,5%. O desempenho do revestimento frente a corrosão do aço, foi avaliado ao longo de 74 dias de imersão à solução agressiva, sendo investigado pelas técnicas de espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE), polarização linear (PL), testes de exposição prolongada em soluções agressivas de NaCl e monitoramento do potencial de circuito aberto (OCP). Os eletrodos de aço revestidos apresentaram elevados valores de impedância. Para o terceiro dia de exposição o eletrodo revestido apresentou uma resistência de polarização de Rp= 5,4692x1011 Ω cm2 e valores de capacitância de CPEdl= 2,986x10-12 F cm-2, mostrando que o revestimento apresentou poucas deformidades em sua estrutura, isolando o eletrodo do meio corrosivo e protegendo dessa forma contra processos corrosivos. Para 74 dias de exposição teve-se uma resistência de polarização de Rp= 9,269x109 Ω cm2 e de capacitância de CPEdl= 5,533x10-11 F.cm-2, esses valores são considerados bons, mostrando que o revestimento suportou bem a exposição ao ambiente corrosivo. Os valores de OCP para o eletro revestido foram deslocados para regiões mais positivas e permaneceram relativamente estáveis durante o período de exposição ao meio corrosivo, confirmando as boas propriedades do revestimento de LCC como anticorrosivo para o aço. Pode-se inferir então que o revestimento de LCC mostrou-se um material promissor para ser utilizado como anticorrosivo do aço em ambientes agressivos.