Biomarcadores como carotenoides aromáticos e arilisoprenoides tem sido relatados em óleos da Bacia Sergipe-Alagoas (Cretáceo). Os constituintes n-alquilaromáticos [(n-alquilbenzenos(ϕ-Cn), toluenos (ϕT-Cn), xilenos e mesitilenos)] foram e ainda são alvos de estudos, e podem ser ferramentas valiosas em investigações geoquímicas e ambientais. No entanto, poucos relatos que abordam a distribuição de n-alquilaromáticos em óleos brasileiros, provavelmente por causa da baixa abundância desses indicadores geoquímicos, problemas de coeluição, bem como a complexidade da fração aromática. O objetivo desse trabalho foi identificar séries de n-alquilaromáticos em óleos da Bacia Sergipe-Alagoas através da síntese e coinjeção do padrão sintético de C21n-alquilbenzeno obtido a partir de cardanol isolado do líquido da castanha de caju e do uso de técnicas cromatográficas como GC-MS/MS e GC×GC-TOFMS. A rota de síntese proposta permitiu a obtenção do padrão com 84% de rendimento global e utiliza reações clássicas. A coinjeção do padrão, os perfis cromatográficos e os espectros de massas permitiram a identificação de séries de n-alquilbenzenos nas amostras estudadas. Os óleos SEAL1 (marinho) e SEAL2 (lacustre) apresentaram uma distribuição de n-alquilbenzenos de ϕ/ϕT-C7aϕ/ϕT-C25 para SEAL1 e de ϕ/ϕT-C7aϕ/ϕT-C20 para SEAL2. A distribuição de n-alquilaromáticos de SEAL1 assemelha-se ao perfil de n-alcanos, o que sugere que ambos sejam derivados da mesma fonte de matéria orgânica, provavelmente os mesmos precursores. A semelhança entre os perfis de n-alquilaromáticos de SEAL1 e SEAL2 poderia ser interpretada como mistura de óleos de diferentes origens ou input marinho no ambiente deposicional de SEAL2. A investigação das frações aromáticas e a detecção de hidrocarbonetos n-alquilaromáticos em óleosda Bacia Sergipe-Alagoas promove novas atribuições para a contribuição da matéria orgânica e seu significado geoquímico em óleos brasileiros.