Por meio de simulações através do método de Monte Carlo
cinético e do método de escala de tamanho finito, investigou-se o
comportamento crítico do modelo SIS (suscetível-infectado-suscetível)
nas redes quasiperiódicas de Penrose e Ammann-Beenker. A análise do
comportamento crítico desse modelo, teve como intuito verificar se a
ordem quasiperiódica é irrelevante ou se induz o modelo a uma alteração
na sua classe de universalidade. Nas simulações utilizou-se a dinâmica
de reativação, para evitar que a dinâmica do sistema fique presa no
estado absorvente. A dinâmica de reativação, a qual se resume a inserção
de uma partícula infectada escolhida aleatoriamente, sem contato, no
sistema quando a dinâmica visita o estado absorvente (a infecção
desaparece). Para determinar a classe de universalidade do sistema
obteve-se: a densidade média de infectados, sua flutuação e o cumulante
de Binder. Mostrou-se que o sistema ainda obedece à classe de
universalidade da percolação direcionada (PD), respeitando portanto o
critério de Harris-Barghathi-Vojta, que afirma que a ordem quasiperiódica
é irrelevante para uma mudança de classe de universalidade desse
modelo. Os resultados obtidos concordam com uma investigação anterior
para o modelo do processo de contato, em triangulações de Delaunay
bidimensionais, que ainda obedecem à classe de universalidade da PD.