A caracterização da estrutura da vegetação de um local e também a diversidade funcional em uma espécie ou comunidade de um determinado ambiente, constituem importantes estratégias de conservação ambiental, pois permitem uma maior compreensão sobre a estrutura, dinâmica, padrão e diversidade funcional existente dentro e entre as comunidades vegetais. Em unidades de conservação, além do conhecimento sobre a vegetação, a percepção dos visitantes em relação a estes espaços também constitui uma estratégia conservacionista eficientes, pois permitem compreender a interação do homem com o meio ambiente. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar a estrutura da vegetação arbustivo-arbórea do Jardim Botânico de Teresina e também analisar as diferenças de traços funcionais e comportamentais entre as espécies que influenciam no funcionamento das comunidades vegetais presentes no parque. Objetivou-se também verificar a percepção ambiental dos professores que frequentam o Jardim Botânico de Teresina, e elencar seus atrativos, aspectos negativos e positivos, buscando estabelecer a relação entre o conhecimento da vegetação e a frequência de visitações do parque. Para a etapa de percepção realizou-se entrevistas semiestruturadas com professores que frequentam o parque para a realização de alguma atividade extraclasse. Para o levantamento florístico e fitossociologia, alocou-se 10 parcelas de tamanhos variáveis conforme a existência de fitofisionomias típicas de cerrado, amostrando-se todos os indivíduos com diâmetro do caule a 30 cm do solo. Registrou-se 2.107 indivíduos, distribuídos em 32 famílias, 57 gêneros e 61 espécies e 35 morfoespécies. Fabaceae e Myrtaceae foram as famílias mais representativas em número de espécies e de indivíduos. Parkia platycephala foi a espécie com maior Valor de Importância (VI), diferindo de outros trabalhos.