O estudo da forma urbana trata da compreensão das transformações que ocorreram no passado, para então conceber teorias e entendimentos para o atual espaço urbano, a partir da observância da paisagem numa dimensão espaço-temporal. O fenômeno da urbanização brasileira é desigual, heterogênea, o que dá a este processo singularidades. As diversidades evidenciadas caracterizam os aspectos territorial, regional e ambiental, dando aos espaços urbanos diversas conotações de desenvolvimento, por isso é de suma importância trazer para uma cidade média no sul do Piauí o conhecimento sobre como sucedeu a sua expansão territorial e os aportes para sua urbanização. Floriano é uma das cidades do interior do Piauí com grandes perspectivas para o desenvolvimento urbano, social e econômico. A atribuição pode ser inicialmente explicada pela privilegiada localização geográfica, onde todo o processo de expansão citadina ocorreu às margens do rio Parnaíba. Com a forte ascensão econômica, logo a cidade se tornou seio de grandes investimentos no setor habitacional. O estudo tem como objetivo principal analisar a relação da política habitacional e a produção do espaço urbano no contexto de Floriano (PI). De forma mais específica conhecer a configuração histórica que elevou as perspectivas atuais de desenvolvimento; estudar os agentes produtores do espaço urbano florianense; entender o meio ambiente natural diante do intenso processo de incentivo imobiliário; contribuir para o entendimento da trajetória da construção de uma Floriano Urbana. Para construir a dissertação, são empregados procedimentos metodológicos da pesquisa bibliográfica e documental baseado em livros, artigos científicos, sites regionais, documentos e acervos de fotografias dispostas em blogs. As bases da pesquisa empírica são utilizadas mediante a necessidade de humanizar e avaliar a percepção obtida através da experiência, da vivência adquirida no local. Verifica-se, que a estruturação da rede urbana influenciou diretamente a expansão da cidade, tornando-se uma grande área de monopólio entre as cidades vizinhas, com isso a atuação do setor habitacional foi imprescindível para a criação de novas áreas de vivências. As mazelas deste processo são a segregação socioespacial, desigualdade social, diminuição da qualidade ambiental.