RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL: ANÁLISE DE SUA GESTÃO NO MUNICÍPIO DE TERSINA
gerenciamento, classes, ambiente urbano, verticalização, tratamento.
O deslocamento populacional em massa do campo para as cidades em um curto espaço
de tempo, resultou em um dos mais preocupantes problemas atuais e ambientais, que é a
geração de resíduos sólidos. A indústria da construção civil tem papel fundamental no
desenvolvimento econômico e espacial das cidades, contudo, a ineficiência de alguns
processos produtivos a fazem uma grande geradora de resíduos. A Resolução do
CONAMA N° 307/02 alterada pela Resolução CONAMA N° 448/2012, dispõe sobre as
diretrizes para a gestão de resíduos da construção civil, por motivos ambientais e
econômicos, existe uma necessidade crescente de procedimentos para aproveitamento
desses materiais, que são considerados potencialmente recicláveis. A presente pesquisa
propõe analisar a gestão de resíduos da construção civil na cidade de Teresina, por meio
da identificação qualitativa dos resíduos gerados em canteiros de obras de edificação
vertical com fins residenciais, além de tratar de dados quantitativos relacionados ao
volume de resíduos Classe A gerados no Município, bem como, a análise do entorno
das áreas de disposição final dos mesmos. O artigo apresentado nessa monografia teve
como objetivo caracterizar os resíduos de forma qualitativa, a fim de diagnosticar as
classes de resíduos mais presentes durante o processo construtivo. O levantamento de
dados se deu em três canteiros de obras de edificação vertical com fins residenciais
pertencentes a três construtoras distintas, a metodologia utilizada baseou-se em visitas
nos locais das obras, em um período de seis meses com frequência quinzenal, em que
um checklist previamente elaborado dispunha das informações necessárias para obter os
dados qualitativos os resíduos. As obras encontravam-se em fases distintas do processo
construtivo, o que foi permitido perceber a heterogeneidade dos resíduos gerados nas
obras entre si. Após toda coleta de dados e análise destes, constatou-se que os resíduos
inscientes nas obras tinham classe em comum, contudo, as obras não dispunhas de
equipamentos de coletas suficientes para uma efetiva segregação de resíduo na fonte,
além de todo processo de gerenciamento funciona como medida corretiva e não
preventiva. Recomendou-se a elaboração de planos de gerenciamento de resíduos que
funcionem de forma efetiva, bem como, o tratamento adequado dos RCC,
principalmente, àquelas que apresentam potencial para reciclagem.