ATRIBUTOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS DE UM LATOSSOLO AMARELO EM DIFERENTES MONOCULTURAS NO CERRADO PIAUIENSE
Compactação, Carbono da biomassa microbiana, Sazonalidade
A substituição do Cerrado nativo por monocultivos anuais e, ou, perenes quando mal manejados trazem consequências drásticas para a qualidade do solo. Este trabalho teve como objetivo avaliar as propriedades físicas e biológicas de um LATOSSOLO AMARELO sob monocultivo de soja (SJ), eucalipto (EP) e pastagem (PAS) em relação a uma área com mata nativa (MN). Amostras de solo foram coletadas durante o período chuvoso (fevereiro/2015) para análises físicas e período chuvoso (fevereiro/2015) e seco (setembro/2015) para as análises biológicas. A partir dessas amostras avaliaram-se os atributos físicos como: densidade do solo (Ds), porosidade total (Pt), macroporosidade (Map), microporosidade (Mip), granulometria, resistência do solo à penetração (RP), diâmetro médio ponderado (DMP), índice de estabilidade de agregados (IEA) e porcentagem de agregados estáveis maiores que >2,0 mm (AGRI>2mm). Com relação aos atributos biológicos foram avaliados o carbono da biomassa microbiana (CBM), respiração basal do solo (RB), quociente microbiano (Qmic), quociente metabólico (qCO2) além da análise química do carbono orgânico total (COT). Os sistemas SJ e PAS apresentaram maiores valores de Ds, menores valores de Pt e Map. Os sistemas com SJ e PAS apresentaram maiores valores de RP ultrapassando o limite crítico de 2 MPa. Os sistemas de manejo do solo MN e EP, com presença de resíduos orgânicos na superfície, exerceram influências positivas sobre a agregação do solo e sobre sua estabilidade. Os valores de CBM e qMIC foram mais elevados no solo sob vegetação natural, indicando a ocorrência de efeitos adversos de monoculturas sobre essas variáveis. No período seco os sistemas antropizados mostraram maiores perdas de C no sistema na forma de CO2 por unidade de C microbiano. Os atributos físicos e biológicos mostraram-se sensíveis ao manejo do solo. A época de coleta e a cobertura vegetal influenciaram a variação nos indicadores biológicos de qualidade de solo. Os resultados demonstram que o sistema de manejo e o tipo de cobertura vegetal são fatores determinantes de mudanças no funcionamento biológico e físico dos solos.