O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma leguminosa de grande importância sócio-econômica e nutricional para as regiões Norte e Nordeste do país, onde é cultivada basicamente por pequenos e médios agricultores por ser uma cultura que se destaca pela rusticidade adaptando-se a diferentes condições edafo-climáticas. É cultivada no período chuvoso e armazenada de forma pouco adequada proporcionando condições favoráveis ao ataque de pragas, entre as quais se destaca o Callosobruchus maculatus (Fabr., 1775), uma praga primária que ataca os grãos armazenados provocando perdas qualitativas e quantitativas que depreciam comercialmente o produto causando grandes prejuízos. Atualmente o controle químico ainda é o mais utilizado, mas como atualmente se busca métodos alternativos de controle com uso de bioinseticidas e óleos essenciais o objetivo do presente trabalho é investigar a biodiversidade do óleo essencial da resina de almecega Protium heptaphyllum (Aubi.) e do composto isolado limoneno (4- isopropenil-1 metil-ciclo-hexeno) no controle de Callosobruchus maculatus em feijão-caupi. Foram realizadas a extração do óleo da resina de almécega e análise de cromatografia gasosa e espectrometria de massa para determinação dos compostos majoritários onde o limoneno se apresentou em amior abundância (40,12%) seguido do a-terpineol (17,41%). O composto isolado limoneno foi adquirio comercialmente com 93% de grau de pureza. Os efeitos do óleo essencial e do limoneno sobre o C. maculatus foram avaliados com base nos testes de contato, fumigação e repelência. As CL50 encontradas nos testes de contato foram (14nl) para o óleo de amalcega e (36nl) para o composto limoneno. E as CL95 foram (36nl) para óleo de almécega e (77nl) para o limoneno. A taxa média de emergência foi reduzida em todas as concentrações quando comparada com a taxa média de oviposição, o que mostra que este óleo tem efeito ovicida. A concentração 35nL/20g do óleo reduziu a emergência em 100% quando comparados com o tratamento controle. com relação ao efeito fumignate, foram observadas diferenças significativas para as concentrações utilizadas em ambos produtos, porém o óleo essencial de almecega foi mais que tóxico do que seu componente isolado pa Cl50 (191,28nL/L de ar). Os trestes de repelência constataram efeito repelente do óleo e do limoneno e ambos provocam mortalidade tanto po contato como por fumigação.