Os pulgões englobam espécies polífagas, disseminam-se rápido nas lavouras, dificultando seu controle, tendo sido descritas com mais de 700 hospedeiros em todo mundo. Causam danos diretos e indiretos nas plantas, onde sugam a seiva, deixando as folhas encarquilhadas, além de injetarem toxinas e transmitirem viroses. Entretanto, existe uma demanda nos estudos sobre identificação, interação planta-inseto e de seus aspectos bioecológicos em diversas culturas. Sendo assim objetivou-se identificar e registrar espécies de pulgões associados a Eucalyptus spp. em minijardim clonal e estudar a preferência hospedeira da espécie afídeo de maior ocorrência em eucalipto e em diferentes hospedeiros. Bem como calcular a taxa instantânea de crescimento (ri) em seis espécies de eucalipto (Eucalyptus pellita, E. urophylla, E. brassiana, E. grandis, E. tereticornes e Corymbia citriodora) e em outros hospedeiros (Capsicum frutescens e Polyscias scutelaria) e avaliar o ciclo de vida e características reprodutivas dos pulgões. As espécies de afídeos encontradas foram identificadas como Aphis spiraecola em mudas de E. pellita em casa de vegetação da Universidade Federal do Piauí em Teresina e Aphis gossypii em minijardim clonal comercial de eucalipto em Monsenhor Gil. Houve crescimento populacional negativo nas diferentes espécies de eucalipto, indicando que o afídeo o usa como hospedeiro secundário, na falta de hospedeiros primários. Aphis spiraecola consegue completar o ciclo biológico e conclui o período ninfal em Eucalyptus pellita e E. urophylla, mas não se reproduzir em laboratório. Existe o feito das plantas hospedeiras C. frutescens e P. frutescens na biologia de Aphis spiraecola, ocorrendo variações significativas em alguns parâmetros biológicos avaliados. O afídeo é capaz de completar seu ciclo de desenvolvimento, produzir descendentes e com potencial de aumento da população em C. frutescens e P. scutellaria, entretanto em Eucalyptus pellita e E. urophylla não houve geração de descendentes em condições de laboratório. Capsicum frutescens é o hospedeiro mais para A. spiraecola e P. scutellaraia é menos favorável. Os resultados encontrados sustentam que as plantas hospedeiras influenciam parâmetros biológicos e que o entendimento das relações inseto-planta é importante para se prever a adequação planta hospedeira ao incremento populacional do inseto.