O debate contemporâneo na Ciência Política tem se assentado sobre a influência do paradigma do neoinstitucionalismo (Hall e Taylor, 2003) que se propõe em analisar o efeito dos desenhos institucionais sobre o comportamento dos atores, conjunto de indivíduos e resultados políticos. O presente trabalho tem por objetivo principal compreender a relação da (in) estabilidade democrática no sistema presidencialista de coalizão no Brasil após a formação do arranjo institucional concebido pela Constituição Federal de 1988. Para isso analisar-se-á a relação entre os Poderes Executivo e Legislativo nos trabalhos de Linz (1985), Abranches (1988), Figueiredo e Limongi (1999, 2001, 2007) e Limongi (2006), ampliando a discussão para o processo de formação das instituições políticas no Novo Constitucionalismo da América Latina e o no fenômeno dos julgamentos políticos recentes (Pérez-Liñan, 2009) que culminaram com a saída antes do término do mandato de vários Presidentes latino-americanos.