A leishmaniose visceral (LV) é uma doença causada por parasitos do gênero Leishmania de grande impacto na saúde pública. No Brasil, a enfermidade encontra-se amplamente difundida, sendo uma doença progressiva. Recentes estudos têm fornecido conhecimentos sobre a infecção da Leishmania no músculo estriado esquelético, embora ainda sejam pouco estudadas as alterações musculoesqueléticas associadas à infecção na Leishmaniose. O objetivo deste trabalho foi analisar a morfologia do músculo estriado esquelético na infecção por Leishmania(L) infantum chagasi de camundongos BALB/c. Foram utilizados camundongos BALB/c experimentalmente infectados com promastigotas purificadas de L. (L.) infantum chagasi e suplementada com PBS, via intraperitoneal. O músculo estriado esquelético (esterno- hioideo) localizado na região esternal foi extraído e processado para coloração com hematoxilina/eosina e Tricrômico de Masson. O experimento foi realizado em dois momentos; na fase aguda com 7 dias, e na fase crônica com 50 dias. Com o intuito de esclarecer o mecanismo fisiopatológico nas células musculares estriadas esqueléticas. Histologicamente observamos que na fase aguda infectada apresenta desorganização fascicular e diminuição das fibras musculares, indicando atrofia do músculo, além de fibras com perda da forma poligonal característica. Na fase crônica experimental observou degeneração e hipoplasiadas fibras musculares. Os dados em conjunto sugerem que Leishmania infantum chagasi tem a capacidade de infectar as células musculares esqueléticas e provocar alterações de matriz extracelular e células que formam o sistema muscular.