INTRODUÇÃO: A fissura labiopalatina (FLP) é resultado da falta de
fusão total ou parcial dos processos embrionários que formam os lábios e o
palato ocasionada por condições genéticas ou congênitas. Embora seja uma
das mais comuns deformidades craniofaciais são escassos estudos de
prevalência que caracterizem o perfil das pessoas acometidas por esta
enfermidade no Brasil OBJETIVO: Investigar as notificações no Sistema de
Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) de casos de fissura lábio palatina
(FLP) e fatores associados no estado do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de
um estudo retrospectivo e transversal com amostra censitária constituída por
indivíduos portadores de FLP nascidos e domiciliados no estado do Piauí,
notificados no SINASC entre 01/01/2010 e 31/12/2018. Os dados foram
coletados em outubro de 2020, a prevalência foi realizada por ano e obtida
dividindo-se o número de crianças nascidas com FLP pelo total de nascidos
vivos. Na análise descritiva obteve-se frequência absoluta e relativas
porcentuais, mínimo, máximo, média e desvio padrão e testes de Kolmogorov-
Smirnov e Shapiro-Wilk RESULTADOS: Entre as crianças notificadas, 64,3%
(n= 79) eram do sexo masculino, enquanto o feminino representou 35,7% (n=
44), respectivamente. A prevalência obtida foi de 23,7%. Entre os municípios,
Teresina apresentou o maior número de casos (31,7%). As genitoras em sua
maioria eram casadas (35,8%), possuíam mais de 8 anos de estudo (61%) e
tinha mais que 25 anos de idade (27,64%) e aquelas que fizeram menos de
duas consultas no pré-natal apresentam crianças com baixo peso ao nascer
(86,7%). CONCLUSÃO: O perfil das crianças com FLP determinado neste
estudo, foi semelhante ao encontrado em outras regiões do país. O perfil
epidemiológico das mães identificado em sua maioria pardas, casadas, grau de
instrução de 8 a 12 anos, idade de 25 a 29 anos.