Introdução: Notadamente, o Sars-Cov-2 trouxe inúmeras modificações nos sistemas de saúde por todo o mundo, tornando-se em pouco tempo, um dos maiores problemas para a saúde pública. O Brasil registrou no primeiro trimestre de 2021, 12.953.597 casos de pessoas contaminadas e 330.193 óbitos. Desde então, iniciou-se busca por soluções para controle e tratamento da doença, sendo alcançado com a chegada do imunobiológico contra o vírus. Objetivo geral: Analisar os fatores associados aos Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI) para SARS-CoV-2 entre idosos de Teresina-PI. Métodos: Pesquisa censitária, descritiva e retrospectiva, realizada no município de Teresina, sendo os dados coletados na Fundação Municipal de Saúde deste município. Participaram idosos, que receberam, pelo menos, uma dose de vacina contra COVID-19 e que apresentaram ou não um ESAVI notificado entre fevereiro a setembro de 2021. Para a coleta dos dados utilizou-se formulário próprio, elaborado pelos pesquisadores, com base na ficha de notificação de eventos do Ministério da saúde. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, obtendo o número de parecer 5.1791222. Resultados e discussão: Participaram 51 idosos que tiveram registrado na ficha de notificação algum ESAVI. No perfil sociodemográfico, observou-se média de idade de 73 anos, sendo 72,5% do sexo feminino e 86,3% não profissional de saúde. Quanto a distribuição das vacinas, 76,5% receberam a vacina da AstraZeneca, na 1a dose. A média de ocorrência dos ESAVI, na amostra estudada, foi de 3,45. Quando a gravidade 82,4% foram classificados como não graves, sendo que dos 17,6% graves, 66,7% resultaram em hospitalização, 22,2% em óbito e 11,1% em incapacidade permanente. Destaca-se que 58,0% dos participantes referiram fazer uso de medicamento anterior ou durante a vacinação. Os ESAVI mais frequentes estiveram relacionados ao sistema musculoesquelético, seguidos de cefaleia e relacionados ao sistema neurológico, além do sistema digestivo. O erro vacinal foi mais comum entre idosos do sexo masculino. Além disso, observou-se associação estatisticamente significativa do ESAVI relacionado ao sistema respiratório com a faixa etária (idade inferior a 70 anos). Conclusão: Apesar de ser observado um quantitativo de ESAVI em idosos, observa-se que estes estão dentro do esperado para a ocorrência de ESAVI, sendo seu comportamento com tipologia não grave e, principalmente, de baixo risco para a população idosa, além de assegurados a sobreposição dos benéficos sobre o risco.