Exemestano pertence ao grupo dos inibidores da aromatase, no qual constituem a primeira escolha para o tratamento do câncer de mama receptor de estrogênio positivo, um subtipo de câncer de mama que depende de estrogênio para se desenvolver. No entanto, além da escassez de estudos, há controvérsias sobre os efeitos do exemestano na glândula adrenal, em especial na zona reticular que é responsável pela síntese dos precursores do estrogênio. Objetivo: Avaliar a influência do exemestano na proliferação celular da zona reticular da glândula adrenal de ratas sob constante estímulo estrogênico. Métodos: Este é um estudo experimental, controlado e quantitativo realizado com vinte ratas Wistar adultas, virgens, androgenizadas e que foram randomizadas em 2 grupos: I - controle (n=08) que receberam propilenoglicol; II - experimental (n=10) que receberam 10mg/kg/dia de Exemestano (Aromasin®) diluídos em 0,5mL de propilenoglicol durante 28 dias consecutivos. No 29º dia, as ratas foram eutanizadas e suas glândulas adrenais foram cirurgicamente removidas e armazenadas em formol tamponado 10%. Os tecidos foram processados para confecção das lâminas imuno-histoquímicas. Os núcleos celulares corados em marrom foram considerados positivos para Ki-67. Os dados comparativos entre os grupos foram analisados através do teste t de Student para amostras não pareadas (p < 0,05). Resultados: A análise quantitativa das porcentagens dos núcleos corados com Ki-67 mostrou uma média de 5,4 (erro padrão de 0,95) para o grupo experimental e 17,06 (erro padrão de 3,13) para o grupo controle, com p < 0,003. Conclusão: Ratas androgenizadas submetidas ao tratamento oral com exemestano na dosagem de 10mg/kg/dia durante 28 dias apresentou significativa redução na expressão do antígeno Ki-67 nas células da zona reticular da glândula adrenal.