Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: JAIANE OLIVEIRA COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAIANE OLIVEIRA COSTA
DATA: 02/01/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Sala do Mestrado
TÍTULO: OCORRÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS, INFECCIOSAS E COVID-19 EM UMA COMUNIDADE INDÍGENA DO ESTADO DO PIAUÍ
PALAVRAS-CHAVES: Saúde de Populações Indígenas; Saúde dos povos originários, Doenças Crônicas; Saúde Pública; Povos Indígenas.
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

Introdução: Tradicionalmente, os povos originários do Brasil enfrentam obstáculos para usufruir da igualdade de direitos, entre eles a saúde. Não obstante, o processo de saúde e cuidado perpassa pelo conhecimento da situação de saúde da população e compreensão dos seus fatores determinantes. A saúde indígena no Brasil ainda é pouco estudada e compreendida, se tratando de um grupo étnico com diversas particularidades e envoltos em questões sociais que repercutem diretamente no desenvolvimento de doenças, sejam crônicas ou infecciosas, de modo que este perfil precisa ser conhecido com vistas ao desenvolvimento de melhores estratégias de saúde. Objetivo: Realizar um levantamento da ocorrência de doenças crônicas, infecciosas e Covid-19 em uma comunidade indígena do estado do Piauí. Métodos: Estudo observacional transversal e quantitativa, realizada na comunidade indígena Nazaré, localizada .no município de Lagoa de São Franscisco-PI, em que foi feito cálculo amostral baseado na quantidade de pessoas acima de 18 anos na comunidade. Foram aferidos peso, estatura, pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica (CAAE: 52778821.5.0000.5214). Informações sociodemográficas e de saúde foram obtidas via aplicação de questionário face a face. Os dados foram organizados em planilha do google, tabulados em planilha eletrônica Microsoft Office Excel, analisados no programa Bioestat 5.0 e para verificar associação entre as variáveis foi utilizado o coeficiente de Spearman, Qui-quadrado, Man-Whitney e Kruskal-Wallis. Os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos. Resultados: A pesquisa foi realizada em 169 moradores adultos da comunidade indígena Nazaré. O perfil sociodemográfico mostrou que 98,8% habitam em zona rural, 47,3% estão na faixa de 41 a 60 anos, 69,8% são do sexo feminino e a maioria da comunidade possui ensino fundamental incompleto ou não estudou. Observou-se que para 59,8% dos participantes do estudo os auxílios governamentais são a única fonte de renda. A análise do Índice de Massa Corporal (IMC) mostrou que 61,54% dos participantes apresentam sobrepeso ou obesidade. As doenças mais prevalentes foram diabetes (16,6%), hipertensão (27,2%) e diagnóstico recente de covid-19 (23,7%). Não houve diagnóstico de outras doenças infecciosas no último ano. A comunidade estudada apontou a alimentação precária ou baseada em industrializados e o alcoolismo como principais fatores que influenciam a ocorrência de problemas de saúde. Conclusão:Os achados desta pesquisa demonstram que as doenças crônicas não transmissíveis são predominantes na comunidade. O perfil de saúde encontrado na comunidade Tabajara pode ser compreendido como uma sequela das mudanças sociodemográficas, de comportamento e de estilo de vida, bem como das situações de vida adversas impostas aos povos indígenas nas últimas décadas.

Introdução: Tradicionalmente, os povos originários do Brasil enfrentam obstáculos para usufruir da igualdade de direitos, entre eles a saúde. Não obstante, o processo de saúde e cuidado perpassa pelo conhecimento da situação de saúde da população e compreensão dos seus fatores determinantes. A saúde indígena no Brasil ainda é pouco estudada e compreendida, se tratando de um grupo étnico com diversas particularidades e envoltos em questões sociais que repercutem diretamente no desenvolvimento de doenças, sejam crônicas ou infecciosas, de modo que este perfil precisa ser conhecido com vistas ao desenvolvimento de melhores estratégias de saúde. Objetivo: Realizar um levantamento da ocorrência de doenças crônicas, infecciosas e Covid-19 em uma comunidade indígena do estado do Piauí. Métodos: Estudo observacional transversal e quantitativa, realizada na comunidade indígena Nazaré, localizada .no município de Lagoa de São Franscisco-PI, em que foi feito cálculo amostral baseado na quantidade de pessoas acima de 18 anos na comunidade. Foram aferidos peso, estatura, pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica (CAAE: 52778821.5.0000.5214). Informações sociodemográficas e de saúde foram obtidas via aplicação de questionário face a face. Os dados foram organizados em planilha do google, tabulados em planilha eletrônica Microsoft Office Excel, analisados no programa Bioestat 5.0 e para verificar associação entre as variáveis foi utilizado o coeficiente de Spearman, Qui-quadrado, Man-Whitney e Kruskal-Wallis. Os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos. Resultados: A pesquisa foi realizada em 169 moradores adultos da comunidade indígena Nazaré. O perfil sociodemográfico mostrou que 98,8% habitam em zona rural, 47,3% estão na faixa de 41 a 60 anos, 69,8% são do sexo feminino e a maioria da comunidade possui ensino fundamental incompleto ou não estudou. Observou-se que para 59,8% dos participantes do estudo os auxílios governamentais são a única fonte de renda. A análise do Índice de Massa Corporal (IMC) mostrou que 61,54% dos participantes apresentam sobrepeso ou obesidade. As doenças mais prevalentes foram diabetes (16,6%), hipertensão (27,2%) e diagnóstico recente de covid-19 (23,7%). Não houve diagnóstico de outras doenças infecciosas no último ano. A comunidade estudada apontou a alimentação precária ou baseada em industrializados e o alcoolismo como principais fatores que influenciam a ocorrência de problemas de saúde. Conclusão: Os achados desta pesquisa demonstram que as doenças crônicas não transmissíveis são predominantes na comunidade. O perfil de saúde encontrado na comunidade Tabajara pode ser compreendido como uma sequela das mudanças sociodemográficas, de comportamento e de estilo de vida, bem como das situações de vida adversas impostas aos povos indígenas nas últimas décadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1581960 - DANIELA REIS JOAQUIM DE FREITAS
Interno - 1458815 - JOSIE HAYDEE LIMA FERREIRA PARANAGUA
Externo ao Programa - 1519136 - RAIMUNDO NONATO FERREIRA DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - ROBERTA FORTES SANTIAGO - UESPI
Notícia cadastrada em: 19/12/2022 20:35
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb05.ufpi.br.instancia1 03/11/2024 16:52