ambiente quente. 2025. 144.p.tese (Doutorado) - Programa de Pós- Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI. Introdução: A hidratação e a composição corporal desempenham papéis
fundamentais no desempenho físico de atletas, especialmente em esportes
de resistência como o mountain bike. Objetivo: Avaliar a hidratação, a
composição corporal e o desempenho físico de ciclistas de mountain bike
em competição em ambiente quente. Metodologia: Trata-se de um
estudo transversal, recorte de uma pesquisa mais ampla, realizada durante
uma competição de mountain bike em ambiente quente, na cidade de
Piripiri-Piauí. O trabalho foi organizado em dois artigos. Os ciclistas
foram pesados antes e após a competição, e amostras de sangue foram
coletadas para análise das concentrações séricas de sódio, potássio e
osmolalidade plasmática. A composição corporal foi avaliada por
bioimpedância e foram realizados testes de salto horizontal e força de
preensão manual para avaliar a força de membros inferiores e superiores, respectivamente. A apuração da duração da prova foi feita pela
organização da competição. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de
Ética da Universidade Federal do Piauí, com número de aprovação
6.494.725. Os resultados foram apresentados em médias e desvio padrão. Foram utilizados o teste ANOVA para medidas repetidas e o teste de
correlação de Pearson, com nível de significância de 5% e intervalo de
confiança de 95%. Resultados: O primeiro estudo, 66 homens foram
distribuídos em 2 grupos: Grupo 1 (G1), atletas jovens (18 e 34 anos), com 28 indivíduos e Grupo 2 (G2), atletas master (35 e 59 anos), com 37
indivíduos. Houve diminuição da massa corporal entre os momentos pré
e pós competição (79,15±14,65 Kg; 76,15±14,36 Kg) (p=0.000). Os
ciclistas apresentaram desidratação significativa, começando a prova já
em estado de desidratação, o que se intensificou ao longo da competição
(p= 0,008). O G2 apresentou redução da força dos membros inferiores
(p=0,004) e correlações negativa entre desidratação e o teste de salto
horizontal (r = -0,396; p = 0,015) e entre a força de preensão da mão
dominante (r=-0,387; p=0,018) e a mão não dominante (r=-
13
0,386;p=0,019) com o tempo de corrida, além de correlação positiva
entre massa muscular esquelética e força de preensão das mãos no G1 e
G2. O segundo estudo, avaliou 83 ciclistas de mountain bike (72 homens
e 11 mulheres). O tempo de corrida foi de 168,14 ± 30,85 minutos.Os
testes de salto em distância e força de preensão manual foram
significativamente correlacionados com o percentual de gordura, massa
muscular esquelética, água corporal total, água intra e extracelular. Além
disso, o tempo de prova foi correlacionado com a percentual de gordura
corporal (r = 0,415, p = 0,000), massa muscular esquelética (r = - 0,427, p = 0,000), água corporal total (r =0,400, p = 0,000), água intracelular (r = - 0,420, p = 0,000) e água extracelular (r = - 0,370, p = 0,000). Conclusão: A desidratação, presente antes e durante a corrida, impactou
negativamente o desempenho físico, especialmente em atletas master. Maior massa muscular e água corporal correlacionaram-se com melhor
desempenho, enquanto maior percentual de gordura apresentou
correlação com maior tempo de prova.