Os Transtornos Alimentares são o grupo de transtornos caracterizados por distúrbios fisiológicos,
psicológicos do apetite e da ingestão de alimentos. Essas patologias são multifatoriais, precisam
ser diagnosticadas e tratadas o mais precocemente possível. Estes transtornos alimentares têm
forte tendência a se associarem à depressão que se caracteriza por humor deprimido e perda de
interesse ou prazer. O resultado das nossas vivências, inclusive do pós-pandemia da COVID, vai
interferir na construção da imagem corporal, influenciando na estética, bem como no estado
nutricional; ainda mais impactados são os estudantes de Nutrição. O objetivo foi investigar a
depressão, os transtornos alimentares e a imagem corporal em universitários do curso de Nutrição
de instituições pública e privadas pós-pandemia em Teresina. Realizou-se um estudo transversal,
analítico, com coleta de dados por meio de formulário sociodemográfico e instrumentos validados:
Questionário Eating Attitudes Test (EAT-26); Escala de Pensamentos Depressivos (EPD); Escala de
Desenhos de Silhuetas (EDS); Índice de Massa Corporal (IMC). A amostra foi composta por 370
universitários, de 18 anos a 59 anos, matriculados nos cursos de Nutrição da UFPI e de cinco
instituições privadas na cidade de Teresina. Verificou-se 23,9% de prevalência de risco para
transtornos alimentares nos estudantes da instituição pública e 25,3% das instituições privadas. A
depressão diagnosticada estava relacionada ao aspecto “baixa autoestima e desesperança”, 58,9%
dos estudantes da instituição pública e 58,9% das instituições privadas apresentaram vários
sintomas depressivos. Em relação ao estado nutricional, 65,6% dos estudantes da instituição
pública e 57,9% das privadas estavam eutróficos. Com relação a imagem corporal, 92,2% dos
estudantes da instituição pública e 85,8% das instituições privadas estavam insatisfeitos. Do total
de estudantes com estado nutricional alterado, 31,7% tinham transtornos alimentares e 90,1%
estavam insatisfeitos com sua imagem corporal. Concluiu-se que entre os estudantes que estavamcom risco de transtornos alimentares, 70,4% deles apresentavam vários sintomas de depressão relacionados a autoestima.